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EROSÂO 
A erosão é o processo de desagregação e remoção de partículas do solo ou 
de fragmentos de partículas de rocha, pela ação combinada da gravidade com 
a água, vento, gelo e/ou organismos. 
 
PROCESSOS EROSIVOS 
 
• Os processos erosivos se dão em três etapas: 
• Erosão (desgaste), 
• Transporte 
• sedimentação (deposição 
 
• Ela desenvolve-se em condições de equilíbrio com a 
formação do solo. Em condições naturais, o ciclo do 
desgaste erosivo é equilibrado pela renovação e é graças 
a esse equilíbrio que a vida sobre a Terra é mantida. As 
contínuas modificações ocorridas na superfície terrestre 
pelos rios, ventos, geleiras e as enxurradas das chuvas, 
deslocam, transportam e depositam continuamente 
partículas do solo, processo este denominado de 
erosão geológica ou natural. 
• Quando existe uma interferência do homem, os processos 
erosivos podem se intensificar, causando enormes prejuízos 
ao meio ambiente, como um manejo inadequado do solo. 
Uma erosão antrópica pode ser considerada quando sua 
intensidade é superior a formação do solo, não permitindo a 
sua recuperação natural. Isso acontece quando não se 
conhece as propriedades do solo, pois alguns possuem 
fragilidades a erosão maiores do que outros. Outros fatores 
como a declividade do terreno e o tipo climático, como os 
tropicais, acabam tornando a fragilidade a erosão ainda maior. 
 
EROSÃO PLUVIAL (CHUVA) 
 
 É uma remoção e transporte dos horizontes superiores do solo 
pela água. Inicia-se com o salpico de gotas de chuva 
diretamente sobre a superfície desprotegida e continua com a 
formação de enxurradas que formam Sulcos de diversas 
proporções. Estes sulcos podem evoluir (aumentar a 
profundidade) e passar a ser chamado de Ravina. Quando 
estas atingem magnitudes maiores ainda, como chegar à 
profundidade do lençol freático, passam a ser chamadas 
de Voçorocas (ou Boçorocas). 
 
 
Uma ravina no solo 
 
Voçoroca em área de pastagem com 
profundidade a partir de 5 metros, 
alcançando larguras maiores que 60 
metros, atingindo a estrada BR 060, no 
vilarejo Pontinha do Coxo. Sub-bacia do 
rio Coxim, município de Camapuã. 
 
Uma voçoroca no solo 
 
 
EROSÃO FLUVIAL (RIOS) 
 
 
• Este tipo de erosão acontece naturalmente 
pelas águas dos rios. Estas provocam um certo 
desgaste nos solos das margens dos rios 
podendo até causar o desmoronamento dos 
barrancos. Este processo pode se intensificar 
quando não há uma mata ciliar ao longo das 
margens do rio. 
 
Uma erosão fluvial na margem do rio 
 
 
EROSÃO MARINHA (MAR) 
 
• Este tipo de erosão é causada pelas águas do 
mar, podendo ser chamada de erosão 
marinha, ou também abrasão marinha. 
Quando as águas do mar atingem a linha de 
costa, elas podem desgastar o material que a 
compõe, através da ação física e química. Isso 
pode variar de acordo com o tipo de rocha 
(estrutura geológica) em que o ambiente 
costeiro se encontra. 
 
Erosão marinha 
 
Erosão marinha (costeira) 
 
 
EROSÃO GLACIAL (GELO) 
 
 
• É causada pela ação da água na forma sólida: 
o gelo. Elas podem se dar de duas maneiras: a 
água na estação quente penetrando nas 
fraturas das rochas é congelada na estação 
fria. Quando isso acontece há uma expansão, 
fazendo com que ocorra um fraturamento da 
rocha, deixando sedimentos soltos e propícios 
ao transporte. 
 
 
 
 
 
Rocha com fraturas causadas pela ação do gelo 
 
• A segunda maneira é causada quando existe 
uma movimentação de grandes blocos de 
gelo, como as geleiras. Quando estas se 
movimentam, causa um grande atrito com a 
superfície, fazendo com que esta se desgaste. 
As formações sedimentares resultantes deste 
processo se chama Moraina (ou Morena). 
• 
 
Uma erosão glacial de arraste de geleira 
 
Exemplos de Morainas 
 
Fim de uma Moraina 
 
Uma Moraina lateral 
 
EROSÃO EÓLICA (VENTOS) 
 
• É um tipo de erosão causada pela ação do vento. Este, 
dependendo de sua velocidade, pode carregar sedimentos, 
que em contato com superfícies como rochas e solos, pode 
os desgastar. Ou seja, os sedimentos transformados pelo 
vento se chocam contra as rochas com fossem lixas. O 
vento forte pode até destruir casas mal construídas e 
também destruir as matas. 
• 
• Os ventos fortes podem ainda remover os horizontes 
superficiais do solo, deixando muitos buracos no solo 
deixando-o ainda pobre em substâncias nutritivas não 
servindo assim para a agricultura. Esta erosão pode 
acontecer das seguintes maneiras: 
• Corrosão: Processo de desgaste físico das 
rochas através, principalmente, do impacto 
e/ou atrito de partículas transportadas pelo 
vento. 
• Deflação: Erosão pelo vento com a retirada 
superficial de fragmentos mais finos 
• 
• 
 
Ainda podemos destacar o processo de formação de dunas, que o vento age como um 
agente geológico que transporta os sedimentos e os deposita, em forma de dunas. 
 
Erosão eólica na formação de dunas (deposição de sedimentos através do 
vento como um agente geológico) 
Uma rocha exposta sob influência da erosão eólica 
TRANSPORTE 
TRANSPORTE 
 É a capacidade do agente manter os materiais em 
movimento. Para analisarmos a remoção e transporte 
dos produtos do intemperismo, devemos considerar a 
existência de três frações liberadas pelo intemperismo 
da rocha fonte 
 
Arrasto 
(tração/deslizamento
) 
 
 
Transporte físico ou mecânico Saltação 
 
 
Suspensão 
 
 
 
Transporte químico Solução verdadeira 
 
 Gel - Soluções coloidais 
• O material mobilizado em solução ou 
suspensão, pressupõe a água como agente de 
intemperismo e transporte. Embora os 
processos gravitacionais aquosos também 
predominem no transporte da fração 
grosseira, esta também tem como meio de 
transporte, a energia dos ventos ou ação de 
geleiras. 
 
Fig. Rios são o principal agente de 
transporte de sedimentos nos 
continentes. Relacionamento do 
tamanho do grão da carga do rio 
com a velocidade na secção do 
canal meandrante. O sedimento 
mais grosseiro é associado com a 
zona de velocidade mais alta na 
parte externa da curva adjacente ao 
barranco, mas também no centro 
do canal entre os dois meandros. 
Os sedimentos mais finos são 
associados com a velocidade mais 
baixa no lado interno da curva do 
meandro, oposto ao barranco. No 
lado interno formam-se depósitos 
de praia de rio, chamadas barras 
em pontal (point bar deposits). 
 
 
 
 
• Este processo de seleção granulométrica é função de vários fatores, 
entre eles: 
• · do tipo de agente transportador (água, vento, gelo); 
• · das variações climáticas da área (para um mesmo tipo de agente a 
intensidade de sua atuação varia se for época de chuvas ou de seca); 
• · do tipo da área (em uma mesma área podem ocorrer vários tipos de 
agentes de transporte); e, 
• · da localização da área (os agentes têm locais preferenciais de maior e 
menor energia. Ver a figura a acima do rio). 
• Uma feição característica das rochas sedimentares é a estratificação, 
conseqüência dos processos envolvidos na sua formação. Estratificação 
é a disposição em estratos ou camadas. A estratificação pode ser plano 
paralela (horizontal) ou cruzada. A configuração destes estratos ou 
camadas, que podem variar muito em espessura, é conseqüência da: 
• · Variação da competência do agente transportador (o que acarreta 
diferenças granulométricas); 
• · Provisão ou quantidade do material sedimentar intemperizado a ser 
transportado; 
• · Capacidade de solubilidade do meioou agente transportador. 
• Nas regiões elevadas topograficamente, embora a concentração de água 
seja menor, as encostas são íngremes com material permanentemente 
sendo decomposto pelo intemperismo e, portanto, sendo removido 
rapidamente. Com um gradiente elevado e com bastante material 
disponível, torna-se possível o transporte de fragmentos mais grosseiros. 
A medida que a encosta vai se suavizando, há uma queda de energia do 
agente transportador (gravidade ou água de um rio), e ele não é mais 
capaz de transportar as partículas maiores ou mais densas. Assim 
próximo da origem (ou fonte) do rio material a ser transportado temos os 
seixos e cascalhos (1), em seguida as areias (2), depois o silte (3) e 
finalmente as argilas (4). 
 
DIAGÊNESE 
 
DIAGÊNESE 
 
• Conjunto de processos ou transformações químicas, 
físicas e biológicas que ocorrem em um material 
sedimentar após a sua deposição, em condições de baixa 
pressão e temperatura. 
• Os sedimentos recém formados são moles e incoerentes 
como a areia de uma praia ou a argila de um manguezal. 
Com o passar do tempo e a evolução geológica, entretanto, 
especialmente em zonas em que a crosta está sofrendo um 
afundamento lento (subsidência), novas camadas de 
sedimentos vão se acumulando sobre as mais antigas e 
assim vão se criando espessas formações de sedimentos 
que podem atingir centenas e até milhares de metros de 
espessura. 
 
• Sob o efeito do peso das novas camadas, a água é expulsa 
dos poros e interstícios dos sedimentos, sendo que os mais 
antigos vão endurecendo, sofrem a litificação, até 
transformarem-se em rochas sedimentares duras. 
• Este fenômeno de litificação ou diagênese se processa de 
várias maneiras. Os sedimentos argilosos, por exemplo, 
litificam-se por compactação, ou seja, as partículas de 
argila que no início da sedimentação se dispõem segundo 
uma estrutura cheia de poros preenchidos com água, sob a 
ação do peso das camadas superiores são compactadas; 
umas contra as outras, de modo a formarem uma rocha 
dura como o tijolo prensado. Já a areia de praia endurece 
principalmente pela introdução de substâncias cimentantes 
como carbonato de cálcio, óxidos de ferro, sílica etc. 
• Os sedimentos químicos, por sua vez, ao precipitarem, 
sofrem fenômenos de cristalização que dão origem a 
rochas muito duras 
CONSOLIDAÇÃO DOS SEDIMENTOS 
 
• 
• Como foi visto, após a sedimentação os sedimentos passam a sofrer 
processos de litificação ou diagênese. Os mais importantes são os 
seguintes: 
• 
• 1. Compactação. Redução volumétrica, causada principalmente pelo peso 
das camadas superpostas, é relacionada com a diminuição dos vazios, 
expulsão de líquidos, aumento do contato entre as partículas, 
esmagamento da matriz e aumento da densidade da rocha. É o fenômeno 
típico dos sedimentos finos, argilosos. O contato entre os grão passa de 
tangencial para côncavo-convexo e finalmente suturado. 
• 
• 2. Cimentação. Deposição de precipitados minerais nos interstícios do 
sedimento produzindo a colagern das partículas constituintes. É o 
processo de agregação mais comum nos sedimentos grosseiros e 
arenosos. Cimento de carbonato de cálcio e sílica são os mais comuns. 
 
• 3. Recristalização. Mudanças na textura por 
interferência de fenômenos de crescimento dos cristais 
menores ou fragmentos de minerais até a formação de 
um agregado de cristais maiores. É um fenômeno mais 
comum nos sedimentos químicos. 
• 
• 4. Autigênese. Alteração de um mineral para formar 
outro mineral, que pode ou não atuar como um 
cimento. Crescimento secundário (= intercrescimento) 
de quartzo sobre grãos de quartzo é um exemplo. 
Mineral autigênico é formado de minerais e íons 
existentes nos sedimentos acumulados. Feldspato 
autigênico pode se formar em arenitos. 
 
5. Dissolução diferencial. Dissolução de minerais menos estáveis em uma 
assembléia de minerais deixando uma cavidade. Essas cavidades podem ser 
preenchidas por outros minerais ou grãos. Por exemplo, uma concha 
carbonática de um molusco é dissolvida e a sua cavidade é preenchida por 
argila, deixando um molde de um fóssil. 
 
6. Substituição ou metassomatismo. Cristalização de um novo mineral no 
corpo de um mineral ou agregado de minerais pré-existentes. As texturas e 
estruturas originais geralmente podem ficar bem preservadas. A calcita é 
substituída pela dolomita ou sílica. 
 
7. Inversão. Substituição de um mineral por seu polimorfo (um mineral tendo 
a mesma composição química mas diferente forma cristalina), comumente 
acompanhada por recristalização. A aragonita das conchas de moluscos 
transforma-se em calcita. 
 
8. Bioturbação. Animais escavadores e que se alimentam de matéria orgânica 
destroem parcial ou totalmente a estratificação e oxidam a matéria orgânica 
usada como alimento. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
SEDIMENTOS 
 
 
QUANTO AO TAMANHO DAS PARTÍCULAS 
 
Os sedimentos são classificados também em função de sua 
granulometria ou tamanho dos grãos. Para isto existem várias 
classificações e uma das mais usadas, por ser bastante 
representativa é a de Wentworth-Udden. É uma escala 
granulométrica com razão 2 entre as classes sucessivas. 
 
 
Diâmetro (mm) Nome Rocha Carbonato 
>256 Matacão Conglomerado Calcirudito 
256  128 Bloco Grosso " " 
128  64 Bloco " " 
64  32 Seixo Muito Grosso " " 
32  16 Seixo Grosso " " 
16  8 Seixo Médio " " 
8  4 Seixo Fino " " 
4  2 grânulo " " 
2  1 Areia Muito Grossa Arenito Calcarenito 
1  1/2 Areia Grossa " " 
1/1  1/4 Areia Média " " 
1/4  1/8 Areia Fina " " 
1/8  1/16 Areia Muito Fina " " 
1/16  1/32 Silte Grosso Siltito Calcisiltito 
1/32  1/64 Silte Médio " " 
1/64  1/128 Silte Fino " " 
1/128  1/256 Silte Muito Fino " " 
1/256  1/512 Argila Grossa Argilito, Folhelho Calcilutito 
1/512  1/1024 Argila Média " " 
1/1024  1/2048 Argila Fina " ' 
A separação de grãos em classes permite construir curvas 
granulométricas acumulativas e histogramas dos sedimentos. 
 
MORFOLOGIA DAS PARTÍCULAS SEDIMENTARES - TEXTURA 
 
 
a) Forma dos grãos - A forma dos grãos é geralmente expressa 
em termos geométricos. As formas mais comuns são: 
prismáticas, esféricas, tabulares, lamelares e elipsoidais. 
 
b) Arredondamento - O arredondamento significa a agudeza 
dos ângulos e arestas de um fragmento ou partícula 
clástica. O arredondamento é geralmente expresso como 
angular, subangular, subarredondado e arredondado. 
 
c) Esfericidade - A esfericidado significa a relação entre a 
forma de um grão e a esfera circunscrita a esse grão. 
 
 
 
MORFOLOGIA DAS PARTÍCULAS SEDIMENTARES - TEXTURA 
 
d) Textura - A textura refere-se às características das partículas 
sedimentares e as relações que guardam entre si. Considera o 
tamanho, a forma e o arranjo dos elementos que compõem uma 
rocha sedimentar. Essas propriedades são geométricas, enquanto 
que, a granulometria e o arredondamento são propriedades 
descritivas da textura. 
 
e) Estrutura - Ao contrário da textura, a estrutura trata das feições 
mais amplas das rochas sedimentares e é melhor observada em 
afloramentos, no campo. Estratificação cruzada é um exemplo de 
estrutura sedimentar. 
 
 f) Fábrica - É a orientação ou falta de orientação dos constituintes de 
uma rocha sedimentar. Ex.: os folhelhos possuem fábrica 
heterogênea, pois são formados de partículas alinhadas, enquanto 
que os arenitos maciços possuem fábrica homogênea, pois são 
uniformes. 
 
• g) Empacotamento - É a maneira pela qual os grãos se "arranjam" ou se 
empacotam dentro de uma rocha. Se tomarmos, por exemplo várias esferas 
iguais e tentarmos arranjá-lasde várias maneiras possíveis, chegaremos a 
conclusão que o empacotamento cúbico será o mais aberto e o 
empacotamento romboédrico será o mais fechado. 
 
MORFOLOGIA DAS PARTÍCULAS SEDIMENTARES - TEXTURA 
 
h) Seleção - Um parâmetro 
interessante é o grau de seleção ou 
uniformidade de uma rocha 
clástica. É dado pela predominância 
de uma ou mais classes 
granulométricas. Um sedimento 
bem selecionado apresenta 
predominância de uma classe 
granulométrica e sedimento mal 
selecionado mostra composto por 
duas ou mais classes 
granulométricas. Um sedimento 
que é composto por seixos, areia 
grossa e areia fina é muito mal 
selecionado. 
 
MORFOLOGIA DAS PARTÍCULAS SEDIMENTARES - TEXTURA 
 
 
TEXTURA SUPERFICIAL DAS PARTÍCULAS 
 
1.Desgastada por abrasão (fragmentada) 
 
2. Lobada (com cantos arredondados) 
 
3. Corroída (houve perda por corrosão ou ataque químico) 
 
4. Lisa (sem marcas pronunciadas) 
 
5. Facetada (com planos de cristal) 
 
6. Fosca (ação de impacto pelo vento) 
ORIENTAÇÃO DA PARTÍCULA 
1. Orientação do grão 
 
2. Orientação da matriz 
 
ESTRUTURAS SEDIMENTARES 
 • Conceito: São configurações ou feições observadas na rocha sedimentar produzidas por processos físicos, químicos ou biológicos durante ou após o 
processo deposicional no ambiente sedimentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• O estudo das estruturas sedimentares permite deduzir as condições 
hidrodinâmicas e físico-químicas (ambiente) da sedimentação e também da 
diagênese 
 
 
 
Processos físicos 
Meio de deposição (viscosidade) 
Energia das correntes e ondas 
Profundidade da água 
 
 
Processos Químicos 
Concreções calcárias 
Concreções silicosas 
 
 
Processos biológicos 
Atividade de organismos 
Preservação de fósseis 
CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS EM RELAÇÃO A DIAGÊNESE 
PRIMÁRIAS 
(SINGENÉTICAS) 
Processos formadores logo durante a sedimentação 
Ex. Estratificação cruzada, marcas onduladas 
 
SECUNDÁRIAS 
(EPIGENÉTICAS) 
 
Processos formadores após a sedimentação 
EX. Concreção. 
CAMADA é a menor unidade visível e discernível de um pacote de sedimentos 
depositado num determinado período de tempo e sob as mesmas condições 
deposicionais. 
 
CAMADA Leito ou estrato > 1cm 
 Lâmina <1cm 
Estratificação 
 
 
• a) Estratificação 
• Forma-se devido: 
• Mudança na granulometria do material depositado 
• Mudança na composição do material deformado 
• Mudança na morfometria dos grãos 
• 
• TIPOS 
• Horizontal (Paralela), Cruzada, Ondulada e Gradacional 
• Acamamento fino  Sedimentação lenta (Baixa energia do 
ambiente) 
• Acamamento espesso  Sedimentação rápida (Alta energia do 
ambiente) 
 
 
TIPOS DE ESTRATIFICAÇÃO CRUZADA 
 
. Se formam pela ação da água corrente ou oscilação de ondas. 
Simétrica e Assimétrica. 
MARCAS ONDULARES 
 
 GRETAS DE CONTRAÇÃO 
 
• Lamas argilosas e calcárias desenvolvem fendas de 
contração quando se ressecam, sob a ação do calor do 
sol, formando uma rede de placas poligonais. Camadas 
de areia depositadas acima, penetram entre as fraturas 
e formam moldes desse sistema poligonal. Essas feições 
encontradas nos sedimentos indicam que houve 
exposição subaérea durante a sedimentação e indica 
também se as camadas estão na sua ordem natural de 
exposição ou invertidas. Caso as camadas estivessem 
invertidas a areia em um nível inferior preencheriam as 
fendas de baixo para cima. 
 
CORTE E PREENCHIMENTO 
 
(uma feição erodida preenchida). São denominadas feições acanaladas, indicam 
o topo e a base das camadas e as vezes a presença de discordâncias. 
DEFORMAÇÃO CONVOLUTA 
• ocorre no estágio 
plástico quando o 
sedimento mostra 
alguma coesão e o 
meio ambiente 
apresenta alguma 
instabilidade. As 
camadas se 
deformam e as 
camadas superiores 
mostram 
novamente 
estratificação plano-
paralela. 
 
BRECHA INTRAFORMACIONAL 
• Fragmentos 
angulosos da 
parte inferior da 
própria unidade. 
A sedimentação 
retoma às 
condições 
normais 
anteriores a 
perturbação do 
ambiente de 
sedimentação. 
 
 
BIOTURBAÇÃO. 
• São feições 
provocadas pela 
atividade de 
organismos. Os 
organismos 
destroem total 
ou parcialmente 
as feições de 
sedimentação, 
como a 
estratificação. As 
perturbações 
podem ser no 
interior da 
camada ou em 
sua superfície 
CONCREÇÕES. 
 Concreções são massas geralmente 
nodulares ou esféricas(desde centímetro a 
metro de diâmetro) de substâncias 
químicas e mineral diferente agregadas nos 
poros de um sedimento clástico, 
frequentemente em torno de um núcleo. 
As concreções comumente apresentam 
estrutura concêntrica (crescimento por 
deposição de películas sucessivas) e os 
nódulos têm forma mais irregular. É um 
processo de formação diagenético de 
concentração química em determinados 
pontos ou níveis. Existem concreções de 
sílex, calcário, ferrosiderita etc. 
A: Concreção silicosa (calcedônia) esférica 
em calcário oolítico. Notar a continuidade 
da estratificação do calcário dentro da 
estratificação. A natureza oolítica dentro do 
calcário também continua dentro da 
concreção como mostraram os resultados 
de exame microscópio. 
B: Concreções calcárias botroidais seguindo 
aproximadamente as estratificações do 
arenito 
 
PROPRIEDADE DOS AGREGADOS 
SEDIMENTARES 
 
 
POROSIDADE 
 
 
 
 
Ao contrário das rochas ígneas nas quais a porosidade é mínima, as rochas 
sedimentares clásticas, possuem porosidade geralmente moderada a alta. 
Entende-se por porosidade a percentagem de espaços vazios de uma rocha 
quando comparada com seu volume total. 
 
É uma propriedade muito importante das rochas sedimentares e é o caminho 
natural por onde se movimentam os fluidos contidos nas rochas. Fluidos como 
água subterrânea, gás e petróleo podem transitar e ser armazenados nos poros 
das rochas sedimentares. 
 
A porosidade nas rochas sedimentares é uma função da forma das partículas, do 
empacotamento e da seleção. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA POROSIDADE 
 
a) quanto a sua efetividade 
 0 - 5% Insignificante 
 5 - 10% pobre 
 10 - 15% Regular 
 15 - 20% Boa 
 20 - 25% Muito Boa 
 >25% Excelente 
 
b) quanto ao tipo 
 
Tempo de formação Tipo Origem 
Primária ou Deposicional Intergranular ou 
interpartícula 
Sedimentação 
Intragranular ou 
intrapartícula 
Intercristalina Cimentação 
Secundária ou Fenestral (janela) 
pós-deposicional Vugular Dissolução 
Móldica 
Fratura Tectônica, 
Compactação 
Desidratação, 
diagênese 
Classificação dos diferentes tipos de porosidade encontrada em sedimentos 
 
c) quanto ao tamanho do poro 
• 
• megaporo > 4mm 
• mesoporo 4 a 1/16mm 
• microporo < 1/16 
 
d) quanto a origem 
 
• pré-deposicional 
• sin-deposicional 
• pós-deposicional 
 
Fatores que influenciam a porosidade. 
 
a) Seleção das partículas (muito importante). 
 
Quanto melhor a seleção das partículas maior será a porosidade. Exemplo. 
Arenitos provenientes de dunas eólicas. 
 
b) Tamanho das partículas 
 
Quanto menor a granulometria, maior a porosidade. 
 
c) Forma das partículas 
 
Quanto maior o arredondamento, menor a porosidade. 
 
d) Empacotamento (arranjo) das partículas 
 
Arranjo cúbico (47,6%) e arranjo ortorrômbico (26%). 
 
e) Compactação 
 
A compactação reduz a porosidade, pois realiza-se a 
compactação em detrimento da porosidade. 
 
f) Cimentação 
 A cimentação acarreta a redução da porosidade. 
 
g) Dissolução 
 A dissoluçãopode ocorrer nos minerais do material depositado ou no cimento 
autígênico formado posteriormente à deposição. Minerais que substituíram minerais 
pré-existentes também são passíveis de dissolução. A dissolução aumenta a 
porosidade que passa a ser chamada de secundária. 
 
J) Permeabilidade 
 É a propriedade de um meio poroso permitir a passagem de fluidos através dele 
sem se deformar estruturalmente ou ocasionar deslocamento relativo das suas 
partes 
1 mD Baixa 
1 - 10 mD Regular 
10 - I00 mD Boa 
100 - 1000 mD Muito Boa 
1000 ou 1 Darcy Excelente 
 Escala de Permeabilidade

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