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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIENCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS AUGUSTO ARAUJO VUITIK MATHEUS WEHMUTH THIELY KOVALISKI DA SILVA PAULA SANTOS MICROESTRUTURA DE POLÍMEROS PONTA GROSSA JUNHO/2014 AUGUSTO ARAUJO VUITIK MATHEUS WEHMUTH THIELY KOVALISKI DA SILVA PAULA SANTOS MICROESTRUTURA DE POLÍMEROS Relatório apresentado à disciplina de Ensaios e Caracterização de Materiais do Curso de Engenharia de Materiais, 3ª série, da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG. Prof. Adriane Bassani Sowek PONTA GROSSA JUNHO/2014 2 SUMÁRIO 1 OBJETIVOS ..................................................................................................... 3 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 3 2.1 CRISTALINIDADE DE POLÍMEROS ............................................................... 3 2.2 FATORES QUE ALTERAM A CRISTALINIDADE ............................................ 4 2.2.1 Fatores internos ............................................................................................... 4 2.2.2 Fatores externos .............................................................................................. 5 2.3 PROPRIEDADES AFETADAS PELA CRISTALINIDADE ................................ 5 2.4 ESTRUTURAS MACROSCÓPICAS DA CRISTALIZAÇÃO ............................. 5 3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................... 8 3.1 MATERIAIS ...................................................................................................... 8 3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................... 8 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 9 5 CONCLUSÃO ................................................................................................ 10 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 11 3 1 OBJETIVOS Observação da microestrutura de um polímero de baixa massa molar em um polaroscópio. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 CRISTALINIDADE DE POLÍMEROS O processo de cristalização de polímeros difere dos sólidos cristalinos convencionais devido à natureza peculiar deste se apresentar na forma de longas cadeias poliméricas. Os domínios cristalinos, chamados "cristalitos", são muito menores do que os cristais normais, contêm mais imperfeições e estão interconectados com as regiões amorfas. Além disso, uma completa transformação para o estado cristalino é impossível porque normalmente apenas uma parte da molécula adota a conformação ordenada necessária [1]. A facilidade com que a cristalização ocorre depende da estrutura química, presença de impurezas e condições de cristalização do polímero. Polímeros cristalizáveis típicos são os que possuem cadeias lineares. Se tiverem ramificações ou grupos laterais estes devem ser suficientemente pequenos ou dispostos regularmente e simetricamente ao longo das cadeias. A cristalização pode ser favorecida também pela existência de grupos que promovam fortes ligações intermoleculares secundárias, tais como grupos polares, ou que permitam a formação de pontes de hidrogênio entre as moléculas [1]. Quanto maior a cristalinidade, mais elevadas são as propriedades de densidade, rigidez, estabilidade dimensional, resistência química, resistência a abrasão, temperatura de fusão (Tm), temperatura de transição vítrea (Tg), temperatura de utilização, etc. Por outro lado, reduzem-se as propriedades de resistência ao impacto, elongação na ruptura, claridade óptica, etc [1]. 4 2.2 FATORES QUE ALTERAM A CRISTALINIDADE De forma geral, qualquer fator que interfira na organização ou regularidade da molécula afeta também o seu grau de cristalinidade. Podem ser subdivididos em fatores internos e externos. 2.2.1 Fatores internos Cadeias lineares facilitam o empacotamento, favorecendo a cristalinidade. Ramificações tendem a gerar volumes livres nas pontas das cadeias e dificuldade de empacotamento na região próxima da ligação da ramificação com a cadeia principal. Da mesma forma, polímeros que apresentam uma ordem na disposição do grupo lateral – estereoregulares – tendem a ser mais cristalinos. Polímeros atáticos normalmente são amorfos. Por outro lado, a presença de grupos laterais na cadeia principal dificulta (chegando a impedir completamente) um empacotamento regular das cadeias, reduzindo a capacidade de cristalização [1]. A presença de insaturações também afeta a cristalinidade. Polímeros derivados de dienos com isomeria trans tendem a apresentar conformação próxima à zig-zag planar, quando a cadeia está estirada. Assim, borrachas trans podem, durante a deformação, sofrer o efeito de "cristalização sob tração", pois as cadeias podem se empacotar de uma maneira organizada [1]. A presença de polaridade na molécula não é uma obrigatoriedade para a cristalização, mas, se estiver presente, vai facilitar a aproximação das cadeias (isto é, aumentar o empacotamento) e, portanto, gerar cristalinidade [1]. Cadeias poliméricas rígidas facilitam o empacotamento, pois, mesmo estando no estado fundido (no qual não é possível haver cristalinidade), tendem a manter suas cadeias de certa forma paralelas entre si. Durante o resfriamento e a solidificação, as cadeias com certo grau de ordem prévio podem gerar um maior volume de cristalito. Por outro lado, cadeias flexíveis apresentam uma maior dificuldade de empacotamento regular/ordenado [1]. Copolímeros possuem baixa cristalinidade pois a presença de mais de um mero dificulta o empacotamento da cadeia [1]. 5 2.2.2 Fatores externos Impurezas e aditivos são substâncias estranhas ao polímero que se alojam entre as cadeias, dificultando o empacotamento e, portanto, reduzindo a porcentagem de cristalinidade. Plastificantes quando adicionados ao PVC reduzem a cristalinidade nominal de 15% para zero, mesmo para baixas concentrações (o PPVC, PVC plastificado é amorfo) [1]. Nesta classe não se encaixam os agentes nucleantes que, ao contrário do exposto acima, facilitam a cristalização aumentando sua taxa de cristalização (por exemplo, sorbitol) [1]. A presença de outras cadeias poliméricas de uma segunda fase não altera a cristalinidade do polímero que compõe a matriz, a não ser nos casos em que a estrutura química (ou parte dela) é semelhante, quando então pode haver uma facilitação da cristalização expressa em um aumento na taxa de cristalização. A adição de elastômero do tipo etileno-propileno (EPR) para a tenacificação de polipropileno aumenta a temperatura de cristalização do PP, fato que não ocorre quando se usa elastômero do tipo etileno-octeno (C2-C8). No primeiro caso existe interação devido à semelhança química entre as sequências propilênicas presentes nos dois polímeros [1]. 2.3 PROPRIEDADES AFETADAS PELA CRISTALINIDADE 2.4 ESTRUTURAS MACROSCÓPICAS DA CRISTALIZAÇÃO A cristalinidade polimérica é atribuída à organização das cadeias em arranjos regulares. Até meados da década de 1950 acreditava-se que uma molécula de polímero participava tanto de regiões cristalinas quanto de regiões amorfas. Isso era devido ao paralelismo em alguns trechosda cadeia enovelada [2]. Esse modelo era conhecido como modelo da miscela franjada, representado na Figura 1. 6 Figura 1: Representação do modelo da Miscela Franjada [2]. Esse modelo foi derrubado na década de 1950, quando foram observados e estudados os primeiros esferulitos. O comprimento da cadeia observada era muito menor do que o comprimento teórico calculado, levantando-se a hipótese de que as cadeias estariam dobrando sobre si mesmas em arranjos regulares [2]. Atualmente, este é o modelo mais aceito de cristalinidade dos polímeros, o modelo da cadeia dobrada. Figura 2: Representação do modelo da cadeia dobrada [2]. Nessa organização, os trechos com cadeias paralelas constituem a região cristalina, enquanto as dobras representam a região amorfa. Podem existir vários defeitos nessa organização, tais como discordâncias em hélice e aresta, lacunas, trechos amorfos no interior da região cristalina [2]. Essas lamelas de região cristalina tendem a crescer de forma radial a partir de um agente nucleante. Essas estruturas apresentam forma esférica e intercalam região amorfa e cristalina, os chamados esferulitos, observados na Figura 3 [2]. A observação dessas estruturas é possível a olho nu utilizando-se luz polarizada. 7 Figura 3: Representação esquemática do crescimento dos esferulitos [2]. 8 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 MATERIAIS 3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 9 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 10 5 CONCLUSÃO 11 REFERÊNCIAS 1. CANEVAROLO, S. V. J. Ciência dos polímeros: texto base para tecnólogos e engenheiros. 2ª. ed. São Carlos: Artiiber Editora Ltda., 2006. 2. CALLISTER, W. D.; RETHWISCH, D. G. Materials Science and Engineering an Introduction. 8ª. ed. Hoboken: Wiley & Sons, Inc, 2010. ISBN 978-0-470-41997- 7. 3. LUCAS, E. F.; SOARES, B. G.; MONTEIRO, E. Caracterização de Polímeros, Determinação de Peso Molecular e Análise Térmica. 1ª. ed. Rio de Janeiro: E- Papers, 2001.
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