Ética geral e profissional

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Ética e Estatuto de Advocacia
“Comentários ao estatuto da advocacia e da OAB” - Paulo Louco.
03/02
A Advocacia no Direito Brasileiro
1) A essencialidade do advogado: 
Atividade do advogado é indispensável para administração da justiça, (art 133, CF). Cabendo algumas exceções, 
Ex: HC.
2) Advocacia Pública e Privada:
- Pública: Advogados com cargos públicos. Art 3o.
- Privada: Advogado autônomo, onde assume os riscos do negocio. Mesmo sendo privado, ele exerce uma atividade pública (jurisdição).
* Não se aplica o CDC em relações do advogado com o cliente, se aplica o estatuto da advocacia.
3) Atividade de advocacia:
Art 1o. 
- Postular com exceções.
- Consultoria jurídica (instantânea).
- Assessoria Jurídica (se estende pelo tempo)
- Cargo de direção jurídica.
- Fiscalização ou visto nos atos constitutivos da sociedade (quando assina fica responsável pelo contrato).
* Contratos podem ser feitos por qualquer pessoa.
4) Legislação que rege a advocacia:
a) Const. Federal, art 133.
b) Lei 8.906/1994.
c) Código de Ética e Disciplina.
d) Regulamento geral da advocacia.
e) Provimentos do Conselho Federal.
5) Características da advocacia, art 2o:
a) Indispensabilidade: Advogado é indispensável para administração da justiça.
b) Exercício de serviço público e função social, mesmo atuando no setor privado.
c) Parcialidade: Fiel a seu cliente, desde que seja lícito.
d) Inviolabilidade: Imunidade pelos seus atos no interesse da defesa do seu cliente nos limites da lei.
e) Independência: Advogado deve agir com destemor, não podendo ter medo de agir em beneficio de seu cliente; Não existe hierarquia entre advogados e membros do MP. 
6) Advogado Estrangeiro: 
Tratado do MERCOSUL não possibilita que advogados atuem em outros países; Existe uma exceção onde os advogados portugueses podem advogar aqui no Brasil e vice-versa, isso acontece por causa de um tratado estabelecido entre os dois países; Os advogados estrangeiros estão autorizados a dar consultoria de sua legislação estrangeira aqui no Brasil, podendo até formar sociedades para dar consultoria, para ser dada essa consultoria deve se ter uma autorização dada pela OAB com a validade de 3 anos, podendo ser renovada depois. 
7) Estagiário em Advocacia:
Diferente de estagiário em direito, esse deve estar inscrito na OAB, deve estar cursando os dois últimos anos do curso de direito, não pode exercer atividade incompatível à advocacia. Só pode ser realizado em escritórios conveniados com a OAB. Podendo realizar alguns atos sozinhos sem a presença do advogado.
8) Exercício Efetivo da Advocacia:
Considera-se exercício efetivo da advocacia aquele advogado que fizer 5 ou mais atos privativos de advocacia por ano. O domicilio profissional do advogado é o Estado onde ele atua, mas se atuar 5 ou mais vezes em outro estado, deverá se inscrever nele obrigatoriamente. 
9) Atos de Advocacia Praticados Ilegalmente:
Atos praticados ilegalmente; São nulos atos praticados por pessoas não inscritas na OAB ou por inscritos que tenham alguma forma de impedimento ao exercício da advocacia, além de cometer contravenção penal (não inscrito) ou disciplinarmente na OAB e penalmente (inscrito). 
Se um estudante comete ato ilegal, correrá o risco de não poder mais se inscrever na OAB.
HISTÓRIA DA ADVOCACIA 
1) Grécia e Roma:
2) Europa:
3) Portugal – Brasil:
a) Independência: Advocacia era exercida por qualquer pessoa. Só em 1963 o exame de ordem começou a ser exigido para poder advogar.
b) República:
 MANDATO AO ADVOGADO
Conceito
É um contrato pelo qual uma parte denominada cliente outorga outra denominada advogado, poderes de representação judicial ou extra judicial para em seu nome praticar atos privativos de advocacia defendendo seus interesses. 
Diferença entre mandato e procuração:
a) Mandato: Contrato pelo qual uma parte outorga poderes à outra, podendo ser escrito ou verbal.
b) Procuração: É a prova do mandato, é o mandato escrito, é o instrumento do mandato. Obrigação de o advogado exibir uma procuração toda vez que defender seu cliente. O advogado poderá atuar sem procuração no caso de emergência, tendo posteriormente que justificar em 15 dias, podendo ser prorrogável por mais 15 dias, correndo risco de responder por pernas e danos no caso de não justificativa e seus atos serem declarados ineficáveis.
2) Poderes que o advogado recebe do seu cliente (art 5, $2o, estatuto da advocacia) e (art 105, CPC):
a) Para o foro em geral: Se essa frase constar, habilita ao advogado a praticar em nome do seu cliente todos os atos na defesa dos seus interesses (menos os especiais).
b) Especiais: Art 105, CPC; O advogado nunca deve receber citação em nome do cliente.
3) Mandato Judicial e Extrajudicial:
a) Judicial: Mandato que contem poderes para postular em nome do seu cliente em juízo.
b) Extrajudicial: Mandato para os atos da vida civil.
 02/03/2016
 MANDATO ADVOGADO
Mandato aparente ou “apud acta”: casos em que a lei prevê; São atos em que o advogado atuando em algumas situações do processo, terá permissão para atuar em defesa do seu cliente sem procuração, só pelo fato de constar o nome do advogado na ata de audiência (poderes especiais não entram aqui).
Advogados públicos: Advogados públicos estão dispensados de procuração, pois já estão investindo no cargo, bastando apenas declarar numero de matrícula. 
Advogados dativos: Nomeado pela OAB ou juiz para defesa dos necessitados; Não exercem poderes de procuração, ao ser nomeado ele exerce encargo e não poderes outorgados pela parte; Devem apenas declarar o despacho ou decisão que os nomeou (válido apenas para poderes gerais);
Advogados reunidos em sociedade
Principais regras éticas relacionadas ao mandato
Artigo 9°: Informar ao cliente os riscos da demanda / dos riscos.
 Artigo 11: O advogado no exercício do mandato atua como patrono da parte (cuida da parte), ele deve traçar estratégia para a causa.
Artigo 12: Terminada a causa, o advogado deve devolver todos os bens do cliente e prestar contas minuciosas. 
Artigo 14: Advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha advogado sem que se tenha permissão deste; Salvo em motivos justificados ou casos de urgência.
Advogado pode recusar o processo sem dizer o motivo, mas deve ser discreto.
 Cliente deve pagar todos os honorários a partir da instauração da causa.
 O mandato judicial não se distingue pelo decurso do tempo, salvo se estipulado em mandato.
Advogados do mesmo escritório não podem atuar em partes contrárias.
 Artigo 23, §8: Advogado tem o direito e dever de defender independente da sua opinião sobre o crime.
Proibido ao advogado ser preposto (como parte) e advogado (como representante da parte) ao mesmo tempo, pois torna pessoa a causa.
Comparecimento a assembleias e reuniões (Estatuto da OAB):
Artigo 7°, VI, D: é direito do advogado entra em qualquer assembleia/reunião privada desde que esteja munido de procuração com poder especial para comparecer naquele local. Ex: assembleia de condomínio.
Extinção do mandato
Normal: exaurimento do mandato; Quando o advogado cumpre os poderes; Término do prazo.
Morte ou incapacidade – Morte estingue mandato; incapacidade do advogado (nomear outro); Incapacidade da parte (chamar substituto). Se houver mais de um advogado, a morte de um deles não extingue os demais. 
Revogação: o ato do cliente de retirar os poderes outorgados do advogado em qualquer momento; Feita por carta escrita protocolada. 
Renúncia: advogado deixa de defender o cliente. Também feita por escrito e protocolar comprovando que o cliente soube. Advogado fica responsável pelo caso ainda por 10 dias ou em prazo menor se o cliente achar outro advogado (artigo 5°, §3°, estatuto).
Substabelecimento (artigo 26, novo código de ética da OAB):
Transferência dos poderes de um advogado para outro.
Com reserva de poderes: ainda continua sendo advogado (agora é ele e mais um); O advogadofica responsável pelos atos deste substabelecido.
Sem reserva: ele extingue os mandatos; Transfere totalmente os poderes e sai do caso; Só poderá ser feito com autorização do cliente; Acontece na hora, imediato. 
 16/03/2016
OS DIREITOS DO ADVOGADO
Art. 7 do estatuto da OAB 
Previsões legais que atribuem à função da advocacia certos benefícios que são necessários para o exercício livre da advocacia; Servem a defesa plena do seu cliente; Serve também para evitar a arbitrariedade; São ligadas a uma função. Ex: Juízes têm prerrogativas decorrentes da sua função, policial tem outras; Art 6 e 7, Estatuto da Advocacia; 
* Privilégios: São contrários a prerrogativas; São benefícios ligados ao status ou a qualidade de uma pessoa. 
Igualdade entre os atores da administração da justiça – não existe hierarquia entre os integrantes de um processo.
Exercício com liberdade da profissão: exercer com liberdade, a profissão em todo o território nacional.
Inviolabilidade do advogado – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia. Pode ser quebrada a inviolabilidade do advogado quando ele for acusado de crime, por ordem judicial, fundamentada e especifica. 
Pode-se quebrar o sigilo quando tem ameaça a vida, segunda hipótese, quando houver ameaça a honra. Na terceira hipótese é quando o advogado for acusado e precisar revelar o segredo de seu cliente em sua própria defesa.
Comunicação pessoal com cliente preso – comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimento civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis. 
Presença de representante da OAB quando preso – é prerrogativa do advogado ter a presença de um representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e nos demais casos a comunicação expressa á seccional da OAB.
Prisão cautelar em sola de estado maior – não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de estado maior, com instalações e comodidades condignas e na sua falta em prisão domiciliar.
Prisão cautelar temporária, preventiva e em flagrante. 
 Direito de livre ingresso:
Salas de tribunais – mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados.
Salas de audiências – nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartório, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro e no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independente da presença de seus titulares.
Secretarias, cartórios e ofícios – em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço publico onde o advogado deve praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado.
Delegacias e prisões – pode ver inquérito, processo, mesmo que não esteja presente o titular. 
Edifícios ou recintas públicos - em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deve praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado.
Assembleia ou reuniões - em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais.
Permanecer sentado ou em pé – Permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independente de licença.
Direito de retirar – dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada. 
 23/03/2016
Dirigir-se aos magistrados em seus gabinetes – dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independente de horário previamente marcado ou outro condição, observando-se a ordem de chegada. 
Usar peremptoriamente a palavra quando arguir “pela ordem” –“usar a palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumaria, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas”.
Reclamar por escrito ou oralmente – “reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento”.
Falar sentado ou em pé – “falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da administração pública ou do poder legislativo”. 
Examinar autos de processo ou de inquérito - : No local; Seja em qualquer poder, mesmo sem procuração, desde que não esteja sob sigilo; Deve ser feito no local; Investigações em andamento, juizado não pode ter acesso pois podem prejudicar o processo. 
Lei 13.245/2016: Alterou o inciso XIV, art 7o. O advogado pode examinar qualquer processo, desde que não esteja em sigilo, mesmo que esteja com autoridade policial. Se autoridade retirar páginas do processo, responderá por crime e o ato se tornará nulo. Inciso XXI: Se o advogado for impedido de assistir seu cliente no inquérito policial, o ato será totalmente nulo. Advogado não pode retirar processo mesmo que com procuração até o fim do processo, se já o retirou anteriormente e não devolveu no prazo.
Ter vista de processos – “ter vista de processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais”. Artigo 7, inciso XV.
Retirar em carga autos findos - Processos já finalizados, o advogado pode levar em carga processos mesmo que ele não participe, devolvendo no prazo de 10 dias, salvo em caso de casos com sigilo. 
Ser publicamente desagravado - Quando for ofendido na sua honra, decorrente do exercício profissional ou no exercício dele; O advogado deverá reclamar na OAB, onde esta fara uma nota de desagravo desaprovando o ato contra o advogado, chama o imprensa, lê o documento em ato público. 
Usar símbolos da advocacia - Usar a Beca, Anel do advogado, Brasão da OAB, etc.
Recusar-se a depor como testemunha - Usando a prerrogativa de não revelar nenhum segredo, pois ficou sabendo de tudo do processo como advogado. 
Retirar-se de recinto quando a autoridade que precise o ato estiver em atraso de trinta minutos
Prestar assistência a seus clientes na fase investigatória 
 30/03
DA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO
1) Conceito:
2) Inscrição de advogado:
- Ter capacidade civil.
- Ter diploma por instituição reconhecida e credenciada no Mec. 
- Titulo de eleitor e quitação de serviço militar
- Aprovação no exame de ordem: 3 provas ao ano; A mesma prova pro Brasil todo; Podendo passar antes de formado mas com validade de 1 ano para se concluir o prazo; Feita em duas fases. 
- Não pode existir atividade incompatível (proibição total do exercício da advocacia) com a advocacia; Art 28, estatuto da advocacia. Ex: Policial, Auditor. 
- Impedimento (proibição parcial) podendo advogar em apenas em alguns casos. 
- Só terá que se refazer o exame da ordem se o advogado cometer erros reiterados que revelem inépcia profissional. 
- Ter idoneidade moral, mas se houver prova em contrário, por 2/3 do conselho pode ser declarado inidoneidade. 
- Se inscrever onde vai atuar.
 
3) Inscrição de estagiário:
- Todos os requisitos acima menos diploma e OAB; 
- Deve estar cursando os dois últimos anos do curso de direito.
- Se inscrever no estado do seu Curso.
4) Inscrição principal – suplementar:
- Principal: Feita no seu Estado de atuação.
- Suplementar:Feita em estado em que atuou mais de 5 vezes por ano. 
5) Transferência de Inscrição: 
- Transferência de Inscrição: Quando muda o domicilio. 
6) Licença e Cancelamento de Inscrição:
- Cancelamento: Advogado renúncia a inscrição quando quiser; Se tiver sido excluído da OAB; Se o advogado falecer; Se perder requisitos necessários para inscrição. 
- Licença: Só se ter motivo justificado; Passar a exercer em caráter temporário exercício incompatível com a advocacia; Quem sofrer de doença mental curável. 
7) Documento de identidade profissional: 
- Advogado não pode assinar documento ou fazer publicidade sem colocar seu número de inscrição; O documento de identidade profissional do advogado e estagiário em advocacia vale como Identidade Civil e é de uso obrigatório dentro do território nacional. 
06/04/2016
SOCIEDADE DO ADVOGADO lei 13.347
Conceito – é a união de um ou mais advogados que constituem uma pessoa jurídica assumindo os riscos do negócio. A sociedade de advogados pode ser unipessoal ou pluripessoal e só adquire personalidade jurídica quando registrada no conselho seccional onde tem a sua sede. Artigo 15 §1
Personalidade jurídica – personalidade jurídica própria diferente da dos seus sócios. Esta é a principal característica que difere inclusive o chamado condomínio de advogados. Obrigatório ao advogado abrir uma sociedade regular. 
Outorga de procuração - cliente outorga individualmente poderes aos sócios. 
Razão social – sociedade do advogado não pode adotar nome fantasia, nome de pelo menos um sócio extenso ou abreviado seguido da nomenclatura advogados associados ou sociedade de advogados. 
Sede e filial – filial é o termo quando abro escritório em outro estado. 
Sócio e associado – exclusivamente quer for inscrito na OAB como advogado. Advogado sócio aquele que assume os bolos e os riscos, e o advogado associado participa de determinadas causas e não tem participação social e em todo lucro. Ter que ter contrato e também estar registrado na OAB o associado. 
Responsabilidade civil disciplinar – responde pelos danos que os advogados causarem aos seus clientes. Ilimitada dos sócios. Disciplinar quem responde são os sócios. 
Historia da advocacia
Mandato do advogado
Procuração com caso concreto 
Texto sobre prerrogativa do advogado
Prerrogativa do advogado ao conversar com o juiz
Prerrogativa do STJ
 MATÉRIAS PARA A PROVA
Historia da advocacia, como que surgiu a OAB, datas
Atividade da advocacia
Caracteristicas da advocacia
Mandato ao advogado
Prerrogativas do advogado
Inscrição do advogado e do estagiário na OAB
Licença e cancelamento da inscrição 
Sociedade de advogados 
2° BIMESTRE 04/05/2016
DO ADVOGADO EMPREGADO
Estatuto da Advocacia, art 18ss; 
1) Justificativa: Vantagem é o advogado se especializar nos problemas daquela empresa; Desvantagem é o custo que o advogado tem pra empresa. 
Regido pelo Estatuto da Advocacia, aplicando a CLT quando o estatuto for omisso. 
2) Independência: Advogado não pode ter medo de agir, pois se trata de uma função relevante; Advogado deve manter a sua independência mesmo subordinado ao seu patrão quando se trata da forma que exerce a advocacia (não propor ação que o patrão manda), respeitando seus deveres como empregado (horários, etc). 
Advogado não é obrigado a atuar em processo que estejam fora do seu contrato de trabalho, isso não gera justa causa. 
3) Salário Mínimo Profissional: Definido através de um dissidio coletivo; 
Atualmente no Paraná o salário é de R$2.400 para 4h diárias ou 20h semanais. 
R$ 4.800 para 8h diárias e 40h semanais. 
4) Jornada de Trabalho: 4h diárias ou 20h semanais; 
8h diárias e 40h semanais na dedicação exclusiva, podendo conter cláusulas para que o advogado não atue fora do trabalho. 
Considera-se jornada de trabalho todo o tempo que o advogado estiver à disposição do seu patrão. 
5) Tempo de Trabalho: 
6) Hora Extra: Remunerada em 100% da hora norma.
7) Adicional Noturno: 25% da hora normal; 
Começa das 20h até às 5h do dia seguinte. 
8) Honorários de Sucumbência: Parte perdedora paga ao advogado da parte vencedora; Não incide encargos, patrão não incorpora no salário; Em regra esses honorários pertencem ao advogado, mas admite cláusulas em contrário; Os advogados da mesma empresa podem criar um Fundo Comum, onde serão divididos entre todos depois. 
DOS HONORÁRIOS DE ADVOGADO
1) Conceito: Contraprestação em decorrência de serviço prestado. 
2) Breve escorço histórico: No começo era tido como um ato honroso; Surgiu um Roma chamada de “Honorária”, onde o advogado não podia cobrar mas recebia um presente.
3) Espécies: 
a) Contratuais: Obrigatórios; Advogado não pode pactuar serviço sem contrato de honorários; Se o advogado não tiver pactuado, no caso de não concordância do cliente, o advogado pode entrar com uma ação contra o cliente, provando seus serviços. 
b) Arbitrados: 
c) Sucumbência: Sucumbente é o que teve interesse indeferido pelo juiz; Decorrentes de uma pretensão não acatada pelo PJ, assim condenado em sucumbência, incluindo custas processuais, despesas processuais e honorários de advogado. 
4) Título Executivo: É um documento que possibilita ao juiz instaurar de oficio o processo de execução; O juiz vai cumprir aquele título; Podendo ser Judicial ou Extrajudicial; 
- Se honorários forem executados em título judicial, o advogado pode executa-los em seu nome ou de seu cliente, se for contrato escrito (extrajudicial) autoriza ao advogado executar os seus honorários; 
- No caso de desentendimento com seu cliente, o advogado pode juntar uma cópia do seu contrato nos autos, assim o juiz deverá separar a parte que pertence ao advogado, salvo se o cliente comprovar que já pagou o advogado (22, IV). 
5) Prescrição (25): Prescreve em 5 anos a ação do advogado para cobrar seus honorários. 
- Começa contar:
a) Vencimento do contrato.
b) Do transito em julgado da decisão que o juiz fixar.
c) Término do serviço nos serviços extrajudiciais.
d) Desistência ou Transição.
e) Renúncia ou Revogação do mandato; Se tiver contrato, essas hipóteses remetem ao valor integral do mandato. 
O prazo que o advogado tem para prestar contas ao seu cliente é de 5 anos. 
6) Advogado substabelecido: 
7) Sucumbência NCPC (82): Aquele que deu causa a ação, tem que pagar os ônus da sucumbência (custas do processo, despesas do processo e os honorários do advogado); A sentença condena o perdedor a pagar os honorários ao advogado vencedor. Valor, art 85, NCPC.
8) Fixação dos honorários: 
- Advogado zeloso
- O lugar de seu domicilio
- A natureza e a importância
- O trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
Se a parte entrar com recurso, a cada recurso perdido, o juiz aumentará os honorários. 
Ler art 49, Novo estatuto. 
9) Honorários “quota litis”: Fixar os honorários em porcentagem na vitória do cliente; STJ entende que o advogado pode cobrar até 30% se não recebeu nada durante a ação; Esses valores deverão ser sempre representados por pecúnia, excepcionalmente poderão ser os bens do cliente (50). 
10) Proibição de extração de título de crédito: Por questão de ética, o advogado não pode extrair titulo de crédito, nem negativar o nome de seu cliente, pois a advocacia não pode se assemelhada ao mercantilismo.
11) Uso de cartão magnético: Pode contratar pagamentos através de maquinas de cartão. 
12) Advocacia Pro Bono: Hipótese em que o advogado atua de forma gratuita; Só pode ser feito para pessoas físicas, ao qual o advogado entenda que não tem recursos financeiros. 
* O advogado pode pedir que as sucumbências sejam espedidos em nome da sociedade, pois reduz os tributos. 
01/06
NOVO CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
A ética do advogado
Princípios éticos
Relação do advogado com seu cliente
Com os demais advogados e com a sociedade
Sigilo profissional
Publicidade
PRINCIPIOS
Meramenteinformativa
Discreta e moderada
08/06/2016
INFRAÇÕES DISCIPLINARES
Conceito – é a violação do advogado de qualquer preceito ético ou legal emanado da OAB. 
Penas previstas 
Censura – sentença por escrito, repreendendo a atitude que cometeu. Censura pode ser convertida em advertência reservada, uma repreensão só redigida em advertência reservada ao advogado, ficando em segredo. Artigo 36 do estatuto da OAB, diz quando se aplica a pena de censura, praticar infração do artigo 34, inciso 1 ao 16, do inciso 29 a 34, ou se violar o código de ética ou estatuto da advocacia. 
Suspensão – gera ao advogado o impedimento de advogar durante o prazo de suspensão. Caso não cumpra, os atos são considerados nulos e comete nova suspenção disciplinar. Pode variar de 1 mês, até 12 meses, dependendo da gravidade do fato. Artigo 34, inciso 17 ao 25, ou se for reincidente em penalidade da OAB. 
Exclusão – expulso, perde sua inscrição como advogado. É aplicada quando recebe três suspensões, ou então, se cometer qualquer das infrações previstas nos incisos 26 ao 28 do artigo 34. 
Multa – não é uma pena principal, não existe apenas uma multa, só pode ser aplicada junta com a censura e com a suspensão, quando houver circunstâncias agravantes. A exclusão não gera multa. Varia de uma anuidade, até 10x anuidade. 
Aplicação das penas – artigo 40.
Circunstâncias agravantes e atenuantes – falta cometida na defesa de prerrogativa profissional, são atenuantes.
Revisão da pena disciplinar – mesmo condenado com pena transitado em julgado, a qualquer momento pode pedir a revisão do seu processo, por erro de julgamento ou por condenação baseada em prova falsa. Artigo 73 §5. 
Prescrição da pena disciplinar – prescreve a pretensão punitiva da OAB em 5 anos, chamada de prescrição em abstrato. Ao lado da prescrição em abstrato, existe a prescrição intercorrente, quando o processo disciplinar fica parado sem pratica, por 3 anos. 
Reabilitação – com 1 ano pode pedir reabilitação provando que tem bom comportamento. Se for condenado criminalmente é cinco anos. O advogado por pedir revisão, mesmo que transitado em julgado.
 
1Ketlyn Xavier | 6º período – 1º semestre de 2016