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APOSTILA DE POLUIÇÃO AMBIENTAL

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS
CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS
CURSO MÉDIO INTEGRADO EM MEIO AMBIENTE
APOSTILA DE POLUIÇÃO AMBIENTAL
Conceito de Poluição ambiental
O conceito de poluição possui definição legal, segundo a lei federal 6938 de 1981 (lei que institui a Política Nacional de Meio Ambiente) poluição é “a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matéria ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos”.
A mesma lei apresenta a definição de outros conceitos importantes em poluição ambiental:
Poluidor: “a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental”.
Meio Ambiente: “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
Recursos Ambientais: “a atmosfera, as águas interiores, superficiais, e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora”.
A poluição surge como o resultado da utilização dos recursos naturais pela população e, na prática, pode ser entendida como qualquer alteração indesejada nas características do ambiente que possa causar prejuízo às atividades dos seres vivos ou ainda deteriorar materiais.
 As fontes poluidoras podem ser classificadas em:
• pontuais ou localizadas (lançamento de esgoto doméstico ou industrial, efluentes gasosos industriais, aterro sanitário);
• difusas ou dispersas (agrotóxicos aplicados na agricultura e dispersos no ar ou carregados pelas chuvas para rios ou lençol freático, gases expelidos de veículos).
É importante diferenciarmos a poluição da contaminação. Muitas vezes, os dois conceitos são entendidos como iguais, entretanto há diferenças entre as duas coisas. Contaminação é apenas a alteração do ambiente que pode causar prejuízo à saúde humana, sem causar nenhum efeito aos recursos ambientais.
Lei da conservação da massa
“Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Acredito que todos já ouviram essa frase, ela significa, na prática, que não se pode criar nem eliminar matéria, apenas é possível transformá-la de uma forma em outra. Esse é o enunciado da Lei da Conservação da Massa, essa lei pode explicar o problema da poluição ambiental.
O fato de não ser possível consumir a matéria até seu esgotamento implica a geração de resíduos em todas as atividades dos seres vivos, resíduos esses indesejáveis a quem os eliminou, mas que podem se reincorporados ao meio, para serem reutilizados posteriormente. Esse processo denomina-se reciclagem e ocorre na natureza por meio dos ciclos biogeoquímicos (que serão estudados em outra componente) que tornam os resíduos aproveitáveis em outra forma. Quando não existe um equilíbrio entre consumo e reciclagem, podem advir conseqüências desastrosas ao meio ambiente (BRAGA et al. 2005).
O meio aquático
Água
A água pura (H2O) é um líquido formado por moléculas de hidrogênio e oxigênio. Na natureza, ela é composta por gases como oxigênio, dióxido de carbono e nitrogênio, dissolvidos entre as moléculas de água. Também fazem parte desta solução líquida sais, como nitratos, cloretos e carbonatos; elementos sólidos, poeira e areia podem ser carregados em suspensão. Outras substâncias químicas dão cor e gosto à água. Íons podem causar uma reação quimicamente alcalina ou ácida. As temperaturas apresentam variação de acordo com a profundidade e com o local onde a água é encontrada, constituindo-se em fatores que influenciam no comportamento químico.
Subentende-se água como sendo um elemento da natureza, recurso renovável, encontrado em três estados físicos: sólido (gelo), gasoso (vapor) e líquido.
As águas utilizadas para consumo humano e para as atividades sócio-econômicas são retiradas de rios, lagos, represas e aqüíferos, também conhecidos como águas interiores.
 
Origem geológica e biológica
A vida surgiu no planeta há mais ou menos 3,5 bilhões de anos. Desde então, a biosfera modifica o ambiente para uma melhor adaptação. Em função das condições de temperatura e pressão que passaram a ocorrer na Terra, houve um acúmulo de água em sua superfície, nos estados líquido e sólido, formando-se assim o ciclo hidrológico.
Os continentes representam a litosfera; a água existente na Terra forma a hidrosfera; cada um dos pólos (Ártico e Antártico) e os cumes das montanhas mais altas apresentam um cobertura de gelo e neve denominada criosfera; a massa de ar que cobre a Terra é chamada de atmosfera, e a vida existente no planeta forma a biosfera.
O oxigênio tem por propriedade ser reativo, ou seja, unir-se a quase todos os outros tipos de átomos: o hidrogênio, o carbono e um grande número de metais e metalóides. Em conseqüência a este fato, quando a Terra se formou, não havia oxigênio livre na atmosfera primitiva, mas somente óxidos voláteis, como gás carbônico, água e outros compostos de hidrogênio, como metano e amoníaco.
 
Volume de água
A quantidade total de água na Terra é distribuída da seguinte maneira:
97,5% de oceanos e mares;
2,5 de água doce;
68,9% (da quantidade geral de água doce) formam as calotas polares, geleiras e neves eternas que cobrem os cumes das montanhas altas da Terra;
29,9% restantes de água doce constituem as águas subterrâneas
0,9% respondem pela umidade do solo e pela água dos pântanos
 
Características da água
A caracterização da água começa a se compor ainda em seu trajeto atmosférico. As partículas sólidas e os gases atmosféricos de várias origens são dissolvidos pelas águas que caem sobre a superfície da Terra em forma de chuva, neblina ou neve.
Contudo, muitas destas características são alteradas mesmo que inconscientemente pelo homem. O uso intensivo de insumos químicos na agricultura, a poluição gerada pelas indústrias e pelos grandes centros urbanos concentram alguns gases na água das chuvas, resultando na chamada chuva ácida, causadora de danos ao ambiente natural e antrópico. Isso ocasiona também a escassez de água para consumo, fazendo com que os aspectos qualitativos da água sejam cada vez mais preocupantes nas regiões muito povoadas.
As fontes hídricas são abundantes, porém mal distribuídas na superfície do planeta. Em algumas áreas, as retiradas são bem maiores que a oferta, causando um desequilíbrio nos recursos hídricos disponíveis. Essa situação tem acarretado uma limitação em termos de desenvolvimento para algumas regiões, restringindo o atendimento às necessidades humanas e degradando ecossistemas aquáticos. Os recursos hídricos são de fundamental importância no desenvolvimentno de diversas atividades econômicas. A água pode representar até 90% da composição física das plantas; a falta de água pode destruir lavouras.
Na indústria, as quantidades de água necessárias são superiores ao volume produzido. A utilização de métodos para o tratamento da água é viável; porém, podem produzir problemas cujas soluções são difíceis, pois que afetam a qualidade do meio ambiente, a saúde pública e outros serviços. Por sua vez, as águas das bacias hidrográficas não são confiáveis e recomendáveis para o consumo da população por não possuírem as características padrões de qualidade ambiental.
As fontes hídricas são abundantes porém, mal distribuídas na superfície do planeta. Em algumas áreas, as retiradas são bem maiores que a oferta, causando um desequilíbrio nos recursos hídricos disponíveis. Essa situação tem acarretado uma limitação em termos de desenvolvimento para algumas regiões, restringindo o atendimento às necessidades humanas e degradando ecossistemas aquáticos. Os recursos hídricos são defundamental importância no desenvolvimento de diversas atividades econômicas. A água pode representar até 90% da composição física das plantas; a falta de água pode destruir lavouras; na indústria as quantidades de água necessárias são superiores ao volume produzido.
A poluição hídrica
O processo de poluição dos rios deve-se à quantidade de “alimentos” lançados nas águas. Os esgotos domésticos, muitos tipos de resíduos industriais, os dejetos agrícolas e especialmente os pecuários, são constituídos preponderantemente de matéria orgânica, elemento que serve de alimento aos seres aquáticos, sejam peixes, sejam bentos, plâncton, bactérias, etc.
O meio aquático precisa de alimento, porém o excesso gera poluição. O mesmo alimento que vai fazer proliferar todos os segmentos da vida aquática, resultará em uma enorme taxa de consumo de oxigênio. O consumo de oxigênio no ambiente será maior que seu fornecimento, que nas águas vêm através da superfície (ventos e principalmente chuvas), e pela produção fotossintética das plantas aquáticas. Muitas vezes a quantidade de matéria orgânica lançada turva a água a ponto de impedir, pelo sombreamento, a atividade fotossintética. Quando a taxa de oxigênio do meio, chega a níveis mínimos, a vida que dele depende, desaparece.
Assim, quanto maior o volume de matéria orgânica – esgotos – for lançado em um corpo d’água, maior será o consumo (demanda) de oxigênio usado na respiração dos seres aquáticos (em especial, das bactérias decompositoras). Como esta demanda (consumo) é resultado de uma atividade biológica ou bioquímica, diz-se que houve uma Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO, cujo valor é medido a partir do volume ou concentração assimilável da matéria orgânica, pelas bactérias aeróbicas, ou seja, das que necessitam do oxigênio em seu metabolismo.
A ação destas bactérias na degradação da matéria orgânica produz gás carbônico resultante da oxidação (perda de elétrons) e água, resultante da redução do oxigênio (ganho de elétrons).
Quando todo o oxigênio se extingue, as bactérias e outros seres que dependem do oxigênio para a respiração também são extintos e em seu lugar surgem outros seres microscópicos capazes de se alimentar e “respirar” na ausência do oxigênio. Estas bactérias são chamadas anaeróbicas.
No processo anaeróbico, os subprodutos dependem do tipo do composto orgânico e da bactéria que está atuando. Quando são bactérias sulfatorredutoras – em ambientes ricos em sulfatos – ocorre o cheiro desagradável de ovos podres, típico de ambientes sépticos. Ao processo com mau odor chama-se também de putrefação.
Mas a decomposição anaeróbica também ocorre sem odores, por exemplo, com a produção de metano (gás dos pântanos), os álcoois, como os da decomposição por fungos da cevada, cana-de-açúcar e uva, produzindo a cerveja, a cachaça e o vinho. A estes processos chama-se fermentação.
Tanto a atividade aeróbica quanto a anaeróbica é chamada de decomposição. São realizadas por microorganismos em seus processos naturais de nutrição e respiração, usando a matéria orgânica como fonte de energia e matéria prima para formação de suas células.
Poluição é a contaminação da água com substâncias que interferem na saúde das pessoas e animais, na qualidade de vida e no funcionamento dos ecossistemas. Alguns tipos de poluição têm causas naturais - erupções vulcânicas, por exemplo - mas a maioria é causada pelas atividades humanas. À medida que a tecnologia foi se sofisticando, o risco de contaminação tornou-se maior.
As águas são poluídas, basicamente, por dois tipos de resíduos: os orgânicos, formados por cadeias de carbono ligadas a moléculas de oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, e os inorgânicos, que têm composições diferentes. Os resíduos orgânicos normalmente têm origem animal ou vegetal e provêm dos esgotos domésticos e de diversos processos industriais ou agropecuários. São biodegradáveis, ou seja, são destruídos naturalmente por microorganismos. Entretanto, esse processo de destruição acaba consumindo a maior parte do oxigênio dissolvido na água, o que pode compreender a sobrevivência de organismos aquáticos. Já os resíduos inorgânicos vêm de indústrias - principalmente as químicas e petroquímicas - e não podem ser decompostos naturalmente. Entre os mais comuns estão chumbo, câdmio e mercúrio. Conforme sua composição e concentração, os poluentes hídricos têm a capacidade de intoxicar e matar microorganismos, plantas e animais aquáticos, tornando a água imprópria para o consumo ou para o banho.
 Esgotos - em todo o planeta 2,4 bilhões de pessoas despejam seus esgotos a céu aberto, no solo ou em corpos d'água que passem perto de suas casas, porque não têm acesso a um sistema de coleta. No Brasil, a rede coletora chega a 53,8% da população urbana. Entretanto, a maior parte do volume recolhido não recebe nenhum tratamento e é despejada nesse estado em rios e represas ou no oceano. Apenas 35,5% dos esgotos coletados são submetidos a algum tipo de tratamento.
Resíduos químicos - geralmente descartados por indústrias e pela mineração, são difíceis de degradar. Por isso, podem ficar boiando na água ou se depositar no fundo de rios, lagos e mares, onde permanecem inalterados por muitos anos. Dentre os mais nocivos estão os chamados metais pesados - chumbo, mercúrio, cádmio, cromo e níquel. Se ingeridos, podem causar diversas disfunções pulmonares, cardíacas, renais e do sistema nervoso central, entre outras. Um dos mais tóxicos é o mercúrio, comumente descartado por garimpeiros após ser empregado na separação do ouro.
Nitratos - presentes no esgoto doméstico e nos descartes de indústrias e pecuaristas, os nitratos representam especial risco à saúde de crianças, causando danos neurológicos ou redução da oxigenação do corpo. Além disso, a presença excessiva de nitratos em rios ou mares estimula o crescimento de algas, fenômeno conhecido como eutrofização. Em casos extremos, essas algas podem colorir a água e emitir substâncias tóxicas para os peixes (maré vermelha).
Vinhoto - efluente orgânico resultante da fabricação do açúcar e do álcool. Pode ser usado como fertilizante, mas com freqüência é descartado diretamente em corpos d'água das regiões produtoras de cana de São Paulo e do Nordeste, embora essa prática seja proibida por lei.
Poluição física - algumas atividades modificam a temperatura ou a coloração da água. É o caso da indústria que usa água para resfriar seus equipamentos e depois a devolve ao rio. Ela continua limpa, mais está muito mais quente do que quando foi captada, o que causa danos aos ecossistemas. Outras atividades, como certos tipos de mineração, podem despejar material radioativo nos rios, prejudicando a fauna e a flora.
Detergentes - em 1985, o Brasil aprovou uma lei que proibiu a produção de detergentes que não fossem biodegradáveis. No entanto, apesar de menos nocivos, os detergentes e sabões em pó comercializados atualmente contêm fosfatos, substâncias que podem promover um crescimento acelerado de algas nos rios. Quando elas morrem, logo são decompostas por bactérias que consomem o oxigênio disponível na água e exalam mau cheiro.
Organoclorados - compostos geralmente oriundos de processos industriais, formados por átomos de cloro ligados a um bicarbonato. De toxicidade variável, suspeita-se que favoreçam o aparecimento de diversos tipos de câncer e más-formações congênitas. Os organoclorados têm a capacidade de se acumular nos tecidos gordurosos dos organismos vivos e se tornam mais concentrados nos níveis mais altos da cadeia alimentar. Ou seja: passam dos microorganismos filtradores para os moluscos, deles para os peixes e daí para mamíferos e aves. O homem, que geralmente está no final desta cadeia, costuma ter as maiores concentrações de organoclorados em seu sangue. Alguns deles são utilizados como agrotóxicos - DDT - Dieldin e Aldrin, mas a sua produção está proibida no Brasil.
Chorume - líquido contaminado que escorre de aterros de lixo e também de cemitérios. Há relatos de moradores das proximidadesdos cemitérios Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo, de que mais de uma vez as enchentes trouxeram para dentro de suas casas restos de roupas e esqueletos. Por isso, os corpos devem ser enterrados sobre solos bem impermeabilizados e protegidos, para que a contaminação não chegue ao lençol freático ou seja arrastada pela chuva. A mesma regra vale para os aterros sanitários e industriais.
 Poluição no campo
A agropecuária contamina as águas de duas formas: quando utiliza fertilizantes e agrotóxicos e quando descarta efluentes com altas concentrações de nitrogênio, sobretudo aqueles gerados nas criações de animais. A maioria dos fertilizantes enriquece o solo com altas doses de nitratos e fosfatos. Parte desses nutrientes é absorvida pelos vegetais, aumentando seu ritmo de crescimento e seu rendimento. Outra parte é arrastada pelas chuvas para os rios ou penetra no solo e acaba alcançando o lençol freático. Entre os agrotóxicos usados no combate às pragas incluem-se produtos de diferentes composições, algumas delas bastante tóxicas. Como os fertilizantes, eles também podem escorrer até um rio ou lago.
Já a criação de animais tem como principais resíduos os excrementos, que são altamente ricos em nitratos. Um porco de 100 quilos elimina cerca de um metro cúbico de esterco por ano, contendo 5,5 quilos de nitrogênio. Esses resíduos são produzidos em grandes volumes e muitas vezes despejados irregularmente nos corpos d'água. Na África são encontrados poços com um nível de nitratos até oito vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
Poluição física das águas
São vários os fatores físicos que causam ou concorrem para o agravamento da poluição. Partículas em suspensão causam turbidez e substâncias pigmentadas em solução que dão cor às águas, limitam a penetração dos raios solares na água, restringindo o desenvolvimento de algas e a fotossíntese. Esse fenômeno ocorre em rios que carreiam a erosão agrícola – com os adubos e matéria orgânica – e nos rios fortemente poluídos por esgotos, que contém partículas em suspensão. Nessas condições, há um agravamento da qualidade das águas: junto com o intenso e acelerado consumo de oxigênio, há inibição no processo fotossintético.
A precipitação dessas partículas, sobre os organismos aquáticos causa perturbações ecológicas. Os organismos ficam cobertos de uma camada de partículas que impedem sua respiração e os intercâmbios com o meio. Nos casos extremos, peixes morrem asfixiados por obstrução das brânquias.
Outra grave interferência física é a relacionada com a elevação da temperatura. Não é o efeito direto do calor sobre os organismos aquáticos que deve ser considerado, mas sim o efeito ecológico, indireto, resultante da perda de oxigênio pela água sempre que a temperatura é ligeiramente elevada.
A solubilidade dos gases na água é inversamente proporcional à sua temperatura. Este fenômeno pode ser observado ao abrir uma garrafa de refrigerante gasoso, que contém gás carbônico dissolvido em alta concentração. Quando o refrigerante está gelado, ao abrir há pouco desprendimento de gás, ao contrário do que acontece se estiver à temperatura ambiente, quando forma muita espuma.
Fato similar ocorre com o oxigênio dissolvido na água. Ao nível do mar, a água de um rio à temperatura de 10º C pode conter até 11,3 miligramas por litro de oxigênio dissolvido; a 35º C a concentração se reduz a menos que 7,0 mg/L. 
Muitas espécies de insetos com larvas aquáticas somente são encontradas em águas frias de montanhas, por causa do maior teor de oxigênio destas. Uma pequena elevação dessa temperatura causaria um verdadeiro desastre ecológico. Esses fatos são conseqüências da poluição térmica. Várias indústrias utilizam águas correntes para refrigeração e outras, como as usinas termelétricas, produzem vapor para acionar turbinas geradoras. A produção do gradiente térmico usa grandes quantidades de água que são lançadas, ainda quentes, nos rios ou mar.
Na área de agroindústrias, vale ressaltar as usinas canavieiras. A água quente que circula em serpentinas para aquecimento e evaporação do caldo de cana, é lançada nos rios, causando mortalidades de peixes mesmo mantendo baixa DBO e aparentemente sem aquecerem significativamente a água dos rios. O efeito ecológico desse processo não é devido à demanda bioquímica, mas à demanda térmica de oxigênio, suficiente para causar a asfixia dos peixes.
Poluição orgânica das águas
A poluição orgânica concentra-se nas regiões onde há grande demografia, especialmente nas margens de cursos d’água proporcionalmente pequenos. Com a concentração humana, normalmente ocorre também as influências do desenvolvimento industrial. Certamente há interesse prático em distinguir os tipos de poluição, se natural ou artificial da sua origem. 
Toda a poluição orgânica, seja originada por produtos fisiológicos, ou de origem industrial bioassimilável, apresenta o mesmo tipo de conseqüências ecológicas. Entretanto, a primeira em geral, apresenta reações microbiológicas, enquanto que a segunda possui componentes bioquímicos, tais como detergentes e produtos tóxicos.
Do ponto de vista puramente ecológico, porém, pode-se considerar a poluição orgânica como um fenômeno único e uniforme em seus efeitos bióticos aquáticos, distinta de outros tipos de poluição.
Um rio que passa por uma região urbana média, com uma variedade de indústrias já implantadas, pode apresentar uma variada carga de contaminantes orgânicos e inorgânicos. Os orgânicos podem ser vivos, como os bacilos coliformes, entre os quais se destacam os coliformes fecais, bactérias transmissoras de endemias, como o tétano, tifo e muitas outras, e organismos na forma de vírus, alguns constituindo próprio ambiente. Outros contaminantes têm origem organo-química, tais como os cianuretos, os fenóis, os agrotóxicos, tais como resíduos de mercuriais, fosforados e vários outros, inclusive de uso já proibido pela legislação.
Poluição química das águas
A poluição química abrange uma grande variedade de alterações ecológicas. É a poluição mais comum, incluindo tanto efeitos químicos causados por esgotos domésticos até os resíduos industriais. O efeito químico causado pelos esgotos vem da própria decomposição biológica. A elevação do teor de amônia, por exemplo, é causa de perturbações ecológico-sanitárias.
Casos semelhantes ocorrem também com compostos com altas concentrações de fósforo, enxofre etc., dando origem a substâncias que podem alterar significativamente o meio.
Os químicos inorgânicos – na maioria contaminantes – dos rios urbanos podem apresentar complexos químicos de boro, bário, cádmio, cloro, cobre, cromo, flúor, fósforo, ferro, manganês, magnésio, nitritos e nitratos, chumbo, selênio, sulfatos e zinco, além de outros, com menor freqüência. Vários desses produtos são resíduos das atividades agropecuárias e da agroindústria.
Três exemplos caracterizam bem a diversidade de aspectos ecológicos resultantes da poluição química: os agentes redutores, os agentes eutrofizantes e os tóxicos seletivos recalcitrantes. 
Agentes redutores são compostos químicos ávidos de oxigênio, como os sais ferrosos, por exemplo. Quando lançados na água combinam-se rapidamente ao oxigênio dissolvido, provocando a diminuição do oxigênio independentemente da atividade microbiana. É a Demanda Química de Oxigênio – DQO, cuja combinação é espontânea. Muitos despejos industriais geram reduções da concentração de oxigênio dos rios por causa dessa demanda.
Agentes eutrofizantes são os que fertilizam a água, podendo levar à excessiva proliferação de microrganismos – como as algas microscópicas que realizam a síntese de compostos orgânicos, utilizando-se do gás carbônico (como fonte de carbono) e da luz solar (como fonte de energia).
Os elementos que os vegetais verdes necessitam para seu crescimento e proliferação, são o nitrogênio, o fósforo e o potássio, assimilados em forma de sais. Por conseguinte, a elevação intencional ou acidental da concentração destes elementos,produz aumento da concentração de algas, a não ser que falte luz no ambiente.
Esses elementos são adicionados diretamente na forma de nitratos e fosfatos ou, indiretamente, na forma de compostos orgânicos – matéria fecal – que é também um adubo orgânico. Por decomposição biológica formam amônia ou nitratos e fosfatos (pequenas lagoas de sítios, onde existem patos ou onde se lançam as fezes de suínos, apresentam forte coloração verde: os excrementos animais fertilizam as águas causando a proliferação de algas microscópicas).
Os agentes eutrofizantes enriquecem a vida aquática, porque a atividade fotossintética – do fitoplâncton – as fontes primárias de mátria orgânica e o oxigênio disponível, levam à proliferação do zooplanton, e dos peixes que dele se nutrem. Assim, o processo é de grande interesse para o piscicultor, que obtém alimento rico e barato para seus peixes, apenas adubando as águas com fosfatos e nitratos de uso agrícola. Porém, o excessivo desenvolvimento de algas constituindo um desequilíbrio ecológico, pode ser prejudicial a outros usos da água.
Os tóxicos seletivos recalcitrantes formam um grupo químico especializado, onde se incluem os detergentes sintéticos não biodegradáveis, os inseticidas e os herbicidas sintéticos.
Estes produtos têm a capacidade de interferir no pH (potencial hidrogeniônico) da água, criando situações de acidez (abaixo do índice pH 7) ou alcalinidade (acima do pH 7), na graduação de 1 a 14. Em condições naturais, os rios equilibram a acidez causada pelas atividades respiratórias dos seres aquáticos, que produzem ácido carbônico, com a alcalinidade dos carbonatos obtidos das rochas calcáreas. Quando uma emanação industrial ácida ou alcalina altera o pH das águas – caso das usinas açucareiras – provoca a mortandade da vida aquática.
Os tóxicos recalcitrantes também afetam a salinidade das águas, e com elas o valor osmótico, que tem a ver com a permeabilidade das membranas às pequenas moléculas de sais. É o efeito osmótico que faz com que uma célula de um animal marinho se arrebente se colocada em água doce, e a célula de um animal de água doce se murche em ambiente marinho.
O terceiro fenômeno importante nestes tóxicos é o da tensão superficial, que é profundamente afetado pelos detergentes. A coesão molecular da camada superficial da águas é essencial para uma infinidade de seres aquáticos, inclusive de grande porte, como é o caso dos patos.
Os detergentes reduzem muito a força de coesão entre as moléculas de água, permitindo maior poder de difusão e penetração. Com isto, produzem danos profundos na fauna microbiana aquática que vive à superfície das águas, e afetam todos os seres aquáticos (atingindo as brânquias e sistemas respiratórios).
Vários inseticidas e herbicidas, mesmo os não aplicados diretamente nas águas, por exemplo, para controle de insetos como os borrachudos, ou no controle químico das plantas aquáticas, mas usados nas lavouras e lixiviados até os cursos d’água pela superfície, adsorvidos em partículas erodidas ou pelas águas freáticas, tem mostrado capacidade de persistência e difusão surpreendentes, nos tecidos de seres vivos e em deposições orgânicas, cujos efeitos, frequentemente não perceptíveis nas condições normais, se mostram nas situações ambientais mais críticas: estiagens, cheias, inversões térmicas dos corpos d’água, atuando de forma sinérgica ou cumulativa, podendo apresentar resultados ecologicamente devastadores.
Autodepuração dos corpos d’água
Os poluentes, após atingirem os corpos d’água estão sujeitos a uma série de processos físicos, químicos e biológicos. Alguns poluentes mais pesados sedimentam no fundo, outros reagem com outros compostos químicos e, os poluentes orgânicos são decompostos pelos microrganismos presentes na água. Devido a esses processos, a uma certa distância da fonte poluidora, caso não haja outras pelo caminho, o corpo d’água se recupera e pode apresentar águas com características semelhantes ou até mesmo idênticas às que apresenta na região anterior à poluição. A esse processo de recuperação dá-se o nome de autodepuração dos corpos d’água.
Classificação dos corpos d’água
A classificação dos corpos d’água, no Brasil, é feita pela Resolução CONAMA 357 de 2005, que divide ás águas doces, salobras e salinas em treze classes de qualidade, de acordo com os usos preponderantes. A resolução determina que “As águas de melhor qualidade podem ser aproveitadas em uso menos exigente, desde que este não prejudique a qualidade da água, atendidos outros requisitos pertinentes.” A referida resolução pode ser encontrada no portal do CONAMA no site do Ministério do Meio Ambiente.
O meio terrestre
De acordo com Braga (2005), o conceito de solo pode ser definido como um manto superficial formado por rocha degradada e, eventualmente, cinzas vulcânicas, misturada com matéria orgânica decomposta ou em decomposição, que contém água, ar e organismos vivos em proporções variáveis.
A proporção de cada um desses elementos no solo é variável, contudo, em termos médios, é a seguinte:
45% de minerais;
25% de ar;
25% de água;
5% de matéria orgânica.
O solo é um componente fundamental do ecossistema terrestre, pois, além de ser o principal substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento e disseminação, fornecendo água, ar e nutrientes, exerce, também, multiplicidade de funções como regulação da distribuição, escoamento e infiltração da água da chuva e de irrigação, armazenamento e ciclagem de nutrientes para as plantas e outros elementos, ação filtrante e protetora da qualidade da água e do ar.
Grande parte do comportamento dos solos é determinada por sua textura. Solos argilosos são mais agregados, enquanto que os de textura grossa apresentam macroporos; solos arenosos são mais permeáveis e com melhor infiltração, sendo este tipo de solo o que está menos sujeito a erosão.
Propriedade instável é a estrutura do solo, esta através de manifestações pode modificar a textura do solo. Associadas textura X estrutura resultam porosidade e permeabilidade; solo com boa porosidade são bastante permeáveis, infiltrando a água de forma abundante e de maneira distribuída.
No que diz respeito à matéria orgânica, sua incorporação com o solo é bastante eficaz na redução da erosão. Há o favorecimento no desenvolvimento de microorganismos do solo e uma melhor penetração das raízes, o que integra as partículas do solo não permitindo o desagregamento das mesmas.
Como recurso natural dinâmico, o solo é passível de ser degradado em função do uso inadequado pelo homem, condição em que o desempenho de suas funções básicas fica severamente prejudicado, o que acarreta interferências negativas no equilíbrio ambiental, diminuindo drasticamente a qualidade vida nos ecossistemas, principalmente naqueles que sofrem mais diretamente a interferência humana como os sistemas agrícolas e urbanos. 
Pode-se dizer que de todos os recursos naturais existentes no planeta, o solo é um dos mais instáveis quando modificado, ou seja, quando sua camada protetora é retirada.
Vale lembrar, que todo solo sofre erosão natural, mesmo que suas propriedades estejam em equilíbrio com o meio. Processos erosivos ocorrem de forma moderada em um solo coberto, sendo esta erosão chamada de geológica ou normal.
Uma vez modificado, para cultivo ou desprovido de sua vegetação originária têm início a erosão, capaz de remover mil vezes mais material do que se este mesmo solo estivesse coberto. Por ano o Brasil perde aproximadamente 500 milhões de toneladas de solos através da erosão.
O arraste de partículas constituintes do solo se dá pela ação de fatores naturais como água e o vento, além da própria erosão geológica ou normal que tem por finalidade nivelar a superfície terrestre. Em todos os casos, a conseqüência é a perda gradual da fertilidade e da produtividade do solo, podendo-se chegar até à sua total esterilização e eventual desertificação, caso não sejam tomadas precauções adequadas em tempo oportuno.
Poluiçãodo solo
Além de ser a fonte de produção de comida, o solo é o receptor de grande quantidade de poluentes tais como material particulado proveniente de usinas geradoras de energia, fertilizantes, pesticidas e outras substancias aplicadas no solo.
A poluição do solo consiste numa das formas de poluição, que afeta particularmente a camada superficial da crosta terrestre, causando malefícios diretos ou indiretos à vida humana, à natureza e ao meio ambiente em geral. Consiste na presença indevida, no solo, de elementos químicos estranhos, de origem humana, que prejudiquem as formas de vida e seu desenvolvimento regular.
A terra não fica poluída com fumaça, gases tóxicos ou esgoto. Os principais poluentes do solo são os agrotóxicos e as montanhas de lixo sólido, amontoados em lugares não apropriados, como os depósitos clandestinos.
A poluição do solo pode ser de duas origens: urbana e agrícola.
Poluição de origem urbana
Nas áreas urbanas o lixo jogado sobre a superfície, sem o devido tratamento, são uma das principais causas dessa poluição. A presença humana, lançando detritos e substâncias químicas, como os derivados do petróleo, constitui-se num dos problemas ambientais que necessitam de atenção das autoridades públicas e da sociedade.
Os depósitos de lixo são um verdadeiro veneno para o solo. Vários produtos químicos chegam misturados ao lixo. Esses produtos aos poucos se infiltram na terra e se acumulam ao longo do tempo. Quando a chuva cai, a coisa fica preta: o lixo e os produtos químicos são arrastados.
Muitas vezes esses venenos vão parar em plantações (contaminando os alimentos) ou em reservatórios de água (poluindo as fontes). Às vezes a infiltração é tão grande que chega a atingir lençois freáticos, que são uma espécie de reservatório subterrâneo de água. 
A montoeira de lixo também libera fumaça tóxica. O cheiro de um depósito de lixo é insuportável, por causa da liberação de um gás fedido e inflamável, chamado metano. As pessoas que trabalham nesses lugares precisam usar máscaras e tomar cuidado, porque podem pegar doenças como leptospirose e cólera. É também muito comum as pessoas colocarem fogo no lixo _ o que não é nada legal, porque essa queima libera gases poluentes.
O grande problema é que o homem produz lixo que não é reaproveitado pela natureza, como copos de plástico, latinhas de metal e garrafas de vidro. Essa parte sólida do lixo demora muito para desaparecer. Uma fralda de bebê, por exemplo, leva 500 anos para se decompor. A idade do Brasil!
Outro tipo de lixo extremamente perigoso é o produzido pelas usinas nucleares. Os lixos radioativos causam problemas sérios de saúde. Não há conhecimento científico até hoje sobre como descartá-lo de forma segura.
Poluição de origem agrícola
A poluição do solo, nas áreas rurais, dá-se, sobretudo pelo uso indevido de agrotóxicos e fertilizantes agrícolas. 
Os agrotóxicos são substâncias que os agricultores jogam nas plantações. Eles impedem que insetos e outros bichos acabem com a produção. São como uma vacina contra as doenças das plantas. Os principais agrotóxicos são os pesticidas e os herbicidas. Cada um mata um tipo de praga. Os principais fertilizantes são os fosfatos e nitratos, que vão se acumulando no solo e poluindo cada vez mais.
Os fertilizantes servem para fazer as plantas crescerem mais fortes.O problema é que quando comemos esses alimentos, estamos ingerindo também os agrotóxicos e fertilizantes.
Alguns agricultores não usam fertilizantes nem agrotóxicos. Eles utilizam soluções naturais para combater as pragas. Isso é chamado de "agricultura orgânica". Alguns supermercados vendem alimentos orgânicos. Eles são um pouco mais caros do que o normal, mas vale a pena: fazem bem para a saúde e para a natureza.
Erosão e degradação do solo – ocorrência e controle
A erosão é o principal processo que remove os nutrientes depositados no solo logo após a queima da floresta, conduzindo-o à degradação biológica em poucos anos. As perdas de solo e água pela erosão são especialmente intensas nas condições de alta pluviosidade que predomina em toda a Região Amazônica.
Os processos erosivos são intensificados pela exposição direta do solo ao contato com a água das chuvas e pela mineralização da biomassa vegetal logo após o uso do fogo para a limpeza das áreas. Por esse motivo, evitar o uso do fogo no manejo de pastagens e áreas cultivadas é fundamental para diminuir a intensidade dos processos erosivos.
A perda de nutrientes é especialmente crítica para o fósforo, um elemento importante para as plantas e que se encontra em baixas reservas nos solos. Nos sistemas naturais, a maior parte do fósforo mais rapidamente disponível para as plantas está retida na biomassa vegetal e, no processo de derrubada e queima, esse nutriente é incorporado às cinzas, atuando como o principal responsável pelos melhores índices de produtividade nos primeiros anos após a derrubada.
Entretanto, a rápida diminuição das quantidades de fósforo assimilável no solo conduz invariavelmente à perda de capacidade produtiva das áreas cultivadas.
As perdas provocadas pela erosão dependem de dois processos principais:
a) Exposição do solo ao contato direto com as gotas de chuva.
b) Enxurrada.
Por esse motivo, as práticas conservacionistas, que visam diminuir a intensidade dos processos de erosão, fundamentam-se na manutenção da cobertura do solo e na construção de terraços.
O impacto direto das gotas de chuva no solo causa a desagregação das suas partículas, tornando-as mais vulneráveis ao arraste mecânico causado pelo escoamento superficial das águas. Esse processo, chamado de erosão laminar, ainda retira a matéria orgânica do solo, prejudicando as características físicas do terreno, notadamente a porosidade e a capacidade de retenção da água. O entupimento dos poros do solo pelas partículas desagregadas dificulta a infiltração das águas das chuvas e, assim, aumenta o volume do escoamento superficial, facilitando ainda o próprio transporte dessas partículas pela enxurrada.
Por sua vez, quanto maior a declividade do terreno e maior a extensão da rampa (encosta) por onde a chuva irá escorrer, maior será o volume da enxurrada. Portanto, mais graves serão os danos causados pela erosão, podendo inclusive ocasionar sulcos ou voçorocas.
A adoção de práticas de conservação do solo visa diminuir ou minimizar os efeitos destes dois principais processos erosivos (exposição e enxurrada), conciliando a exploração econômica com a preservação dos recursos naturais solo e água.
Recuperação de áreas degradadas
Nas situações em que a degradação está ocorrendo, seja em sua fase inicial (degradação agrícola) ou final (degradação biológica), é necessário adotar técnicas de recuperação.
As estratégias para recuperação dessas áreas podem ser em longo, médio ou curto prazo e ainda depender do sistema de exploração da área (pastagens, lavouras, florestas cultivadas ou sistemas agroflorestais).
Estratégias em Longo Prazo
A estratégia de recuperação em longo prazo consiste no abandono da área para que haja a recomposição natural da vegetação. O abandono da área (pousio) conduz ao desenvolvimento de arbustos e árvores que, com o passar dos anos, podem formar uma vegetação com característica de floresta secundária, em que muitas das funções da floresta primária são parcialmente restabelecidas.
Essa vegetação secundária passa a absorver água de camadas mais profundas do solo, atuar como sumidouro de carbono atmosférico e transferir nutrientes do solo para a biomassa, onde ficam menos susceptíveis à erosão.
Existem vários fatores que podem comprometer ou dificultar a formação da vegetação secundária, como baixo estoque de sementes de plantas nativas, efeito alelopático da vegetação cultivada (principalmente gramíneas de pastagens), alto nível de compactação do solo, baixa fertilidade do solo ou efeitos residuais de herbicidas e pesticidas.
Para tornar essa recuperação mais rápida pode-se optar pelo manejo melhorado da vegetaçãosecundária (capoeiras). O manejo das capoeiras é tradicionalmente um componente da agricultura migratória na Amazônia, que consiste basicamente em abandonar áreas agrícolas por um dado período de tempo (5 a 15 anos ou mais) e depois reincorporá-las ao sistema produtivo, por meio da derrubada e queima da vegetação secundária que se desenvolveu no local. Esse período de abandono, também denominado pousio, consiste no tempo necessário para que, uma vez cessadas as principais saídas de nutrientes (erosão, exportação pela colheita), haja uma recuperação da fertilidade do solo.
O sistema pode ser manejado para diminuir o período de pousio. Esse processo, denominado manejo melhorado de capoeiras, é feito com a introdução ou plantio de uma espécie capaz de fixar nitrogênio por meio de associação simbiótica, normalmente, uma leguminosa arbustiva ou herbácea. Tratamentos silviculturais como desbaste seletivo, corte de cipós, cortes de liberação, plantio de espécies de valor econômico e eliminação das espécies indesejadas podem também ser realizados com o objetivo de aumentar a produtividade biológica e econômica do sistema.
Leguminosas de rápido crescimento também podem ser indicadas para cultivo na área que será deixada em pousio por curto período de tempo. Entretanto, em áreas mais degradadas, que demandam um maior tempo para sua recuperação, devem-se plantar leguminosas arbustivas ou arbóreas, quando a capoeira ainda estiver nova (primeiros anos de regeneração).
Uma prática importante para a reutilização agrícola dessas áreas, após o período de pousio, está na eliminação do processo de queima da biomassa. Nesse caso, em vez de fazer a derruba e queima da vegetação secundária que se formou na área, utilizam-se equipamentos que permitem o corte e a trituração da biomassa, a qual é deixada para se decompor no solo. Esse processo deixa o solo menos exposto a processos erosivos e evita as perdas de vários nutrientes durante a queima, principalmente nitrogênio e enxofre.
O manejo da vegetação secundária e o posterior uso do local no processo produtivo sem a utilização do fogo são particularmente viáveis para áreas agrícolas, onde o plantio direto pode ser feito diretamente sobre a biomassa vegetal triturada.
A recuperação das matas ciliares é também considerada uma estratégia em longo prazo. Uma vez sendo necessária a recomposição das matas ripárias, deve-se atentar para que se utilize o maior número possível de espécies, garantindo assim a heterogeneidade da flora. 
Para a recuperação das áreas degradadas é possível utilizar espécies nativas que possibilitem uso múltiplo, ou seja, que possam apresentar retorno econômico sem degradação ambiental.
Estratégias em Curto Prazo
As estratégias em curto prazo consistem na adoção de tecnologias visando à pronta recuperação da área. Normalmente, nas áreas agrícolas, envolvem o uso de corretivos da acidez, para eliminar os efeitos tóxicos do alumínio e fornecer cálcio e magnésio às plantas; utilização de leguminosas como fonte de nitrogênio e matéria orgânica; e adubação química para a recomposição dos teores de fósforo e potássio do solo. 
É importante salientar que nos ecossistemas agrícolas, a adoção das práticas conservacionistas integrada com o manejo adequado da fertilidade do solo (adubações minerais ou orgânicas equilibradas, adoção de adubação verde), além de ser uma importante garantia de boa produtividade, ao longo do tempo contribui para recuperar as áreas degradadas.
Aplicação de águas residuárias para tratamento no solo
Os sistemas de tratamento natural de despejos líquidos aproveitam os processos químicos, físicos e biológicos que acontecem no solo. Eles incluem operações unitárias que são desenvolvidas em estações de tratamento tais como sedimentação, filtração, transferência de gases, adsorção troca iônica precipitação, oxidação e redução e conversão e decomposição biológicas junto com os processos naturais como fotossíntese, foto-oxidação e assimilação pelas plantas. Nas ETEs estes processos são desenvolvidos em velocidades elevadas por causa do aporte energético ao passo que nos sistemas de aplicação no solo se desenvolvem em velocidades naturais e em um único reator-ecossistema.
Em alguns casos, dependendo a concentração de sólidos em suspensão no despejo, é necessária a aplicação de pré-tratamento o tratamento primário com o objetivo de removê-los e evitar problemas relacionados com a obstrução dos sistemas de distribuição.
Os sistemas podem ser de baixa carga, infiltração rápida ou de escoamento superficial.
Sistemas de baixa carga
Incluem a aplicação do despejo sobre um solo com vegetação como objetivo de promover o tratamento do despejo e o crescimento da cultura. O líquido pode consumir-se por evapotranspiração ou escoar horizontalmente no terreno. Todo o líquido que escoa é recolhido e recirculado até o inicio do sistema.
Taxa de aplicação = 100 a 200 m3/ha.dia
Sistemas de infiltração rápida
O esgoto, após ter recebido algum tipo de tratamento aplica-se no solo em forma intermitente mediante valas de infiltração ou de distribuição de pouca profundidade. Também se emprega a aplicação de água residuária por meio de sistemas de aspersão. Devido a que a taxa es elevada, as perdas por evaporação só representam uma pequena parte do da água aplicada e a maior parte percola no solo fornecendo o tratamento desejado.
Taxa de aplicação = 900 a 2000m3/ha.dia
Irrigação superficial
O líquido distribui-se na parte superior de terrenos com vegetação com declividade adequada de forma que o despejo possa escoar pela superfície até valas de coleta localizadas na extremidade inferior do talude. Aplica-se em forma intermitente em solos relativamente impermeáveis. A infiltração no sole é baixa e a maior parte do líquido é coletado nas valas.
Taxa de aplicação = 3 a 8 l/min.metro linear.
Largura do talude 30 a 45 m.
O meio atmosférico
A atmosfera atual do planeta Terra é fruto de processos físico-químicos e biológicos iniciados há milhões de anos. Existem várias teorias que procuram explicar sua origem e evolução. Uma das hipóteses mais aceitas atualmente é a de que a Terra, ainda sem atmosfera, formou-se a partir da acumulação de partículas sólidas relativamente frias dos mais diversos tamanhos, procedentes da nuvem de gás e poeira que originou o sistema solar. As reações térmicas que se seguiram, tanto por processos radioativos quanto pela sedimentação de elementos mais densos (por efeito gravitacional) em direção ao centro do planeta, provocaram um aumento na temperatura terrestre. Essas mudanças desencadearam reações nas camadas superficiais da Terra, dando origem à atmosfera. Em uma primeira fase, a atmosfera era formada basicamente por gás carbônico (CO2) e vapor de água, com ausência de oxigênio livre. Em virtude do resfriamento da Terra surgiram os oceanos e, a partir de um processo evolutivo, foi originada a primeira planta capaz de realizar fotossíntese, processo que produz oxigênio livre. Após um longo período de evolução, a concentração do oxigênio na atmosfera foi aumentando até atingir os níveis atuais (BRAGA et. al. 2005).
A tabela abaixo, extraída de Braga et. al. (2005) apresenta os principais gases constituintes da atmosfera.
	Gases
	(%)
	Nitrogênio (N2)
	78,11
	Oxigênio (O2)
	20,95
	Argônio (Ar)
	0,934
	Gás Carbônico (CO2)
	0,033
Além desses gases, a atmosfera terrestre possui quantidades de: neônio, hélio, criptônio, xenônio, hidrogênio, metano, ozônio, dióxido de nitrogênio, vapor d’água e material particulado.
Existem várias formas de descrever a estrutura da atmosfera. Do ponto de vista ambiental, a classificação feita de acordo com o perfil da variação da temperatura com a altitude é a mais conveniente. Cerca de 90% do ar atmosférico se concentra em uma camada relativamente fina chamada troposfera, que se estende até uma altitude que pode variar entre 10 e 12 km, sendo maior sobre a linha do Equador e menor à medida que a latitude vai aumentando. A troposferaé a camada responsável pelas condições climáticas na Terra, por isso possui grande importância ambiental. Na troposfera a temperatura diminui com o aumento da altitude.
Acima da troposfera encontra-se a estratosfera, que também possui grande importância ambiental, pois é nela que fica a camada de ozônio, que protege a Terra das radiações ultravioletas originadas do Sol. Na estratosfera a temperatura sofre um acréscimo à medida que a altitude aumenta. Acima da estratosfera temos a mesosfera onde a temperatura diminui com o aumento da altitude e, logo acima, a termosfera ou ionosfera.
Os problemas de poluição atmosférica são antigos, as primeiras reclamações a respeito do assunto surgiram na Roma antiga, há cerca de 2 mil anos. No entanto, a partir da revolução industrial, a emissão de poluentes atmosféricos aumentou e o problema foi se agravando, principalmente nas grandes cidades e, atualmente é um dos principais desafios dos grandes centros urbanos.
Poluição atmosférica
A definição de poluição atmosférica é relativamente simples, como por exemplo, a presença de substâncias estranhas na atmosfera em quantidade suficiente para causar dano a qualquer ser vivo, vegetal ou animal. A origem da poluição atmosférica pode ser decorrente da ação direta do homem, mas também de eventos naturais como a erupção de um vulcão ou de incêndios florestais.
Os países industrializados são os maiores produtores de poluentes, enviando anualmente bilhões de toneladas para a atmosfera. A tabela que se segue mostra os principais poluentes do ar e os seus efeitos; o seu nível de concentração no ar é dado pelo número de microgramas de poluente por m3 de ar, ou, no caso dos gases, em termos de partes por milhão (ppm), o que expressa o número de moléculas do poluente por um milhão de moléculas constituintes do ar.
A associação com mortalidade por várias causas, pelo aparecimento de doenças graves como infarto do miocárdio e câncer, ou doenças mais simples como rinite e resfriado, passando pela piora da asma e da bronquite, foram as associações mais facilmente determinadas. Mas outras associações foram publicadas, várias delas com grau elevado de refutação, como as anomalias congênitas e uma mais recente, que associa a concentração de chumbo na atmosfera – proveniente da combustão dos automóveis – à violência urbana.
Para se compreender a associação entre poluentes e doença, é necessário identificar os principais poluentes em uma determinada localidade e a distribuição durante o tempo, pois há diferença significativa da concentração de acordo com a temperatura, umidade relativa do ar e direção dos ventos.
Atualmente são inúmeros os poluentes da atmosfera sendo as fontes que os originam e os seus efeitos muito diversificados. Desta forma, podem distinguir-se dois tipos de poluentes:
- Poluentes Primários são aqueles que são emitidos diretamente pelas fontes para a atmosfera, sendo expelidos diretamente por estas (por exemplo, os gases que provêm do tubo de escape de um veículo automóvel ou de uma chaminé de uma fábrica). Exemplos: monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx) constituídos pelo monóxido de nitrogênio (NO) e pelo dióxido de nitrogênio (NO2), dióxido de enxofre (SO2) ou as partículas em suspensão.
- Poluentes Secundários, os que resultam de reações químicas que ocorrem na atmosfera e onde participam alguns poluentes primários. Exemplo: o ozônio troposférico (O3), o qual resulta de reações fotoquímicas, isto é, realizadas na presença de luz solar, que se estabelecem entre os óxidos de azoto, o monóxido de carbono ou os Compostos Orgânicos Voláteis (COV).
De entre os inúmeros poluentes que atualmente contaminam a atmosfera iremos nos concentrar naqueles mais comuns, ou seja, aqueles que existem em grandes quantidades na atmosfera sendo gerados, na sua maioria, pelas atividades humanas industriais e pelos sistemas de transporte.
Material particulado: são as partículas suspensas no ar, líquidas ou sólidas, cuja composição depende da fonte de emissão. Elas são classificadas de acordo com o seu tamanho. A preocupação maior é com aquelas com tamanho igual ou inferior a 10 micra, porque são essas que são inaladas e atingem as vias áreas respiratórias inferiores. A reação do organismo começa nas narinas e faringe, com espirro e pigarro. Depois, quando atinge os brônquios, a reação é de tosse. Posteriormente, há reação inflamatória nos bronquíolos e alvéolos que poderá facilitar infecção ou, então, estados de broncoespasmo que se manifesta com chiados.
Óxidos de nitrogênio (NOX): a sua concentração nos ares é decorrente dos motores dos automóveis. Atingem toda árvore respiratória e têm poder oxidante.
Ozônio (O3): é um poluente secundário produzido por reação fotoquímica na presença de precursores como NO, que por sua vez é originado pela atividade dos carros e de indústrias. Ele atinge toda a árvore respiratória.
Derivados do enxofre são o dióxido de enxofre e os aerossóis de sulfato, bissulfato e ácido sulfúrico (H2SO4), que são produzidos ou pela combustão do carvão ou do petróleo. Eles atingem toda a camada respiratória. 
Monóxido de carbono (CO) originado pela combustão dos automóveis, sendo altamente tóxico em ambientes fechados. 
Dióxido de Carbono (CO2) é o principal composto resultante da combustão completa de combustíveis fósseis e de outros materiais combustíveis que contenham carbono, além de ser gerado no processo de respiração aeróbia dos seres vivos, que utilizam o oxigênio para poder liberar a energia presente nos alimentos que são ingeridos.
Hidrocarbonetos são resultantes da queima incompleta dos combustíveis, bem como da evaporação desses combustíveis e de outros materiais como, por exemplo, os solventes orgânicos.
Oxidantes fotoquímicos são compostos gerados a partir de outros poluentes (hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio), que foram lançados à atmosfera por meio da reação química entre esses compostos, catalisada pela radiação solar. Dentre os principais oxidantes fotoquímicos destacam-se o ozônio e o peróxi-acetil nitrato (PAN).
Pesticidas e herbicidas são compostos químicos (organoclorados, organofosforados e carbamatos) utilizados principalmente na agricultura para o controle de plantas daninhas e de pragas. As principais fontes desses tipos de contaminantes atmosféricos são as indústrias que os produzem, bem como os agricultores que fazem uso deles, pelos processos de pulverização nas plantações e no solo.
Substâncias radioativas são materiais que possuem alguns elementos capazes de emitir radiação, ou seja, eles emitem energia na forma de radiação. Em muitos casos, a energia emitida por essas substâncias é suficiente para causar danos aos seres vivos e aos materiais em razão, principalmente, do rompimento de ligações químicas das moléculas que constituem o tecido vivo e a estrutura dos materiais. As principais fontes de substâncias radioativas para a atmosfera são os depósitos naturais, as usinas nucleares, os testes de armamento nuclear e a queima de carvão.
Som – a poluição sonora também se caracteriza pela emissão de energia para o meio ambiente, só que na forma de ondas de som, com intensidade capaz de prejudicar os seres humanos e outros seres vivos. O problema da poluição sonora está diretamente associado ao nosso estilo de vida industrial.
Do ponto de vista espacial, as fontes de poluição podem ser classificadas em móveis e estacionárias. Um exemplo de fontes móveis são os veículos e de fonte estacionária é uma chaminé. As fontes estacionárias produzem cargas pontuas de poluente e as fontes móveis produzem cargas difusas. Quanto à dimensão da área atingida pelos problemas de poluição do ar, podemos classificá-los em problemas globais e locais. Os locais dizem respeito a problemas de poluição em uma região relativamente pequena e os globais envolvem toda a ecosfera.
Poluição local
Os problemas de poluição atmosférica, em escala local, são formados por episódios críticos de poluição em cidades e dependem dos poluentes quesão gerados e das condições climáticas existentes para sua dispersão. Costuma-se classificar essas situações críticas em dois tipos principais: smog industrial e o smog fotoquímico. Apesar de ser feita essa distinção, os dois tipos podem ocorrer simultânea ou separadamente, em diferentes estações do ano, em uma mesma região.
Smog industrial
Esse tipo de smog é típico de regiões frias e úmidas. Os picos de concentração ocorrem exatamente no inverno, em condições climáticas adversas para a dispersão dos poluentes. Um fenômeno meteorológicos que agrava o smog industrial é a inversão térmica, quando os picos de concentração de poluentes ocorrem geralmente nas primeiras horas da manhã.
Os principais elementos componentes desse tipo de smog provêm da queima de carvão e de óleo combustível. Esse smog predomina em regiões industriais e onde é intensa a queima de óleo para aquecimento doméstico ou para geração de eletricidade. Seus principais componentes são o dióxido de enxofre e o material particulado. Ambos podem provocar lesões respiratórias.
O smog industrial ocorre principalmente em cidades com inverno rigoroso e com intensa queima de óleo e carvão. Uma característica desse tipo de smog é a formação de uma espécie de névoa acinzentada que recobre as regiões onde ocorre.
Smog fotoquímico
Esse tipo de smog é típico de cidades ensolaradas, quentes, de clima seco. Os picos de poluição ocorrem em dias quentes, com muito sol. O principal agente poluidor, nesse caso, são os veículos, que geram uma série de poluentes, principalmente óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos. Esses gases sofrem várias reações na atmosfera por efeito da radiação solar, gerando novos poluentes, por isso o nome “fotoquímico”.
A característica principal do smog fotoquímico é sua cor marrom avermelhada, e seu pico de concentração ocorre por volta das 10 ou 12 horas. O controle do smog fotoquímico passa pelo controle da emissão de poluentes produzidos pelos meios de transporte.
Poluição global
Os principais problemas globais de poluição do ar são: as chuvas ácidas, o efeito estufa e a destruição da camada de ozônio.
Chuvas ácidas
A Revolução Industrial do século XVIII trouxe vários avanços tecnológicos e mais rapidez na forma de produzir, por outro lado originou uma significativa alteração no meio ambiente. As fábricas, com suas máquinas a vapor, queimavam toneladas de carvão mineral para gerar energia. A queima de carvão e de combustíveis fósseis e os poluentes industriais lançam dióxido de enxofre e de nitrogênio na atmosfera. Esses gases combinam-se com o hidrogênio presente na atmosfera sob a forma de vapor de água. O resultado são as chuvas ácidas. As águas da chuva, assim como a geada, neve e neblina, ficam carregadas de ácido sulfúrico ou ácido nítrico. Ao caírem na superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações.
O gás carbônico (CO2) expelido pela nossa respiração é consumido, em parte, pelos vegetais, plâncton e fitoplâncton, e o restante permanece na atmosfera. 
        Hoje em dia, a concentração de CO2 no ar atmosférico tem se tornado cada vez maior, devido ao grande aumento da queima de combustíveis contendo carbono na sua constituição.
Tanto o gás carbônico como outros óxidos ácidos, por exemplo, SO2 e NOx, são encontrados na atmosfera e as suas quantidades crescentes são um fator de preocupação para os seres humanos, pois causam, entre outras coisas, as chuvas ácidas. 
        O termo chuva ácida foi usado pela primeira vez por Robert Angus Smith, químico e climatologista inglês. Ele usou a expressão para descrever a preciptação ácida que ocorreu sobre a cidade de Manchester no início da Revolução Industrial. Com o desenvolvimento e avanço industrial, os problemas inerentes às chuvas ácidas têm se tornado cada vez mais sérios. 
A chuva ácida é composta por diversos ácidos como, por exemplo, o óxido de nitrogênio e os dióxidos de enxofre, que são resultantes da queima de combustíveis fósseis (carvão, óleo diesel, gasolina entre outros). Quando caem em forma de chuva ou neve, estes ácidos provocam danos no solo, plantas, construções históricas, animais marinhos e terrestres etc. Este tipo de chuva pode até mesmo provocar o descontrole de ecossistemas, ao exterminar determinados tipos de animais e vegetais. Poluindo rios e fontes de água, a chuva pode também prejudicar diretamente a saúde do ser humano, causando doenças pulmonares, por exemplo.
Este problema tem se acentuado nos países industrializados, principalmente nos que estão em desenvolvimento como, por exemplo, Brasil, Rússia, China, México e Índia. O setor industrial destes países tem crescido muito, porém de forma desregulada, agredindo o meio ambiente. Nas décadas de 1970 e 1980, na cidade de Cubatão, litoral de São Paulo, a chuva ácida provocou muitos danos ao meio ambiente e ao ser humano. Os ácidos poluentes jogados no ar pelas indústrias estavam gerando muitos problemas de saúde na população da cidade. Foram relatados casos de crianças que nasciam sem cérebro ou com outros defeitos físicos. A chuva ácida também provocou desmatamentos significativos na Mata Atlântica da Serra do Mar.
Um dos problemas das chuvas ácidas é o fato destas poderem ser transportadas através de grandes distâncias, podendo vir a cair em locais onde não há queima de combustíveis.
Como evitar a chuva ácida
CONSERVAR ENERGIA 
Hoje em dia o carvão, o petróleo e o gás natural são utilizados para suprir 75% dos gastos com energia. Nós podemos cortar estes gastos pela metade e ter um alto nível de vida. Eis algumas sugestões para economizar energia:  
Transporte coletivo: diminuindo-se o número de carros a quantidade de poluentes também diminui; 
Utilização do metrô: por ser elétrico polui menos do que os carros; 
Utilizar fontes de energia menos poluentes: energia hidrelétrica, energia geotérmica, energia das marés, energia eólica (dos moinhos de vento), energia nuclear (embora cause preocupações para as pessoas, em relação à possíveis acidentes e para onde levar o lixo nuclear). 
OUTRAS SOLUÇÕES
 Purificação dos escapamentos dos veículos: utilizar gasolina sem chumbo e adaptar um conversor catalítico; 
Utilizar combustíveis com baixo teor de enxofre. 
O efeito estufa
O efeito estufa é um fenômeno ocasionado pela concentração de gases (como dióxido de carbono, óxido nitroso, metano e os clorofluorcarbonos - estes últimos resíduos de produtos industrializados) na atmosfera, formando uma camada que permite a passagem dos raios solares e que absorve grande parte do calor emitido pela superfície da Terra.
Os clorofluorcarbonos (CFCs) produzidos pela indústria química, são poderosos gases com efeito estufa. Eles também reagem com o ozônio troposférico, destruindo, dessa forma, a camada de ozônio.
Alguns gases da atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (CO2), funcionam como uma capa protetora que impede que o calor absorvido da irradiação solar escape para o espaço exterior, mantendo uma situação de equilíbrio térmico sobre o planeta, tanto durante o dia como noite. Sem o carbono na atmosfera, a superfície da Terra seria coberta de gelo.
O efeito estufa na Terra é garantido pela presença do dióxido de carbono, vapor de água e outros gases raros. Esses gases são chamados raros porque constituem uma parcela muito pequena na composição atmosférica, formada em sua maior parte por nitrogênio (75%) e oxigênio (23%).
Os gases estufa agem como isolantes por absorver uma parte da energia irradiada pela Terra. As moléculas desses gases, agora mais ricas em energia, reirradiam-nas em todas as direções. Uma parte retorna para a Terra. Na ausência desta ação isolante, a Terra iria se resfriar muito. Devido ao efeito estufa, a superfície terrestre é aproximadamente 33°C mais quente.  
Se os níveis dos gases estufa proverem um isolamento durante um período longode tempo, a Terra poderá eventualmente se tornar muito quente para a manutenção da vida. O problema não está na existência dos gases estufa - pois eles são de origem natural e executam um serviço essencial - mas devido às altas concentrações desses gases.
Ao longo dos últimos cem anos, a concentração de gases de efeito estufa vem aumentando por causa da maior atividade industrial, agrícola e de transporte, e principalmente devido ao uso de combustíveis fósseis.
O efeito estufa gerado pela natureza além de benéfico é imprescindível para a manutenção da vida sobre a Terra. Se a composição dos gases raros for alterada, para mais ou para menos, o equilíbrio térmico da Terra sofrerá conjuntamente.
A ação do ser humano na natureza tem feito aumentar a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, através de uma queima intensa e descontrolada de combustíveis fósseis e do desmatamento. A derrubada de árvores provoca o aumento da quantidade de dióxido de carbono na atmosfera pela queima e também por decomposição natural. Além disso, as árvores aspiram dióxido de carbono e produzem oxigênio. Uma menor quantidade de árvores significa também menos dióxido de carbono sendo absorvido.
As conseqüências do aquecimento global poderão ser catastróficas. A medida em que o gelo das calotas polares derrete, o nível do mar se eleva, provocando a inundação de terras mais baixas e, talvez, a submersão de países inteiros no Oceano Pacífico. Dependendo da elevação do nível do mar, Bangladesh e Egito, por exemplo, podem perder até um décimo de seus territórios, o que obrigaria o deslocamento de 16 milhões de pessoas.
O derretimento de geleiras das montanhas poderá provocar avalanches, erosão dos solos e mudanças dramáticas no fluxo dos rios, aumentando o risco de enchentes. Alterações bruscas na composição da atmosfera poderão desencadear mudanças dramáticas no clima, o que resultaria em grandes variações na temperatura e no ritmo de chuvas. Furacões, tormentas e enchentes, de um lado, e secas graves, de outro, poderão se tornar mais freqüentes. Os cientistas acreditam que os desertos poderão crescer e que as condições de tempo nas regiões semi-áridas, como no Nordeste do Brasil, serão ainda mais críticas.
Tudo isso poderá repercutir negativamente na produção de alimentos, já que diversas áreas cultiváveis serão afetadas. As alterações climáticas incomuns podem reduzir a população ou mesmo levar à extinção de muitas espécies que não seriam capazes de se adaptar às novas condições ambientais, afetando o equilíbrio de diversos ecossistemas.
Dois processos naturais resultam 95% do CO2 emitido, cada um contribuindo igualmente. Um deles é a fotossíntese e o outro é a absorção de CO2 pelos oceanos devido à reação deste gás com íons cálcio (e magnésio) e conseqüente formação de depósitos calcários no fundo dos mares.
Com esses dois processos, resta apenas 5% de todo o gás carbônico emitido sem ser reciclado, uma quantidade percentualmente pequena mas grande o suficiente para que pequenas variações na quantidade de gás carbônico, emitido por processos antropogênicos, sejam sentidas no aumento da temperatura média global de nosso planeta.
Aquecimento global e o mercado de créditos de carbono
A humanidade tem sentido na pele os resultados da intervenção danosa do homem sobre a natureza, sobretudo quanto às mudanças climáticas provocadas pela excessiva emissão e concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, gerados pelas indústrias, veículos automotivos, queimadas, dentre outras fontes, que levam ao aquecimento de nosso planeta.
Muitos especialistas têm mostrado resultados assustadores da degradação ambiental causada pela ação antrópica sobre o Planeta, o que levou vários governantes mundiais, em 11 de dezembro de 1997, na cidade japonesa de Quioto, a proporem o estabelecimento do um tratado que leva o nome da cidade. Esse protocolo decreta que os países industrializados devam reduzir, entre 2008 e 2012, as emissões de gases que provocam o efeito estufa, como o carbônico, metano, óxido de nitrogênio e clorofluorcarbono (CFC), em pelo menos 5,2% abaixo dos níveis registrados em 1990, o que equivale a cerca de 714 milhões de toneladas de gases por ano.
A redução na emissão desses gases significa, primariamente, a contenção do crescimento industrial, o que poderá levar à retração das diferentes economias dos países desenvolvidos, motivo pelo qual os Estados Unidos, maior poluidor mundial, não aderiu, até então, apesar de estarem sofrendo intensas pressões internas nesse sentido. Atualmente, 126 países são signatários deste protocolo e já vêm mostrando bons resultados em atingirem suas metas de redução .
Dentre os avanços conseguidos com o protocolo de Quioto, está o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Este instrumento propõe que os países desenvolvidos, caso não consigam ou não desejem cumprir suas metas de redução de emissão de gases, podem comprar dos demais países títulos conhecidos como créditos de carbono. Portanto, o texto do protocolo prevê a criação do primeiro mercado internacional oficial para o comércio de créditos de carbono.
Os créditos de carbono são certificados outorgados às indústrias e às empresas que comprovadamente reduzam a emissão de gases causadores do efeito estufa durante a obtenção de seus produtos.  Cada crédito de carbono pode valer de U$ 3,00 a 40,00 dólares (R$ 8,00 a 104,00 reais), mas, em média, fica entre US$ 15,00 e US$ 20,00 (R$ 39,00 a 52,00 reais).
Quem define o preço de cada crédito de carbono é a característica do projeto executado, ou seja, uma empresa que realiza reflorestamento em um local degradado por suas atividades, capta créditos mais baratos do que aqueles provenientes da instalação de um equipamento de alta tecnologia para reduzir a emissão de gases poluentes. As empresas que mais negociam esses créditos são aquelas instaladas em países desenvolvidos.
A maioria dos países que aderiu ao Protocolo de Quioto já está se preparando para se adequar a suas normas. A iniciativa mais contundente partiu da União Européia, onde um projeto que foi analisado pelo Parlamento Europeu estabeleceu limites para as emissões de gases, independente da entrada em vigor do Protocolo.
O Brasil, a exemplo de outros países, também está preparando uma legislação específica adequada ao Protocolo. Trata-se da chamada Resolução nº. 1 da Comissão Interministerial de Mudança do Clima, que vem sendo concebida com  o objetivo de enquadrar o país no MDL previsto no Protocolo. Além desta resolução, o Brasil previu uma série de programas oficiais relativos às mudanças climáticas, como é o caso do Pró-Carbono e o Pró-Ambiente, inserido em seu Plano Plurianual (PPA) que reúne os principais projetos de longo prazo do país.
Nosso país é responsável por uma parcela mínima da poluição mundial e não tem metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, segundo o Protocolo de Quioto, portanto, o MDL é uma excelente oportunidade para reduzir ainda mais nossos níveis de emissões e, além disso, poder captar recursos com a negociação de créditos de carbono com países desenvolvidos estimulando, assim, o desenvolvimento local. Somado a isso, insere, de maneira concreta, o Brasil no contexto da proteção ao meio ambiente.
Algumas das seguintes situações poderão se constituir em obtenção de créditos de carbono, como por exemplo, a substituição da matriz energética de geração de eletricidade de uma empresa, à base de derivados do petróleo, por outra que utilize gás natural; o aproveitamento do gás metano produzidos em aterros sanitários na geração de eletricidade; e até mesmo o reflorestamento de áreas degradadas, uma vez que se considera que a vegetação, no processo fotossintético, absorve gás carbônico da atmosfera, portanto reduzindo sua concentração na na mesma.
Um exemplo prático da inserção do Brasil no mercado de carbono se deu com o projeto desenvolvido pela siderúrgica Mannesmann, sediada na Bahia. Trata-se de uma operação com o International Financial Corporation(braço privado do Banco Mundial) em nome do governo da Holanda, que negociou cerca de cinco milhões de toneladas de carbono equivalente a um preço aproximado de três euros a tonelada. Depois disso, uma outra quantidade menor, cerca de quatro milhões de toneladas de carbono, foi comercializada para a Toyota Tsusho Coporation.
A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em seis de dezembro de 2004, lançou o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), primeiro mercado a ser implantado em um país em desenvolvimento, que irá negociar ativos que venham a ser gerados por projetos que promovam a redução de emissões de gases causadores do efeito estufa em nosso país.
Até agora tudo parece estar em pleno acordo com as regras do capitalismo, porém há muitas perguntas sem respostas. Quem são os donos, os avalistas e os auditores dos créditos de carbono? Quem será beneficiado pelos créditos? Esse modelo irá beneficiar o meio ambiente e as camadas mais pobres da população ou os empresários e donos do poder político e econômico dos países mais ricos?
É importante deixar claro que o Protocolo de Quioto parece ser mais um acordo de cavalheiros do que um documento contratual com regras rígidas e impositivas. Nele não é prevista nenhuma penalidade aos países, que por ventura, venham a descumprir o referido acordo.
No final de 2009, líderes dos países das nações unidas se reuniram em Copenhague, na Dinamarca, para discutir a adoção de outro protocolo que pudesse substituir o de Quioto quando sua validade expirasse. Entretanto, principalmente por descomprometimento dos países industrializados, em especial dos Estados Unidos, foi feito um acordo que não diz praticamente nada.
Destruição da camada de ozônio
Na estratosfera, entre 15 e 50 Km de altitude, existe uma camada formada por ozônio, constituída por três átomos de oxigênio, formando um escudo invisível que protege a superfície do planeta contra os raios ultravioletas vindos do Sol. Esta radiação UV, que bronzeia, seca e envelhece a pele, é nociva aos animais e plantas, principalmente porque pode danificar o DNA (ácido desoxirribonucléico), levando eventualmente a um crescimento tumoroso como, por exemplo, o câncer de pele, problemas nas córneas e fragilizar o sistema imunológico.
Compostos de enxofre, cloro, cinzas que são eliminadas de forma natural como em erupções vulcânicas, também podem contribuir para a redução da camada de ozônio. O homem também tem sua parcela de culpa - além dos CFC´s e BrFC´s, que eram encontrados há pouco tempo em refrigeradores, sprays, ar condicionados e equipamentos industriais - produz outros gases que destroem a camada de ozônio como o tetracloreto de carbono e o metilclorofórmio, utilizados como solventes na produção de cola e etiquetadores. 
Estes compostos podem se acumular nas camadas superiores onde podem ser decompostos pela radiação UV liberando bromo e cloro que reagem facilmente com o ozônio, como demonstrado pela reação abaixo: 
Ex.: 
                                                                             O3(g) + X   ___   XO + O2(g) 
Onde X pode ser O, NO, H, Br, Cl, F... 
O monóxido produzido reage com átomos de ozônio, produzindo moléculas de O2 e novamente átomos regenerados iniciam um novo ciclo de destruição. Portanto, um único átomo de cloro pode ser capaz de destruir até cem mil moléculas de ozônio. 
Ex.:
                                                                             ClO(g) + O _____ Cl + O2(g)   
Nas últimas décadas, com o avanço do progresso industrial, mais e mais gases nocivos acabaram sendo liberados na atmosfera e o estrago na camada de ozônio não demorou a ser sentido. O comportamento das massas de ar induziu à concentração da destruição em regiões como a Antártida, onde um enorme buraco tem sido observado, cada vez maior, ao longo dos últimos anos.
Para preservar o ozônio da estratosfera foi estabelecido o Protocolo de Montreal, ratificado por 188 países, o qual prevê o congelamento do consumo e o banimento definitivos das substâncias responsáveis pela depleção da camada de ozônio.
Alguns cientistas japoneses dizem que a camada de ozônio deve voltar à plena saúde até 2040. Porém, uma simulação feita pelo Centro Nacional de Pesquisa Meteorológica da França mostra que o buraco no ozônio só deverá diminuir a partir de 2050, mesmo com a redução nos principais gases que o provocam. 
Mesmo com a divergência de dados, as pesquisas mais recentes apontam para uma recuperação da camada de ozônio, que atingiu seu tamanho máximo na última década, ainda neste século.
Controle da poluição atmosférica
Há dois métodos básicos pelos quais se pode controlar a emissão de gases (e odores de modo geral) nos processos industriais. Estas técnicas são divididas em dois grupos: a) Métodos indiretos, tais como modificação do processo e/ou equipamento; b) Métodos diretos ou técnicas de tratamento.
MEDIDAS INDIRETAS
Este grupo é classificado como método indireto de controle de gases, uma vez que tal controle é conseguido através da modificação do equipamento/processo, alteração de matérias primas por outras ecologicamente mais adequadas, manutenção dos equipamentos e operação dos mesmos dentro da sua limitação, etc, sempre com o objetivo de prevenir o escape ou formação dos gases. São, em grande parte, chamadas de “Tecnologias Limpas”. Eis algumas destas medidas:
Impedir à geração do poluente:
• Substituição de matérias primas e reagentes:
. enxofre por soda na produção de celulose;
. eliminação da adição de chumbo tetraetila na gasolina;
. uso de resina sintética ao invés de borracha na fabricação de escovas de pintura;
• Mudanças de processos ou operação:
. utilização de operações contínuas automáticas;
. uso de sistemas completamente fechados;
. condensação e reutilização de vapores (indústria petrolífera);
. processo úmido ao invés de processo seco;
. processo soda ou termoquímico ao invés de processo KRAFT na produção de celulose (soda reduz emissão de gás sulfídrico).
Diminuir a quantidade de poluentes geradas:
• Operar os equipamentos dentro da capacidade nominal;
• Boa operação e manutenção de equipamentos produtivos;
• Adequado armazenamento de materiais pulverulentos;
• Mudança de comportamentos (educação ambiental);
• Mudança de processos, equipamentos e operações:
. forno cubilô por forno elétrico de indução;
. fornos à óleo por fornos elétricos de indução (fundições);
. umidificação (pedreiras);
. utilização de material sinterizado em alto-fornos;
. evaporação de contato direto por evaporação de contato indireto na recuperação do licor negro na produção de celulose;
. controle da temperatura de fusão de metais
. operação de equipamentos com pessoal treinado
. redução da oxidação de SO2 à SO3 pela redução do excesso de ar (menor que 1%) quando da queima de óleos combustíveis.
• Mudança de combustíveis:
. combustível com menor teor de enxofre (óleo BPF por BTE);
. combustível líquido por combustível gasoso;
. combustível sólido por combustível líquido ou gasoso;
. substituição de combustíveis fósseis por energia elétrica.
Mascaramento do poluente:
. Eliminação da percepção nasal humana de um odor pela superposição de outro odor.
Localização seletiva Fonte/Receptor (planejamento territorial)
Adequada construção (lay-out) e manutenção dos edifícios industriais:
. armazenamento de produtos;
. adequada disposição de resíduos sólidos e líquidos.
MEDIDAS DIRETAS
Consistem na instalação de equipamentos para tratamento dos poluentes, por exemplo:
Precipitadores eletrostáticos;
Filtros de manga ou de tecidos;
Separador ciclônico; e 
Lavadores de gás.
Poluição sonora
Com o crescimento desordenado das cidades e o surgimento das grandes indústrias, as pessoas passaram a conviver com a poluição de lagos, rios e das próprias metrópoles. Nesse cenário, um outro tipo de poluição que não pode ser visto

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