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UVA – Engenharia Civil – Edificações I – Fundações – Notas de aula 2014.2 
 1 
 
FUNDAÇÕES 
INTRODUÇÃO 
As Fundações são os elementos estruturais com função de transmitir as cargas da estrutura ao terreno onde 
ela se apóia (AZEREDO, 1988). Assim, as fundações devem ter resistência adequada para suportar as tensões 
causadas pelos esforços solicitantes. Além disso, o solo necessita de resistência e rigidez apropriadas para 
não sofrer ruptura e não apresentar deformações exageradas ou diferenciais (MELHADO et al., 2002). 
“O projeto de fundações não é tão exato do ponto de vista matemático quanto o de estrutura, pois se lida 
com a natureza” (MILTON GOLOMBEK). Fundações bem projetadas correspondem de 3% a 10% do custo 
total do edifício; porém, se forem mal concebidas e mal projetadas, podem atingir 5 a 10 vezes o custo da 
fundação mais apropriada para o caso (BRITO, 1987). Nos terrenos com topografia acidentada, a implantação 
de qualquer obra e de suas fundações deve ser feita de maneira a não impedir a utilização satisfatória dos 
terrenos vizinhos. 
CRITÉRIOS E PARÂMETROS PARA ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÃO 
1. Critérios e parâmetros técnicos 
1.1. Topografia da área 
♦ Levantamento planialtimétrico com curvas de nível; 
♦ Dados sobre taludes e encostas do terreno; 
♦ Necessidade de efetuar cortes e aterros; 
♦ Presença de obstáculos como aterros com lixo e entulho, presença de matacões, etc; 
♦ Presença de curso d’água, lagoas e área pantanosa. 
1.2. Reconhecimento geotécnico e características do solo e subsolo 
♦ Sondagem e análise do solo e subsolo; 
♦ Resistência estimada para o solo a cada metro de profundidade; 
♦ Características geomecânicas, profundidades e espessura de todas as suas camadas; 
♦ Dados sobre erosões e ocorrência de solos inadequados a receber uma fundação; 
♦ Condições de estabilidade; 
♦ Posição do nível d’água; 
1.3. Dados relativos à obra 
♦ Tipo de obra a ser construída: edifício, ponte, viaduto, torre, píer de cais, estádio, etc. 
♦ Existência de pavimentos em subsolo (estacionamento, etc.); 
♦ Cargas estáticas, móveis e dinâmicas atuantes; 
♦ Condições de meio-ambiente; 
♦ Tipo de estrutura a ser adotada; 
♦ Dados sobre as construções vizinhas, tais como: o tipo de fundações e estrutura, existência de subsolo, 
possíveis conseqüências de escavações e vibrações provocadas pela nova obra, e danos já existentes. 
1.4. Parâmetros técnicos 
♦ Conhecimento e domínio das tecnologias de projeto e execução das fundações; 
♦ Ordem decrescente de melhor exeqüibilidade técnica; 
♦ Ordem decrescente de melhor adequação estrutural; 
♦ Equipamentos e técnicas disponíveis e passíveis de serem utilizadas; 
♦ Prazo desejado, estimado ou determinado de execução. 
2. Critérios e parâmetros econômicos e financeiros 
♦ Custo direto para a execução dos serviços; 
♦ Prazo de execução mais adequado (há situações em que uma solução mais onerosa oferece um prazo de 
execução menor, tornando-a mais atrativa). 
♦ Conhecimento dos tipos de equipamentos disponíveis no mercado para execução de fundações, suas 
características, desempenho e custos; 
♦ Solução que atenda às características técnicas e ao mesmo tempo se adéqüe à realidade dos custos; 
UVA – Engenharia Civil – Edificações I – Fundações – Notas de aula 2014.2 
 2 
 
 Conclui-se que a escolha do tipo de fundação é uma combinação razoável das necessidades da obra, da 
adequação técnica e a eficiência econômica. Analisa-se a possibilidade de utilizar os vários tipos de 
fundação, em ordem crescente de complexidade e custos (WOLLE, 1993). 
 No caso de fundações próximas, porém situadas em cotas diferentes, uma reta passando pelos seus 
bordos deve fazer, com a vertical, um ângulo α (ver figura) com os seguintes valores: 
a) solos pouco resistentes: α ≥ 60°; b) solos resistentes: α = 45°; c) rochas: α = 30°. 
 
TIPOS DE FUNDAÇÃO 
As fundações podem ser classificadas em função da forma de transferência das cargas da estrutura para o 
solo onde ela se apóia: fundações diretas e fundações indiretas. 
Fundações diretas são elementos de fundação em que a carga é transmitida ao terreno predominantemente 
pelas pressões distribuídas sob a base da fundação, sendo desprezada qualquer outra forma de transferência 
das cargas. 
Fundações indiretas são aquelas que transferem as cargas por efeito de ponta quando transmite a carga ao 
terreno pela base (resistência de ponta) ou por efeito de atrito lateral do elemento com o solo por sua 
superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma combinação das duas. As fundações indiretas são todas 
profundas. 
As fundações diretas podem ser subdivididas em: superficial (rasas) e profundas. 
Fundação superficial (rasa): Elementos de fundação em que a carga é transmitida ao terreno, 
predominantemente pelas pressões distribuídas pela base da fundação, e em que a profundidade de 
assentamento está próxima à superfície do solo (profundidade até 3 m) ou quando estão assentadas a uma 
profundidade de até duas vezes a sua menor dimensão em planta. Incluem-se neste tipo de fundação as 
sapatas, os blocos, os radier, as sapatas associadas, as vigas de fundação e as sapatas corridas. As principais 
fundações superficiais são: 
1. Blocos; 
2. Sapatas; 
3. Radier. 
Fundação profunda: quando está assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em 
planta, e no mínimo 3 m, salvo justificativa. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas, os tubulões e os 
caixões. 
1. Estacas; 
2. Tubulões; 
3. Caixão. 
BLOCOS 
A ABNT NBR 6122:1996 define Bloco como “elemento de fundação superficial de 
concreto, dimensionado de modo que as tensões de tração nele produzidas possam 
ser resistidas pelo concreto, sem necessidade de armadura. Pode ter suas faces 
verticais, inclinadas ou escalonadas e apresentar normalmente em planta seção 
quadrada ou retangular”. 
 
UVA – Engenharia Civil – Edificações I – Fundações – Notas de aula 2014.2 
 3 
 
Este tipo de fundação é utilizado quando há atuação de pequenas cargas – de 20 a 30 toneladas. Para cargas 
acima destes valor, torna-se mais econômica a utilização de fundação tipo sapata, pois o peso próprio do 
bloco passa a ser relevante em relação à carga recebida do pilar. 
Os blocos são elementos estruturais de grande rigidez que suportam predominantemente esforços de 
compressão simples provenientes das cargas dos pilares. Os eventuais esforços de tração são absorvidos pelo 
próprio material do bloco, o concreto. 
Os Blocos são executados em concreto simples ou concreto ciclópico. O concreto simples é executado com 
britas 1 e 2, com fck não inferior a 15 MPa. O concreto ciclópico é constituído de concreto simples com adição 
de 30% de pedra-de-mão, sem qualquer tipo de armadura. Em planta, os blocos não devem ter dimensão 
inferior a 60 cm. Os blocos mais econômicos são os do tipo escalonados. 
Os blocos devem ser assentes a uma profundidade tal que garanta estabilidade à fundação e não seja inferior 
a 1,00 m. Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo quando a fundação for assente sobre rocha, tal 
profundidade não deve ser inferior a 1,50 m. A fundação situada em cota mais baixa deve ser executada em 
primeiro lugar, a não ser que cuidados especiais sejam tomados. 
O processo de execução de uma fundação tipo bloco consiste basicamente em: 
1. Executar a abertura da cava até a cota prevista em projeto, desde que o solo ofereça a resistência exigida 
pelo projeto estrutural; 
2. Compactar da camada do solo resistente do fundo da cava com compactador ou malho; 
3. Regularizar e limpar o fundo da cava de fundação a fim de proteger a armadura do pilar; 
4. Regularizar o fundo com lastro de concreto magro com espessura mínima de 5 cm . 
5. Locar o centro do bloco com o auxílio do gabarito ou serviço topográfico;6. Locação da forma do bloco (quando necessário) com auxílio de prumos de centro e do gabarito; 
7. Posicionar a armadura de arranque do pilar e verificar se esta está a prumo; 
8. Realizar a concretagem do bloco com uso de vibrador de imersão, de modo a garantir que não haja vazios 
de concretagem no bloco; 
9. Garantir que as pedras de mão, quando utilizadas, sejam completamente envolvidas com concreto; 
10. Garantir a cura adequada do concreto; 
11. Realizar a desforma do bloco e concretagem do arranque do pilar; 
12. Fazer o reaterro compactado da cava de fundação em camadas sucessivas não superiores a 15 cm. 
SAPATAS 
“Elemento de fundação superficial de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele 
produzidas não sejam resistidas pelo concreto, mas sim pelo emprego da armadura. Pode possuir espessura 
constante ou variável, sendo sua base em planta normalmente quadrada, retangular ou trapezoidal” 
(ABNT NBR 6122:1996). Ao contrário dos blocos, as sapatas não trabalham apenas à compressão simples, 
mas também à flexão, devendo neste caso serem executadas incluindo material resistente à tração (BRITO, 
1987). 
Em planta, as sapatas não devem ter dimensão inferior a 60 cm. A base de uma fundação deve ser assente a 
uma profundidade tal que garanta a sua estabilidade. Salvo quando a fundação for assente sobre rocha, tal 
profundidade não deve ser inferior a 1,50 m. 
Nos terrenos com topografia acidentada as fundações devem ser feitas de maneira a não impedir a 
utilização satisfatória dos terrenos vizinhos. 
Em fundações que não se apóiam sobre rocha, deve-se executar a uma camada de concreto simples de 
regularização de no mínimo 5 cm de espessura, ocupando toda a área da cava da fundação. 
Os blocos e sapatas mais econômicos são aqueles que possuem comprimento e largura com dimensões 
próximas e apresentam momentos fletores parecidos em ambas as direções, simplificando a execução da 
armadura. 
As sapatas podem ser: 
a) Isoladas; b) Associadas (conjugadas); 
c) Alavancada; d) Corrida. 
UVA – Engenharia Civil – Edificações I – Fundações – Notas de aula 2014.2 
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SAPATAS ISOLADAS 
São aquelas que transmitem para o solo, através de sua base, a carga de um único pilar, podendo apresentar 
bases quadradas, retangulares ou circulares, com a altura constante ou variando linearmente entre as faces 
do pilar à extremidade da base. 
Etapas de execução de uma sapata isolada: 
1. Locação da cava de escavação com o auxílio do gabarito. 
2. A marcação da cava de escavação deve ter folga de 10 cm 
para cada lado da base da sapata para permitir os trabalhos 
de locação da fôrma; 
3. Executar a abertura da cava até a cota prevista em projeto, 
satisfeita a resistência adotada para o solo; 
4. Proceder a compactação da camada do solo resistente de 
assentamento da fundação apiloando o fundo; 
5. Regularização e limpeza da cava de fundação; 
6. Confecção de um lastro de concreto magro com espessura mínima de 5 cm e com fck mínimo de 9 MPa, 
com função de regularizar e nivelar a superfície de apoio e não permitir a saída da água do concreto da 
sapata, além de isolar a armadura do solo; 
7. Quando assentada sobre rocha a superfície da cava deve ser regularizada (nivelada) com concreto magro. 
8. Locação do centro da sapata com o auxílio dos arames do gabarito de locação; 
9. Posicionamento da fôrma da base, de acordo com a marcação do gabarito; 
10. Posicionamento da armadura da sapata na fôrma; 
11. Posicionamento da armadura de arranque do pilar conforme gabarito de locação; 
12. Verificação da verticalidade (prumo) da armadura do pilar, fazendo os ajustes necessários; 
13. Manter o pilar posicionado com a ajuda de vigas de madeira ou metal transversais ao pilar e fixadas ao 
solo; 
14. Colocação das guias de arame, para acompanhamento da declividade das superfícies inclinadas das 
sapatas quando se fizer necessário; 
15. Execução da concretagem da base e arestas inclinadas, com uso adequado de um vibrador de imersão; 
16. Garantir a cura adequada do concreto pelo tempo especificado pelo laboratório de dosagem; 
17. As fôrmas devem ser retiradas antes do reaterro da cava, não devem ser deixadas, pois irão apodrecer; 
18. O reaterro das cavas de fundação devem ser executadas com material especificado e em camadas não 
superior 15 cm. 
SAPATAS ASSOCIADAS 
São sapatas que transmitem ao solo as ações de dois ou mais pilares adjacentes. São utilizadas quando não é 
possível a utilização sapatas isoladas para cada pilar, por estarem muito próximas entre si, o que provocaria a 
superposição de suas bases ou dos bulbos de pressões. Neste caso, convém empregar uma única sapata para 
receber as ações de dois ou mais pilares. 
O centro de gravidade da sapata normalmente coincide com o centro de aplicação das cargas dos pilares. 
Para condições de carregamento uniforme e simétrico, as sapatas associadas resultam em uma sapata 
corrida simples, de base retangular. Entretanto, quando as cargas dos pilares apresentam diferenças 
relevantes, a imposição de coincidir o centróide da sapata com o centro das cargas dos pilares conduz ou a 
uma sapata de base trapezoidal ou a sapatas retangulares com balanços livres diferentes. 
Usualmente, as sapatas associadas são projetadas com viga de rigidez (enrijecimento) com função de 
permitir que a sapata trabalhe com tensão constante, cujo eixo passa pelos centros de cada pilar, 
denominadas de Viga de Fundação – “Elemento de fundação superficial comum a vários pilares, cujos 
centros, em planta, estejam situados no mesmo alinhamento” (ABNT NBR 6122:1996). 
SAPATAS ALAVANCADAS 
No caso de sapata de pilar de divisa do terreno ou próximo a obstáculos onde não seja possível fazer com 
que o centro de gravidade da sapata coincida com o centro de carga do pilar, resultando em uma sapata 
excêntrica, cria-se uma viga alavanca (viga de equilíbrio) ligada à outra sapata localizada no interior da 
 
UVA – Engenharia Civil – Edificações I – Fundações – Notas de aula 2014.2 
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edificação com a função de equilibrar o momento associado à excentricidade através de um binário, 
impedindo que o referido momento se transmita ao pilar da sapata excêntrica. 
 
 Sapata associada Sapata alavancada 
SAPATAS CORRIDAS 
São elementos contínuos de concreto armado sujeitos à ação de uma carga 
distribuída linearmente. Utilizadas geralmente em edificações cujas cargas 
não sejam muito grandes, geralmente recebem as cargas diretamente das 
paredes. 
As sapatas corridas são sucedâneas dos alicerces, para paredes mais 
carregadas ou solos menos resistentes. A sapata corrida é um tipo de 
fundação contínua que acompanham a linha das paredes, recebendo destas 
todo o carregamento da edificação que é transmitido ao solo por metro 
linear através da sua aba (Uma espécie de base alargada). 
RADIERS 
“Elemento de fundação superficial que abrange todos os pilares da obra ou carregamentos distribuídos (por 
exemplo: tanques, depósitos, silos, etc.)” (ABNT NBR 6122:1996). Quando todos os pilares de uma estrutura 
transmitirem as cargas ao solo através de uma sapata única. 
A utilização de sapatas é economicamente mais viável enquanto sua área total em relação à área de projeção 
da edificação não ultrapasse 50%. Quando a área das sapatas ocupar cerca de 70 % da área da construção é 
mais vantajoso reunir todas as sapatas num só elemento de fundação – o Radier, ou quando se deseja 
reduzirao máximo os recalques diferenciais. Este tipo de fundação envolve grande volume de concreto e é 
relativamente onerosa e de difícil execução. 
O Radier é executado em concreto armado, uma vez que, além de esforços de compressão, devem resistir a 
momentos provenientes dos pilares diferencialmente carregados, e ocasionalmente a pressões do lençol 
freático (necessidade de armadura negativa). 
O fato de o radier ser uma peça inteiriça pode lhe conferir uma alta rigidez, o que muitas vezes evita grandes 
recalques diferenciais. A sua execução cria uma plataforma de trabalho para os serviços posteriores; porém, 
em contrapartida, impõe a execução precoce de todos os serviços enterrados na área do radier (Tubulações, 
instalações, etc.). 
 
 
UVA – Engenharia Civil – Edificações I – Fundações – Notas de aula 2014.2 
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TUBULÕES 
“Elemento de fundação profunda, cilíndrico, em que, pelo menos na sua etapa final, há descida de operário. 
Pode ser feito a céu aberto ou sob ar comprimido (pneumático) e ter ou não base alargada. Pode ser 
executado sem ou com revestimento, podendo este ser de aço ou de concreto. No caso de revestimento de 
aço (camisa metálica), este poderá ser perdido ou recuperado” (ABNT NBR 6122:1996). 
Tubulões são elementos estruturais da fundação que transmitem a carga ao solo resistente por compressão, 
através da escavação de um fuste cilíndrico e uma base alargada, geralmente tronco-cônica. Apesar de ser 
semelhante a uma estaca, este tipo de fundação é considerado como direta, pois a sua resistência é 
transmitida ao solo através de sua base, e também profunda. É uma alternativa econômica para altas cargas 
solicitadas, superior a 250 Tf. 
O concreto de 20 MPa é o mais utilizado para fundações com tubulões tanto para a base quanto para o 
enchimento do fuste. Para o encamisamento do fuste de concreto, este deve ser produzido com brita 1 ou 
pedrisco, pois as paredes possuem espessura entre 6 e 10 cm. O encamisamento metálico é fabricado em 
tubos de aço com parede de até 1 cm de espessura. 
Os tubulões são executados de duas formas: 
1. Tubulões executado a céu aberto e 
2. Tubulões utilizando-se ar comprimido durante a sua execução. 
 
1. Tubulões a céu aberto: 
Consiste em um poço aberto manualmente ou mecanicamente em solos coesivos, não susceptíveis de 
desmoronamento durante a escavação, e acima do nível d’água, dispensando-se escoramento. Quando há 
tendência de desmoronamento, reveste-se o furo com tubo de concreto ou tubo de aço (geralmente 
removível) a fim de servir de fôrma e impedir o desmoronamento da escavação. 
O fuste é escavado até a cota desejada, a base é alargada e posteriormente enche-se de concreto. É possível 
escavar o solo mecanicamente com equipamentos de perfuração, ainda assim, a solução exige a presença de 
um operário para executar a base. 
O surgimento de água percolada do lençol freático durante a escavação não é um problema, desde que 
possa ser contida, esgotada com uma bomba submersível dentro do poço, e que não prejudique a sua 
execução. 
Processo de execução da fundação tipo tubulão a céu aberto: 
1. A partir do gabarito, faz-se a marcação do eixo da peça e marca-se no terreno a circunferência que 
delimita o tubulão; 
2. Inicia-se a escavação do poço até a cota especificada em projeto; 
3. Na fase de escavação pode ocorrer a presença de água. Nestes casos, a execução da perfuração manual se 
fará com um bombeamento simultâneo da água acumulada no poço; 
UVA – Engenharia Civil – Edificações I – Fundações – Notas de aula 2014.2 
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4. Poderá ocorrer, ainda, que alguma camada do solo que não resista à perfuração e desmorone (no caso de 
solos arenosos). Então, será necessário o encamisamento da peça ao longo dessas camadas. Isto poderá 
ser feito através de tubos de concreto ou tubos de aço reaproveitável, com o diâmetro interno igual ao 
diâmetro do fuste do tubulão; 
5. Escoramento do tubo de fôrma para o fuste; 
6. Execução do alargamento da base de acordo com as dimensões do projeto; 
7. Verificação das dimensões do poço, como: o tipo de solo na base, profundidade e largura da base; 
8. Limpeza do poço e colocação da armadura; 
9. A concretagem é feita lançando-se o concreto da superfície através de um funil (tremonha) de modo a 
evitar que o concreto se choque contra as paredes do tubulão e se misture com a terra, prejudicando a 
concretagem; 
10. O concreto se espalhará pela base pelo próprio impacto de sua descarga; 
11. A concretagem é interrompida de vez em quando para descer e fazer o adensamento, de modo a evitar 
que fiquem vazios na massa de concreto. 
Controle de Qualidade de Tubulões: 
1. Devem ser anotados na execução da fundação em tubulão os seguintes elementos, conforme o tipo: cota 
de arrasamento; dimensões reais da base alargada; material de apoio; equipamento de cada etapa; 
deslocamento e desaprumo; comparação de consumo de material durante a concretagem com o previsto; 
qualidade dos materiais; anormalidades de execução e providências tomadas, inspeção do terreno ao 
longo do fuste e assentamento da fundação; 
2. Verificar a tolerância máxima de 10% do diâmetro do fuste do tubulão um desvio entre eixos do tubulão e 
ponto de aplicação da resultante das solicitações do pilar; 
3. Ultrapassados os limites quanto à excentricidade e, ou ao desaprumo, é feita verificação estrutural com 
os redimensionamentos necessários. 
2. Tubulões executados sob ar comprimido: 
Esse é o método é utilizado para solos com presença de lençol freático sem possibilidade de esgotamento. 
Neste caso, a injeção de ar comprimido nos tubulões impede a entrada de água, pois a pressão interna é 
maior que a pressão da água, sendo a pressão empregada de no máximo 3 atmosferas, limitando a 
profundidade em 30 m abaixo do nível d’água. Isto permite que sejam executados normalmente os trabalhos 
de escavação, alargamento do fuste e concretagem. 
O equipamento utilizado compõe-se de uma campânula e equipamento de compressão e descompressão de 
ar que possibilita a atuação do operário abaixo do nível da água. Nesta campânula existe uma "chaminé" 
com válvulas, por onde se processa a retirada de terra, com a utilização de um balde ou similar. 
Durante a compressão, o sangue do operário absorve mais gases do que na pressão normal. Se a 
descompressão for feita muito rapidamente, o gás absorvido em excesso no sangue pode formar bolhas, que 
por sua vez podem provocar dores e até morte por embolia. Para evitar esse problema, antes de passar à 
pressão normal, os trabalhadores devem sofrer um processo de descompressão, atendendo rigorosamente 
às normas de segurança do trabalho. 
Os problemas durante a execução de tubulões a ar comprimido geralmente estão relacionados à segurança 
dos operários durante a compressão e descompressão da campânula. Por isso, esse tipo de fundação vem 
sendo adotado apenas para construção de pontes, viadutos e obras com grandes carregamentos. 
Estes tubulões geralmente são encamisados com camisas de concreto ou de aço até alcançar o solo 
apropriado para fazer a base do tubulão, servindo de fôrma para o fuste. No caso de camisa de concreto, a 
cravação da camisa, abertura e concretagem da base são feitos sob ar comprimido, pois o serviço é feito 
manualmente. Se a camisa é de aço, a cravação é feita a céu aberto com auxílio de um bate estacas e a 
abertura e concretagem do tubulão são feitos a ar comprimido. 
A camisa de revestimento do poço representa uma segurança ao operário durante a descida para escavação 
manual em um solo ruim e serve de apoio para a campânula, equipamento de compressão e descompressão 
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de ar que possibilita a atuação do operário (poceiro) abaixo do nível da água. A campânula permite a retirada 
de material(solo escavado) e a introdução de concreto sem a necessidade de efetuar a sua descompressão. 
Além de riscos à saúde do operário, o uso da campânula, da camisa e de todos os aparatos de segurança 
torna a fundação com tubulões a ar comprimido um sistema oneroso: pode ser cinco vezes mais caro do que 
se executado a céu aberto. 
 
CAIXÃO 
“Elemento de fundação profunda de forma prismática, concretado na superfície e instalado por escavação 
interna. Na sua instalação pode-se usar ou não ar comprimido e sua base pode ser alargada ou não” 
(NBR 6122/1996). 
Utilizada para grandes cargas e quando for a melhor opção. Substituem dois ou mais tubulões (mais 
econômico). Podem ser metálicos ou de concreto armado e também podem ser flutuante – concretado a 
seco, feito flutuar, rebocado ao seu local de afundamento, preparo da superfície de assentamento 
geralmente feito por escafandristas. Podem ser circulares, quadrados, ovais, retangulares, etc. Abertos no 
topo e no fundo, usados em grandes profundidades e de baixo custo. 
ESTACA 
“Elemento de fundação profunda executado inteiramente por equipamentos ou ferramentas, sem 
que, em qualquer fase de sua execução, haja descida de operário. Os materiais empregados podem ser: 
madeira, aço, concreto pré-moldado, concreto moldado in situ ou mistos”. (NBR 6122/1996) 
Cota de arrasamento: Nível em que deve ser deixado o topo da estaca ou tubulão, demolindo-se o excesso 
ou completando-o, se for o caso. Deve ser definido de modo a deixar que a estaca e sua armadura penetrem 
no bloco com um comprimento que garanta a transferência de esforços do bloco à estaca. 
Arrasamento de estaca: Há necessidade de se preparar a cabeça das estacas para sua perfeita ligação com os 
elementos estruturais. O concreto da cabeça da estaca moldada in loco é geralmente de qualidade inferior, 
pois ao final da concretagem há subida de excesso de argamassa, ausência de pedra britada e possibilidade 
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de contaminação com o barro em volta da estacas. Por isso, a concretagem da estaca deve terminar no 
mínimo 20 cm acima da cota de arrasamento. É uma operação manual com auxílio de um ponteiro e marreta 
e o sentido do corte deve ser de baixo para cima; pode ser usado um pequeno martelete pneumático ou 
elétrico, operado manualmente 
Nega: Penetração permanente de uma estaca, causada pela aplicação de um golpe do pilão. Em geral é 
tomada a média de uma série de dez golpes. A nega ao ser fixada ou fornecida deve ser sempre 
acompanhada do peso do pilão e da altura de queda ou da energia de cravação (martelos automáticos). 
Repique: Parcela elástica do deslocamento máximo de uma seção da estaca, decorrente da aplicação de um 
golpe do pilão. 
Martelo: Componente do equipamento de cravação o qual fornece a energia necessária à instalação da 
estaca. Constitui-se de uma massa que cai, sobre a estaca, em queda livre ou de modo automático. 
Cepo: Elemento de madeira dura, com fibras dispostas paralelamente ao eixo da estaca, colocado sobre o 
capacete metálico sobre o qual se deixa cair o martelo. 
Capacete: Elemento metálico, instalado no topo da estaca (cabeça) cuja função é distribuir uniformemente 
as tensões dinâmicas que surgem em decorrência do impacto do martelo sobre a cabeça das estacas 
Coxim: Chapa de madeira de espessura variável, colocada entre a cabeça da estaca e o capacete, com 
dimensões em planta e forma, compatíveis com as das estacas a serem cravadas. 
As estacas podem ser classificas em duas categorias: 
1. Estacas de deslocamento: 
São aquelas introduzidas no terreno através de algum processo que não provoca a retirada do solo. 
Ex.: Estaca pré-moldada de concreto, Estaca metálica, Estaca de madeira, Estaca tipo Franki. 
1.1. Estaca cravada por percussão: 
“Tipo de fundação profunda em que a própria estaca ou um molde é introduzido no terreno por golpes 
de martelo (por exemplo: de gravidade, de explosão, de vapor, de diesel, de ar comprimido, vibratório)”. 
(NBR 6122/1996) 
1.2. Estaca cravada por prensagem: 
“Tipo de fundação profunda em que a própria estaca ou um molde é introduzido no terreno por 
pressão”. (NBR 6122/1996) 
2. Estacas escavadas: 
São aquelas executadas “in situ” (no local) através de perfuração do terreno por um processo qualquer, 
com remoção de material, com ou sem revestimento, com ou sem a utilização de fluido estabilizante. Ex.: 
Estaca broca, estaca tipo Strauss, estaca hélice contínua, estacas-raiz, estaca injetada, etc. 
ESTACA BROCA 
Tipo mais singelo de fundação profunda executada “in loco” sem molde ou revestimento, por perfuração no 
terreno com o auxílio de broca, com trado manual ou mecânico ou equipamento equivalente e posterior 
concretagem. 
O trado utilizado é acoplado a tubos de aço galvanizado divididos em partes de 1,20 m de comprimento e à 
medida que se prossegue a escavação eles vão sendo sucessivamente acoplados (através de luva simples). A 
perfuração é feita por rotação/compressão do tubo, seguindo-se da retirada da terra. 
A escavação deve prosseguir até a profundidade prevista. Quando for atingida a profundidade, faz-se a 
limpeza do fundo com a remoção do material desagregado eventualmente acumulado durante a escavação. 
Dadas as condições de execução, estas estacas só podem ser utilizadas abaixo do nível de água se o furo 
puder ser seco antes da concretagem. 
Recomenda-se para as estacas tipo broca um diâmetro mínimo de 20 cm e máximo de 50 cm. Em geral, com 
diâmetros usuais de 20 cm, 25 cm e 30 cm. 
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Em geral, estas estacas não são armadas, utilizando-se somente uma armadura mínima de 4 barras de Ø 12,5 
mm e 2,00 m de profundidade, servindo de espera para futura ligação com uma viga-baldrame ou bloco de 
coroamento. 
O furo é posteriormente preenchido com o concreto apiloado. O concreto deve ser lançado do topo da 
perfuração com o auxílio de funil, devendo apresentar fck não inferior a 15 MPa, consumo de cimento 
superior a 300 kg/m3 e consistência plástica. 
ESTACAS STRAUSS 
“Tipo de fundação profunda executada por perfuração através de balde-sonda (piteira), com uso parcial ou 
total de revestimento recuperável e posterior concretagem”. (NBR 6122/1996) 
Tipo de fundação profunda, moldada “in loco”, executada por perfuração, com uso parcial ou total de 
revestimento recuperável e posterior concretagem. 
Os diâmetros mais utilizados são de 20 cm (12 tf), 25 (20 tf), 32 cm (25 tf) e 45 cm (40 tf). Recomenda-se que 
as estacas Strauss tenham o seu diâmetro limitado a 50 cm. A profundidade máxima aconselhável não deve 
ultrapassar a 15 m, podendo ir até 20 m. 
O processo executivo se inicia com a abertura com um soquete de um furo no terreno, de 1,0 a 2,0 m de 
profundidade, para servir de guia de colocação do primeiro tubo metálico, dentado na extremidade inferior, 
chamado de coroa. Em seguida, aprofunda-se o furo com golpes sucessivos da sonda de percussão, 
retirando-se o solo abaixo da coroa. Sucessivos tubos metálicos são rosqueados, quando necessário, até a 
profundidade determinada ou as condições previstas para o terreno. Caso as características do terreno o 
permitam, o revestimento com o tubo pode ser parcial. 
Imediatamente antes da concretagem, deve ser feita a limpeza completa do fundo da perfuração, com total 
remoção da lama e da água eventualmente acumuladas durante a perfuração. 
Para concretagem, lança-se concreto no tubo até se obter uma coluna de 1,0 m e apiloa-se o material com o 
soquete, formando uma base alargada na ponta da estaca. 
Para formar o fuste, o concreto é lançado na tubulação e apiloado, enquanto a camisa metálica é retirada 
cuidadosamente, para que não haja interrupção do fuste, com o guincho manual.Para garantia de continuidade do fuste, deve ser mantida dentro da linha de tubos, durante o apiloamento, 
uma coluna de concreto suficiente para que este ocupe todos os espaços perfurados e eventuais vazios e 
deformações no subsolo. 
O pilão não deve ter oportunidade de entrar em contato com o solo da parede ou base da estaca, para não 
provocar desabamento ou mistura de solo com o concreto; este cuidado deve ser reforçado no trecho 
eventualmente não revestido. 
O concreto utilizado deve apresentar fck não inferior a 15 MPa, consumo de cimento superior a 300 kg/m3 e 
consistência plástica. 
Caso ao final da perfuração exista água no fundo do furo que não possa ser retirada pela sonda, deve-se 
lançar um volume de concreto seco para obturar o furo. Neste caso, deve-se desprezar a contribuição da 
ponta da estaca na sua capacidade de carga. 
A armadura longitudinal deve ser confeccionada com barras retas, sem esquadro na ponta, e os estribos 
devem permitir livre passagem ao soquete de compactação e garantir um cobrimento da armadura, não 
inferior a 3 cm. 
Quando não armadas, deve-se providenciar uma ligação com o bloco e baldrames na extremidade superior 
da estaca através de uma ferragem que é simplesmente cravada no concreto, dispensando-se, neste caso, o 
uso de estribos. A concretagem é feita até um pouco acima (20 cm) da cota de arrasamento da estaca. 
Finalmente, remove-se o concreto excedente acima da cota de arrasamento, quebrando-se a cabeça da 
estaca com ponteiros metálicos. 
A estaca Strauss pode ser empregada em locais confinados ou terrenos acidentados devido à simplicidade do 
equipamento utilizado. Sua execução não causa vibrações, evitando problemas com edificações vizinhas. 
Utilizadas na construção de paredes de contensão de subsolos de edifícios e proteção de encostas. 
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Em geral possui capacidade de carga menor que as estacas tipo Franki, as pré-moldadas de concreto e as de 
aço. 
♦ Principais vantagens: 
 Pouca vibração durante a execução; 
 Custo relativamente baixo; 
 Fácil execução em solo acima do nível d’água. 
 
♦ Principais desvantagens: 
 Difícil execução abaixo do nível d’água; 
 Capacidade de carga pequena; 
 Difícil cravação em solo resistente. 
ESTACAS FRANKI 
“Tipo de fundação profunda caracterizada por ter uma base alargada, obtida introduzindo-se no terreno certa 
quantidade de material granular ou concreto, por meio de golpes de um pilão. O fuste pode ser moldado no 
terreno com revestimento perdido ou não ou ser constituído por um elemento pré-moldado”. (NBR 6122:1996). 
Os diâmetros variam de 30 cm a 60 cm. A capacidade de carga varia entre 50 tf e 250 tf. A profundidade pode 
alcançar 30 m. 
A execução deste tipo de estaca segue o seguinte procedimento: 
1. Crava-se no solo um tubo de aço recuperado, cuja ponta é obturada por uma bucha de concreto seco e 
fortemente comprimida sobre as paredes do tubo. 
2. Ao se bater com o pilão na bucha, o mesmo arrasta o tubo, impedindo a entrada de solo ou água; 
3. Atingida a camada desejada, o tubo é preso e a bucha expulsa por golpes de pilão e fortemente socada 
contra o terreno, de maneira a formar uma base alargada; 
4. Uma vez executada a base e colocada a armadura, inicia-se a concretagem do fuste, em camadas 
fortemente socadas, extraindo-se o tubo à medida da concretagem, tendo-se o cuidado de deixar no 
mesmo uma quantidade suficiente de concreto para impedir a entrada de água e de solo. 
5. Concretagem com consumo mínimo de cimento de 350 kg/m3. 
Na cravação à percussão por queda livre, as relações entre o diâmetro da estaca, a massa e o diâmetro do 
pilão devem atender aos valores mínimos indicados na tabela a seguir. 
Diâmetro da estaca (mm) Peso mínimo do pilão (t) Diâmetro mínimo do pilão (mm) 
300 1,0 180 
350 1,5 220 
400 2,0 250 
450 2,5 280 
500 2,8 310 
600 3,0 380 
Nota: As massas indicadas nesta Tabela representam as mínimas aceitáveis. No caso de estacas de comprimento acima de 15 m, 
a massa mínima deve ser aumentada. 
As estacas tipo Franki apresentam grande capacidade de carga e podem ser executadas a grandes 
profundidades, não sendo limitadas pelo nível do lençol freático. 
Seus maiores inconvenientes dizem respeito à vibração do solo durante a execução, área necessária ao bate-
estaca e possibilidade de alterações do concreto do fuste, por deficiência do controle. Sua execução é sempre 
feita por firma especializada. Em situações especiais, sobretudo em zonas urbanas, podem-se atravessar 
camadas resistentes em que as vibrações poderiam causar problemas com construções vizinhas, por meio de 
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perfuração prévia ou cravando-se numa primeira etapa o tubo com a ponta aberta e desagregando-se o 
material com a utilização de uma ferramenta apropriada e água. 
 
 
♦ Principais vantagens: 
 Grande área da base, fornecendo grande resistência de ponta; 
 Fornece grande resistência lateral devido à boa ancoragem do fuste (muito rugoso) no solo; 
 Devido a sua execução o terreno fica fortemente comprimido; 
 Pode ser executada em grandes profundidades; 
 Suporta grande capacidade de carga; 
♦ Principais desvantagens: 
 Grande vibração durante a cravação; 
 Demora no tempo de execução; 
 Custo elevado da mão-de-obra; 
 Capacidade de carga do concreto de aproximadamente 60 kg/cm2. 
 
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ESTACAS METÁLICAS 
As estacas de aço podem ser constituídas por perfis laminados ou soldados, simples ou múltiplos, 
tubos de chapa dobrados (seção circular, quadrada ou retangular) tubo sem costura e trilhos. Podem ser 
cravadas em quase todos os tipos de terreno; possuem facilidade de corte e emenda; podem atingir grande 
capacidade de carga; trabalham bem à flexão; e, se utilizadas em serviços provisórios, podem ser 
reaproveitadas várias vezes. As estacas metálicas devem ser retilíneas, podendo ser emendadas por solda, 
talas aparafusadas ou luvas. 
As estacas de aço devem resistir à corrosão pela própria natureza do aço ou por tratamento adequado. 
Quando inteiramente enterradas em terreno natural, independentemente da situação do lençol d’água, as 
estacas de aço dispensam tratamento especial. Havendo, porém, trecho desenterrado ou imerso em aterro 
com materiais capazes de atacar o aço, é obrigatório a proteção deste trecho com um encamisamento de 
concreto ou outro recurso adequado (por exemplo: pintura, proteção catódica, etc.). Em obras especiais (por 
exemplo: marítimas, subestações, Metrô, etc.), cuidados especiais para sua proteção podem ser necessários. 
Deve ser cortado o trecho danificado durante a cravação ou o excesso em relação à cota de arrasamento, 
recompondo-se, quando necessário, o trecho de estaca até esta cota, ou adaptando-se o bloco. Quando as 
estacas de aço constituídas por perfis laminados ou soldados trabalharem a compressão, basta uma 
penetração mínima de 20 cm no bloco. 
♦ Principais vantagens: 
 Atingem grandes profundidades; 
 Atravessar camadas resistentes de solo; 
 Pequena vibração durante a cravação; 
 Uma estaca pode ser feita com vários perfis soldados um ao outro; 
 Emenda fácil de executar; 
 Podem ser cravadas formando um ângulo de inclinação com a vertical. 
♦ Principais desvantagens: 
 Custo relativamente elevado; 
 Possibilidade de oxidação. 
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO 
As estacas pré-moldadas podem ser de concreto armado ou protendido, vibrado ou centrifugado, e 
concretadas em formas horizontais ou verticais. Devem ser executadas com concreto adequadamente dosado, 
além de serem submetidas à cura necessária para que possua resistênciacompatível com os esforços 
decorrentes do transporte, manuseio, instalação e a eventuais solos agressivos. 
Estas estacas têm limitações de comprimento como decorrência do problema de transporte e equipamento, 
sendo fabricado em segmentos, o que leva em geral à necessidade de grandes estoques e requerem 
armaduras especiais para içamento e transporte. 
Apresentam-se em várias seções (versatilidade): quadradas (as mais comuns), octogonal, circulares, circulares 
centrifugadas, duplo “T”, etc., podendo ser fabricadas em qualquer dimensão, de modo a se adequar ao bate-
estaca a ser utilizado. 
Costumam ser pré-fabricadas em firmas especializadas, com suas responsabilidades bem definidas, ou no 
próprio canteiro, sempre num processo sob controle rigoroso. 
A cravação de estacas pré-moldadas de concreto pode ser feita por percussão, prensagem ou vibração. A 
escolha do equipamento deve ser feita de acordo com o tipo e dimensão da estaca, características do solo, 
condições de vizinhança, características de projeto e peculiaridades do local. 
O sistema de cravação deve ser dimensionado de modo a levar a estaca até a profundidade prevista para sua 
capacidade de carga, sem danificá-la. Com esta finalidade, o uso de martelos mais pesados, com menor altura 
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de queda, é mais eficiente do que o de martelos mais leve, com grande altura de queda, mantido o mesmo 
conjunto de amortecedores. 
O sistema de cravação deve estar sempre bem ajustado e com todos os seus elementos constituintes, tanto 
estruturais quanto acessórios, em perfeito estado, a fim de evitar quaisquer danos às estacas durante a 
cravação. 
Os equipamentos acessórios, como capacetes, coxins e suplementos, devem possuir geometria adequada à 
seção da estaca e não apresentar folgas maiores que aquelas necessárias ao encaixe das estacas, nem danificá-
las. 
As estacas pré-moldadas podem ser emendadas, desde que resistam a todas as solicitações que nelas ocorram 
durante o manuseio, a cravação e a utilização da estaca. Cuidado especial deve ser tomado para garantir a 
verticalidade dos elementos emendados. 
As estacas pré-moldadas devem ser emendadas através de solda. O uso de luva de encaixe é tolerado desde 
que não haja tração, seja na cravação, seja na utilização. O topo do elemento inferior, quando danificado, deve 
ser recomposto após o término de sua cravação. A cravação só pode ser retomada após o tempo necessário à 
cura da recomposição. 
O topo da estaca, danificado durante a cravação ou acima da cota de arrasamento, deve ser demolido. A seção 
resultante deve ser plana e perpendicular ao eixo da estaca e a operação de demolição deve ser executada de 
modo a não causar danos à estaca. Nesta operação podem ser utilizados ponteiros ou marteletes leves, 
trabalhando com pequena inclinação, para cima, em relação à horizontal. Para estacas cuja seção de concreto 
for inferior a 2000 cm², o preparo da cabeça somente pode ser feito com ponteiro. 
No caso de estacas danificadas até abaixo da cota de arrasamento ou estacas cujo topo resulte abaixo da cota 
de arrasamento prevista, deve-se fazer a demolição do comprimento necessário da estaca, de modo a expor o 
comprimento de transpasse da armadura e recompô-lo até a cota de arrasamento. A armadura da estaca deve 
ser prolongada dentro deste trecho. O material a ser utilizado na recomposição das estacas deve apresentar 
resistência não inferior à do concreto da estaca. 
O comprimento de cravação real às vezes difere do previsto pela sondagem, levando a duas situações: a 
necessidade de emendas ou de corte. No caso de emendas, geralmente constitui-se num ponto crítico, 
dependendo do tipo de emenda: luvas de simples encaixe, luvas soldadas, ou emenda com cola epóxi através 
de cinta metálica e pinos para encaixe, este último tipo mais eficiente. Quando há sobra, o corte deve ser feito 
de maneira adequada no sentido de evitar danos à estaca. 
O processo executivo de cravação emprega como equipamentos os bate-estacas: por gravidade, a explosão 
(tipo diesel) e a ar comprimido. 
O processo de cravação mais utilizado é o de cravação dinâmica, onde o bate-estaca utilizado é o de gravidade, 
constituído basicamente de um peso que é levantado através de um guincho e que cai orientado por guias 
laterais. Este tipo de cravação promove um elevado nível de vibração, que pode causar problemas a 
edificações próximas ao local. 
O processo prossegue até que a estaca que esteja sendo cravada penetre no terreno, sob a ação de certo 
número de golpes, até atingir a “nega”. O objetivo de verificação da nega para as diferentes estacas é a 
uniformidade de comportamento das mesmas. 
Deve-se ter cuidado com a altura de queda do martelo para não causar danos à cabeça da estaca e fissuração 
da mesma, não se esquecendo de usar também o coxim de madeira e o capacete metálico para proteger a 
cabeça da estaca contra o impacto do martelo, mesmo assim, estas estacas apresentam índice de quebra às 
vezes alto. Se a altura for inferior à ideal, poderá dar uma “falsa nega”. 
As extremidades da estaca são reforçadas com armadura transversal para resistir aos choques do bate-estaca. 
O recobrimento do concreto é de no mínimo 3 cm. 
Em estacas vazadas, antes da concretagem do bloco, o furo central deve ser convenientemente tamponado. 
Sua aplicação de rotina é em obras de pequeno a médio porte. 
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Principais vantagens: 
 Podem ser cravadas abaixo do nível d’água; 
 Permite uma boa fiscalização durante a concretagem; 
 Permite a moldagem de corpos de prova para verificação da resistência à compressão; 
 Permite a moldagem das estacas no local da obra; 
 Permite a emenda de uma peça na outra, etc. 
♦ Principais desvantagens: 
 A estaca não ultrapassa camada de solo resistente; 
 Não resistem a esforços de tração e de flexão. 
 Tempo de cura normal do concreto de 21 dias; 
 O transporte dentro da obra; 
 Durante a cravação se o contato do martelo com o concreto não for feito com um material elástico, 
quebra a cabeça da estaca; 
 Grande vibração durante a cravação. 
 Capacidade de carga do concreto de aproximadamente 60 kg/cm². 
 
DETALHES DE UMA ESTACA PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO ARMADO 
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ESTACA ESCAVADA COM TRADO ROTATIVO 
A sua execução obedece ao seguinte roteiro: 
1. O trado é cravado no solo por meio de um torque; 
2. Quando o trado está cheio ele é sacado e retirado o solo; 
3. Quando a cota de assentamento é atingida, o furo é cuidadosamente limpo e na sua parte inferior é 
colocado brita e apiloado; 
4. Inicia-se a concretagem da estaca, com um concreto auto-adensável; 
5. Faltando 2/3 para completar a concretagem é colocada a armadura; 
6. A parte final da estaca é concretada e vibrada com um vibrador de imersão. 
♦ Principais vantagens: 
 Produção diária muito grande em solo com coesão e ângulo de atrito interno acima do nível da água; 
 Aspecto de limpeza na obra; 
 Possibilita a construção de estacas relativamente longas; 
 Possibilita a construção de estacas inclinadas. 
♦ Principais desvantagens: 
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 Solo com nível da água muito elevado é necessário a utilização de fluido estabilizador do furo; 
 Resistência de ponta não contribui com a capacidade de carga da estaca; 
ESTACAS-RAIZ 
Estacas de pequeno diâmetro concretada “in loco”, executadas com perfuratriz, executadas com equipamento 
de rotação ou rotopercussão com circulação de água, lama bentonítica estabilizante ou ar comprimido,podem 
ser executadas com grandes inclinações e atravessar terrenos de qualquer natureza, sendo indicado para o 
solo que possui matacões e rocha. 
Este tipo de estaca é recomendado para obras com dificuldade de acesso para grandes equipamentos de 
cravação, pois emprega equipamento com pequenas dimensões (altura de até 3m). 
Pode ser ou não revestida, sendo que as estacas tipo raiz são revestidas, pelo menos em parte do seu 
comprimento. De qualquer maneira é preciso garantir a estabilidade da escavação. 
A utilização de lama bentonítica estabilizante pode afetar a aderência entre a estaca e o solo. Procede-se 
então uma lavagem normal com água limpa para eliminar esse inconveniente, sendo imprescindível verificar o 
resultado final do uso da lama através de prova de carga, a menos que haja experiência com este tipo de 
estaca no terreno da região. 
Essa perfuração se processa com um tubo de revestimento e o material escavado é eliminado continuamente, 
por uma corrente fluida (água, lama bentonítica ou ar) que introduzida através do tubo refluí pelo espaço 
entre o tubo e o terreno. 
Completada a perfuração com revestimento total do furo, é colocada a armadura necessária ao longo da 
estaca, concretando-se à medida que o tubo de revestimento é retirado. A injeção é executada de baixo para 
cima, aplicando-se regularmente uma pressão controlada e variável, em função da natureza do terreno, cujo 
valor atinge até 0,4 MPa. Este procedimento, além de aumentar consideravelmente o valor do atrito lateral, 
garante também a integridade do fuste, permite conseguir-se uma resistência maior para a argamassa 
utilizada. Durante o processo de concretagem o furo permanece revestido. 
O processo de perfuração, não provocando vibrações nem qualquer tipo de descompressão do terreno, em 
conjunto com o reduzido tamanho de equipamento torna este tipo de estaqueamento indicado para várias 
situações específicas. 
A concretagem é feita através de um tubo introduzido até o fundo da estaca, por onde é injetada a argamassa, 
dosada com 500 a 600 kg de cimento por metro cúbico de areia peneirada, com relação água/cimento inferior 
a 0,6. Assim, a composição e a consistência do aglomerado que é utilizado na fabricação da argamassa, a 
armação longitudinal, o processo de perfuração e o emprego de ar comprimido na concretagem, em conjunto, 
concorre para conferir à estaca uma adequada resistência estrutural e ótima aderência ao terreno, o que 
garante uma elevada capacidade de carga. 
A estaca-raiz pode ser utilizada nos seguintes casos: 
– em áreas de dimensões reduzidas; 
– em locais de difícil acesso; 
– em solos com presença de matacões, rocha ou concreto; 
– em solos onde existem “cavernas” ou “vazios”; 
– em reforços de fundações; 
– para contenção lateral de escavações; 
– em locais onde haja necessidade de ausência de ruídos ou de vibrações; 
– quando são expressivos os esforços horizontais transmitidos pela estrutura às estacas de fundação 
(muros de arrimo, pontes, etc.); 
– quando existe esforço de tração a solicitar o topo das estacas (ancoragem de lajes de subpressão, 
pontes rolantes, torres de linha de transmissão, etc.). 
HÉLICE CONTÍNUA 
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Estaca de concreto moldada in loco, executada através de um equipamento que possui um trado helicoidal 
contínuo, que retira o solo conforme se realiza a escavação, e injeta o concreto simultaneamente, utilizando a 
haste central desse mesmo trado. É um sistema que proporciona uma boa produtividade e, por esse motivo, é 
recomendável que haja uma central de concreto nas proximidades o local de trabalho. Além disso, as áreas de 
trabalho devem ser planas e de fácil movimentação. 
O sistema pode ser empregado na maioria dos tipos de solos, exceto em locais onde há a presença de 
matacões e rochas. Estacas muito curta, ou que atravessam materiais extremamente moles, também deve ter 
sua utilização analisada cuidadosamente. 
Introduzida no Brasil em 1987 e mais amplamente difundida em 1993. Caracterizada pela escavação do solo 
através de um trado contínuo possuidor de hélices em torno de um tubo central vazado. Após sua introdução 
no solo até a cota especificada, o trado é extraído concomitantemente à injeção do concreto (slump  24 cm, 
pedrisco e areia) através de tubo vazado. 
• Diâmetros de 0,275 m a 1,20 m; 
• Comprimentos de até 33m, em função da torre ; 
• Executada abaixo do NA; 
• Tempo de execução de estaca de 0,40m de diâmetro e 16m de comprimento em torno de 10min 
(escavação e concretagem). 
• Não ocasiona vibração no terreno 
ESTACA ÔMEGA 
Introduzida no Brasil em 1997. A cabeça é cravada por rotação, podendo ser empregada à mesma máquina 
utilizada nas estacas hélice contínua; durante a descida do elemento perfurante o solo é deslocado para baixo 
e para os lados do furo. Após sua introdução no solo até a cota especificada, o trado é extraído 
concomitantemente à injeção do concreto (slump  24 cm, pedrisco e areia) através de tubo vazado. 
• Diâmetros de 0,31 m a 0,66 m e comprimento em função da torre (até 33m); 
• Executada abaixo do nível de água; 
• Tempo de execução de estaca de 0,40 m de diâmetro e 16m de comprimento em torno de 10 minutos 
(escavação e concretagem); 
• Não ocasiona vibração no terreno.