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Técnicas de Raspagem e Alisamento Dental Periodontia I Prof. Dr. Wilson Lopes Junior Prof. Flávia Cristina C Cucolo Prof. Paula Lazilha Faleiros Acadêmicos Ahmed Salahaldin Ahmed Fathi Bruno Garbelini Bruno Mendes Aguiar Camilla Aparecida Santos e Silva Débora Fiurst Elisângela Costa Violato Elza Maria Costa Ishizaka José Irajá Rino Ligiane Carolina Galdino Tanji Mayara Mariana Ayres Fernandes Nawar Salahaldin Ahmed Fathi Nicolas Francelino Rodrigues Paula Carenci Raissa Barberato Roberta Aguiar Dias Thais Paviani Thamyres Rafaela Vitor Hugo Parra Wesley Siqueira "A mais importante medida no tratamento da infamação das gengivas, é a remoção dos depósitos nos dentes, e, então, despertar na mente dos pacientes a determinação de mantê-los limpos no futuro. A remoção dos cálculos de tal maneira a assegurar o sucesso é uma das mais difíceis operações da cirurgia dental.” G. V. BLACK - 1886 OBJETIVO PRINCIPAL A raspagem e alisamento radicular normalmente são procedimentos não-cirúrgico no qual o periodontista remove a placa bacteriana e o cálculo abaixo da margem gengival. As superfícies das raízes dos dentes são limpas e aplainadas com instrumentos especialmente desenvolvidos. É importante remover a placa e o cálculo das bolsas, porque além das toxinas bacterianas que irritam a gengiva, a placa e a superfície rugosa do cálculo torna mais fácil a adesão de novas bactérias. RASPAGEM DENTAL "É o processo clínico através do qual se elimina todo o calculo da superfície do dente a partir do epitélio juncional.” PATTISON & PATTISON - 1988 RASPAGEM SUB-GENGIVAL É a remoção do calculo abaixo da margem gengival. SUPRA-GENGIVAL É a remoção do calculo acima da margem gengiva. ALISAMENTO OU APLAINAMENTO RADICULAR É o processo pelo qual o calculo residual e porções de cemento ou dentina são removidos, proporcionando uma superfície lisa, resistente e limpa. Alisamento radicular Processo pelo qual o tártaro residual e o cemento contaminado são removidos das raízes dentárias, objetivando produzir uma superfície lisa, dura e limpa. RASPAGEM ALISAMENTO OBJETIVOS Restauração da saúde gengival. Remoção dos elementos contaminantes da superfície radicular (placa - cálculo – endotoxinas). Impedir a progressão da doença periodontal. ALISAMENTO RADICULAR Remove ranhuras ou irregularidades deixadas pela instrumentação manual Movimentos leves e de maior amplitude com as curetas Textura final: dura, lisa e resistente Limitações da Raspagem e do Alisamento Pode causar hipersensibilidade dentinária Tempo de execução Risco de transmissão de doenças infecciosas (ultrassom) Desconforto do paciente Raspagem e alisamento radicular não são procedimentos separados, apesar de serem diferentes. Todos os princípios da raspagem aplicam-se igualmente ao alisamento, diferenciando-se na intensidade e amplitude de aplicação RASPAGEM ALISAMENTO Placa e cálculo antes e após raspagem e alisamento radicular ANTES DEPOIS Placa e cálculo antes e após raspagem e alisamento radicular ANTES DEPOIS RASPAGEM RADICULAR Inserção e ativação das curetas PROBLEMA DOS INSTRUMENTOS SEM CORTE COM CORTE SEM CORTE Afiação É o desgaste de uma ou mais faces da lâmina do raspador, visando o restabelecimento do corte perdido pelo uso. Por que afiar? Durante a raspagem e o alisamento radicular, os instrumentos periodontais vão perdendo a sua capacidade de corte, tornando-se menos eficientes na remoção do biofilme. A perda de corte desse instrumento leva a uma diminuição da sensibilidade tátil do operador, impõe um aumento na pressão de raspagem, podendo desencadear fadiga muscular, aumento do tempo de trabalho e desconforto para o paciente. Técnica da raspagem Empunhadura da cureta Ponto de apoio (o mais próximo possível da área) Determinação da extremidade ativa Adaptação da lâmina Ângulo de trabalho (45° – 90°) Tipos de movimentos (verticais, horizontais ou oblíquos) Instrumento de raspagem supra-gengival Foices,cinzel, enxada, curetas e ultrassom são os meios mais comuns para remoção do tártaro supragengival. Instrumento de raspagem e alisamento radicular subgengival As curetas são as preferidas, pelas vantagens que o seu desenho oferece. ULTRASSOM INDICAÇÕES 1- Raspagem supra e subgengival 2- Remove tártaro e cemento contaminado 3- Não consegue um alisamento como as curetas ULTRASSOM Contra-indicações: 1- Pacientes com marcapasso 2- Pacientes com doenças infecciosas 3- Pacientes com doenças pulmonares crônicas 4- Restaurações de porcelana 5- Superfícies de implantes EMPUNHADURA DOS INSTRUMENTOS CANETA CANETA MODIFICADA É DOLOROSO? Se o tecido gengival estiver sensível e inflamado, pode-se administrar anestesia local antes da limpeza. Se seus dentes estiverem sensíveis, antes ou depois da limpeza, o dentista pode recomendar o uso de um creme dental dessensibilizante. A raspagem dentária e o alisamento radicular podem exigir de 2-4 consultas, dependendo do grau de gravidade. Se você tiver doença periodontal, a raspagem e o alisamento radicular serão realizados primeiro e, posteriormente, realiza-se a cirurgia periodontal. ATÉ QUANDO RASPAR? A raspagem deve ser feita até quando o acadêmico/ cirurgião dentista detectar o cálculo e retirá-lo. Para ter essa percepção de detectar cálculo, o profissional deve possuir uma sensibilidade táctil eficiente e uma habilidade com os instrumentais de raspagem e alisamento dental. CONCLUSÃO Devemos aplicar a terapia da raspagem e alisamento baseando-se na gravidade da doença periodontal, porque em alguns casos, a severidade da doença é tamanha que o profissional, por mais habilidoso que seja, talvez não consiga em apenas duas sessões restabelecer a saúde periodontal do seu paciente. E entender que, para manter um tratamento de sucesso, o paciente deve adquirir boas prática de higiene bucal e ir ao cirurgião dentista a cada 6 meses no máximo para que seja mantido um controle clínico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Livro- Periodontia Clínica, Carranza 10ª Ed. Apostila: “roteiro de aulas de Laboratório” INSTRUMENTAÇÃO EM PERIODONTIA - Profa. Dra. Gisela Estela Rapp - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA MORAES, F. R. B., MORAES, R. G. B – Instrumental e instrumentação em Periodontia – In: FERRAZ, C. – Periodontia – São Paulo: Artes Médicas, 1998. Cap. 2: p, 13-58. PATTISON, G.L.; PATTISON, A M– Instrumentação em Periodontia: orientação clínica., São Paulo: Panamericana, 1988, 341 p. OBRIGADO PELA ATENÇÃO! Lins, 2 de Novembro de 2014.
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