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Notas de aulas parte 8 (Mec. Solos I)

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1 
 
 
Notas de aulas de Mecânica dos Solos I (parte 8) 
 
 
 
 
Helio Marcos Fernandes Viana 
 
 
 
 
Tema: 
 
Classificação dos solos 
 
 
Conteúdo da parte 8 
 
1 Introdução 
 
2 Sistemas de classificação de solos para a Geotecnia ou Mecânica dos Solos 
 
3 Considerações finais quanto à classificação dos solos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
1 Introdução 
 
1.1 Principais objetivos de um sistema de classificação de solos 
 
 
 Para a Geotecnia ou Mecânica dos Solos, os principais objetivos dos 
sistemas de classificação de solos são os seguintes: 
 
a) O sistema de classificação deve facilitar a caracterização das classes de solos; e 
b) O sistema de classificação deve prever o comportamento das classes de solos 
diante das solicitações, que os solos são submetidos. 
 
 
1.2 O tipo de classificação de solos que interessa a Mecânica dos Solos 
 
 
 O sistema de classificação de solo que interessa a Mecânica dos Solos é o 
sistema de classificação que considera o comportamento físico do solo. 
 
 
1.3 Motivo da existência de vários sistemas de classificação de solos na 
Mecânica dos Solos 
 
 
 Bem, é necessário haver vários sistemas de classificação na geotecnia (ou 
Mecânica dos Solos), pois na geotecnia existem vários campos (estradas, 
fundações, barragens, etc.); Assim sendo, tem-se que: Um sistema de classificação 
que é mais eficiente para área de estradas, pode não ser tão eficiente para área de 
fundações. 
 
 
1.4 É necessário ter cautela, quando se utiliza um sistema de classificação de 
solos 
 
 
 A maioria dos sistemas de classificação de solos existentes, com exceção 
do sistema de classificação MCT, são oriundos de países de climas temperados; 
Assim sendo, tem-se que: os sistemas HRB, atual TRB, e USCS oriundos de regiões 
de climas temperados, quando usados para solos das regiões de climas tropicas 
devem ser usados com uma certa cautela. 
 
OBS(s). 
a) O clima tropical é o clima que prevalece nas regiões sudoeste, nordeste e centro-
oeste do Brasil; 
b) A região tropical sul é a região compreendida entre a linha do equador e o trópico 
de capricórnio; e 
c) TRB significa Transportation Research Board. 
 
 A Figura 1.1 ilustra a distribuição dos principais climas tropicais brasileiros. 
Observa-se, na Figura 1.1, que, apenas, uma parte da região sul do Brasil possui 
clima temperado. 
 3 
 
 
Figura 1.1 - Distribuição dos principais climas tropicais brasileiros 
 
 
1.5 Requisitos básicos de um sistema de classificação 
 
 
 Um sistema de classificação de solos deve apresentar os seguintes 
requisitos básicos: 
 
i) Deve ser simples e facilmente memorizável; 
ii) Deve permitir uma rápida determinação do grupo que o solo pertence; 
iii) Deve permitir a classificação do solo por meio de processos simples de análise 
visual e táctil; 
iv) Deve ser flexível, para torna-se geral ou particular, quando o caso exigir, ou seja: 
 
a) O sistema de classificação deve possuir informações gerais dos grupos de solos; 
Por exemplo; informações gerais relacionadas à granulometria dos grupos de solos 
(grupo dos solos grossos ou grupo dos solos finos); e 
b) O sistema de classificação deve possuir informações particulares de cada grupo 
de solo; Por exemplo: informações particulares relacionadas à capacidade suporte 
ou CBR de cada grupo de solo (grupo de solo com CBR: muito elevado, elevado, 
médio ou baixo). 
 
v) Um sistema de classificação deve ser capaz de permitir novas expansões a 
“posteriori”, ou seja, deve ser capaz de incorporar novos solos descobertos. 
 4 
2 Sistemas de classificação de solos para a Geotecnia ou Mecânica dos Solos 
 
2.1 Principais sistemas de classificação de solos para a Geotecnia ou 
Mecânica dos Solos 
 
 
 Dentre os vários sistemas de classificação de solos existentes merece 
destaque os seguintes sistemas de classificação: 
 
a) Sistema de classificação por tipo de solo; 
b) Sistema de classificação genético geral; 
c) Sistema de classificação granulométrica pelo triângulo de FERET; 
d) Sistema de classificação unificado ou USCS (Unified Soil Classification System); 
e) Sistema de classificação HRB (Highway Research Board), atual TRB 
(Transportation Research Board); e 
f) Sistema de Classificação MCT (Miniatura Compactado Tropical). 
 
OBS. Até então, sabe-se que o único sistema de classificação originalmente 
desenvolvido em uma região de clima tropical foi o sistema de classificação MCT. 
 
 
2.2 Sistema de classificação por tipo de solo 
 
 
 O sistema de classificação por tipo de solo faz o reconhecimento do grupo, que o 
solo pertence, baseado na análise visual e táctil do solo. 
 
 O sistema de classificação por tipo de solo, que é baseado na análise visual e 
táctil do solo, classifica os solos conforme a quantidade de partículas predominantes 
no solo, em 3 (três) grupos principais, que são: 
 
 a) Areia; 
 b) Silte; e 
 c) Argila. 
 
 O critério de classificação do solo por meio da análise visual e táctil já foi 
apresentado em aula anterior. 
 
 Sabe-se que os principais testes para identificação visual e táctil dos solos são: 
 
 a) Teste da sensação ao tato; 
 b) Teste da plasticidade com rolinhos de 3 mm; 
 c) Teste da resistência do solo seco; 
 d) Teste da desagregação do solo submerso; 
 e) Teste da mobilidade da água intersticial (ou da água presente 
entre as partículas de solo); e 
 f) Etc. 
 
 
 
 
 5 
2.3 Sistema de classificação genético geral 
 
 
 O sistema de classificação genético geral foi proposto para ser usado em 
problemas relacionados à construção de estradas. 
 
 O sistema de classificação genético geral divide os solos em 3 (três) 
categorias, as quais são: 
 
 a) Solo superficial; 
 b) Solo de alteração; e 
 c) Solo transportado ou sedimentar. 
 
a) Solo superficial 
 
 Solo superficial é o solo que constitui o horizonte superficial do perfil de solo, 
normalmente, contendo matéria orgânica. 
 
 O solo superficial ou horizonte superficial é onde se concentra o estudo da 
pedologia ou edafologia. 
 
OBS. Pedologia ou edafologia é a parte da ciência que estuda o solo para fins 
agrícolas. 
 
 O solo do horizonte superficial possui: estrutura, cor, e constituição mineralógica 
diferente das camadas inferiores. 
 
 O solo superficial ou horizonte superficial varia de alguns decímetros a alguns 
metros. 
 
b) Solo de alteração 
 
 Solo de alteração é o solo proveniente da decomposição da rocha graças ao 
processo de intemperismo. 
 
 Em condições normais, o solo de alteração acha-se subjacente ao solo superficial 
ou abaixo do horizonte superficial. 
 
 O solo de alteração, no Brasil, frequentemente, pode atingir até dezenas de 
metros. 
 
 Solos de alteração são solos que a granulometria cresce com a profundidade, ou 
seja, quanto mais profundo o solo de alteração mais grosso é o solo de alteração (o 
solo tende a areia ou a pedregulho). 
 
OBS. Os indícios apontam que o solo de alteração é um solo residual. Solos 
residuais são solos que resultam da decomposição da rocha, in situ (no local), e que 
permanece sobre ela; por exemplo: solo saprolítico (O prefixo sapro vem da palavra 
grega saprós que significa podre; O sufixo lítico vem da palavra grega líthos que 
significa pedra). 
 
 6 
c) Solos transportados ou solos sedimentares 
 
 Os solos transportados ou sedimentares são originados do processo de 
transporte e decomposição de solos, que são causados pelos processos geológicos 
de superfície. 
 
 Os elementos dos processos geológicos de superfície, os quais são formadores 
dos solos transportados ou sedimentares são os seguintes: 
 
 a) A água (que forma os solos aluvionares); 
 b) A gravidade (que forma os solos coluvionares); 
 c) O vento (que forma os solos eólicos);e 
 e) O gelo (que forma os solos glaciares). 
 
 A granulometria dos solos transportados é mais ou menos uniforme, de acordo 
com o agente transportador. 
 
 Os solos transportados podem está aflorastes na superfície da terra, ou então, 
podem está subjacentes à camada superficial ou horizonte superficial. 
 
 Os solos transportados, por vezes, podem atingir centenas de metros. 
 
 
2.4 Sistema de classificação granulométrica pelo triângulo de FERET 
 
i) Considerações iniciais 
 
 Sabe-se que as características granulométricas do solo determinam o seu 
comportamento, como enfatizado nos testes visuais e tácteis. 
 
 Sabe-se que a curva granulométrica do solo é fácil de ser obtida, e que ela possui 
uma exatidão razoável. 
 
 A calcificação triangular usa termos diretos usualmente relacionados à 
classificação dos solos; por exemplo: termos como: argila, silte, areia, areia argilosa, 
etc., o que facilita o uso desta classificação nos trabalhos de sondagens 
geotécnicas. 
 
 Atualmente, não existe uma concordância entre os geotécnicos, quanto ao 
intervalo de variação dos diâmetros de cada uma das frações (ou porcentagens) de 
partículas que compõe os solos. Como estamos no Brasil, adotamos a escala 
granulométrica da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que é 
apresentada na Figura 2.1. 
 
 Observe, na Figura 2.1, que a fração areia do solo corresponde à fração (ou 
porcentagem) do solo com diâmetros variando de 0,05 mm até 4,8 mm. 
 
 
 
 
 
 7 
 
 
Figura 2.1 - Escala granulométrica da ABNT (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas) 
 
 
ii) Classificação granulométrica com base no triângulo de FERET 
 
 Os principais passos para a classificação granulométrica do solo com base 
no triângulo de FERET são os que se seguem: 
 
a) Inicialmente, deve-se definir, no gráfico da curva granulométrica, os intervalos de 
porcentagem, em peso, correspondentes à argila, silte e areia; 
 
OBS. Para definir os intervalos das porcentagens, em peso, correspondentes à 
argila, silte e areia, na curva granulométrica, é necessário ter como referência a 
escala granulométrica da ABNT da Figura 2.1. 
 
b) Em seguida, deve-se calcular as percentagens, em peso, correspondentes à 
argila, silte e areia do solo; 
 
c) Então, para classificar o solo, deve-se fazer uso do diagrama triangular de 
FERET, que indica em cada um dos seus lados a porcentagem, em peso, de argila, 
silte e areia, que o solo possui; 
 
d) Realiza-se o cruzamento das porcentagens de argila, silte e areia do solo no 
triângulo de FERET; 
 
e) A soma das porcentagens (ou frações), em peso, de argila, silte e areia do solo 
deverá ser 100%, e conduzem a um ponto no interior do triângulo de FERET; e 
 
f) Finalmente, a área em que o ponto do cruzamento das porcentagens (ou frações) 
de argila, silte e areia cair (ou se localizar) no interior do triângulo de FERET fornece 
a classificação do solo. 
 
 A Figura 2.2 ilustra uma curva granulométrica de um solo, e a definição dos 
intervalos das porcentagens (ou frações), em peso, de argila, silte e areia do solo de 
acordo com a escala da ABNT. 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
 
Figura 2.2 - Exemplo de uma curva granulométrica de um solo, e a definição 
dos intervalos das porcentagens (frações), em peso, de argila, 
silte e areia do solo de acordo com a escala granulométrica da 
ABNT 
 
 
 Com base na curva granulométrica da Figura 2.2, e na escala 
granulométrica da ABNT, tem-se as seguintes frações (porcentagens) para argila, 
silte e areia do solo em questão: 
 
a) % de Argila (ou % partículas, em peso, com  < 0,005 mm) = 48% 
 
b) % de Silte (ou % partículas, em peso, com 0,005 ≤  < 0,05 mm) = 
 = 64% - 48% = 16% 
 
c) % Areia (ou % partículas, em peso, com 0,05 ≤  < 4,8 mm) = 
 = 100% - 64% = 36% 
 
OBS.  = diâmetro das partículas de solo em mm. 
 
 Finalmente, a Figura 2.3 ilustra um triângulo de FERET, inclusive com um 
pequeno ponto preto correspondente à classificação do solo da curva granulométrica 
da Figura 2.2, o qual foi classificado como argila arenosa. 
 
 
 
 
 
 9 
 
 
Figura 2.3 - Triângulo de FERET, inclusive com um pequeno ponto preto 
correspondente à classificação do solo da curva granulométrica 
da Figura 2.2 
 
 
2.5 Classificação do solo unificada ou classificação USCS (Unified Soil 
Classification System) 
 
2.5.1 Introdução à classificação unificada 
 
 
 A classificação unificada foi apresentada por Artur Casagrande, em 1942, com o 
objetivo de classificar os solos para utilizá-los na construção de aeroportos. 
 
 Os elementos classificatórios utilizados na classificação unificada são: 
 
 a) A granulometria do solo; e 
 b) Os limites dos estados de consistência do solo: LL e LP. 
 
OBS. LL = limite de liquidez; e LP = limite de plasticidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
2.5.2 Critério de classificação do solo pela classificação unificada 
 
i) Representação do tipo de solo 
 
 Na classificação unificada, cada solo é representado por 2 (duas) letras: por 
um PREFIXO, e por um SUFIXO. Bem, O PREFIXO da classificação unificada se 
relaciona ao tipo de solo (Por exemplo: pedregulho, areia, silte, argila). Já O SUFIXO 
da classificação unificada se relaciona às características granulométricas e à 
plasticidade do solo. 
 
ii) As duas grandes classes de solo da classificação unificada 
 
 Na classificação unificada, os solos são inicialmente divididos em duas 
grandes classes, as quais são: 
 
a) Classe dos solos grossos, ou seja, classe dos solos com mais de 50% de solo, 
em peso, retidos na peneira número 200, ou na malha (#) 200 (ou na peneira de 
malha de diâmetro correspondente à 0,075 mm); e 
 
OBS. O símbolo # indica malha da peneira, ou o número da peneira. 
 
b) Classe dos solos finos, ou seja, classe dos solos com mais de 50% de solo, em 
peso, passando na peneira número 200. 
 
iii) Grupos e subgrupos da classe dos solos grossos da classificação unificada 
 
 A classe dos solos grossos da classificação unificada foi dividida em 2 (dois) 
grupos, os quais são indicados pelos seguintes PREFIXOS: 
-> G (gravel), que indica o grupo dos pedregulhos; e 
-> S (sand), que indica o grupo das areias. 
 
OBS. Os PREFIXOS são as iniciais dos nomes pedregulho e areia em inglês, que 
significam gravel e sand respectivamente. 
 
 Cada um dos 2 (dois) grupos dos solos grossos, G (gravel) e S (sand), 
possuem 4 (quatro) subgrupos, os quais são representados pelos seguintes 
SUFIXOS: 
-> W (well), que significa material limpo e bem graduado; 
-> P (poor), que significa material limpo e mal graduado; 
-> C (clay), que significa material bem graduado com bom aglutinante argiloso; e 
-> F (fine), que significa material com excesso de finos. 
 
OBS(s). 
a) Os materiais do subgrupo W (well), bem graduado, possuem: 
  Coeficientes de não uniformidade (Cu), para areias Cu > 6 e para 
pedregulhos Cu > 4; e ainda 
  Coeficiente de curvatura do solo (Cc) no seguinte intervalo: 1 < Cc < 3. 
b) Os materiais do subgrupo P (poor), mal graduado, geralmente possuem 
coeficiente de não uniformidade (Cu) inferiores a 5; e 
c) Os temas: coeficiente de não uniformidade (Cu) e coeficiente de curvatura do solo 
(Cc) serão abordados em aula futura. 
 11 
 Por meio da combinação dos prefixos e sufixos, podem ser obtidos os 
seguintes subgrupos para os solos grossos pela classificação unificada: 
 
-> Solo GW (gravel well) = pedregulho limpo bem graduado; 
-> Solo GP (gravel poor) = pedregulho limpo mal graduado; 
-> Solo GC (gravel clay) = pedregulho bem graduado com bom aglutinante argiloso; 
-> Solo GF (gravel fine) = pedregulho com excesso de finos; 
-> Solo SW (sand well) = areia limpa bem graduada; 
-> Solo SP (sand poor) = areia limpa mal graduada; 
-> Solo SC (sand clay) = areia bem graduada com bom aglutinante argiloso;e 
-> Solo SF (sand fine) = areia com excesso de finos. 
 
iv) Grupos e subgrupos da classe dos solos finos da classificação unificada 
 
 A classe dos solos finos da classificação unificada foi dividida em 3 (três) 
grupos, os quais são indicados pelos seguintes PREFIXOS: 
 
-> M (mo), que indica silte e areia muito fina; 
-> C (clay), que indica silte e argila inorgânica; e 
-> O (organic), que indica argilas orgânicas. 
 
OBS. O PREFIXO M significa mo, que é uma palavra sueca que se refere ao silte; E 
clay significa argila em inglês. 
 
 Cada um dos 3 (três) grupos dos solos finos, M (mo) e C (clay) e O 
(organic), possuem 2 (dois) subgrupos, os quais são representados pelos seguintes 
SUFIXOS: 
 
-> H (high), que indica solos com alta compressibilidade com LL  50%; e 
-> L (low), que indica solos com baixa compressibilidade com LL < 50%. 
 
 Por meio da combinação dos prefixos e sufixos, podem ser obtidos os 
seguintes subgrupos para os solos finos pela classificação unificada: 
 
-> Solo ML (mo low) = silte e areia muito fina de baixa compressibilidade; 
-> Solo MH (mo high) = silte e areia muito fina de alta compressibilidade; 
-> Solo CL (clay low) = silte e argila inorgânica de baixa compressibilidade; 
-> Solo CH (clay high) = silte e argila inorgânica de alta compressibilidade; 
-> Solo OL (organic low) = argila orgânica de baixa compressibilidade; e 
-> Solo OH (organic high) = argila orgânica de alta compressibilidade. 
 
OBS(s). 
a) Na classificação unificada existe um subgrupo de solos que não se enquadra em 
nenhum dos subgrupos citados, o qual é o subgrupo Pt (peat), que apresenta as 
seguintes características: 
 
 -> São solos turfosos com alto teor de matéria orgânica; e 
 -> São solos com elevada compressibilidade. 
 
b) Peat em inglês significa turfa; e 
 12 
c) Turfa é uma matéria esponjosa formada por restos vegetais, e possui cor mais ou 
menos escura. 
 
OBS. Ainda, pode ocorrer na classificação a combinação de dois prefixos, tais como: 
GM (gravel mo) = pedregulho siltoso; GC (gravel clay) = pedregulho argiloso; SM 
(sand mo) = areia siltosa; e SC (sand clay) = areia argilosa. 
 
 A Figura 2.4 ilustra um fluxograma que resume a classificação do solo 
unificada ou USCS (Unified Soil Classification System). 
 
 
 
Figura 2.4 - Fluxograma da classificação do solo unificada ou USCS 
 
 
OBS(s). 
a) Malha 200 (ou # 200) indica a peneira número 200; que é a peneira de malha de 
diâmetro correspondente à 0,075 mm; 
b) Malha 4 (ou # 4) indica a peneira número 4; que é a peneira de malha de diâmetro 
correspondente à 4,76 mm; 
c) O símbolo # indica a malha da peneira, ou o número da peneira; e 
d) Para usar o fluxograma da classificação unificada (Figura 2.4) para classificar 
solos finos, também é necessário utilizar a carta de plasticidade. 
 
 A Figura 2.5 apresenta a carta de plasticidade, a qual é usada juntamente 
com o fluxograma da classificação unificada da Figura 2.4. para classificar os solos 
finos. 
 13 
 Pode-se observar, na Figura 2.5, que a carta de plasticidade do solo é 
função do limite de liquidez (LL) e do índice de plasticidade (IP) do solo. 
 
 
 
Figura 2.5 - Carta de plasticidade da classificação unificada ou USCS 
 
 
v) Previsão de comportamento dos solos da classificação unificada ou USCS 
(Unified Soil Classification System) 
 
 Para os solos grossos da classificação USCS, a Tabela 2.1 mostra previsão 
de comportamento para algumas importantes propriedades do solo. 
 
 
Tabela 2.1 - Previsão de comportamento dos solos grossos da USCS para 
importantes propriedades dos solos 
 
 
 
 
 
GW Bom a excelente Despresível Excelente
GP Bom a excelente Despresível Boa
GM Bom a excelente Despresível Boa
GC Bom a excelente Muito pequena Regular a boa
SW Bom a excelente Despresível Excelente
SP Bom a mau Muito pequena Boa
SM --- Pequena Boa
SC Bom a mau Pequena Regular a boa
Quando compactado
Comportamento como 
fundação
Solo Compressibilidade Resistência
 14 
 Para os solos finos da classificação USCS, a Tabela 2.2 mostra a previsão 
de comportamento para algumas importantes propriedades do solo. 
 
 
Tabela 2.2 - Previsão de comportamento dos solos finos da USCS para 
importantes propriedades dos solos 
 
 
 
 
 A Tabela 2.3 mostra a previsão do valor do CBR (California Bearing Ratio) 
do solo, em função do grupo da classificação USCS que o solo pertence. 
 
 
Tabela 2.3 - Previsão do valor do CBR (California Bearing Ratio) do solo, em 
função do grupo da classificação USCS que o solo pertence 
(Fonte: Manual de Pavimentação - DNIT, 2006) 
 
Solos da USCS CBR
GW 40 a mais de 80
GP 30 a mais de 60
GM 20 a mais de 60
GC e SW 20 a 40
SP e SM 10 a 40
SC 5 a 20
ML, CL e CH 15 a menos de 2
MH 10 a menos de 2
OL e OH 5 a menos de 2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ML Muito mau Média Regular
CL Bom a mau Média Regular
OL Mau Média Baixa
MH Mau Alta Baixa a regular
CH Regular a mau Alta Baixa
OH Muito mau Alta Baixa
Quando compactado
OBS. Solos tipo Pt apresentam compactação extremamente difícil, não devem ser 
usados em aterros, devem ser removidos das fundações, pois apresentam 
recalques excessivos.
Comportamento como 
fundação
Solo Compressibilidade Resistência
 15 
2.6 Classificação HRB (Highway Research Board), atual TRB (Transportation 
Research Board) 
 
 
2.6.1 Introdução à classificação HRB (atual TRB) 
 
 
 A Classificação HRB (atual TRB) também é adotada pela AASHTO 
(American Association of State Highway and Transportation Officials). 
 
 A Classificação HRB (Highway Research Board) foi inicialmente proposta 
para ser usada na área de estradas. 
 
 A classificação HRB é fundamentada nos seguintes elementos 
classificatórios: 
 
 a) Granulometria; 
 b) Limite de liquidez (LL); e 
 c) Índice de plasticidade (IP). 
 
OBS. IP = LL – LP. 
 
 
2.6.2 Índice de grupo da classificação HRB 
 
 
i) Introdução ao índice de grupo (IG) da HRB 
 
 Antes de apresentar os grupos de solos da classificação HRB, é conveniente 
explicar o que vem a ser o índice de grupo da classificação HRB. 
 
 O índice de grupo (IG) é um índice que estabelece uma ordem de qualidade 
para solos, dentro de um mesmo grupo de solos da classificação HRB. Assim sendo, 
tem-se que um mesmo solo, da classificação HRB, pode ser melhor ou pior 
dependendo do seu índice de grupo, pois quanto maior o índice de grupo pior é o 
solo. Por exemplo: um solo do grupo A-5 da HRB com IG = 3, é melhor que um solo 
A-5 da HRB com IG = 11; sendo IG = índice de grupo. 
 
ii) Determinação do índice de grupo (IG) da HRB 
 
a) Determinação do índice de grupo da HRB por meio de gráfico 
 
 A Figura 2.6, apresentada a seguir, mostra os gráficos utilizados na 
determinação do índice de grupo (IG) da classificação HRB (Highway Research 
Board). 
 
OBS. O valor do índice de grupo é dado pela soma de IG1 e de IG2 obtida, a partir 
dos 2 (dois) gráficos da Figura 2.6, ou seja: 
 
 IG = IG1 + IG2 
 
 16 
 
 
Figura 2.6 - Gráficos utilizados na determinação do índice de grupo (IG) 
 
 
 Observe na Figura 2.6 que o índice de grupo (IG) é função dos seguintes 
elementos: 
 
a) % que passa na # (malha) 200, ou peneira n.o 200 ; 
b) IP = índice de plasticidade; e 
c) LL = limite de liquidez. 
 
OBS. O símbolo # indica a malha, ou o número da peneira. 
 
b) Determinação do índice de grupo com base em equação 
 
 O índice de grupo dos solos da HRB pode ser obtido com base na seguinte 
equação: 
 
 (2.1) 
 
 
 
d.b.01,0c.a.005,0a.2,0IG 
 17 
 Determinação do a da eq. (2.1)(2.2) 
 
em que: 
% passa # 200 = porcentagem de solo, em peso, que passa na peneira n.o 200. 
 
OBS(s). 
  Se % passa # 200 ≤ 35%, então adotar a = 0; e 
  Se % passa # 200  75%, então adotar a = 40. 
 
 
 Determinação do b da eq. (2.1) 
 
 (2.3) 
 
em que: 
% passa # 200 = porcentagem de solo, em peso, que passa na peneira n.o 200. 
 
OBS(s). 
  Se % passa # 200 ≤ 15%, então adotar b = 0; e 
  Se % passa # 200  55%, então adotar b = 40. 
 
 
 Determinação do c da eq. (2.1) 
 
 (2.4) 
 
em que: 
LL = limite de liquidez (%); 
 
OBS(s). 
  Se LL  60%, então adotar c = 20; e 
  Se LL ≤ 40%, então adotar c = 0. 
 
 
 Determinação do d da eq. (2.1) 
 
 (2.5) 
 
em que: 
IP = índice de plasticidade (%); 
 
OBS(s). 
  Se IP ≤ 10%, então adotar d = 0; e 
  Se IP  30%, então adotar d = 20. 
 
 
 
 
35200#passa%a 
15200#passa%b 
40LLc 
10IPd 
 18 
2.6.3 Os grupos de solos da classificação HRB, e a previsão do 
comportamento dos solos como subleito de pavimento 
 
 
i) Elementos classificatórios dos solos pelo sistema HRB 
 
 Os elementos classificatórios dos solos pelo sistema de classificação HRB, 
são: 
 
 a) % (porcentagem) de solo, em peso, que passa na # 10; 
 b) % (porcentagem) de solo, em peso, que passa na # 40; 
 c) % (porcentagem) de solo, em peso, que passa na # 200; 
 d) Limite de liquidez (LL); 
 e) Índice de plasticidade (IP); e 
 f) Índice de grupo (IG). 
 
OBS. O símbolo # indica a malha da peneira, ou número da peneira. 
 
 A Tabela 2.4 indica as principais peneiras usadas na classificação da HRB, e 
os seus respectivos diâmetros correspondentes. 
 
 
Tabela 2.4 - Principais peneiras usadas na classificação da HRB e seus 
respectivos diâmetros correspondentes 
 
 
 
 
ii) Descrição dos grupos de solos do sistema HRB 
 
 Os solos GROSSOS do sistema HRB, são os solos com menos de 35% de solo 
passando na # (malha ou peneira) 200; Estes solos formam os seguintes grupos: 
 
Grupo A-1 = grupo dos pedregulhos e areias grossas bem graduadas, com 
nenhuma ou pouca plasticidade; 
 
Grupo A-2 = grupo dos pedregulhos e areias grossas, com material cimentante de 
natureza friável ou plástica; e 
 
OBS(s). 
a) Material friável é um material semelhante a pó; e 
b) Plasticidade é a propriedade que o solo tem de experimentar deformações 
rápidas sem ocorrer variações volumétricas apreciáveis, e sem ocorrer ruptura do 
solo. 
 
 
 
N.
o
 10 ou # 10 2,00
N.
o
 40 ou # 40 0,42
N.
o
 200 ou # 200 0,075
Diâmetro correspondente (mm)Peneira da HRB
 19 
Grupo A-3 = grupo das areias finas não plásticas. 
 
 Os solos FINOS do sistema HRB, são os solos com mais de 35% passando na 
# (malha ou peneira) 200; Estes solos formam os seguintes grupos: 
 
Grupo A-4 = grupo dos solos siltosos, com pequena quantidade de material grosso 
e pequena quantidade de argila; 
 
Grupo A-5 = grupo dos solos siltosos, com pequena quantidade de material grosso 
e pequena quantidade de argila, mas solo rico em mineral mica; 
 
Grupo A-6 = grupo das argilas siltosoas medianamente plásticas, com pouco ou 
nenhum material grosso; e 
 
Grupo A-7 = grupo das argilas plásticas com presença de matéria orgânica. 
 
OBS. O grupo A-7 da HRB se divide em dois subgrupos, os quais são: 
 
a) Grupo A-7-5 
 
 
  O grupo A-7-5 ocorre se: 
 a) O solo for do grupo A-7, e 
 b) IP ≤ LL - 30. 
 
OBS. IP = índice de plasticidade do solo; e LL = limite de liquidez do solo. 
 
b) Grupo A-7-6 
 
  O grupo A-7-6 ocorre se: 
 a) O solo for do grupo A-7, e 
 b) IP > LL - 30. 
 
 A Figura 2.7 mostra, em detalhes, o quadro do sistema de classificação 
HRB, pode-se observar que o sistema de classificação HRB prevê o comportamento 
do tipo de solo como subleito de pavimento de estrada. 
 
 
 
 
 
 20 
 
 
Figura 2.7 - Quadro do sistema de classificação de solos da HRB (Highway 
Research Board), atual TRB (transportation Research Board) 
 21 
OBS. É importante lembrar que de acordo Nogami (1985), solos tropicais lateríticos 
tipo A-4 podem ser usados como base de pavimento, e solos tropicais lateríticos tipo 
A-7 podem ser usados como subbase de pavimentos. 
 
 A Tabela 2.5 mostra a previsão do valor do CBR (California Bearing Ratio) 
do solo, em função do grupo da classificação HRB que o solo pertence. 
 
 
Tabela 2.5 - Previsão do valor do CBR (California Bearing Ratio) do solo, em 
função do grupo da classificação HRB que o solo pertence 
(Fonte: Manual de Pavimentação - DNIT, 2006) 
 
Solos da HRB CBR
A-1-a 40 a mais de 80
A-1-b 20 a mais de 80
A-2-4 e A-2-5 25 a mais de 80
A-2-6 e A-2-7 12 a 30
A-3 15 a 40
A-4 4 a 25
A-5 10 a menos de 2
A-6 e A-7 15 a menos de 2
 
 
 
2.7 Sistema de classificação MCT (Miniatura Compactado Tropical) 
 
2.7.1 Introdução ao sistema de classificação MCT 
 
 
 O sistema de classificação MCT é um sistema de classificação desenvolvido 
com solos das regiões de climas tropicais. 
 
 O sistema de classificação MCT existe, no Brasil, desde 1981, e tem-se 
demonstrado muito eficiente para classificar os solos das regiões de clima tropical. 
 
 De acordo com Nogami e Villibor (1983), os sistemas de classificação HRB 
(atual TRB) e USCS, tem-se apresentado inadequados para classificação dos solos 
lateríticos e saprolíticos, os quais ocorrem com frequência no Brasil. 
 
 Para Barroso e Fabbri (1997), os sistemas HRB (atual TRB) e USCS podem 
classificar os solos lateríticos e saprolíticos como sendo de uma mesma classe; 
Assim sendo, pode ser conferido aos solos de comportamento laterítico um 
desempenho inferior ao que é observado na prática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22 
2.7.2 Características da classificação MCT 
 
 
 A classificação MCT possui 7 (sete) grupos de solos, os quais são: 
 
 Grupo LA = grupo das areias lateríticas; 
 Grupo LA’ = grupo dos solos lateríticos arenosos; 
 Grupo NA = grupo das areias não lateríticas; 
 Grupo NA’ = grupo dos solos não lateríticos arenosos; 
 Grupo LG’ = grupo dos solos lateríticos argilosos; 
 Grupo NG’ = grupo dos solos não lateríticos argilosos; e 
 Grupo NS’ = grupo dos solos não lateríticos siltosos. 
 
 A classificação MCT se baseia no índice e’ e no coeficiente c’, que 
expressam respectivamente o caráter laterítico e a argilosidade do solo. 
 
 A Figura 2.8 mostra o ábaco da classificação MCT, onde os grupos de solos 
são função de e’ e c’. 
 
 
 
Figura 2.8 - Ábaco da classificação MCT, onde os grupos de solos são função 
de e’ e c’ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
2.7.3 Previsão do desempenho dos solos da classificação MCT, quanto às 
finalidades rodoviárias 
 
 
 A Tabela 2.6 mostra a previsão do desempenho dos solos da MCT, quanto 
às finalidades rodoviárias, em termos da qualidade do solo. 
 
OBS. O revestimento primário, citado na Tabela 2.6, é uma camada de solo 
sobreposta ao leito natural da estrada, para permitir uma melhor superfície de 
rolamento. 
 
 Observa-se na Tabela 2.6 que, para os casos de utilização em questão, a 
qualidade dos solos variam de 1.º (primeira) qualidade, até a 7.º (sétima) qualidade; 
Além disso, existem casos que o material não é recomendado (n). 
 
 
Tabela 2.6 - Previsão do desempenho dos solos da MCT, quanto às finalidades 
rodoviárias, em termos da qualidade do solo 
 
 
 
 
2.7.4 Previsão do comportamento de algumas propriedades dos solos da MCT 
 
 
 A Tabela 2.7 mostraa previsão do comportamento de algumas propriedades 
dos solos da classificação MCT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Utilização NA NA' NS' NG' LA LA' LG'
Base de pavimento n 4.o n n 2.o 1.o 3.o
Subleito compactado 4.o 5.o 7.o 6.o 2.o 1.o 3.o
Aterro compactado 4.o 5.o 6.o 7.o 2.o 1.o 3.o
Proteção à erosão n 3.o n n n 2.o 1.o
Revestimento primário 5.o 3.o n n 4.o 1.o 2.o
Grupo do Solo da MCT
OBS. n significa material não recomendado
n 2.
o
1.
o
3.
oReforço do subleito 
compactado
4.
o
5.
o n
 24 
Tabela 2.7 - Previsão do comportamento de algumas propriedades dos solos 
da MCT 
 
Propriedades do solo NA NA' NS' NG' LA LA' LG'
Mine-CBR (sem imersão) M, E E M, E E E E, EE E
Expansão do solo B B E M, E B B B
Contração do solo B B, M M M, E B B, M M, E
B, M B, M B, M
Perda de Mine-CBR devido à 
imersão em água
B, M B E
Grupo do Solo da MCT
E B B B
B B
Sibologia para descrição do 
desempenho do solo
Coeficiente de permeabilidade M, E B
 EE = Muito elevado
 E = Elevado
 M = Médio
 B = Baixo
 
 
 
2.7.5 Considerações finais quanto à classificação MCT 
 
 
 A metodologia para determinação do índice e’ e do coeficiente c’ do solo, 
para que o solo seja classificado pelo sistema MCT, deverá ser apresentada 
detalhadamente na disciplina Mecânica dos Solos II. 
 
 
 
3 Considerações finais quanto à classificação dos solos 
 
 
 Quando nos referimos aos sistemas de classificação de solos, vale lembra 
as palavras do Prof. Nogami apud Bueno e Vilar (1980). 
 
 “Segundo Nogami, nos países do Hemisfério Norte com climas temperados, 
a fração areia e silte dos solos é quase totalmente composta por quartzo; Enquanto, 
nos solos tropicais podem ocorrer, na fração areia e silte, minerais como: feldspatos, 
micas, limonitas, magnetita, fragmentos de rochas, concreções lateríticas e etc.. 
Além disso, por vezes, o mineral quartzo pode está ausente da fração areia em 
muitos solos”. 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
 
ALMANAQUE ABRIL 2008. São Paulo: Abril, 2008. 
 
BARROSO, S. H. A.; FABBRI, G. T. P. Comparação entre as classes dos solos 
obtidas pelos sistemas de classificação HRB, USCS e MCT. In: XI 
CONGRESSO DE ENSINO E PESQUISA EM TRANSPORTE, 11., 1997, Rio de 
Janeiro, RJ. Anais... Rio de Janeiro, RJ: [s.n], 1997. p. 60-70. 
 25 
BUENO, B. S.; VILAR, O. M. Mecânica dos solos. Apostila 69. Viçosa - MG: 
Universidade Federal de Viçosa, 1980. 131p. 
 
CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações (fundamentos). Vol. 1. 6. 
ed., Rio de Janeiro - RJ: Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., 2007. 234p. 
(Bibliografia Principal) 
 
DEPATAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA EM TRANSPORTES DNIT 
Manual de pavimentação. Rio de Janeiro - RJ. 2006. 274p. 
 
LEINZ, V.; LEONARDOS, O. H. Glossário geológico. 3. ed., São Paulo - SP: 
Companhia Editora Nacional, 1982. 236p (mais adenda) 
 
NOGAMI, J. S. Características dos solos tropicais. In REUNIÃO ABERTA DA 
INDÚSTRIA DE SOLO CAL: O USO DA CAL NA ENGENHARIA CIVIL, 5., 1985, 
São Paulo. Anais... São Paulo: EPUSP/Abpc, 1985. p. 47-55. 
 
NOGAMI, J. S.; VILLIBOR, D. F. Estudos geotécnicos e de drenagem aplicados à 
pavimentação. In: REUNIÃO ANUAL DE PAVIMENTAÇÃO, 18., 1983, Porto 
Alegre. Anais... Porto Alegre, RS: ABPv (Associação Brasileira de 
Pavimentação), 1983. v. 2, p. 465-484. 
 
NOGAMI, J. S.; VILLIBOR, D. F. Pavimentação de baixo custo com solos 
lateríticos. São Paulo - SP: Villibor, 1995. 213p. 
 
PINTO, C. S. Curso básico de mecânica dos solos. 3. ed., São Paulo - SP: Oficina 
de Textos, 2006. 355p. 
 
SENÇO, W. Manual de técnicas de pavimentação. Vol 1. São Paulo - SP: Pini, 
2005. 746p. 
 
VIANA, H. M. F. Estudo do comportamento resiliente dos solos tropicais 
grossos do interior do Estado de São Paulo. 320f. Tese (Doutorado) - Escola 
de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2007.

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