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Vitimologia
Psicologia Jurídica
CONCEITO
“O termo Vitimologia, etimologicamente deriva do latim e do grego. Chama-se vítima, entre os povos primitivos, ao animal destinado a ser sacrificado para aplacar a ira divina ou oferecido em ação de graças pelos benefícios recebidos. 
O latim empregava, no primeiro caso, a palavra hóstia e, no segundo victima” (MASON: 1962, 1)
Estuda-se a vítima sob um aspecto amplo e integral:
 Psicológico, 
Social,
 Econômico, 
Jurídico. 
Jean Pinatel enquadrou essas três modalidades de relações interpessoais em três tipos de vítimas: 
Vítima determinante – é aquela que em relação neurótica, provoca com seus distúrbios de personalidade, atos desastrosos para si mesma; 
Vítima facilitadora – encontra-se na relação psicológica, despertando o apetite do autor ao gerar a ocasião para o ato criminoso, como por exemplo, se evidencia na chantagem ou em práticas de estelionato, quando o delinqüente joga com o instinto de desonestidade da vítima; 
Vítima socializável – encontra-se na relação genobiológica, onde a possibilidade de readaptação social e elevação moral da vítima na comunidade se faz através da aplicação dos princípios e regras da Pedagogia, Psicologia e Psiquiatria (PINATEL: 1961, 344) 
PERSONALIDADE
Estão relacionados a personalidade, o temperamento e o caráter. Esses componentes são de suma importância, porque de suas bases pode surgir o desequilíbrio da conduta que incide em qualquer hipótese possível de precipitação ao crime, no que diz respeito à vitimologia. 
Hipócrates, no século V, antes de Cristo, ensinava que existem quatro tipos de temperamento, segundo a predominância de um dos quatro humores:
 O temperamento fleumático – em que predomina o fleuma ou flegma: a linfa, os soros, o muco nasal, intestinal, a saliva. 
O Antissocial. 
O temperamento Sangüíneo – Prepondera o sangue; Em termos de emoções o sanguíneo é emotivo, demonstrativo, entusiasta e expressivo.
 O temperamento colérico – superioridade da bílis amarela; Impaciente e Argumentador. (Raiva e rancor).
O temperamento melancólico – predomina a bílis negra ou atrabílis. Claudius Galenus sustentou que essa última conduz à irritabilidade e à hipocondria (ALLPORT: 1974, 59-61)
Estudos atuais da Endocrinologia 
Indicam que o temperamento é função não apenas das glândulas de secreção interna mas de todo o organismo de cada pessoa, tanto na sua constituição quanto na sua fisiologia. Já os psicólogos vêm usando a tática de medir e avaliar os temperamentos por meio de testes. Partem dos padrões de impulso e vigor, por um lado e de apatia, por outro. 
Quanto ao caráter, a palavra de origem grega, significa marca, sinal, distintivo, figura , cunho. 
Ela é empregada em dois sentidos distintos. No primeiro, significa a maneira de ser de cada um; no segundo, de conteúdo ético, indica a firmeza e a correção de alguém. 
Não é fácil formar o próprio caráter. É uma luta de cada um contra si mesmo, contra os defeitos de seu natural. 
Luta que exige boa vontade, perseverança e, sobretudo, paciência do lutador consigo mesmo. 
PERTUBAÇÃO DA PERSONALIDADE ASSOCIADAS À PERIGOSIDADE DA VÍTIMA
Do ponto de vista médico, o parágrafo único do artigo 26, do Código Penal se refere exatamente aos portadores de saúde mental perturbada, ainda que essas desordens possam não constituir doença mental. 
Convencionou-se chamar os indivíduos atingidos por tais perturbações de semi-responsáveis, os quais, pela relativa capacidade de entender o caráter ilícito do fato por eles praticados ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, têm a imputabilidade atenuada e se situam na escala intermediária entre os sãos da mente e os inteiramente insanos. 
As perturbações da personalidade, em conformidade com os ensinamentos de Alfred Freedman, Harold Kaplan e Benjamin Sadock (1975) compreendem essas configurações em:
 Personalidades psicopáticas,
 Desvios sexuais, 
Alcoolismo, 
Dependência de drogas.
 Conceitos Fundamentais
Vitimologia: temática interdisciplinar que estuda todos os aspectos que abrangem o relacionamento vítima – agressor.
Vítima/Vitimização
Vítima: pessoa que sofre dano por culpa de terceiros ou por causas acidentais. 
Vitimização: temática que estuda a personalidade da vítima como consequência do seu estado psíquico. 
 Agente(Agressor): autor que inicia ação de violência contra outrem, de forma verbal e/ou física.
A Vítima no Processo Criminal
No período judicial há intenso desgaste físico e mental, o Estresse Pós – Traumático (EPT) resulta em depressão, crises de pânico, e na maioria dos casos, também observa-se intensos transtornos de perfis de conduta.
Tipologia da Vítima 
Estudos sobre as relações entre vítimas (diretas e indiretas) e 
vitimizações: 
Primárias, secundárias e terciárias.
Visando compreender as dimensões do crime de forma pacificadora.  
 I. Diretas: vivenciaram episódios traumáticos.
 II. Indiretas: foram espectadoras de algum episódio e sofrem por conviverem com as vítimas, vivendo com a tensão de serem as próximas atingidas pelo mesmo dolo.
i.Primárias: representam os danos físicos, psicológicos, econômicos e sociais. 
ii.Secundárias: Logo após a prática do fato delitivo, inicia-se o drama da vítima. Além da dor física, psicológica, material e moral decorrente do crime, a vítima é posta diante de uma crucial questão: expor o fato ao judiciário ou deixá-lo de lado? O “deixá-lo de lado” caracteriza as cifras negras, que serão explicadas mais à frente.
 iii.Terciárias - Quando em contato com o grupo familiar ou em seu meio ambiente social como trabalho, escola, vizinhança, igreja etc. Em que a vítima vive ela for vitimada pelos que a cercam, estaremos diante da vitimização terciária.
Estudo das Vítimas Segundo Mendelson 
 O direito precisa assistir as vítimas, mas sempre analisando cuidadosamente a diferença entre justiça social e estado de revolta. 
Os perfis (classificações) individuais determinarão as condutas futuras dos operadores. 
Inocência: não provocou o delito.
 2) Culpabilidade Menor: favoreceu o delito por ação de pouca reflexividade ou pela não previsão dos riscos. 
3) Voluntária: concordou em participar do ato
.4) Provocadora: tem mais culpa que o infrator, pois é vítima e ao mesmo tempo agressora, aumentando a violência.
 5) Culpada: engana as autoridades vigilantes com situações criminosas inexistentes. 
Variantes Lícitas: legítima defesa, extrema necessidade, imaturidade psíquica completa.
Abuso de Inocentes 
 Os primeiros casos de crianças usadas para fins ilícitos aconteceram no século XIX. 
No século XX a “UNICEF” criou a expressão infantia (sem voz, sem capacidade para defender - se).
 A partir da Declaração dos Direitos da Criança (1959) casos que antes eram mantidos em sigilo pelas famílias, começaram a ser debatidos e solucionados no âmbito judiciário. 
 No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) deu relevância social magna para a violência infantil, exigindo proteção Estatal e medidas efetivas.
Apesar da complexidade que envolve a temática, sabe – se que o alvo maior são os crimes sexuais e de pedofilia. 
As consequências vão desde transtornos psicossomáticos, distúrbios de sono, afetivos, até os de adaptação (suicídio).
Mulheres Invisíveis 
No mundo em que ainda impera o machismo, sete em cada dez mulheres sofrem algum tipo de violência. 
O “Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada” (IPEA) mostra em seu relatório anual que a Lei “Maria da Penha” não está reduzindo o número de assassinatos entre as mulheres.
O número de vítimas cinco anos após a aplicação da Legislação foi a mesma que nos cinco anteriores. E se for comparado o avanço dos agressores com as medidas de prevenção e suporte atuais, vê - se uma positividade de apenas 5%. Pela falta de altivez da sociedade em realizar denúncias, do engajamento eficaz e humanizado das autoridades competentes, as mulheres sentem – se envergonhadas, e muitas vezes até culpadas,fracassadas, por não viverem livres de uma relação tirana.
Matthew T. Huss, em obra publicada na área da Psicologia Forense (2011), afirma que o sucesso na redução da violência doméstica provavelmente requer que sejam utilizados múltiplos tipos de tratamento e abordagens de intervenção, devendo-se incluir: Abordagens psicológicas tradicionais, envolvimento da comunidade e envolvimento do sistema de justiça criminal.
31
”Teoria da Crença no Mundo Justo” por Jorge Trindade.
As pessoas de boa índole tendem a idealizar um mundo justo, baseando-se na errônea crença de que os semelhantes corresponderão as expectativas.
Projeta – se os seguintes pilares para o Código Penal em atualização: 
a) Amor por tudo e todos que habitam o mundo. 
b) Bondade para alcançar os objetivos desejados. 
c) Prática da justiça “pessoas boas merecem o bem, pessoas más merecem o mal”. 
Partindo dessa visão de mundo, as vítimas inconformadas com as situações de injustiça, ainda que tenham sido apenas espectadoras, buscam todos os meios para que o autor de má – fé sofra a punição devida. Não por maldade em si, mas por verem seus princípios contrariados, querem desempenhar o papel do Estado, das autoridades operantes.
REFERÊNCIAS
 OLIVEIRA, Edmundo. Vitimologia e direito penal: o crime precipitado pela vítima. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001. p. 210.
SOUZA, José Guilherme de. Vitimologia e Violência nos Crimes Sexuais: uma abordagem interdisciplinar. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor. p. 392 
vitimologia. Disponível em: www.wikipéia.com.br.

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