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Resenha Um toque de Classicos Marx

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Karl Marx formula em suas teorias uma análise da sociedade capitalista como um todo, segundo ele, a sociedade capitalista causou impactos nos meios intelectuais, e a maioria dos sociólogos tentam incessantemente corroborar ou negar seus estudos levantados sobre a sociedade capitalista. A maioria de suas obras serviu de inspiração para aqueles que estão diretamente envolvidos com a política.
 Marx corroborava com o ideário iluminista, para ele a razão era um instrumento de apreensão da realidade e também de construção de uma sociedade justa, que seria capaz de utilizar perfeitamente todo o potencial humano. Graças a isso foram ocorrendo as revoluções políticas, o desenvolvimento tecnológico e foram surgindo inspirações e crenças no progresso, em direção a liberdade.
Porém existem muitas dificuldades em relação a complexidade de suas obras, o que dificulta o estudo realizado pelos sociólogos, que é tentar apresentar de forma sucinta suas teses e fundamentos conceituais e metodológicos.
Antes do início da modernidade na Europa, existiu, além da História, uma outra dimensão, que era considerada mais real e povoada de essências imutáveis, essas eram consideradas os verdadeiros objetos do conhecimento. Sobre essa visão as transformações e os movimentos das coisas eram considerados de mera aparência e vistos com uma consumação de um ciclo, que não afeta o ser das coisas. Mas gradualmente o caminho da razão e da história tida por eles vai se aproximando, de forma dinâmica, fazendo com que as pessoas aceitem e passem a entender a realidade, que ocupará o lugar das razões anteriores.
A filosofia idealista de Hegel, inspirou Karl Marx, e foi um dos pontos de sua trajetória, para ele tudo que era real, era racional e vice-versa. A realidade histórica se desenvolveu através das crenças e manifestação da razão, que ocorreram num processo de conflito e contradição.
Na transição do idealismo para o materialismo, Ludwig Feuerbach, foi um dos principais personagens, pois segundo ele, a alienação tem suas origens no fenômeno religioso, que é próprio da natureza humana, e faz com que os homens se submetam a forças divinas criadas por eles próprios, e essas forças divinas ainda são concebidas como superiores. Este mundo religioso é uma projeção fantástica da mente humana, e por isso ela é considerada alienada. Oprimir este mundo, por meio das críticas religiosas libertaria a mente humana, e faria com que a alienação desaparecesse. Karl Marx questiona o materialismo, que se limitava a captar o mundo como objeto de contemplação, e não como resultado da mente humana.
Os economistas de sua época não reconhecem a história nos fenômenos, para eles tudo que é diferente é pura invenção humana, enquanto aquilo que é deles próprios, deve ser tido como verdade por todos. Marx questiona as relações burguesas, que são tidas como naturais e imutáveis. Sendo que todos os processos ligados a produção são transitórios, assim como foi o feudalismo, que é citado como exemplo. Além disso, não são apenas os processos ligados a produção que são transitórias, mas as ideias, concepções, gostos, e também as crenças, essas ideologias são geradas socialmente, e dependem da organização do homem, para fluírem ou não.
 		 A análise da vida social deve, portanto, ser realizada através de uma perspectiva dialética que, além de procurar estabelecer as leis de mudança que regem os fenômenos, esteja fundada no estudo dos fatos concretos, a fim de expor o movimento do real em seu conjunto. (OLIVEIRA; QUINTANEIRO. Um toque de Clássicos, p. 30).
Em busca de atender as suas carências, os seres produzem seus meios de vida, recriando a si de próprios, para Marx a sociedade é a existência de seres humanos que por meio de interações com a natureza, originam sua vida material.
Todos os seres vivos refazem suas energias, assegurando sua existência e a de sua espécie. Quando produzem, provendo-se do que precisam, os seres humanos tentam dominar a natureza, modificando a fauna e a flora. Eles se organizam socialmente, estabelecendo relações sociais. O ato de produzir, gera novas necessidades aos seres humanos, que são o produto da existência social. As supostas necessidades naturais, são um produto histórico, que na busca de controlar as condições, criam novos objetos, que passam de geração a geração, esses objetos, são transmitidos por meio do que chamamos de cultura. 
 Ao produzir para prover-se do que precisam, os seres humanos procuram dominar as circunstâncias naturais, e podem modificar a fauna e a flora.20 Para isto, organizam-se socialmente, estabelecem relações sociais. O ato de produzir gera também novas necessidades, que não são, por conseguinte, simples exigências naturais ou físicas, mas produtos da existência social. (OLIVEIRA; QUINTANEIRO. Um toque de clássicos, p. 33).
Para Marx, este processo de cultura, tem o nome de materialismo histórico, e é por meio deste, que o homem se humaniza.
Marx nunca se refere a produção em geral, mas sim a produção num determinado desenvolvimento social, que para ele é a produção dos indivíduos que vivem em uma sociedade. Está não é uma obra que os homens realizam de acordo com seus desejos particulares, a produção de uma sociedade, depende do desenvolvimento de suas forças produtivas, e das relações sociais e de produção que corresponde a cada um, em uma determinada sociedade.
A ação dos indivíduos, para com a natureza, é dada, no conceito de forças produtivas, esse conceito, busca aprender e assim compreender o modo que aquele indivíduo de determinada sociedade obtém aquilo que necessitam e para isso desenvolvem sua própria tecnologia, divisão de trabalho, modos de processos, modos de cooperação e etc. Este conceito proposto por Marx, pretende exprimir o grau de domínio que o homem tem sobre a natureza. 
O conceito de relações de produção e sociais, se refere as formas que se distribuem os meios de produção, e também o tipo de divisão social do trabalho numa determinada sociedade e em uma parte da história determinada, este expressa a forma com que os homens se organizam entre si para produzir, e como repartem o produto.
Embora a cooperação seja considerada uma relação social, pois ocorre entre seres humanos, pode existir nela omissão de desejos particulares de cada indivíduo, esses interesses particulares, podem se dar tendo em vista, aumento da produtividade. Por conta dessas divisões previamente estabelecidas, começam a existir as classes sociais.
A divisão do trabalhista se dá por meio de segmentação de uma sociedade, ou seja, desigualdade social (divisão do trabalho por meio da classe social), tipo de trabalho executado (manual ou intelectual), ou até mesmo a área em que se trabalha (industrial, comercial, agrícola), entre outros. E então a partir dessas grandes divisões começaram a surgir outras, como por exemplo: as ocupações religiosas, políticas, financeira e etc. Em cada um desses grupos cabem distintas tarefas, em porções maiores ou menores. Assim pode-se interpretar toda uma sociedade, baseando-se nas divisões sociais e de trabalho existentes nela, ou seja, o tipo de divisão social do trabalho corresponde à estrutura de classes de uma sociedade.
A divisão social do trabalho expressa modos de segmentação da sociedade, ou seja, desigualdades sociais mais abrangentes como a que decorre da separação entre trabalho manual e intelectual, ou entre “o trabalho industrial e comercial e o trabalho agrícola; e, como conseqüência, a separação entre a cidade e o campo e a oposição dos seus interesses”. (OLIVEIRA; QUINTANEIRO. Um toque de clássicos, p. 35).
Sendo assim, as noções de força produtivas que se tem de uma sociedade, mostram como a relação entre os indivíduos que ali vivem se interligam.
O conjunto de forças produtivas e das relações sociais e de produção, fazem parte da base ou estrutura, e são essas que constituem as instituições políticas e sociais. Quando produzem os homens também geram outros produtos, que são a ideologia políticas, crenças religiosas, códigos de moralidadee ética, entre outros, estes que não possuem forma material. 
Se dá a explicação das formas jurídicas, politicas, espirituais e de consciência, pela base econômica e material de uma dada sociedade, isso se dá pelo modo em que os homens se organizam no processo produtivo. Está base da sociedade é, portanto, expressada pelos modos de produções, que caracterizam as diferentes etapas da história humana. 
Diversos fatores, contribuem para que as maneiras de produção se modifiquem em diferentes períodos da história, em diferentes sociedades e consequentemente em diferentes épocas. Assim como a maneira de produzir muda, outros fatores também são alterados ao longo da história, como por exemplo, as leis, religiões, regimes políticos e outros elementos que fazem parte da sociedade. Porém o conceito de modo de produção é abstrato e abrangente o suficiente para contemplar as diferentes formas que essas mudanças se apresentam na história das sociedades em geral.
Marx menciona os modos de produção Feudal e Capitalista, nas sociedades ocidentais como primitivos. Porém com isso Marx não pretendia dizer que o progresso das sociedades caminhava de forma linear e em uma única direção, mas sim mostrar que está direção era seguida pelas sociedades tidas como mais avançadas. Porém alguns fatores, contribuíram para mostrar que nem todas as sociedades deveriam necessariamente passar pelas mesmas etapas.
Coube então a Engels, esclarecer em uma carta algumas interpretações equivocadas, a respeito da relação entre e estrutura e a superestrutura.
De toda maneira, a complexidade da relação estrutura e superestrutura continuou levando a interpretações contraditórias do marxismo. As chamadas leituras economicistas do pensamento de Marx enfatizam o determinismo da vida econômica sobre as formas superestruturais, excluindo qualquer possibilidade de que as ideologias, as ciências, a arte, as crenças religiosas, as formas de consciência coletiva, tanto de classes como de outros modos de associação, sistemas jurídicos ou de governo tenham exercido sobre a história de um povo um papel, se não determinante, pelo menos com peso semelhante ao da estrutura. (OLIVEIRA; QUINTANEIRO. Um toque de clássicos, p. 39).
A relação complexa entre estrutura e superestrutura, leva a interpretações contraditórias, diferentes da proposta por Marx. As leituras econômicas do pensamento de Marx enfatizam o determinismo da vida econômica sobre as formas superestruturais, deixando de fora qualquer possibilidade de que as ideologias, ciências e as artes formem uma consciência coletiva.
Karl Marx não deixou uma teoria concreta em relação as classes sociais, embora isso fosse necessário, para que concluíssem os estudos das suas teorias. Porém a base de sua teoria diz que a produção é uma atividade vital do trabalhador, e que a através da produção que os homens se humanizam, por isso que a produção é a atividade vital do trabalhador. Na hora de produzir, os homens extraem da natureza aquilo que necessitam para a sua sobrevivência, e fazendo isso eles estabelecem relações sociais entre si. Desde então, Marx reflete sobre o significado de produção, para o indivíduo e a sociedade. Pois é na hora em que estão produzindo que os homens ou indivíduos, se apropriam, exploram, oprimem e alienam a si mesmo. E assim desenvolvem sua própria concepção de classe.
Quando as sociedades estavam limitadas, os seus indivíduos só sobreviviam por causa de uma luta constante, que permitia a eles que extraíssem o necessário da natureza. Por conta disso as organizações sociais presentes nesta época eram as mais simples possíveis, essas divisões ocorriam segundo a idade, a força física e o gênero. Não existiam bases econômicas que possibilitassem que uns vivessem do trabalho de outros, mesmo que fosse na forma de trabalho escravo ou qualquer outro tipo de trabalho. Na mesma época, começaram a surgir excedentes na produção que permitiram uma maior divisão social do trabalho e uma hierarquia por parte de alguns membros da sociedade, que passaram a estabelecer algum tipo de direito sobre os produtos produzidos e até mesmo sobre os próprios trabalhadores. Pode-se observar que a existência das classes sociais se vincula-se diretamente com algumas circunstancias históricas específicas. 
Por conta disso o materialismo histórico afasta definitivamente a história de que as classes se definiriam basicamente a partir do nível de renda ou até mesmo da origem dos rendimentos. Com isso dá-se um novo significado a palavra renda, está é uma expressão da parcela maior ou menor a que um grupo de indivíduos de uma sociedade pode e deve ter direito, por conta de sua posição na estrutura de classes. 
Na sociedade capitalista mais desenvolvida segundo Marx, no caso a Inglaterra, a divisão do trabalho não aparecia em sua forma pura, e a convivência de elementos distintos em determinada função pode ser observada na Europa.
Dessa forma, Marx acreditava que a tendência do modo capitalista de produção era separar cada vez mais a divisão do trabalho, e transformar tudo em capital. O desenvolvimento da ideologia capitalista tomou rumos imprevisíveis em meados do século XIX, para um analista como Marx. As organizações econômicas e políticas tomaram rumos muito diferentes no interior de cada sociedade. E como resultado disso, começaram a surgir novas subdivisões no interior das classes, chamadas também de “Classes Médias”, e em outros lugares se consolidaram a existência de antigas relações de produção, tanto nos campos quanto nas cidades (Centros Urbanos), formaram-se também estruturas econômicas e sociais mais complexas.
 		 A utilidade do esquema dicotômico reside na possibilidade de identificar a configuração básica das classes de cada modo de produção, aquelas que responderão pela dinâmica essencial de uma dada sociedade, definindo inclusive as relações com as demais classes. (OLIVEIRA; QUINTANEIRO. Um toque de clássicos, p. 41).
As críticas feitas por Marx ao capitalismo, gira em torno da propriedade privada, dos meios de produção da vida humana, a limitação a liberdade e a desumanização que a maioria dos indivíduos das classes trabalhadoras é submetida. Os indivíduos de uma determinada classe que detém o poder material numa dada sociedade é também a potência política e espiritual dominante.
As classes mantem uma relação conflituosa e cheia de atritos, e neste trecho estão alguns aspectos das teorias Marxianas:
Pelo que me diz respeito, não me cabe o mérito de ter descoberto a existência das classes na sociedade moderna, nem a luta entre elas. Muito antes de mim, alguns historiadores burgueses tinham exposto o desenvolvimento histórico desta luta de classes, e alguns economistas burgueses, a sua anatomia. O que acrescentei de novo foi demonstrar: 1) que a existência das classes está unida apenas a determinadas fases históricas do desenvolvimento da produção; 2) que a luta de classes conduz, necessariamente, a ditadura do proletariado; 3) que esta mesma ditadura não é mais que a transição para a abolição de todas as classes e para uma sociedade sem classes. 
O Manifesto comunista, afirma que as classes sociais sempre se enfrentaram, e sempre mantiveram uma luta, as vezes velada, e as vezes aberta, que tinham basicamente duas possibilidades de término, uma das possibilidades é que ocorreria uma transformação revolucionária e outra que terminaria pelo colapso das classes em luta, ou apenas uma das classes, ou todas que estivessem envolvidas. Portanto a história das sociedades, cujas estruturas se baseiam na propriedade privada dos meios de produção, é descrita como a história das lutas de classes. Esta expressão “Lutas de Classes”, expressa a existência de contradições numa estrutura classista e os interesses que caracterizam necessariamente uma relação entre classes.
Para o materialismo histórico a luta de classes se relaciona diretamente a mudança social e a transformação. É por meio da luta de classes que as principais transformações nas sociedades têm seu ponta pé inicial,e por isso ela é tida como o “motor da história”. A classe que é explorada constitui o mais potente agente de mudança.
Em sua obra “O Capital”, Karl Marx fala sobre a sociedade capitalista e sua forma de organização social mais desenvolvida perante a outras já existentes. O que de maior valor existe na sociedade capitalista é a “mercadoria”, que é a forma assumida pelos produtos e até mesmo pela própria força de trabalho, na economia capitalista, tudo se transforma em mercadoria, e está é composta por duas coisas: valor de uso e valor de troca. A mercadoria tem a função de satisfazer as necessidades humanas, sejam elas quais forem, desde remédio até vestimentas.
Por ser útil, ela tem um valor de uso que se que se realiza ou se efetiva no consumo, ou seja, tudo aquilo que é consumível de qualquer forma se torna mercadoria, porém, tudo aquilo que não for consumível jamais se tornará uma mercadoria. Algumas coisas uteis podem não se tornar mercadorias, desde que não sejam produtos do trabalho e nem se destinem a troca ou venda.
O cálculo do valor do produto é feito segundo o tempo de trabalho gasto, e a quantidade de “substancia” que o produto contém. Distintas mercadorias podem ter valores diferentes, e para que seus consumidores as permutem existem meios de quantificar tais valores, que variam segundo o lugar e a época do ano, a disponibilidade de materiais e as técnicas para obtê-los.
A existência de produtores que realizam distintos trabalhos é o resultado da divisão do trabalho.
Segundo as autoras do livros, a sociedade capitalista se baseia na ideia de igualdade, onde o parâmetro se torna o mercado, a ideia de igualdade nas trocas é crucial para a estabilidade da sociedade capitalista.
A maioria das teorias de Marx se concentram na análise do surgimento e evolução do capitalismo e o porquê ele surgiu com a queda do feudalismo, segundo ele a organização produtiva feudal já tinha se esgotado e novas forças produtivas muito mais poderosas já vinham se desenvolvendo, e uma delas era o capitalismo.
A substituição do sistema feudal pelo sistema capitalista, não se tratava apenas de uma mudança nos processos de produção, mas também no que se refere a organização política do estado. A burguesia exerceu um papel revolucionário., pois suas ações destruíram o modo de organização do trabalho, as formas de propriedade no campo e na cidade, debilitou as antigas classes dominantes, como o clero, entre outras coisas.
A burguesia “cria um mundo à sua imagem e semelhança”. Ela “foi a primeira a provar o que pode realizar a atividade humana: criou maravilhas maiores do que as pirâmides do Egito, os aquedutos romanos, as catedrais góticas; conduziu expedições que empanaram mesmo as antigas invasões e as cruzadas”. Enfim, perguntam-se Marx e Engels, fascinados com a potência revolucionária dessa classe, “que século anterior teria suspeitado que semelhantes forças produtivas estivessem adormecidas no seio do trabalho social?” A burguesia foi, naquele momento, a mais nítida expressão da modernidade e do processo de racionalização. (OLIVEIRA; QUINTANEIRO. Um toque de clássicos, p. 49).
Segundo Marx e Engels, o modo de produção capitalista quer encontrar novos mercados e matérias primas e gerar novas necessidades e estabelece-las em todas as partes.
A nova sociedade não acabou com os atritos entre as classes, ela apenas substituiu as antigas classes, as antigas contradições de opressão e as antigas formas de luta, por outras novas. E deixou as classes, cada vez mais nitidamente divididas.
Desta forma, se mantiveram as condições de luta das classes, e é ao proletariado que Marx e Engels atribuem o papel de agente transformadores da sociedade capitalista. Num processo revolucionário, as condições de propriedade privada e concentração dos meios de produção existentes desaparecerem, e então se inicia um processo de formação de uma sociedade sobre novas bases. Iria se instalar uma nova forma de organização social, que seria uma ditadura do proletariado, mas que se realizassem todas as condições propostas se tornariam uma sociedade comunista. Uma das premissas para esta sociedade seria o desenvolvimento das forças produtivas.
Segundo Marx, a alienação se encontra na atividade humana prática: o trabalho. Ele faz referência, principalmente as manifestações da alienação na sociedade capitalista de produção, existem três características que tornam o trabalho alienado, segundo Marx: 1) O produto do trabalho é algo alheio ao trabalhador; 2) A atividade do trabalhador não está sob seu domínio, e é percebida como algo estranho; 3) O trabalho é a atividade vital do ser humano, que os distingue de outros animais não racionais. 
O trabalho produtivo se torna uma obrigação para o proletariado, pois eles não são possuidores dos meios de produção, e eles são obrigados a vender sua atividade vital, o trabalhador só existe para o capital, pois se ele não tem trabalho, não tem salário, e para o capitalismo, isso é o mesmo que não existir. Em condições de alienação, a riqueza se antepõe a humanização. Segundo Marx, o trabalhador não se sente feliz sendo obrigado a fazer o que é externo a ele, e ele acaba perdendo algumas de suas necessidades básicas, como por exemplo, o ar livre, sem perceber, pois, dá prioridade a “humanização” imposta pelo capitalismo. 
No sistema capitalista, a força de trabalho é regulada como qualquer outra mercadoria, sendo assim, se a oferta for muito maior que a demanda, os operários perdem seu modo de humanização, mergulhando então na mendicância, ou até mesmo, morrendo de fome.
A teoria Marxista, tenta alcançar o progresso e estabelecer as leis de desenvolvimento das sociedades.
Quando existe uma grande necessidade de expansão das forças produtivas, elas se chocam com as forças econômicas e estas começam a se desintegrar. O progresso é o resultado desta ruptura.
O progresso das forças produtivas, permite compreender como se dá a passagem de uma organização social a outra, um pouco mais avançada, ou até mesmo a um novo modelo de produção. Quando uma classe consegue se impor a outra que está mais ultrapassada, ela destrói as formas econômicas e as relações sociais, de acordo com seus interesses.
O modo de produção capitalista, já apresentou uma evolução em relação ao feudalismo, a maneira como passa a ser executado o trabalho o trabalho e as condições em que isso se dá, são mais favoráveis a desenvolver forças produtivas, pois todos trabalham para chegar em um lugar só, essas relações de produção e sociais, fizeram com surgissem as novas forças produtivas, e favoreceu a criação de uma estrutura de trabalho nova e consequentemente superior, que futuramente resultará em um processo revolucionário.
A sociedade comunista não pretende ser imposta, assim como algumas pessoas pensam, mas pretende que as pessoas façam reflexões, sobre a liberdade e a não alienação. Marx afirma que o comunismo é a forma necessária para que tenhamos um desenvolvimento dinâmico de um futuro imediato. Porém a finalidade do comunismo em si, não é o desenvolvimento humano e sim, desenvolver forma da sociedade humana.
O comunismo ira possibilitar que a divisão do trabalho passe a obedecer a os interesses de toda a sociedade, e não aos interesses de apenas uma parte da sociedade, ele fará com que seja garantida a apropriação das social das condições de existência, ele extinguirá a a contradição entre o ser privado e o ser coletivo, promovendo a liberdade, que só ocorrerá quando paramos de trabalhar por necessidade e condições impostas, mas sim, trabalhar para que a sociedade flua como um todo.
Por fim a sociedade comunista, seria o resultado de uma reconstrução consciente da sociedade humana, colocando um ponto final na pré-história, dando início a uma nova era social.
O marxismo procura analisar a origem das sociedades humanas e suas estruturas, tais como as estruturas econômicas, sociais, políticas, ideológicas e os vínculos que elas mantêm entre si. É impossível interpretar os conceitos que os disseminam por todas as obrasde Marx, pois em cada obra o Marxismo tomou formas distintas. O próprio pensamento Marxismo evoluiu, sendo aceito internamente sendo aceito por alguns como a divisão entre a produção e a juventude/maturidade.
Da mesma forma algumas correntes das ciências sociais retomaram o materialismo na interpretação de temas presentes na sociedade contemporânea, tais como as consequências da atuação direta do Estado sobre a economia, ou a vida privada.
Através do Marxismo, estudam-se também as causas da miséria, violência, e injustiça social, de modo que se possa contribuir nas escolhas dos caminhos mais compatíveis com a felicidade e a liberdade, que são apontados desde a antiguidade na Grécia.
O livro é recomendado para estudantes que estão iniciando seus estudos na área da sociologia, pois as obras originais desses autores abordam temas muito complexos e difíceis de serem entendidos. O intuito das autoras, além de apresentar essas obras, era apresentá-las de maneira mais simples, de maneira com que o leitor iniciante na sociologia possa compreender a complexidade dos assuntos ali mencionados.

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