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Esterilização e Desinfecção
Material pertecente a: Vera Regina de Paiva Costa
Enfermeira
NÚCLEO MUNICIPAL DE CONTROLE DE
 INFECÇÃO HOSPITALAR
GERÊNCIA DO CENTRO DE PREVENÇÃO E 
CONTROLE DE DOENÇAS /COVISA
Desinfecção X Esterilização
Qual a diferença?
Desinfecção: 
É um processo que destrói microrganismos, patogênicos ou não, dos artigos, com exceção de esporos bacterianos, por meios físicos ou químicos.
Níveis de desinfecção:
Alto nível: destrói todos os microrganismos com exceção a alto número de esporos => Glutaraldeído 2% - 20 – 30 minutos.
Indicação: área hospitalar preferencialmente.
Médio nível: elimina bactérias vegetativas, a maioria dos vírus, fungos e micobactérias =>Hipoclorito de sódio 1% - 30 minutos.
Indicação: para UBS, creche, asilos,casa de repouso. 
Baixo nível: elimina a maioria das bactérias, algumas vírus e fungos, mas não elimina micobactérias =>Hipoclorito de sódio 0,025%
Indicação:nutrição.
ORDEM DECRESCENTE DE RESISTÊNCIA A GERMICIDAS QUÍMICOS
PRIONS
ESPOROS BACTERIANOS
MICOBACTERIA
VÍRUS NÃO LIPÍDICOS OU PEQUENOS
 VÍRUS
FUNGOS
BACTERIAS VEGETATIVAS
VÍRUS LIPÍDICOS OU VÍRUS DE TAMANHO
 MÉDIO
Mais resistentes
Menos resistentes
Alto nível (aldeídos e
 ácido peracético)
Nível intermediário (álcool,
hipoclorito de sódio a 1%,
cloro orgânico, fenol 
sintético, monopersulfato
de potássio e associações)
Baixo nível (quaternário 
de amônio e hipoclorito 
de sódio 0,2%)
X
DESINFECÇÃO DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO
 Álcool: etílico ou isoopropílico 70% peso/volume
30’’ de aplicação e evaporação natural
 
 Cloro inorgânico: hipoclorito de sódio 1%
 ( 10.000 ppm 30’ )
 orgânico (pó - 10’) 
ASSOCIAÇÕES: Ex. quaternário de amônio + 
 formaldeído + etanol
Germikil
DESINFECÇÃO DE BAIXO NÍVEL
 QUATERNÁRIO DE AMÔNIO
 
 
 HIPOCLORITO DE SÓDIO: 0,2% por 30’
Indicação: quando a garantia da baixa toxicidade 
 é prioritária
O que precisa?
Pia exclusiva com cuba funda (preferencialmente).
Torneira com filtro.
Bancada para apoio, deve ser lavável.
Cuba/balde plástico com cor escura e tampa para colocar a solução -> anotação da data da ativação, identificação do nome da solução. 
Cuba/balde plástica para o enxágüe.
Falso tecido descartável ou tecido(deve ser lavado após o uso, e ser exclusivo) para enxugar os artigos.
Embalagens.
EPI adequado para o profissional(gorro,óculos de proteção, avental impermeável,máscara específica, luvas de cano longo)
Espaço físico adequado => exclusivo, ventilado,
(Resol SS-374/95)
não delaminar
abertura asséptica
memória
 repelência
 tamanhos variados
visibilidade do conteúdo
indicador químico
selagem segura
indicação para abertura
lote de fabricação
Registro na ANVISA
Fatores que afetam a eficácia da esterilização
 A atividade dos agentes esterilizantes depende de inúmeros fatores, alguns inerentes às qualidades intrínsecas do organismos e outros dependentes das qualidades físico-químicas do agente ou fatores externos do ambiente.
Número e localização de microrganismos
Resistência inata dos microrganismos
Concentração e potência do agente germicida
Fatores físicos e químicos
Matéria orgânica
Duração da exposição
Tipos de invólucros para esterilização em estufa
Caixa metálica – preferencialmente de alumínio.
Embalagem individual com material específico.
Imbatível para 
artigos termorresistentes!
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO
 FÍSICOS
 RADIAÇÃO
IONIZANTE 
 CALOR
ÚMIDO
(AUTOCLAVE)
SECO
(ESTUFA)
☺
( + Industrial)
(hospitalar)
Tipos de Esterilização
Esterilização pelo Calor é realizada em autoclaves e estufas.
Vapor saturado sob pressão:
	- autoclaves gravitacionais
	- autoclave a alto vácuo
Ciclo: drenagem do ar;
 admissão de vapor;
	 exaustão do vapor;
 secagem da carga.
- esterilização ultra rápida “ flash sterelization ”.
- Estufa : calor seco
Vapor Saturado sob Pressão
 Nas autoclaves, 
os microorganismos são destruídos pela ação combinada do calor, da pressão e da umidade, que promovem a termocoagulação 
e a desnaturação das proteínas da estrutura genética celular.
Calor Seco
 O processo de esterilização ocorre com o aquecimento dos artigos por irradiação do calor das paredes laterais e da base da estufa, com conseqüente destruição dos microorganismos por um processo de oxidação das suas células, após a desidratação do núcleo. 
Os métodos de esterilização pelo calor
seco em relação ao tempo de exposição 
e temperatura não são uniformes, 
demonstrando uma diversidade de padrão, 
devendo ser validado cada equipamento. 
PONTO
FRIO
T ºC
1
2
3
4
5
6
m. vegetativos 125 – 190 ºC / 2h
m. esporulados 205ºC / 2h
RECOMENDAÇÕES :
 ABANDONAR !
 (restringir para pós, óleos)
 NÃO UTILIZAR O
 CENTRO
 CARGA UNIFORME E DE
 PEQUENA QUANTIDADE
 VALIDAR O PROCESSO
 COM A CARGA MAIS
 PESADA
 NÃO ABRIR A ESTUFA
 DURANTE O CICLO
 USAR RECIPIENTES DE
 ALUMÍNIO
 CARREGAR A ESTUFA
 ANTES DE LIGAR O 
 EQUIPAMENTO
 PREPARAR AS CAIXAS
 COM POUCAS PEÇAS
ESTUFA
	Indicador Biológico
É o único meio de assegurar que o conjunto de todas as condições de esterilização está adequada, porque os microrganismos são diretamente testados quanto ao seu crescimento ou não após a aplicação do processo.
 (São preparações padronizadas de microrganismos, numa concentração do inóculo em torno de 106, comprovadamente resistentes e específicos para um particular processo de esterilização para demonstrar a efetividade do processo). 
Indicador de 1º geração: Tiras de papel impregnadas de esporos – leitura em laboratório.
Indicador de 2º geração: (Attest) incubado à 56ºC, por 48 horas.
Indicador de 3º geração: a diferença para o de 2º geração está na metodologia para detectar o crescimento bacteriano. Deve ser incubado por um período de 1 a 3 horas a 56º C e em seguida ser exposto a luz ultravioleta. A ausência de fluorescência indica que as condições de esterilização foram atingidas.
A freqüência mínima indicada de uso de IB é semanal.
 Existe recomendação de uso de indicadores em todas as cargas que contenham próteses e que estas não sejam utilizadas até o resultado final.
Teste de esterilidade: são realizados diretamente no material processado com o objetivo de verificar a eficiência da esterilização 
Cuidados com os Artigos Esterilizados
Condições de estocagem do artigos esterilizados
Quanto ao ambiente: deve ser limpo; arejado e seco; deve ser restrito à equipe do setor.
Quanto ao artigo: após o processo de esterilização, não colocá-lo em superfície fria (pedra ou aço inoxidável ), utilizar cestos ou recipientes vazados até que esfriem;
invólucro (tecido de algodão cru, tecido não tecido, papel grau cirúrgico, papel crepado, papel com filme, tyvec ou caixas metálicas perfuradas) deve permanecer íntegro e ser pouco manuseado para evitar que os pacotes rasguem ou solte o lacre;
ser estocado em armários fechados com prateleiras;
prateleiras identificadas de modo a facilitar a retirada do material;
material deve ser estocado de acordo com a data de vencimento da esterilização para facilitar a distribuição e não ficar material vencido no estoque;
estocar separadamente dos não estéreis para reduzir o nível de contaminantes externos.
Tempo de validade de esterilização de artigos
A validade de esterilização vincula-se ao risco de recontaminação, tipo e configuração do material de embalagem, número de vezes que é manipulado antes do uso.
Estocagem em prateleira aberta ou fechada, condições ambientais na área de estocagem (limpeza, temperatura e umidade).
Atualmente é um contra-senso estabelecer prazos genéricos por que os fatores contaminantes do ambiente variamentre um serviço e outro.
Devido às diferenças tanto em tipos de invólucros quanto em características de estocagem é impossível recomendar tempos de estocagem para itens estéreis que possam ser aplicados universalmente (AORN)
ARMAZENAGEM
“Todo material processado deve possuir local adequado para armazenagem de forma que não haja risco de recontaminação e que facilite a distribuição.”
“O prazo de validade de esterilização está diretamente relacionado à qualidade da embalagem e condições de armazenagem.”
O local adjacente à área de esterilização, distantes de fonte de água, janelas abertas, portas, tubulações expostas e drenos
Trânsito limitado de pessoas, manipulação mínima e cuidadosa
Validação das embalagens-Vida de prateleira
depende dos eventos relacionados
Houve algum evento que agrediu a embalagem? Caiu no chão?
Foi “apalpado”?
Foi aberto e fechado novamente?
Foi carregado debaixo dos braços?
Foi colocado elásticos, barbante?
Foi “amassado” colocando pesos ou 
 guardados em gavetas apertadas?
Indefinido tempo de esterilização
	➢	Manual de rotina e procedimentos;
	➢	Padronização dos processos adotados, limpeza,desinfecção e 		esterilização;
	➢	Registro diário do processamento de artigos;
	➢	Programa de manutenção preventiva dos equipamentos;
	➢	Manual de funcionamento do equipamento;
	➢	Utilização de indicadores adequados ao processo empregado;
	➢	Barreira fixa até o teto da área suja e limpa.(Consultórios e		Clinicas);
	➢	Bancada adequadas para o preparo do material;
	➢	Local de guarda dos material esterilizado (limpo e fechado);
	➢	Fluxo racional de operacionalização, sem cruzamento de artigo 		contaminado e artigo limpo. 
Aspectos a serem observados:
➢     Baldes plásticos para desinfecção, enxágüe.
➢     Recipientes com as soluções ativadas rotulados.
➢     Pias específicas para o material e lavagens das mãos com sabão liquido e papel toalha.
➢     Local separado para o material de limpeza.
➢     Pisos, paredes laváveis.
➢     Equipamentos (autoclave e estufa)em perfeitas condições de funcionamento (registro de manutenção e testes químicos e biológicos) – (para artigos não pode autoclave vertical).
 Cronograma de limpeza dos equipamentos (água e sabão)
 Verificar a existência dos EPIs.
Aspectos a serem observados:
“Existem dois jeitos de viver: acomodar-se ou ousar. Quando lutamos por idéias nas quais acreditamos nasce daí um sentimento de dignidade de ser alguém que faz a diferença”.
Roberto Shinyashiki

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