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Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Ciências de Materiais I Prof. Nilson C. Cruz Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Aula 4 Imperfeições em arranjos atômicos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm São irregularidades na rede cristalina com dimensões da ordem do diâmetro atômico. Defeitos cristalinos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm • Lacunas ou Vacâncias • Átomos Intersticiais • Átomos Substitucionais Defeitos Pontuais • Deslocamentos Defeitos Lineares • Contornos de Grãos Defeitos Interfaciais Defeitos cristalinos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Defeitos Pontuais Lacuna (ou vacância) = ausência de um átomo ou íon em uma posição cristalográfica Distorção de planos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Defeitos Pontuais Número de Lacunas (Nv) Nv = Ne-Q/kT N = n°posições atômicas na estrutura cristalina Q = energia para formação de uma lacuna T = temperatura absoluta (K) k = 1,38x10-23J/átomo-K = 8,62x10-5 eV/átomo-K = 1,987 cal/mol-K (constante de Boltzmann) Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Calcule a concentração de vacâncias no cobre a 25oC. A que temperatura será necessário aquecer este metal para que a concentração de vacâncias produzidas seja 1000 vezes maior que a quantidade existente a 25oC? Assuma que a energia para a formação de lacunas seja 20000 cal/mol e o parâmetro de rede para o cobre CFC é 0,36151 nm. Solução O número de átomos ou posições na rede cristalina, por unidade de volume, do cobre é para que Nv seja 1000 vezes maior, Número de Lacunas Exemplo Nv = = 8,47x1022 átomos Cu/cm3 4 átomos/célula (3,6151x10-8cm)3 Nv = 8,47x1022 e-20000/(1,987 x 298) = 1,81x108 lacunas / cm3 1,81x1011 = 8,47x1022e-20000/(1,987 T)⇒ T = 102 °C a 25°C (T=298K): Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Defeitos Pontuais Defeitos intersticiais = presença de um átomo ou íon em uma posição não pertencente à estrutura cristalina. Distorção de planos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Defeitos Pontuais Defeitos substitucionais = quando um átomo da rede cristalina é substituído por outro de tamanho diferente. Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Defeitos Pontuais Defeito Frenkel Defeito Schottky Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Defeitos Pontuais Soluções Sólidas Substitucionais Ex. Cu em Ni Intersticiais Ex. C em Fe Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Soluções sólidas com altas concentrações do soluto Segunda fase Diferente composição Diferente estrutura Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm No ferro com estrutura CFC, átomos de carbono podem ocupar o centro de cada aresta (posição 1/2, 0, 0) e o centro da célula unitária (1/2, 1/2, 1/2). No ferro CCC, os átomos de carbono podem se localizar em posições como a 1/4, 1/2, 0. O parâmetro de rede do Fe é 0,3571 nm para a estrutura CFC e 0,2866 nm para o ferro CCC. Assuma que os átomos de carbono tenham raios de 0,071 nm. 1) Em qual dessas situações ocorrerá a maior distorção do cristal pela presença de átomos intersticiais de carbono? 2) Qual seria a porcentagem de átomos de carbono em cada tipo de ferro se todos os sítios intersticiais fossem ocupados? Número de Lacunas Exemplo ¼,½,0 CFC CCC ½,0,0 ½,0,0 ½,½,½ Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Número de Lacunas Exemplo a) O raio dos átomos de Fe CCC é R = √3 a0/4 = 0,1241 nm. O tamanho da posição intersticial em ¼,½,0 para esta estrutura pode ser determinada a partir da figura abaixo. ¼,½,0 Assim, (R+r)2 = (¼ a0)2 +(½ a0)2 Desta forma, r = 0,0361 nm Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Para a estrutura CFC, R = √2 a0 / 4 = 0,1263 nm. Além disso, segundo a figura abaixo, r R 2r + 2R = a0 então, r = 0,0522 nm Desta forma, como o espaço intersticial é menor no ferro CCC, os átomos de carbono distorcerão mais este tipo de estrutura. Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm b) A estrutura CCC possui dois átomos de ferro em cada célula unitária. Além disso, existem 24 posições intersticiais do tipo ¼,½,0. Entretanto, como cada posição está localizada na face da célula, apenas metade de cada sítio pertence exclusivamente a uma célula. Assim, existem de fato 12 posições intersticiais para cada célula unitária. Se todas estas posições estiverem ocupadas, a porcentagem atômica de carbono contida no ferro será %at C= 12 átomos de carbono + 2 átomos de ferro 12 átomos de carbono X100 = 86% Na estrutura CFC, existem 4 átomos de ferro e 4 posições intersticiais em cada célula. Assim, %at C= 4 átomos de carbono + 4 átomos de ferro 4 átomos de carbono X100 = 50% CCC: 1,0% CFC: 8,9% Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Soluções sólidas Regras de Solubilidade para soluções substitucionais (Hume – Rothery) 1) Diferença entre raios atômicos <±15% 2) Mesma estrutura cristalina para os metais 3) Eletronegatividades semelhantes 4) Valência maior = maior solubilidade Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Cu 0,1278 CFC 1,9 +2 Ag 0,1445 CFC 1,9 +1 Al 0,1431 CFC 1,5 +3 Co 0,1253 HEX 1,8 +2 Cr 0,1249 CCC 1,6 +3 Fe 0,1241 CCC 1,8 +2 Ni 0,1246 CFC 1,8 +2 Pd 0,1376 CFC 2,2 +2 Zn 0,1332 HEX 1,6 +2 Elemento Raio atômico(nm) Estrutura Eletro negatividade Valência Soluções sólidas 1) Mais Al ou Ag em Zn? 2) Mais Zn ou Al em Cu? Solubilidades desprezíveis, estruturas diferentes. Al maior valência, mais solúvel. Al (CFC), Zn (Hex). Al mais solúvel. Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm 1 1 2 % x 100mp m m = + mi = massa do componente i 1 1 2 % x 100m m m n at n n = + nmi = número de moles do componente i Soluções sólidas: Especificação da Composição Porcentagem em peso (%p) Porcentagem atômica (%at) Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Defeitos Lineares Discordância de Aresta é um defeito provocado pela adição de um semiplano extra de átomos. Discordância de aresta Compressão Expansão Semiplano adicional Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Defeitos Lineares Vetor de Burgers b indica a magnitude e a direção da distorção da rede cristalina Deslocamento de aresta b Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Discordância Espiral ocorre quando uma região do cristal é deslocada de uma posição atômica. Defeitos Lineares Linha de Discordância Vetor de Burgers Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Discordância Espiral: Vetor de Burgers Vetor de Burgers Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Discordância Mista é o tipo mais provável de discordância e corresponde à mistura de discordâncias de aresta e espiral. Defeitos Lineares Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTecwww.sorocaba.unesp.br/gpm Defeitos Lineares Deslizamento é o processo que ocorre quando uma força causa o deslocamento de uma discordância. Tensão Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Defeitos Lineares Deslizamento ocorre mais facilmente em planos e em direções com altos fatores de empacotamento. Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Deslizamento ocorre mais facilmente em planos e em direções com altos fatores de empacotamento: Diferentes estruturas cristalinas ⇒ Diferentes propriedades mecânicas Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Deslizamento e lei de Schmid r r F A τ =A=A0/cos φ Direção de deslizamento Plano de deslizamento Discordância τr = σ cosφ cosλ Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Deslizamento e tensão de Peierls-Nabarro A tensão necessária para o deslocamento entre duas posições de equilíbrio é: Durante um deslizamento, uma discordância se move de um conjunto de átomos vizinhos para outro conjunto idêntico. τ = ce-(kd/b) d = distância interplanar b = vetor de Burgers k, c constantes (tensão de Peierls-Nabarro) Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm τ = ce-(kd/b) Deslizamento e tensão de Peierls-Nabarro d τ b τ1) 2) (> densidade linear, > deslizamento) (> espaçamento planar, > deslizamento) 3) Ligações covalentes e iônicas ⇒ pouco deslizamento Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Defeitos Lineares Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Defeitos Interfaciais São contornos que separam regiões dos materiais com diferentes estruturas cristalinas ou orientações cristalográficas. Superfície externa: final da estrutura cristalina, átomos com maiores energias Contornos de Grãos: fronteira entre cristais com diferentes orientações. Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm � Regiões entre cristais � Transição entre diferentes estruturas cristalinas � Ligeiramente desordenados � Baixa densidade de contorno de grãos: � Alta mobilidade � Alta difusividade � Alta reatividade química Contorno de grãos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Contorno de grãos ⇒ Ligações mais irregulares ⇒ maior energia superficial ⇒ maior reatividade química Tensão limite para deformação plástica σy=σ0+Kd -½ n°grãos por pol2 - 12 (Hall-Petch) Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Contorno de Macla São contornos de grão com simetria especular da rede cristalina. Plano da Macla Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Contorno de Macla Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Contorno de grão Defeito pontual Defeitos e Resistência Mecânica Compressão Separação Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Observação dos Defeitos Microscopia óptica Microscópio Superfície polida e atacada quimicamente Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Observação dos Defeitos Microscopia óptica (contorno de grãos) Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Resolução ~10-7 m = 0.1 µm = 100 nm Para maior resolução⇒ menor comprimento de onda � Raios X? Difícil de focalizar! � Elétrons � Comprimentos de onda ~ 0.003 nm � (Aumento – 1.000.000X) � Possibilita resolução atômica � Elétrons focalizados com lentes magnéticas Microscopia óptica Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Microscopia Eletrônica de Varredura Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Microscopia Eletrônica de Transmissão Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 4 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Microscopia de Força Atômica (AFM)
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