Fitoterapia Resumo

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Fitoterapia Chinesa
História
De acordo com a lenda, após experimentar várias plantas, Shen Nung, o fundador da Medicina Herbária chinesa, escreveu o livro “Shen Nung Pen Tsao Ching, o livro mais antigo sobre fitoterapia de que se tem conhecimento. Duzentos anos depois, Su Ching compilou “Hsin Hsiu Pen Tsao”, baseado no original Shen Nung Pen Tsao. Contendo 850 substâncias medicinais em 27 volumes, este livro, popularmente conhecido como Tang Pen Tsao, representa a farmacopeia mais antiga oficial no mundo.
 Mais tarde o governo chinês publicou um dicionário de drogas herbais chinesas abrangendo 5767 tipos de substâncias medicinais, ainda que na realidade na prática clínica só são usadas regularmente cerca de 300 ervas. É curioso que muitas das fórmulas utilizadas ainda hoje são as mesmas da Dinastia Han com pequenas alterações.
Funcionamento
Na fitoterapia chinesa e necessário que haja o equilíbrio, já que não se baseia na cura, mas sim na busca do organismo pelo auto cura, podendo compreender seis ou mais plantas; cada uma com seu objetivo; desde plantas que impedem os efeitos colaterais até plantas que encaminham os principais agentes para o local determinado da ação patológica.
Para se fazer uma fórmula fitoterápica chinesa, é preciso conhecer-se as capacidades energéticas, curativas e sinérgicas das ervas, ou seja, a interação de uma planta com as outras. 
Na formulação Chinesa existe uma erva Imperador, que vai determinar a ação da fórmula, as ervas Ministros, que ajudam a potencializar a ação do Imperador, as ervas Assistentes que são necessárias para o bem-estar da pessoa e cuidam do estômago para que este receba a fórmula, e por fim as ervas Mensageiras que levam as ervas para o local necessário.
Algumas propriedades das plantas (medicamentos)
As plantas podem ser classificadas das seguintes formas:
Segundo as suas propriedades térmicas: quentes, mornas, frescas e frias, podendo ainda falar-se de uma quinta propriedade, a neutra.
As drogas com propriedades frescas ou frias: são Yin em natureza. Elas removem o calor, aliviam a inflamação patogénica, acalmam os nervos devido à sua ação inibitória, servindo também como antibióticos, sedativos e antiflogísticos para doenças febris.
As ervas com propriedades mornas ou quentes: são Yang em natureza. Elas dispersam o vento e o frio interno, aquecem o Baço e o Estômago, reabastecem o Yang, também possuem ações estimulantes e fortalecedoras, tratam várias doenças do frio.
 Cada um dos 5 sabores, determinados a partir de experiências a longo prazo, tem as suas próprias funções específicas, teoria elaborada por Chou Li em 770-476 a.C.
sabor picante exercem efeitos de dispersão e promoção e dispersam os patógenos externos; 
sabor doce de tonificação e regulação; 
sabor amargo efeitos fortalecedores têm a ação de secar a humidade e são purgantes
sabor azedo efeitos adstringentes amolecem, fortificam e humedecem
sabor salgado efeitos suavizantes e purgantes.
Ervas suaves, sem sabor, são diuréticas. 
Segundo as quatro direções: ascendente, descendente, circulante (flutuante) e submersão. Sistema de classificação geralmente atribuído a Li Tung 1180-1251 d.C.
Ascendentes e circulantes referem-se a drogas que têm um efeito para cima e para fora, usadas para ativar o Yang, induzir á transpiração e dispersar o frio e o vento. 
descendentes e de submersão, possuem um efeito para baixo e para dentro – elas tranquilizam, causam contração, aliviam tosse, interrompem a êmese e promovem a diurese e purgação.
Conclusão
O especialista em fitoterapia chinesa pode mudar as características de uma droga processando-a ou formulando-a de maneira que se ajuste às necessidades da doença. Algumas combinações intensificam uma ação enquanto que outros tornam-se tóxicas ou reduzem a efetividade. Os efeitos farmacológicos das combinações herbárias sobre o organismo humano provaram-se muitos complexos. Isto demonstra que a fitoterapia chinesa na sua complexidade provou a sua eficiência no decorrer dos séculos, assim como na atualidade.