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Maquiavel e a política contemporânea

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Maquiavel e a política contemporânea
O Príncipe: 
Nesta obra Maquiavel ensina a manter o poder e conseguir novas terras, e quase todas as formas de fazer isso eram aceitáveis. 
Sugere a existência de duas formas de governo: Monarquia e Republica. Nesta obra, porém, centraliza seus argumentos na forma Monárquica de governo onde o Príncipe, segundo Maquiavel, deve governar acima da ética e da moral, tentando sempre aumentar seu poder.
Um realismo político, se atendo a verdade, efetiva das coisas, ligado ao pessimismo antropológico, conduzindo ao conceito de “virtude do príncipe para governar eficazmente o Estado”. Partindo do pressuposto da natureza corrupta do ser humano, pois os homens são ingratos, volúveis, fingidos e gananciosos, não sendo considerados bons.
Maquiavel entende que o bom governante “quando forçado” pela necessidade, deve saber usar a violência visando o bem coletivo (Utilitarismo).
Devido à natureza corrupta do ser humano e a impossibilidade de unir o amor e o temor, é muito mais seguro ao homem de Estado ser temido que amado, com isto deve-se estar atento à não ser odiado, pois caso o seja, correrá o risco de ser derrubado pelo povo.
Lança mão de dois conceitos importantes:
Virtú: Seriam as qualidades para se governar
Fortuna: Oportunidade/Sorte
Para Maquiavel, o político virtuoso é o que se antecipa e não deixa margem para a fortuna. O grande líder tem sucesso porque vai ao encontro do que a situação e o tempo pedem”
Outro pensamento interessante de Maquiavel, é quando ele diz que um líder precisa combinar qualidades humanas com qualidades animais. “A raposa um animal perspicaz e consegue reconhecer armadilhas, ao passo que o leão é extremamente forte e ameaçador, sendo assim, importante unir as duas características. 
A política é um jogo de aparências e essência, onde o príncipe se forçado pele necessidade deve aparentar possuir as qualidades valorizadas pelo governado, demonstrando ser honesto e gentil enquanto quebra promessas e age cruelmente.
Admite que o mal possa ser feito, desde que seja de uma vez só, pois é facilmente esquecido, caso seja feito aos poucos, alimentará o ódio da sociedade, este ódio deverá SEMPRE ser evitado pelo príncipe. Já o bem deve ser feito aos poucos para sempre ser lembrado. 
Maquiavel, ao estudar o sistema Frances, menciona que o príncipe deverá ter um poder mediador (Parlamento) para poupá-lo dos desgastes que poderia haver com os grandes ao favorecer os populares.
 “Será que vale a pena ser corrupto para um bem maior”
Política Contemporânea:
	Nos últimos anos observamos que os pensamentos de Maquiavel se encontram muito presente.
	Maquiavel afirma que para ser político é preciso vestir máscaras, pois esta é uma atividade para pecadores e que não é possível ser um bom cristão e um bom político. Através desta observação podemos dizer que políticos estão somente a serviço do poder pura e simplesmente e desta forma ajudaram a popularizar a triste frase: “Os fins justificam os meios”, independentemente de que fins e de que meios, perseguindo o poder a todo o custo.
	Políticos para serem eleitos fazem uso de máscaras e falsas promessas, como raposas, pois jamais poderá demonstrar ser favorável à desonestidade, corrupção, violência, etc., pois tudo caso demonstre será odiado e perderá a eleição. 
	A máxima de ser corrupto para um bem maior só faz crescer o ódio da população, tão temido por Maquiavel em seus textos, que passa a não apoiar seus governantes. Podemos citar como exemplo, o impeachment sofrido pela última presidente do Brasil, que após anos de um governo problemático, não conseguiu trazer a Fortuna e a Virtú para seu lado, sendo depostas não só pela população, mas também pelos seus apoiadores, ambos não estavam ao seu lado. 
	Maquiavel compreende bem quando políticos fazem alianças com partidos ideologicamente diferente ou quando oferecem cargos em troca de apoio nas eleições, pois é preciso a astucia da raposa para se manter no poder e reconhecer os anseios do povo. 
	Quando um político toma ações populistas, como exemplo quando a presidente Dilma Roussef anunciou a redução da conta de luz, nada mais fez do que assumir ações próprias de graça, para contentar o povo. 
	A condição humana, para Maquiavel, caracteriza-se pela eterna busca ao poder e para alcançar este poder não importa os meios, podemos ver na atualidade políticos enganam sua população para se perpetuarem no poder, aja vista diversas ditaduras no mundo, onde o príncipe (ditador) utiliza a força do Leão para se manter no poder. 
Maquiavel, certamente explicaria a causa da queda e prisão de Lula da seguinte forma: 'As amizades que se conquistam com dinheiro e não com grandeza e nobreza de alma não são certas, não podem ser usadas. Os homens têm menos pudor em ofender alguém que se faça amar do que alguém que se faça temer'. Quando se conquista com dinheiro e não com virtu a queda é uma questão de tempo.

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