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UNIESP – FACULDADE DE BELO HORIZONTE ANA CAROLINA PEREIRA BRITO DAIANA J. L. DE ANDRADE KARINA ROBERTA PINTO MARCO ANTONIO PEREIRA POLLYANA GOLTARA SERAFIM DE OLIVEIRA RAGNER FELIPE MOTA ALVES TÂNIA OLIVEIRA GUIMARÃES TRABALHO DE CIÊNCIAS POLÍTICAS O Príncipe – Nicolau Maquiavel BELO HORIZONTE – MG 2018 O Príncipe – Nicolau Maquiavel Síntese: Este trabalho tem como objetivo, direcionar o aluno de primeiro período do curso de Direito, o estudo dos capítulos XIV ao XIX do livro O Príncipe, obra do diplomata Nicolau Maquiavel (1469-1547) escrito especialmente ao Príncipe Lorenzo di Medici. Introdução Para inicio da analise dos capítulos propostos é necessário entender porque, por quem e para quem foi escrito esta obra. O livro foi escrito pelo diplomata Nicolau Maquiavel, ele foi o fundador do pensamento político, por tratar as questões do Estado e governo como realmente são e não como deveriam ser. Maquiavel viveu em Florença na Itália, a península da Itália era fragmentada em Estados e tinham várias formas de poder, pois eram independentes. Durante a República do Príncipe Lourenço de Medici, em 1448 aos 29 anos, ocupou o cargo da Segunda Chancelaria, permaneceu atuante por 14 anos. Em 1512 foi demitido e acusado de conspiração, preso e torturado, foi enviado ao exílio onde na ociosidade e no desespero para recuperar seu cargo escreveu esta obra para presentear o novo príncipe Lourenço de Medici (neto). Através desse escrito Maquiavel desmembra a moral da política, onde as palavras- chave de seu pensamento foram: A verdade efetiva das coisas; A natureza Humana; Forças da Oposição; Principado e República; Virtu e Fortuna. CAPÍTULO XIV – O que compete a um príncipe acerca da milícia. Esse capítulo dá um indicativo ao príncipe para que vise tão somente à guerra, sua ordem e sua disciplina, pois esta é a arte dos comandantes. Essa arte é deveras imprescindível que permite que até homens comuns ascendam ao principado nos diz que olhar mais para o luxo que para a guerra sugere margem para a perda do Estado. Deve-se apreciar a guerra em período de guerra e a guerra em período de paz, estudando métodos, homens, relevo, previsões e a mente Um príncipe sábio deve observar comportamento semelhante e jamais permanecer ocioso nos tempos de paz, e sim com engenho fazer deles um cabedal para dele se valer na adversidade, a fim de que, quando mudar a fortuna, esteja sempre pronto a resistir. CAPÍTULO XV – Daquelas coisas pelas quais os homens e especialmente os príncipes são louvados ou vituperados. É essencial a um príncipe que queira se manter aprender a poder não ser bom e usar ou não da bondade, segundo suas necessidades. O príncipe precisa ser prudente para saber fugir da infâmia daqueles vícios que o fariam perder o poder, cuidando evitar até aqueles que não chegariam a pôr em risco seu posto. Não podendo evitar é preciso que os tolere, sem que mantenha o devido respeito. Não deve evitar incorrer daqueles vícios, pois sem eles, é difícil que volte a salvar o Estado, porque sempre se encontrará alguma coisa, que parecendo virtude, praticada poderá levar a ruína, e alguma outra que com aparência de vício poderá dar segurança e bem-estar. CAPÍTULO XVI – Da liberalidade e da parcimônia. Não pode um príncipe usar da virtù da liberalidade sem prejuízo próprio e sem danos, de forma que seja divulgada, se for de forma prudente, não se preocupar com a fama de miserável, porque com o tempo será considerado cada vez mais liberal, ao verem que, graças à sua parcimônia, suas receitas lhe bastam, que pode defender-se dos que lhe movem guerra e realizar seus empreendimentos sem onerar o povo. O rei da França na figura de Luís XII fez tantas guerras sem exigir nenhum imposto extraordinário do seu povo somente porque administrou bem as despesas supérfluas com grande parcimônia. César era um dos que pretendiam chegar ao principado em Roma; mas, se tivesse sobrevivido depois de consegui-lo e ele não fosse moderado os gastos, teria destruído aquele Império. Acrescenta ainda o autor que é bom ser visto como liberal e que saques e pilhagens nos perdedores da guerra não diminuem a reputação do rei, mas sim a aumentam, pois é prejudicial gastar o que é seu e não o que é dos outros. CAPÍTULO XVII – Da crueldade e da piedade, se é melhor ser amado que temido, ou antes, temido que amado. Reportando às outras qualidades já referidas, digo que cada príncipe deve desejar ser tido como piedoso e não como cruel: não obstante isso, deve ter o cuidado de não usar mal essa piedade. Um príncipe não deve, pois, temer a má fama de cruel, desde que por ela mantenha seus súditos unidos e leais, pois que, muito poucos exemplos ele será mais piedoso do que aqueles que, por excessiva piedade, deixam acontecer as desordens das quais resultam assassínios ou rapinagens: porque estes costumam prejudicar a comunidade inteira, enquanto aquelas execuções que emanam do príncipe atingem apenas um indivíduo. O príncipe, contudo, deve ser lento no crer e o agir, não se alarmar por si mesmo a excessiva confiança o torne incauto e a demasiada desconfiança o faça intolerável. Nasce daí a questão: se é melhor ser amado que temido ou o contrário. Deve o príncipe, não obstante, fazer se temer de forma que, se não conquistar o amor, fuja ao ódio, mesmo porque podem muito bem coexistir o ser temido e o não ser odiado. Deve, sobretudo, abster dos bens alheios, posto que os homens esqueçam mais rapidamente a morte do pai do que a perda do patrimônio. Mas quando o príncipe está à frente de seus exércitos e tem sob seu comando uma multidão de soldados, então é de todo necessário não se importar com a fama de cruel, eis que, sem ela, jamais se conservará exército unido e disposto a alguma empresa. Concluo, pois, voltando à questão de ser temido e amado, que um príncipe sábio, amando os homens como a eles agrada e sendo por eles temido como deseja, deve apoiar se naquilo que é seu e não no que é dos outros; deve apenas empenhar em fugir ao ódio, como foi dito. CAPÍTULO XVIII – De que modo os príncipes devem manter a fé da palavra dada. Quando seja louvável em um príncipe o manter a fé e viver com integridade, e não com astúcia, todos compreendem; contudo, vê nos nossos tempos, pela experiência, alguns príncipes terem realizados grandes coisas a despeito de terem tido em pouca conta a fé da palavra dada, sabendo pela astúcia transtornar a inteligência dos homens; no final, conseguiram superar aqueles que se firmaram sobre a lealdade. Portanto, a um príncipe torna necessário saber bem empregar o animal e o homem. Deve saber, então, que existem dois modos de combater: um as leis, o outro com a força. Necessitando um príncipe, pois, saber bem empregar o animal, deve este tomar como modelos a raposa e o leão, eis que este não se defende dos laços e aquela não tem defendido contra os lobos. É preciso, portanto, ser raposa para conhecer os laços e leão para aterrorizar os lobos. Mas é necessário saber bem disfarçar esta qualidade e ser grande simulador e dissimulador. A um príncipe, portanto, não é essencial possuir todas as qualidades acima mencionadas, mas é bem necessário parecer possuí elas. Um príncipe, portanto, deve ter muito cuidado em não deixar escapar de sua boca nada que não seja repleto de suas qualidades, para parecer, ao ver e ouvir, todo piedade, todo fé, todo integridade, todo humanidade, todo religião; e nada existe mais necessário de que ser aparentado do que ser última qualidade. É que os homens em geral julgam mais pelos olhos do que pelas mãos, porque a todos cabe ver, mas poucos são capazes de sentir. Os meios serão sempre julgados honrosos e por todos louvados, porque o vulgo sempre se deixa levar pelas aparências e pelos resultados,e no mundo não existe senão o vulgo; os poucos não podem existir quando os muitos têm onde se apoiar. Algum príncipe dos tempos atuais, não prega senão a paz e fé, mas de uma e outra é ferrenho inimigo; uma e outra, se ele as tivesse praticado teriam por mais de uma vez tolhido a reputação ou o Estado. CAPÍTULO XIX – De como se deva evitar o ser desprezado e odiado. Torna o príncipe odioso, sobretudo, ser rapace e usurpador das coisas e das mulheres dos súditos. Homens em geral, na análise do autor, vivem contentes enquanto deles não se toma o patrimônio nem a honra, restando ao príncipe apenas ter que combater a ambição de uns poucos. Torna-o desprezível ser tido como inconstante, leviano, efeminado, pusilânime e irresoluto devendo empenhar-se para que se reconheça grandeza, ânimo, ponderação e energia. Ele deve afirmar suas decisões como irrevogáveis e manter sua posição de modo que ninguém pense em enganá-lo nem fazê-lo mudar de opinião. Um príncipe deve ter dois receios, um interno, por conta de seus súditos, e outro externo, por conta das potências estrangeiras. Ele deve ter em pouca conta as conspirações enquanto o povo lhe for favorável, mas, quando este se tornar seu inimigo ou lhe tiver ódio, temer todas as coisas e todo o Mundo. Fazer necessário a todos os príncipes satisfazerem antes o povo do que os soldados, porque o povo é quem tem mais poder. Nos impérios da Antiguidade, no reino turco e no sultanato citados na obra, os exércitos ainda tem mais expressão que o povo então vale o governante ser mais íntimo daqueles do que deste. Entretanto é importante ressaltar que esses são a exceção: via de regra, nos principados e repúblicas o povo é detentor e legitimador do poder e dele se devem estreitar laços. CRÍTICAS INDIVIDUAIS ANA CAROLINA: Com base na leitura do livro escrito com tanto esmero pelo diplomata Maquiavel, pude perceber que através dessa Obra ele ensina os homens a serem grandes líderes, a cativar o povo, manter o mandato de forma harmônica, mantendo todos ao seu lado, ensina a se esquivar das maldades do ser humano e trazer para si apenas a fortuna das boas coisas. Maquiavel é astuto e corajoso, um homem inteligente e experiente. Um político nato, que fazia e conhecia a política como ninguém. Sustentando a lição da raposa e do leão, conclui se que o príncipe não necessariamente tem que SER, mas deve PARECER SER. O segredo para o sucesso no reinado é não se deixar ser odiado ou desprezado pelo povo, pois tal fato tem como fruto a ruína. DAIANA: O príncipe deve estar sempre fazendo novas conquistas e grandes empreendimentos para ser bastante estimado entre o seu povo, agir de forma verdadeira, se declarando amigo ou inimigo em determinada situação sem ser por troca de favores, de qualquer maneira essa atitude gera melhores resultados do que a neutralidade, além de tornar o príncipe bastante estimado. Os príncipes devem demonstrar interesse pelas qualidades dos seus súditos, oferecer novas oportunidades para aqueles que se destaca no reino, honrar aqueles que são excelentes em cada área, além de incentivar os seus moradores a agirem de forma pacifica, a praticarem suas atividades da maneira mais correta e harmoniosa possível, sem infligir o direito do outro. KARINA: ---- MARCO ANTÔNIO: Na discussão sobre as qualidades dos príncipes surge o questionamento: este deveria ser bom, honesto, liberal e cumpridor de suas promessas. Os príncipes devem conduzir seu povo. Pratica-se o bem é condenado por aqueles que não são bons, portanto, príncipe que deseja se manter no poder tem que agir sem bondade ou maldade. Não pode um príncipe usar a virtude da liberdade sem prejuízo próprio e sem danos de forma prudente, não se preocupa com a fama de miserável, com o tempo será considerado cada vez mais liberal, e graças a sua parcimônia (receitas) de crueldade ou piedade, amado ou temido, pois estes são seus vícios que fazem reinar com sabedoria, melhor ser temido que amado e piedoso, para que destes atos não se manifeste uma forma de deixar evoluir as desordens. POLLYANA: Neste capítulo Vimos que o poder pode fazer com que homens façam coisas absurdas para seu próprio beneficiamento, mas vimos também que um príncipe sábio sabe priorizar certas decisões para o bem de seu reinado não precisa ser amado ou temido, basta operar com dignidade e boa-fé em suas palavras e ações terá um exército sobre seu comando e um reinado próspero. RAGNER: Visando a proteção de sua sorte, o príncipe deve cuidar de seu exercito em qualquer tempo, por isso, ele orienta seus soldados a caçarem, o que auxilia no conhecimento do terreno. O príncipe deve manter-se equilibrado, enaltecendo algumas qualidades e evitando a prática de alguns defeitos. O uso de recursos por parte do príncipe tem que ser consciente, evitando, assim, ódio e descontentamento dos súditos. Para a união do povo, pode ser preciso usar a crueldade em alguns casos. O príncipe deve manter uma imagem ilibada, mesmo não agindo conforme a imagem que passa às vezes. O príncipe deve ter seus súditos ao seu lado, sem promover o ódio destes, evitando atitudes que podem gerar isso. TÂNIA: O príncipe não deve medir esforços e nem hesitar, mesmo que diante da crueldade ou da trapaça das pessoas, quando estiver se referindo a integridade Nacional e o bem de seu povo, jamais beneficiando um único lado, um príncipe deve agradar a todos e agradar com prudência tendo que usar ou não sua bondade de acordo com a necessidade. Um príncipe tem que agir com sabedoria para manter seu exercito unido, mesmo que para isso ele tenha que ser cruel. Referencias Bibliográficas Fonte Digital: www.jahr.org Edição eletrônica: Ed. Ridendo Castigat Mores. Acessado em Abril de 2018. http://www.jahr.org/
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