Portfólio 4º GEOGRAFIA

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Tutor eletrônico: Leandro de Oliveira
Ensaio: Estrutura Fundiária Brasileira e Latino Americana e os Movimentos Sociais.
CASCAVEL
2017
Ensaio: Estrutura Fundiária Brasileira e Latino Americana e os Movimentos Sociais.
Elaboração textual do gênero ensaio, 4º semestre do Curso de Licenciatura em Geografia apresentado à UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção da aprovação na disciplina de Geografia Agrária, Regionalização e organização do espaço mundial, Geografia da América Latina, Geografia do Brasil, Seminário da prática V.
CASCAVEL
2017
Ensaio: Estrutura Fundiária Brasileira e Latino Americana e os Movimentos Sociais.
O objetivo deste ensaio é caracterizar e analisar a estrutura fundiária do Brasil relacionando com o contexto latino-americano além de apontar e verificar a ação dos movimentos sociais existentes. Esta pesquisa nos permeia a fazer uma visão critica sobre diversas obras, partindo de diversos contextos, ao longo do texto pautaremos em alguns conceitos como: o que é estrutura fundiária; como é configurada no Brasil e na América Latina, movimentos sociais e quais são as suas reivindicações mediante a estrutura fundiária. 
Para esta pesquisa será coletada dados de uma forma qualitativa, os quais irão embasar nossos conceitos, por meio de artigos indicados pelos professores. E para articulação de nossos conceitos fundamentais utilizaremos os seguintes autores: Furtado (1989); Mendonça (2005); Sousa (2000), dentre outros grandes pesquisadores sobre a estrutura fundiária.
Partindo do conceito o que é Estrutura Fundiária  podemos ressaltar que é o modo com que as mais diversas propriedades agrárias estão inseridas e organizadas em um espaço. Sendo assim para se abranger a estrutura fundiária de um país, devemos levar em consideração de imediato a quantidade, o tamanho e observar qual é realmente a distribuição social das propriedades. 
 	Uma vez que a estrutura fundiária de um determinado país ou de uma posta região é correspondida pela sua influência do nível de concentração fundiária do país. Desta forma, quanto de certa forma maior for esta dita concentração de terras, logo, menor será a quantidade de propriedades de terras. Além de que, a distribuição social da terra em alguns países em que há grande concentração rural leva a ser mais desigual, pois a parte mais rica da população ter um grande acesso facilitado a terra, e a população mais pobre, em sua grande maioria não possua nenhuma posse de terras e nem se quer uma organização de espaço. 
	De todos os países da América-Latina o Brasil se destaca pela sua desigualdade, podemos salientar que os problemas sociais aqui no Brasil como em alguns outros países a disparidades sociais, em destaque a distribuição de renda e de terras, na saúde e educação. Isto é, muitas dessas disparidades constatadas no Brasil não são de forma conjunturais, mesmo assim parte de um meio de ações que ocorre deste que o Brasil foi descoberto, ou seja, a distribuição de posse de terras altamente concentradora desde a formação das propriedades de um modo geral. 
A configuração no Brasil e na América Latina ao longo da história tanto Brasil quanto América Latina podemos notar que os inicios da problematização fundiária são de certa forma reflexos da construção histórica da formação das propriedades notam-se que essa disparidades na distribuição de terras só acontece devido a essa chamada “herança” que se constrói da própria dinâmica de funcionamento de colônia.
Segundo Furtado (1989) 
“Assim, para analisar a concentração de terras, a produção e até mesmo a produtividade agrícola nos dias atuais, é preciso levar em consideração a perspectiva histórica da questão agrária no Brasil.” (FURTADO, 1989, p. 170).
Nos dias de hoje, vemos perceber que na América-Latina, se mostra cada vez mais concentrada em relação a concentração de terras, e com isso traz a desigualdade e revolta por meio de diversos movimentos sociais. Essas particularidades do processo colonial latino-americano determinaram os traços principais dos problemas fundiários desta parte do continente: a formação de grandes latifúndios ao lado de grande contingente de trabalhadores rurais que não tem acesso a terra.
O Brasil como o quinto país de grandes violências e um alto numero de desigualdade social, convive com o extremo de pobreza e de riqueza com isso trazendo problemas na área rural ao longo da história. Segundo geografo Mendonça (2005), nas últimas décadas a modernização do setor agrícola contribuiu para agravar a concentração de terras. Deslocou a população do campo para as cidades, em busca de emprego, ou para outras regiões do país, em busca de terras, para recomeçar uma nova vida. Tanto uma opção como outra contribuíram para agravar os problemas sociais que persistem na América-Latina atual.
Todo o território da América-Latina tive poucas mudanças em relação a estrutura agraria em diversos países, em geral, assim como no Brasil foi mantida a concentração em alguns pontos. Analisando a história do Brasil, o que se pauta é que os estados brasileiros passaram por uma tendência de concentração. Mostra Sousa (2000):
“por sua vez, considera que a maior parte dos estados brasileiros que obtiveram tendência de concentração ao longo dos anos (1970 a 1995) passou por um processo de modernização agrícola mais intensivo. Embora esse não seja o único dos fatores a atuarem nos estados no sentido de contribuir para os avanços da concentração de terras, foi possível evidenciar uma possível tendência entre ambas as variáveis.” (SOUSA, 2000, p. 134).
 Sendo assim, partindo deste contexto, questão agrária nasceu da dada contradição estrutural do capitalismo que produz simultaneamente a concentração da riqueza e a expansão da pobreza e da miséria. Segundo Martins (1981), essa desigualdade é resultado de um conjunto de fatores políticos e econômicos. Ela é produzida pela diferenciação econômica dos agricultores, predominantemente do campesinato, por meio da sujeição da renda da terra ao capital. 
Por meio desta desigualdade social, falta de educação, saúde e a tendência de concentração de terras na maior parte do país ocorrem movimentos sociais no Brasil se destaca uns os seguintes movimentos: Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MSTS) e os movimentos em defesa dos índios, negros e das mulheres. 
	Pautando o real conceito de movimento social, podemos conceituar que o movimento social refere-se à ação coletiva de um grupo social e organizado que tem como seu objetivo alcançar diversas mudanças sociais por meio do senso político, dentro de uma determinada sociedade partindo de um contexto específico. 
Sendo o pesquisador Touraine (1984), nos meados dos anos 80 houve uma, forma bastante contraria o retorno do ator social nas ações coletivas que se propagaram na maioria dos países da América Latina. Em alguns países latino-americanos, houve uma radicalização do processo democrático e o ressurgimento de lutas sociais tidas décadas atrás como tradicionais, a exemplo de movimentos étnicos especialmente dos indígenas na Bolívia e no Equador, associados ou não a movimentos nacionalistas como o dos bolivarianos, na Venezuela. 
Toda base de qualquer movimento social, cria-se reivindicações necessárias para que haja suporte que possibilitam algumas garantias nos direitos destes grupos sociais, devido a toda essa constante e crescente vertente de desigualdade na América- Latina destacando-se em nosso país ao longo das construções destas reivindicações, os grupos de um modo geral querem combater a desigualdade, a pobreza, por este motivo os movimentos sociais do campo unificam suas reivindicações, como vemos nos noticiários quem em sua grande maioria almejam a tão esperadoReforma Agrária, sendo que, o Brasil necessita desta reforma com uma grande urgência.
Segundo diretor do grupo o campo Stédile (2016) "A reforma agrária é uma necessidade para o Brasil, mas ela está parada. Queremos que a agricultura seja organizada para produzir alimentos sadios, sem agrotóxicos e para o povo brasileiro".
Não haverá nenhum programa de combate à pobreza, será eficaz enquanto não passarmos realmente por uma reforma agrária em nosso mais, reforma este que possa ser embasa em conceitos e normas que possam estabelecer direitos aos participantes dos movimentos sociais em sua luta. 
No Brasil se desta entre outros movimentos sociais como: o movimento feminino que reivindica pelas causa das mulheres em todas as estâncias; como também o movimento social dos negros que reivindicam pela causa do não racismo e sim a igualdade em todos os termos que possa amparar o nós os negros; como também de contra partida, o movimento dos índios em sua longa data, pela luta dos direitos iguais, com uma educação para todos de forma ampla, assim como também direito a moradia e amparo a sua cultura. 
Nas palavras de Stédile (2016)
"Para isso, é preciso garantir que o pobre e o sem-terra tenham terra e condições de produzir alimentos. Nesse modelo do agronegócio não há lugar para agricultores nem para pobres, que são expulsos" (STÉDILE, 2016 p.n)
Estamos vivendo um novo momento em muitas das culturas dos movimentos sociais estão sendo negado devido a grande desigualdade social. Sé será possível uma recolocação de valores, quando realmente não houver uma reforma agrária em nosso país.
Referências Bibliográficas
FURTADO, C. Pequena introdução sobre o desenvolvimento. São Paulo: Nacional, 1989.
MARTINS, José de Souza. Os camponeses e a política no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1981.
MENDONÇA, Francisco de Assis. Geografia Socioambiental. In: Terra Livre, n. 16, p. 113-132, 1º sem. 2005.
SOUZA, P. M. Modernização e Mudanças Estruturais na Agricultura Brasileira, 1970 1995. Viçosa, UFV, 2000. 318p. Tese (Doutorado em Economia Rural) –Universidade Federal de Viçosa, 2000.
STEDILE, João Pedro e FERNANDES Bernardo Mançano. Brava Gente: a trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2016.
Touraine, Alain. Le retour de l’acteur. Paris: Fayard, 1984.