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• "Diplomata" é o servidor público aprovado no concurso do Instituto Rio Branco. Representa seu país em missões externa, perante outro país, geralmente no âmbito comercial. • "Embaixador" é o título conferido ao Chefe de uma Missão Diplomática – Embaixadas e Representações junto a Organismos Internacionais –, pertença ele ou não à carreira diplomática. É prerrogativa do Presidente da República indicar Embaixadores, e qualquer cidadão pode ser designado. Emissário. • "Cônsul" é o título conferido ao diplomata que chefia um Consulado-Geral. O Cônsul é a pessoa que mora em outro país e tem poderes semelhantes ao do presidente do país ao qual representa. • "Chanceler" é o título conferido ao Ministro das Relações Exteriores, sobretudo na tradição latino-americana. Ementa: Comercio Internacional no contexto de desenvolvimento das nações. As Principais Teorias do Comércio Internacional. Importação. Exportação. Acordos e Organizações Internacionais para o Comercio Internacional. Integração e Blocos Economicos. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE I –CONCEITOS E RELAÇÕES INTERNACIONAIS DE COMÉRCIO • Conceitos • Teorias do Comércio Internacional. • A Internacionalização da Empresa. • Documentos do Comércio Exterior. • Empresas intervenientes nas operações de comércio exterior. • Modalidades de Pagamento • Incoterms. • A classificação de Mercadorias. • Sistema geral de preferencias. • Tarifa Externa Comum. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: • MAIA, Jayme de Mariz. Economia internacional e comercio exterior.10ed. São Paulo. Atlas. 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: • RATTI, Bruno. Comercio internacional e câmbio. 10 ed. São Paulo. Aduaneiras. 2001. • KEDDI, Samir. ABC do Comercio Exterior. São Paulo. Aduaneiras, 2002. SEGUNDA GUERRA MUNDIAL GATT – General Agreement on Tariffs and Trade GLOBALIZAÇÃO • COMÉRCIO INTERNACIONAL – é a troca de bens e serviços através de fronteiras internacionais ou territórios. • Estas normas são aplicáveis uniformemente a mais de um país, visando a facilitação dos negócios internacionais que seriam as trocas comerciais entre países. • Estes tipos de regras são criadas e disciplinadas por acordos estabelecidos entre países, ou são criadas por organismos internacionalmente acreditados e aderidas por países em todo mundo, por exemplo, as regras da OMC – Organização Mundial do Comércio ou da CCI – Câmara de Comércio Internacional. • O aumento do comercio internacional pode ser relacionado com o fenômeno da globalização. CONCEITO • Comércio Exterior: termos, regras e normas nacionais das transações, terá de ser conduzido por meio e estudos realizados no comércio internacional. Estas regras são normas nacionais, criadas para disciplinar tudo o que diz respeito à entrada no país de mercadorias procedentes do exterior(importação) e a saída de mercadorias do território nacional(exportação). • Estas regras refletem diretamente em questões tributária, comercial, financeira, administrativa e por fim aduaneira. • Uma vez conhecidos os dois grupos, pode-se dizer que qualquer negócio internacional, seja ele uma importação ou exportação, terá de ser conduzido por meio de estudos de três conglomerados normativos que podem ser chamados de tripé internacional, composto por: país exportador, país importador e as regras do comércio internacional, sendo que o último apoiará e complementará os dois primeiros e os dois primeiros deverão estar em sintonia com o último. • PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, e representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período. • O Brasil se encontrava na sétima posição da maior economia mundial, de acordo com os critérios de PIB diretamente convertido a dólares americanos. No entanto com a crise atual se cogita que o Brasil vá para o trigésimo nono lugar devido a ter quatro trimestre com o PIB em baixa. • INTRODUÇÃO - As teorias buscam demonstrar o porquê da existência do comércio e quais os seus benefícios reais e seus custos para o crescimento econômico da região. • Ao contextualizar o comércio externo, as teorias do comércio internacional tentam entender como ele evoluiu com o tempo, como influencia a sociedade e qual a sua contribuição para o desenvolvimento dos povos. TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL • As teorias de comércio internacional e a busca por resposta a perguntas da seguinte natureza: 1. Qual a vantagem de importar um produto que pode ser produzido domesticamente, gerando renda e emprego para a população do país? 2. Quais produtos o país exportará e quais importará? Como são determinados os preços de equilíbrio no mercado mundial? 3. É possível que todos os países se beneficiem do comércio internacional? 4. Quais os impactos sobre a distribuição de renda decorrentes do comércio internacional? • DO MERCANTILISMO À TEORIA CLÁSSICA DAS TROCAS INTERNACIONAIS - Os mercantilistas foram os que primeiro estudaram as correntes de troca; • para eles os ganhos eram obtidos pela movimentação das mercadorias e a riqueza das nações era aferida pelo dinheiro que possuíssem. • Coube à Escola Clássica, impulsionada pelas ideias de Adam Smith, sistematizar um conjunto de conhecimentos que procuram explicar quais as condições determinantes da especialização e divisão do trabalho com relação à trocas internacionais e, ainda, as vantagens dessas trocas para cada país. TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL • “É injusto que toda a sociedade contribua para custear uma despesa cujo benefício vai apenas para uma parte dessa sociedade.” • “A ambição universal do homem é colher o que nunca plantou.” • “A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes.” FRASES DE ADAM SMITH • “Pouco mais é necessário para erguer um Estado, da mais primitiva barbárie até o mais alto grau de opulência, além de paz, de baixos impostos e de boa administração da justiça: todo o resto corre por conta do curso natural das coisas.” • “Naqueles governos corruptos, em que há pelo menos suspeita geral de muita despesa desnecessária e grande malversação da renda pública, as leis que proíbem o contrabando são muito pouco respeitadas.” FRASES DE ADAM SMITH • TEORIA CLASSICA – ADAM SMITH/ DAVID RICARDO : Condições determinantes da especialização e divisão de trabalho com relação as trocas para cada país. • “A riqueza das nações”. • Teoria das Vantagens Absolutas: “cada país deve concentrar seus esforços no que pode produzir a custo mais baixo e trocar o excedente dessa produção por produtos que custem menos em outros países”. TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL • TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS-(David Ricardo)Modelo Ricardiano: Este modelo se caracteriza pelo foco nas vantagens comparativas ou relativas e é talvez o mais importante conceito de teoria de comercio internacional. • Nele, os países se especializam em bens ou serviços que produzem efetivamente melhor. O modelo prevê que países irão se especializar em poucos produtos em vez de produzir um grande numero de bens. • O modelo possui duas razões que levam os países a participar do comércio internacional: 1. Os países são diferentes uns dos outros em recursos naturais, na evolução tecnológica e nas características demográficas e morfológicas; com o comércio internacional cada um poderá produzir o que o outro não consegue ou não é capaz de comercializar. 2. Ao realizar a especialização e a divisão internacional do trabalho, seja por reservas desiguais ou produtivas, diferenças de solo, clima ou desigualdades estruturais de capital e trabalho, o comércio exterior aumenta a eficiência onde os recursos disponíveisem cada país podem ser utilizados. TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL • TEORIA NEOCLASSICA – HECKSCHER- OHLIN; • Modelo de Heckscher – Ohlin/ Teoria das proporções de fatores: Este modelo foi criado como uma alternativa ao modelo ricardiano. • Apesar do seu poder de previsão maior e mais complexo, ele também tem uma missão ideológica: • a eliminação da teoria do valor do trabalho e a incorporação do mecanismo neo clássico do preço na teoria do comercio internacional. Modelo de Heckscher – Ohlin: • Assim o padrão do comércio internacional é determinado pela diferença na disponibilidade de alguns fatores naturais. • Prevê que um país irá exportar aqueles bens que fazem uso daqueles fatores que são abundantes neste pais e irá importar aqueles bens cuja produção é dependente de fatores escassos localmente. Modelo de Heckscher – Ohlin: • O teorema H.O – Situação Hipotética: Estados Unidos e Inglaterra possuem condições idênticas de demanda, mas diferem na dotação de seus fatores. • Os EUA têm maior quantidade de capital, e a Inglaterra maior força de trabalho. • Assim na produção de aço, que exige maior intensidade de capital, os EUA teria uma maior vantagem comparativa, e a Inglaterra teria na produção de tecidos. • Daí a causa do comércio internacional residir fundamentalmente nas diferenças entre as dotações de fatores dos países. TEORIAS DINÂMICAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL • Vários economistas tentaram explicar as causas determinantes do comércio internacional analisando as inovações e os diferenciais tecnológicos entre países, com o argumento de que a composição e o desenvolvimento do comércio internacional dependem principalmente de fatores dinâmicos. • ANÁLISE DE MICHAEL PORTER - Com Michael Porter (1985), inicia-se uma nova etapa no estudo teórico do comércio internacional ao introduzir a noção de vantagens competitivas em vez da expressão vantagem comparada. • O modelo Diamante de Porter baseia-se em quatro determinantes específicas das nações e em duas variáveis – governo e acaso – que contribuem de maneira decisiva a que um país gere e mantenha vantagens competitivas em certo setor de atividade. Os fatores determinantes considerados no modelo são: 1. Condição dos fatores; 2. Condições da demanda; 3. Indústrias correlacionadas e de apoio; 4. Estratégia, estrutura e rivalidade das empresas. AS TEORIAS CONTEMPORÂNEAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL • As análises da competitividade, fundamentadas nas recentes teorias baseadas em recursos (Resource Based View – RBV) ou nas teorias de demanda heterogênea de marketing (Marketing Heterogeneous Demand Theory), permitem-nos relançar a discussão enfatizando o conceito do valor econômico da empresa e a necessidade de uma adaptação entre o contexto externo em que a empresa atua e as suas competências internas. • Hunt desenvolveu a teoria da vantagem em recursos (Resource-advantage Theory – R-A), na qual postula que cada organização tem um conjunto único de recursos e capacidades que garante a base para a sua estratégia e a principal fonte dos seus rendimentos. • A teoria de Hunt define recursos como entidades tangíveis e intangíveis disponíveis para as empresas que possibilitem uma maior eficiência produtiva e/ou uma eficácia mercadológica e tenham valor para determinados segmentos de mercado. • A crescente disponibilização da informação torna o conhecimento fator crítico do desenvolvimento e da competitividade empresarial, pelo que o peso dos recursos intangíveis se torna fundamental para o estabelecimento de vantagens competitivas empresariais sustentáveis. • A teoria das vantagens baseadas em recursos (R-A) baseia- se no dinamismo de mercado e na sua demanda heterogênea. A INTERNACIONALIZAÇÃO DA EMPRESA : ❖ A internacionalização da empresa consiste em sua participação ativa nos mercados externos. ❖ Com a eliminação das barreiras que protegiam no passado a indústria nacional, a internacionalização é o caminho natural para que as empresas brasileiras se mantenham competitivas. ❖ Se as empresas brasileiras se dedicarem exclusivamente a produzir para o mercado interno, sofrerão a concorrência das empresas estrangeiras dentro do próprio País. ❖ Por conseguinte, para manter a sua participação no mercado interno, deverão modernizar-se e tornar-se competitivas em escala internacional. ❖ As empresas podem participar do mercado internacional de modo ativo e permanente ou de maneira eventual. ❖ O planejamento estratégico envolverá pontos fracos, fortes, ameaças e oportunidades que devem ser analisadas com antecedência. ❖ A pesquisa de mercado é a maneira certa da empresa iniciar suas atividades e obter sucesso no mercado internacional. FATURA PROFORMA ACEITE FATURA COMERCIAL ROMANEIO DE TRANSPORTE CONHECIMENTO DE TRANSPORTE DOCUMENTOS DO COMÉRCIO EXTERIOR DOCUMENTOS COMÉRCIO EXTERIOR • LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PERTINENTE : No Brasil, o Regulamento Aduaneiro (RA, Decreto 4.543/2002) define critérios mínimos para emissão e quais as informações necessárias para sua apresentação na Aduana brasileira. O importador deve estar atento a esta legislação, pois a falta de qualquer informação descrita no artigo 497 do RA poderá incidir uma sanção pecuniária, além do atraso na liberação da mercadoria. • Nas transações internacionais, seja na importação ou na exportação, os documentos desempenham uma importante função de negociação. São eles que descrevem o que está sendo vendido, transportados ou atestam a qualidade do produto feita através de um laboratório ou de uma instituição credenciada de renome internacional. • FATURA PROFORMA: Documento em que o exportador, ou fornecedor, indica que fornecerá produtos ou serviços ao importador, ou comprador, em determinadas condições de entrega e de preço. • Não é fatura de cobrança, mas é um compromisso de entregar futuramente, mas com prazo definido, produtos ou serviços nas condições especificadas no texto da fatura proforma. • ACEITE: Após a discussão dos termos contratuais da fatura proforma, e depois das condições pactuadas do pagamento, a operação é concretizada através do aceite (assinatura) de alguma proposta ou na própria fatura proforma. • FATURA COMERCIAL (commercial invoice) : Este documento representa que a operação já foi consumada e que daqui por diante, o exportador deverá cuidar dos trâmites operacionais de envio da mercadoria para o país comprador. Este documento é internacional e equivale à Nota Fiscal brasileira. É imprescindível para a liberação aduaneira em qualquer parte do mundo, e nela contém todas as informações pactuadas na negociação internacional. • ROMANEIO DE TRANSPORTE (Packing List): Trata-se de uma relação dos produtos embarcados, indicando os tipos de volumes, quantidade, dimensões, peso líquido e bruto, além dos seus respectivos conteúdos. Não se trata de um relatório que substitua a fatura comercial, mas apenas uma lista detalhada do que está sendo enviado ao importador e que serve de roteiro para a conferência aduaneira no país de destino. • CONHECIMENTO DE EMBARQUE OU DE CARGA OU DE TRANSPORTE) : Considerado o documento mais importante do comércio exterior que recebe denominações de acordo com o meio de transporte utilizado. O Artigo 494 do RA dispõe que o conhecimento de carga original, ou documento de efeito equivalente, constitui prova de posse ou de propriedade da mercadoria. • Este documento é emitido pela companhia transportadora, ou através do seu agente ou representante. É ao mesmo tempo um contrato de transporte, um recibo de que a mercadoria foi entregue para o transporte e um documento de propriedade, definindo assim um título de crédito. • MODALIDADES DO CONHECIMENTO DE EMBARQUE: • BL(Bill of Lading): Quandoo modal de transporte for o marítimo. • AWB (Airway Bill): Quando esta modalidade for aérea. • CRT (Conhecimento rodoviário de transporte): Para o transporte rodoviário. • TIF (Conhecimento de Carga Ferroviário): Quando for transporte ferroviário. • CERTIFICADOS DE ORIGEM : Este documento é imprescindível para o importador, quando o produto e o país exportador são beneficiários de acordos internacionais que permitem a isenção ou a redução do imposto de importação. • Além do benefício tributário, o certificado de origem também é exigido em decorrência de disposições previstas na legislação interna do país. • No Brasil, vinhos e alimentos são produtos, a título de exemplo, que exigem o certificado de origem para sua liberação pelo Ministério da Agricultura. (Certificado de Origem Mercosul e o Certificado de Origem Aladi ). • Certificado fitossanitário é um documento que atesta a qualidade do aspecto sanitário de um vegetal relativo à ocorrência de insetos- pragas e doenças, e em muitos países são obrigatórios para terem a sua liberação aduaneira. No Brasil é emitido pelo Ministério da Agricultura, através da Secretaria de Defesa Agropecuária. • Certificado sanitário internacional é um documento que atesta que as carnes ou produtos de origem animal cumpriu com as condições internacionais de higiene veterinária. Este documento é emitido pela Autoridade Veterinária do país exportador. AGENTES DE COMPRA E VENDA EMPRESAS COMERCIAIS EXPORTADORAS DESPACHANTES ADUANEIROS EMPRESAS TIPO TRADING EMPRESAS IMPORTADORAS EMPRESAS PRODUTORAS EXPORTADORAS INTERVENIENTES DIRETOS NAS OPERAÇÕES DE COMERCIO EXTERIOR ESTIVADORES • EMPRESAS PRODUTORAS EXPORTADORAS - produzem produtos para exportação, de forma direta ou vendidos a empresas intermediarias; • EMPRESAS IMPORTADORAS - importam diretamente, por sua conta e ordem, ou por encomenda, utilizando intermediários; INTERVENIENTES DIRETOS NAS OPERAÇÕES DE COMERCIO EXTERIOR • AGENTES DE COMPRA E VENDA - pessoas físicas ou jurídicas, atuando em nome da empresa, com responsabilidade de comprar ou de vender matéria prima ou produtos acabados. Não há vinculo trabalhista, recebem comissão por percentual do montante negociado; • EMPRESAS TIPO TRADING- atuam adquirindo produtos no mercado interno com fim especifico de exportação ou produtos no exterior e revendendo-os no mercado interno. Gozam de benefícios fiscais, desde que devidamente registradas na Secex e na SRF; • EMPRESA COMERCIAIS EXPORTADORAS- embora não preencham os requisitos da trading, são empresas que adquirem produtos no mercado interno para exportação. • DESPACHANTES ADUANEIROS- são pessoas jurídicas encarregadas pelas empresas importadoras ou exportadoras de processar e acompanhar toda a tramitação administrativa de um despacho aduaneiro. • ESTIVADORES- profissionais que trabalham nas operações de carga e descarga dos navios, tais como: consertadores, conferentes de carga e descarga, operários portuários, marinheiros, caminhoneiros, etc. Modalidades de pagamento • A escolha da modalidade de pagamento é feita de comum acordo entre o exportador e o importador e vai depender, basicamente, do grau de confiança comercial existente entre as partes, das exigências do país importador e das disponibilidades das linhas de financiamento. • A modalidade deve estar expressa em contrato internacional e deve-se levar em consideração os riscos tanto para o importador quanto para o exportador. • PAGAMENTO ANTECIPADO • REMESSA SEM SAQUE • COBRANÇA DOCUMENTÁRIA • CARTA DE CRÉDITO PAGAMENTO ANTECIPADO: • O importador remete previamente o valor da transação, após o que, o exportador providencia a exportação da mercadoria e o envio da respectiva documentação. • Do ponto de vista cambial, o exportador deve providenciar, obrigatoriamente, o contrato de câmbio, antes do embarque, junto a um banco, pelo qual receberá reais em troca da moeda estrangeira, cuja conversão é definida pela taxa de câmbio vigente no dia. • Esta modalidade de pagamento não é muito frequente, pois coloca o importador na dependência do exportador. REMESSA SEM SAQUE • O importador recebe diretamente do exportador os documentos de embarque, sem o saque; • promove o desembaraço da mercadoria na alfândega e, posteriormente, providencia a remessa da quantia respectiva diretamente para o exportador. • Esta modalidade de pagamento é de alto risco para o exportador, uma vez que, em caso de inadimplência, não há nenhum título de crédito que lhe garanta a possibilidade de protesto e início de ação judicial. • No entanto, quando existir confiança entre o comprador e o vendedor, possui algumas vantagens, entre as quais: a agilidade na tramitação de documentos; • a isenção ou redução de despesas bancárias. COBRANÇA DOCUMENTÁRIA • Ao contrário das duas modalidades anteriores, a cobrança documentária é caracterizada pelo manuseio de documentos pelos bancos. • Os bancos intervenientes nesse tipo de operação são meros cobradores internacionais de uma operação de exportação, cuja transação foi fechada diretamente entre o exportador e o importador, não lhes cabendo a responsabilidade quanto ao resultado da cobrança documentária. • O exportador embarca a mercadoria e remete os documentos de embarque a um banco, que os remete para outro banco, na praça do importador, para que sejam apresentados para pagamento (cobrança à vista) ou para aceite e posterior pagamento (cobrança a prazo). • Para que o importador possa desembaraçar a mercadoria na alfândega, ele necessita ter em mãos os documentos apresentados para cobrança. Portanto, após retirar os documentos do banco, pagando à vista ou aceitando (assina, manifestando concordância) a cambial para posterior pagamento, o importador estará apto a liberar a mercadoria. CARTA DE CRÉDITO • A carta de crédito, também conhecida por crédito documentário, é a modalidade de pagamento mais difundida no comércio internacional, pois oferece maiores garantias tanto para o exportador quanto para o importador. • É um instrumento emitido por um banco (banco emitente), a pedido de um cliente (tomador de crédito). De conformidade com instruções do importador, o banco compromete-se a efetuar um pagamento a terceiro (beneficiário), contra entrega de documentos estipulados e desde que os termos e condições de crédito sejam cumpridos. INCOTERMS • Abreviatura de Internacional Commerce Terms ou Termos de Comércio Internacional. São termos aplicados na identificação das condições de embarque, na entrega ou na cotação de mercadorias, identificando: • Quem é o responsável pelo custo de transporte de mercadorias, incluindo seguro, taxas e impostos; • Quem suporta os riscos no caso de a operação não se poder efetuar; • Quem arca com os riscos de perdas e danos provocados na mercadoria durante o transporte. • São formados por três letras seguidas da designação do local onde são aplicados, podem ser agrupados em quatro grandes grupos: • Grupo E de Ex (partida – mudança de propriedade no ponto de partida das mercadorias); • Grupo F de Free ( transporte principal pago pelo comprador); • Grupo C de Cost ou Carriage ( transporte principal pago pelo vendedor); • Grupo D de Delivery ( mudança de propriedade no local de chegada). • Ex Works(EXW): significa que a mercadoria é colocada à disposição do comprador no estabelecimento do vendedor ou em local nomeado ( fábrica, usina, galpão, etc.), não desembaraçada para exportação e não carregada em qualquer veiculo coletor. • Free Carrier(FCA) : termo concebido para atender aos diversos tipos de transportes intermodais, seja por contêiner ou no transporte roll-on roll-off(reboques/balsas). Baseia-se no mesmo principio do termo FOB, com exceção de que o vendedor cumprecom suas obrigações quando da entrega da mercadoria nas mãos do transportador. • Free Alongside Ship(FAS) : O vendedor encerra suas obrigações no momento em que a mercadoria é colocada ao lado do navio transportador, no cais ou em embarcações utilizadas para carregamento, no porto desembarque designado. A partir dai, o comprador assume todos os riscos e custos com carregamento, pagamento de frete e seguro e demais despesas. • Free on Board(FOB) : O vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria transpõe a amurada do navio(ship’s rail) no porto de embarque indicado. A partir dai, o comprador assume todas as responsabilidades quanto a perdas e danos. modalidade aguaviário. • Cost and Freight(CFR) : essa clausula obriga o vendedor a assumir todas as despesas com a entrega da mercadoria a bordo do navio no porto de embarque e o pagamento do frete até o local de destino, conforme combinado no contrato de compra e venda. • Cost, Insurance and Freight( CIF) : nessa clausula, o vendedor se obriga a colocar a mercadoria no local de destino com frete e seguro pagos. Essa expressão deve ser seguida da indicação do local de destino. CIF(Londres). Modalidade aguaviário. • Carriage Paid To(CPT) : o vendedor contrata e paga o frete para levar as mercadorias ao local de destino designado. Qualquer modalidade de transporte. • Delivered At Frontier(DAF) : o vendedor deve entregar a mercadoria no ponto combinado na fronteira, porém antes da divisa aduaneira do país limítrofe, arcando com todos os riscos e custos até esse ponto. • Delivered Ex-Ship(DES) : o vendedor deve colocar a mercadoria à disposição do comprador, a bordo do navio, não desembaraçada para importação, no porto de destino designado. • Delivered Ex-Quay(DEQ) : a responsabilidade do vendedor consiste em colocar a mercadoria à disposição do comprador, não desembaraçada para importação, no cais do porto de destino designado. • Delivered Duty Unpaid(DDU) : o vendedor deve colocar a mercadoria à disposição do comprador, no ponto de destino designado, sem estar desembaraçada para importação e sem descarregamento do veiculo transportador. • Delivered Duty Paid(DDP) : o vendedor entrega a mercadoria ao comprador, desembaraçada para importação no local de destino designado. CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS • Sistema Harmonizado (SH) e Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) • Para exportar determinado produto, o exportador deverá classificá-lo de acordo com um método internacional de classificação de mercadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições. • O principal método internacional de classificação de mercadorias é denominado Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, ou simplesmente Sistema Harmonizado (SH). • O SH foi criado para promover o desenvolvimento do comércio internacional, assim como aprimorar a coleta, a comparação e a análise das estatísticas, particularmente as do comércio exterior. • Além disso, o Sistema Harmonizado facilita as negociações comerciais internacionais, a elaboração das tarifas de fretes e das estatísticas relativas aos diferentes meios de transporte de mercadorias e de outras informações utilizadas pelos diversos intervenientes no comércio internacional. • Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM é uma lista de produtos ordenados segundo uma convenção internacional – Sistema Harmonizado- SH, levando em consideração matéria constitutiva, emprego, aplicação etc. Cada produto é descrito a partir de suas características genéricas, até os detalhes mais específicos que o individualizam. 00 00. 00. 0 0 A sistemática de classificação dos códigos na Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) obedece à seguinte estrutura: SISTEMA GERAL DE PREFERENCIAS- SGP • É um sistema que concede redução total ou parcial do imposto de importação incidente sobre determinados produtos, quando originários e procedentes de PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO. • Histórico : Esse Sistema Geral de Preferencias nasceu por meio de acordo aprovado pelos membros da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico(OCDE), composto por países Desenvolvidos. • A margem de preferencia apresenta-se como um subsídio indireto aos exportadores dos países beneficiados pelo SGP ao reduzir o preço nos mercados importadores e aumentar o seu poder concorrencial. • Os produtos abrangidos pelo beneficio são todos os produtos agrícolas ou industriais que constem das listas positivas dos países outorgantes beneficiários, ou não estejam expressamente mencionados em listas negativas. A tarifa externa comum (TEC) é uma taxa comercial padronizada para um grupo de países, como a existente no MERCOSUL. Usada numa união aduaneira é uma área de livre comércio com uma tarifa externa comum, ademais de outras medidas que conformem uma politica comercial, externa comum. Entre um grupo de países ou territórios que instituem uma união aduaneira, há a livre circulação de bens (área de livre comercio) e uma tarifa aduaneira comum a todos os membros, válida para importações provenientes de fora da área. Os países ou territórios que a adotam costumam ter por objetivo aumentar a sua eficiência econômica e estabelecer laços políticos e culturais mais estreitos entre si. A união aduaneira que é formada por meio de um acordo comercial. TARIFA EXTERNA COMUM (TEC) PRINCIPAIS ORGÃOS INTERVINIENTES NO COMÉRCIO EXTERIOR • CAMEX – CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR : Órgão máximo na estrutura de Comércio Exterior Brasileiro. • Cabe a ela a formulação, adoção, implementação e coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, incluindo o turismo. Nenhuma decisão sobre o Comércio Exterior acontece sem passar pelo crivo da CAMEX e seu colegiado. Este composto pelos seguintes Ministros de Estado: ✓ Ministro do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior que o preside - MDIC;/Ministro da Indústria, Comércio e Serviços ✓ Chefe da casa civil da Presidência da Republica; ✓ Ministro das Relações Exteriores - MRE; ✓ Ministro da Fazenda - MF; ✓ Ministro da Agricultura, Pecuária, e Abastecimento - MAPA; ✓ Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão; Ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. ✓ Ministro do Desenvolvimento Agrário. • Ministro do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior - MDIC ✓ Informações sobre estatísticas de Comércio Exterior, Barreiras Comerciais, auxílio a exportação, entre outros. É o órgão responsável pelas decisões e execução das diretrizes políticas de comércio e exerce sua função através do órgão gestor SECEX – Secretaria de Comércio Exterior. Dentro da SECEX, encontram-se os Departamentos: • DENOC (Departamento de Normas e Competitividade no Comércio Exterior) • DECEX (Departamento de Operações de Comércio Exterior) • DEINT (Departamento de Negociações Internacionais) • DECOM (Departamento de Defesa Comercial) • DEPLA (Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior) • Ministro da Fazenda – MF : é o órgão responsável pela política monetária e fiscal, e atua na fiscalização e controle de entrada e saída de mercadoria do Comércio Exterior. • Por meio do BACEN – Banco Central do BrasilPor meio do BACEN – Banco Central do Brasil, o MF controla a compra e venda de moedas estrangeiras no Brasil. Através da Receita Federal, que regulamenta, fiscaliza e tributa as áreas aduaneiras, o MF controla a entrada e saída de mercadoria no país. Para termos práticos, os órgãos mais importantes dentro do Comércio Exterior é o MDIC, que regulamenta e legisla por meio da SECEX, e a Receita Federal, onde cidadãos e empresas encontram todas as informações necessárias para iniciar operações de Exportação e Importação. • Ministério da Defesa: responsável pela certificação e licenciamento na importação ou exportação dearmas e munições; • ANVISA – Agência de Vigilância Sanitária: autoriza exportação ou importação de medicamentos e plantas das quais se possa extrair substâncias entorpecentes; • MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: certificado de Padronização para produtos hortícolas, frutas, fumos, mármores, algodão, arroz, cacau, medicamentos de base animal e outros produtos correlatos; • INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia: responsável principalmente pela padronização de embalagens e fiscalização de produtos importados sob a legislação vigente; • IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis: fornecimento de autorização exigida no despacho de exportação de madeira em bruto. -Secretaria de Portos da Presidência da República - Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República - Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Ministério da Cultura - Ministério das Comunicações - Ministério do Desenvolvimento Agrário - Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos - Casa Militar da Presidência República Ministérios e Secretarias Extintas - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior em Ministério da Indústria, Comércio e Serviços - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - Ministério da Educação em Ministério da Educação e Cultura - Ministério do Trabalho e Previdência em Ministério do Trabalho - Ministério da Justiça em Ministério da Justiça e Cidadania - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão em Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão - Ministério dos Transportes em Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil Ministérios que mudaram de nome Ministérios criados: Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle; Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República EXPORTAÇÃO • Ocorre quando determinado bem passa a linha de divisa(fronteira) de um país. Um produto com origem no Brasil é exportado quando sai do espaço geográfico brasileiro. • Motivação para exportar: ➢ Aumento da Produtividade; ➢ Diminuição da carga tributária: IPI, ICMS, CONFINS(excluidas as receitas de exportação), PIS/PASEP, IOF( alíquota zero). ➢ Redução das dependências das vendas internas; ➢ Aumento da capacidade inovadora; ➢ Aperfeiçoamento de recursos humanos; ➢ Aperfeiçoamento dos processos industriais e comerciais; ➢ Imagem da empresa. EXPORTAÇÃO DIRETA E INDIRETA • A exportação direta : consiste na operação em que o produto exportado é faturado pelo próprio produtor ao importador. Este tipo de operação exige da empresa o conhecimento do processo de exportação em toda a sua extensão. • A exportação indireta : é realizada por intermédio de empresas estabelecidas no Brasil, que adquirem produtos para exportá-los. Essas empresas podem ser: • trading companies (a venda da mercadoria pela empresa produtora para uma trading que atua no mercado interno é equiparada a uma operação de exportação, em termos fiscais); • - empresas comerciais exclusivamente exportadoras; • - empresa comercial que opera no mercado interno e externo; • - outro estabelecimento da empresa produtora - neste caso a venda a este tipo de empresa é considerada equivalente a uma exportação direta, assegurando os mesmos benefícios fiscais – IPI e ICMS; • - consórcios de exportação (em fase crescente). FASES DA EXPORTAÇÃO 1. Cadastro no SISCOMEX( Sistema Integrado de Comércio Exterior); as operações de exportação são registradas e, em seguida, analisadas on-line pelos órgãos “gestores” do sistema (SECEX, SRF e BACEN). 2. Registro no RADAR((Sistema Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros); 3. REGISTRO DE EXPORTADORES E IMPORTADORES(REI). 4. Declaração do Despacho de Exportação(DDE); 5. Registro de Venda(RV) – Produtos negociados na bolsa de valores ou commodities; 6. Registro de Crédito(RC) – vendas financiadas a prazos superiores a 180 dias; 7. Registro de Exportação(RE) – conjunto de informações de natureza comercial, financeira, cambial ou fiscal; 8. Imposto incidente: IE – imposto de exportação( alíquota variável). • EXPORTA FÁCIL : O serviço Exporta Fácil dos Correios foi desenvolvido com a parceria da Receita Federal, Banco Central, da Secretaria de Comercio Exterior, Câmara de Comercio Exterior e de outros órgãos relacionados aos exportadores, tendo como objetivo simplificar os processos postais e alfandegários. • Com o Exporta Fácil é possível efetuar exportações no valor de até US$50.000,00 (cinquenta mil dólares americanos) por pacote. Podem ser enviados quantos pacotes o exportador quiser. • São cinco modalidades de serviço para você escolher conforme a urgência da sua exportação. Os prazos tem como referencia as principais cidades do mundo e variam de acordo com a origem e o destino das remessas: • Sedex Mundial - prazo de entrega garantido: 1, 2, 3 ou 4 dias uteis; • Expressa (EMS) - prazo de entrega estimado: de 3 a 7 dias uteis; • Mercadoria Econômica - prazo de entrega estimado: de 14 a 30 dias uteis; • Leve Prioritária - prazo de entrega estimado: de 4 a 13 dias uteis; • Leve Econômica - prazo de entrega estimado: de 14 a 30 dias uteis. GUIA DE COMÉRCIO EXTERIOR E INVESTIMENTOS COMMODITIES COMMODITIES • Definição: • Commodities (significa mercadoria em inglês) pode ser definido como mercadorias, principalmente minérios e gêneros agrícolas, que são produzidos em larga escala e comercializados em nível mundial. As commodities são negociadas em bolsas mercadorias, portanto seus preços são definidos em nível global, pelo mercado internacional. • As commodities são produzidas por diferentes produtores e possuem características uniformes. Geralmente, são produtos que podem ser estocados por um determinado período de tempo sem que haja perda de qualidade. As commodities também se caracterizam por não ter passado por processo industrial, ou seja, são geralmente matérias-primas. • As commodities podem ser dividas em quatro categorias: • Commodities minerais: petróleo, ouro, minério de ferro, etc. • Commodities financeiras: real, euro, dólar, etc. • Commodities ambientais: água, madeira, energia, etc. • Commodities agrícolas: soja, trigo, café, algodão, borracha, etc. • O Brasil é um grande produtor e exportador de commodities. As principais commodities produzidas e exportadas por nosso país são: petróleo, café, suco de laranja, minério de ferro, soja e alumínio. • Se por um lado o país se beneficia do comércio destas mercadorias, por outro o torna dependente dos preços estabelecidos internacionalmente. • Quando há alta demanda internacional, os preços sobem e as empresas produtoras lucram muito. • Porém, num quadro de recessão mundial, as commodities se desvalorizam, prejudicando os lucros das empresas e o valor de suas ações negociadas em bolsa de valores. IMPORTAÇÃO • QUEM PODE IMPORTAR : empresas produtoras importadoras de matérias-primas, equipamentos, know-how ou serviços, empresas comerciais que importam mercadorias para revenda, ou outras empresas que executem ou facilitem processos, como pessoas físicas que atuam como agentes de compra ou de venda. • Cadastro do Importador : Autorização prévia da RECEITA FEDERAL, habilitação no sistema RADAR- Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros e credenciamento dos representantes para a prática das atividades relacionadas ao despacho aduaneiro perante a Secretaria da Receita Federal. Os procedimentos administrativossão executados pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior ( Siscomex). • Modalidades de habilitação no Radar : 1. ORDINÁRIA : para pessoa jurídica que atue habitualmente no comércio exterior. 2. SIMPLIFICADA : a) Pessoa física, inclusive a qualificada como produtor rural, artesão, artista ou assemelhado. b) Pessoa jurídica nas seguintes condições: ✓ Que apresente mensalmente a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais(DCTF); ✓ Constituída sob a forma de sociedade anônima de capital aberto, com ações negociadas em bolsa de valores ou no mercado de balcão; ✓ Autorizada a utilizar o Despacho Aduaneiro Expresso (linha azul); ✓ Que atue exclusivamente como encomendante; ✓ Que importe bens destinados à incorporação ao seu ativo permanente; ✓ Que atue no comércio exterior em valor de pequena monta. c) Empresa pública ou sociedade de economia mista. d) Entidades sem fins lucrativos. 3. ESPECIAL, para orgão da administração pública direta, autarquia e fundação pública, orgão público autonomo, organismo internacional e outras instituições extraterritoriais. 4. RESTRITA, para pessoal física ou juridica que tenha operado anteriormente no comercio exterior, exclusivamente para a realização de consulta ou retificação de declaração. Também deverão ser cadastradas no REGISTRO DE EXPORTADORES E IMPORTADORES(REI). Tem como objetivo selecionar as empresas que possuem um bom desempenho, assim como capacidade técnica e financeira de cumprir suas obrigações de modo que a imagem brasileira no comércio exterior NÃO seja prejudicada. • TIPOS DE IMPORTAÇÃO : ✓ IMPORTAÇÃO POR CONTA E ORDEM DE TERCEIROS : Operação pela qual uma pessoa juridica promove, em seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadoria adquirida por outra, em razao, de contrato previamente firmado, que pode compreender, ainda a prestação de outros serviços relacionados com a transação comercial, como a realização de cotação de preços e a intermediação comercial. ✓ IMPORTAÇÃO POR ENCOMENDA : Operação em que uma pessoa jurídica promove, em seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadorias por ela adquiridas no exterior, para revenda a empresa encomendante predeterminada, em razão de contrato firmado entre elas. • MODALIDADES DE LICENCIAMENTOS : ✓ Importações Dispensadas de Licenciamento; ✓ Importações Sujeitas a Licenciamento Automático; e ✓ Importações Sujeitas a Licenciamento Não Automático • Todas as mercadorias importadas no mercado brasileiro estão sujeitas a Despacho Aduaneiro, processado pelas entidades alfandegárias com base nas informações constantes na Declaração de Importação( DI). • regra geral, as importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento, devendo os importadores somente providenciar o registo da Declaração de Importação no Siscomex, com o objetivo de dar início aos procedimentos de Despacho Aduaneiro junto à unidade local da Receita Federal do Brasil. • As importações sujeitas a licenciamento ocorrem nos casos em que a legislação exija a autorização prévia de órgãos específicos da Administração Pública para a importação de determinadas mercadorias, ou quando condições específicas devam ser observadas. Nesses casos, o importador deve formular uma Licença de Importação com a antecedência prevista na legislação. O licenciamento dos bens (Licença de Importação - LI) pode ser automático ou não automático. • IMPOSTOS E TAXAS INCIDENTES NA IMPORTAÇÃO ➢ II- Imposto de Importação. Alíquotas variáveis; ➢ IPI- Imposto sobre produtos industrializados. Tabela do IPI; ➢ ICMS- Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços. As alíquotas deste tributo variam entre 7% e 25% consoante o Estado de destino das mercadorias; ➢ Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Património do Servidor Público (PIS Importação) alíquota de 1,65% para a quase totalidade das importações; ➢ Contribuição para o Financiamento da Segurança Social (COFINS Importação) – alíquota de 7,60% para a quase totalidade das importações. IMPOSTOS E TAXAS INCIDENTES NA IMPORTAÇÃO ➢ II- Imposto de Importação. Alíquotas variáveis; ➢ IPI- Imposto sobre produtos industrializados. Tabela do IPI; ➢ ICMS- Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços. As alíquotas deste tributo variam entre 7% e 25% consoante o Estado de destino das mercadorias; ➢ Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Património do Servidor Público (PIS Importação) alíquota de 1,65% para a quase totalidade das importações; ➢ Contribuição para o Financiamento da Segurança Social (COFINS Importação) – alíquota de 7,60% para a quase totalidade das importações. ➢ ISS- Imposto sobre serviços. Alíquota de 5%; ➢ IOF- Imposto sobre operações de câmbio; ➢ Adicional de frete para a renovação da Marinha Mercante(operação de descarregamento da embarcação em porto brasileiro.); ➢ CIDE combustível( incide sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível ) ; ➢ Taxa da utilização do Siscomex( R$185,00 por RI e R$29,50 por cada produto acrescido a RI). candidabomfim10@gmail.com GRUPOS DE NEGOCIAÇÃO • O G-20 é uma coalizão de países em desenvolvimento formada em agosto de 2003 nas negociações preparatórias à reunião Ministerial de Cancún, da Organização Mundial do Comércio. Esta coalizão elaborou uma proposta liberalizante para subsídios domésticos e à exportação, bem como para o acesso aos mercados dos países desenvolvidos, em contraposição à proposta agrícola protecionista apresentada em conjunto pela UE e pelos EUA. Fazem parte do G-20 doze membros do Grupo de Cairns (África do Sul, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Filipinas, Guatemala, Indonésia, Paraguai e Tailândia) e outros dez países em desenvolvimento (China, Cuba, Egito, Equador, Índia, México, Nigéria, Paquistão, Peru e Venezuela). • O G-7 é o Grupo das sete maiores democracias industrializadas do mundo (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá). Suas reuniões anuais abordam as principais questões econômicas e políticas que afetam os países-membros e o mundo como um todo. A primeira reunião ocorreu em 1975 e envolveu apenas seis países: EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália. O Canadá aderiu ao grupo em 1976 e a Comunidade Européia, em 1977. Com a entrada da Rússia em 1998, o grupo passou a ser chamado de G-8. • O G-8 é o Grupo formado em 1998 a partir da adesão da Rússia ao G-7. Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT • é um conjunto de regras e normas de comércio, internacionalmente aceitas, instituídas na primeira negociação multilateral de comércio, em 1947, e revistas ao longo de um total de sete rodadas multilaterais até 1994 (Rodada Uruguai), quando foi então englobado pela estrutura da Organização Mundial do Comércio (OMC). Tem como ideal o livre comércio e, para tanto, assume como parâmetro central de atuação a não- discriminação, através da observância das regras da nação-mais- favorecida e do tratamento nacional. • As rodadas de negociação dos países pactuantes do GATT serviram para rever, avaliar, discutir e propor regras e normas gerais de comércio. As cinco primeiras foram breves e consistiram basicamente em concessões tarifárias na área industrial. A partir da Rodada Kennedy (1964-67), foram incorporados outros temas e questões nas negociações multilaterais. • Na Rodada Tóquio, o ambiente econômico mundial alterou-se. A crise do petróleo fez com que países desenvolvidos enfrentassem problemas de desemprego e inflação acelerada, o que resultou no crescimento das restrições comerciais. Ampliou-se a utilização das barreiras não-tarifárias, bem como o interesse em negociar um maior número de temas. Nesse sentido, uma maior complexidade na negociação refletiu-se, e ainda reflete, no tempo de duração da rodadae na diversificação dos temas negociados. • Já a Rodada Uruguai trouxe novidades no campo das negociações multilaterais. Novos fatores políticos e comerciais influenciaram os rumos da economia internacional, como o aumento da importância dos setores de serviços, tecnologia, investimentos e propriedade intelectual, a forte tendência à constituição de blocos comerciais, a preocupação crescente com a sanidade de alimentos e padrões técnicos de bens, o que passou a demandar uma regulamentação própria para cada um desses temas. Ressalte-se que em 1º de janeiro de 1995 foi oficialmente instituída a Organização Mundial do Comércio (OMC), organização internacional que abrangeu os diversos acordos derivados das negociações no âmbito do GATT. • As 8 Rodadas de Negociação Multilateral Promovidas pelo GATT » Genebra 1947 » Annecy 1949 » Torquay 1950-1951 » Genebra 1955-1956 » Rodada Dillon 1960-1961 » Rodada Kennedy 1964-1967 » Rodada Tóquio 1973-1979 » Rodada Uruguai 1986-1994PRINCIPAIS ARTIGOS DO GATT Rodada Local Período das negociações Número de países participantes Temas cobertos 1ª Ronda Genebra 1947 23 Tarifas 2ª Ronda Annecy 1949 13 Tarifas 3ª Ronda Torquay 1950,51 38 Tarifas 4ª Ronda Genebra 1955,56 26 Tarifas 5ª Ronda Dillon 1960,61 26 Tarifas 6ª Ronda Kennedy 1964,67 62 Tarifas e medidas antidumping 7ª Ronda Tóquio 1973,79 102 Tarifas, medidas não tarifárias, cláusula de habilitação 8ª Ronda Uruguai 1986,94 123 tarifas, agricultura, serviços, propriedade intelectual, medidas de investimento, novo marco jurídico, OMC 9ª Ronda de Doha 2001 até os dias atuais 149 tarifas, agricultura, serviços, facilitação de comércio, solução de controvérsias, "regras" ] : Forças Negativas • GUERRA COMERCIAL: Retaliação comercial em que um país A impõe restrições comerciais às importações oriundas do país B. Enquanto isso, o país B pratica o mesmo em relação às importações provenientes do país A. • CARTEL: É um ACORDO explícito ou implícito entre concorrentes para, principalmente, fixação de preços ou cotas de produção, divisão de clientes e de MERCADOS e atuação ou, por meio da ação coordenada entre os participantes, eliminar a concorrência e aumentar os PREÇOS dos produtos, obtendo maiores LUCROS, em prejuízo do bem-estar do CONSUMIDOR. A formação de cartéis teve início na SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, na segunda metade do SÉCULO XIX. Cartéis normalmente ocorrem em MERCADOS OLIGOPOLÍSTICOS, nos quais existe um pequeno número de firmas, e normalmente envolve produtos homogêneos. Na prática o cartel opera como um MONOPÓLIO, isto é, como se fosse uma única empresa. Os Cartéis são considerados a mais grave lesão à concorrência e prejudicam consumidores ao aumentar preços e restringir oferta, tornando os bens e serviços mais caros ou indisponíveis. Ao artificialmente limitar a concorrência, os membros de um cartel também prejudicam a inovação, impedindo que novos produtos e processo produtivos surjam no mercado. Cartéis resultam em perdas de bem-estar do consumidor e, em longo prazo, perda de competitividade da economia com o um todo. No Brasil, Cartel é infração administrativa e crime. Infração Administrativa: multa de 1% a 30% do faturamento bruto da empresa; multa de 10 a 50% aplicada à empresa, para os administradores; proibição de participar de Licitações pelo prazo não inferior a cinco anos, nas esferas federais, estaduais e municipais. Crime: 2 a 5 anos regime de reclusão ou multa. • TRUSTE: Pode assumir várias formas, mas em geral é consti tuído por conjuntos de empre sas que eliminam as suas inde pendências legais e econômi cas para constituir uma única organização. A forma que pre valece é a de combinações financeiras, que permitem concentrar, nas mãos de uma pessoa ou de um grupo, as ações de outras empresas, em número suficiente para con trolar as decisões nas assembleias de acionistas. Os trustes podem ser horizontais, quan do as empresas que os com põem são homogêneas e atuam num mesmo ramo da produção (como o tabagista ou o automo bilístico, por exemplo) ou verti cais, quando o conjunto de empresas produz desde a maté ria-prima até o produto acaba do, atuando, portanto, em diferentes ramos (uma empresa de mineração que controla os altos-fornos e a laminação do aço, por exemplo). • HOLDING: É a forma jurídica de disfarçar um cartel ou um truste. Uma holding não pro duz nada, sua meta é controlar um conjunto de empresas. É definida como uma empresa que mantém o controle sobre outras, por possuir a maioria de suas ações. É considerado o estágio mais avançado de con centração capitalista. As transnacionais, em geral, controlam suas subsidiárias de diferentes países através de uma holding instalada no país de origem ou, muitas vezes, num paraíso fiscal. HOLDING: É a forma jurídica de disfarçar um cartel ou um truste. Uma holding não pro duz nada, sua meta é controlar um conjunto de empresas. É definida como uma empresa que mantém o controle sobre outras, por possuir a maioria de suas ações. É considerado o estágio mais avançado de con centração capitalista. As transnacionais, em geral, controlam suas subsidiárias de diferentes países através de uma holding instalada no país de origem ou, muitas vezes, num paraíso fiscal. Dumping é uma prática comercial que consiste em uma ou mais empresas de um país venderem seus produtos, mercadorias ou serviços por preços extraordinariamente abaixo de seu valor justo para outro país (preço que geralmente se considera menor do que se cobra pelo produto dentro do país exportador), por um tempo, visando prejudicar e eliminar os fabricantes de produtos similares concorrentes no local, passando então a dominar o mercado e impondo preços altos. É um termo usado em comércio internacional e é reprimido pelos governos nacionais, quando comprovado. Esta técnica é utilizada como forma de ganhar quotas de mercado. Como exemplo, pode-se constatar a prática de dumping se a empresa A, localizada no país X, vende um produto nesse país por US$ 100 e o exporta para o país Y por US$ 80, sempre levando em consideração a existência de condições comparáveis de comercialização (volume, estágio de comercialização, prazo de pagamento etc.). As medidas antidumping têm como objetivo neutralizar os efeitos danosos à indústria nacional causados pelas importações objeto de dumping, por meio da aplicação de alíquotas específicas (fixadas em dólares dos EUA e convertidas em moeda nacional), ad valorem ou de uma combinação de ambas. • A globalização permite a existência de uma variedade de significados que têm sido atribuídos ao mesmo fenômeno. • Essa variedade é explicável, em parte, porque esse é um processo cujo impacto se faz sentir em diversas áreas e, apesar dos benefícios por ele trazidos, inegáveis são os conflitos oriundos da sua intensificação, notadamente nas relações comerciais exteriores, as quais passaram a compreender novos mecanismos e instrumentos. • Especificamente no campo do Comércio Exterior, a globalização produziu efeitos positivos e negativos, como são exemplos as práticas comerciais desleais, que comprometem a produtividade e o bom desempenho do conjunto das empresas, levando muitas delas à falência. • No Brasil, a regulamentação dos procedimentos administrativos relativos à investigação e à aplicação de medidas antidumping está contida no Decreto nº 8.058, de 26/07/2013, publicado no Diário Oficial da União (DOU) de 29/07/2013. Subsidio – concessão de um benefício em função das seguintes hipóteses: 1. Haja, no país exportador, qualquer forma de sustentação de renda ou de preços que, direta ou indiretamente, contribua para aumentar exportações ou reduzir importações de qualquer produto. 2. Haja contribuição financeira de um governo ou órgão público no interior do território do país exportador. 3. As formas mais usuais de medidas de subsídiosàs exportações são: tarifas de transporte interno e fretes para exportação em condições mais favoráveis do que as aplicadas ao transporte doméstico; concessão de financiamentos governamentais a empresas em função de seu desempenho nas exportações; fornecimento pelo governo de produtos ou serviços importados para uso na produção de mercadorias exportadas; isenção ou redução de impostos ou encargos sociais em função das exportações; concessão de prêmios ás exportações. CLAUSULAS PROTECIONISTAS • NAÇÃO MAIS FAVORECIDA: Qualquer vantagem, favor, privilegio ou imunidade concedida por uma parte contraente a um produto originário de outro País ou a ele destinado será imediata e incondicionalmente extensiva a outros produtos similares originários dos territórios de qualquer outra parte contraente ou a elas destinadas. Art. 1º do GATT. • SALVAGUARDA: As medidas de salvaguarda têm como objetivo aumentar, temporariamente, a proteção à indústria nacional que esteja sofrendo prejuízo grave ou ameaça de prejuízo grave decorrente do aumento, em quantidade, das importações, em termos absolutos ou em relação à produção nacional, com o intuito de que durante o período de vigência de tais medidas a indústria se ajuste, aumentando a sua competividade. • MEDIDAS ANTIDUMPING: Tem por objetivo evitar que os produtores nacionais sejam prejudicados por importações realizadas a preço de dumping. A aplicação de uma medida antidumping requer que seja realizada uma investigação, com a participação de todas as partes interessadas , por meio da qual dados e informações são conferidos e opiniões são confrontadas, A investigação deve comprovar a existência dessa prática, de dano a produção nacional e de nexo causal entre ambos. • MEDIDAS COMPENSATÓRIAS: Têm como objetivo compensar o subsídio concedido, direta ou indiretamente, no país exportador, para fabricação, produção, exportação ou transporte de qualquer produto cuja exportação para o Brasil cause dano à indústria doméstica. A Organização Mundial do Comércio OMC • A Organização Mundial do Comércio (OMC) iniciou suas atividades em 1º de janeiro de 1995 e desde então tem atuado como a principal instância para administrar o sistema multilateral de comércio. • A organização lida com a regulamentação do comércio entre os seus países-membros; fornece uma estrutura para negociação e formalização de acordos comerciais e um processo de resolução de conflitos que visa reforçar a adesão dos participantes aos acordos da OMC, que são assinados pelos representantes dos governos dos Estados-membros e ratificados pelos Parlamentos Nacionais. OMC - OBJETIVOS ✓ estabelecer um marco institucional comum para regular as relações comerciais entre os diversos Membros que a compõem; ✓ estabelecer um mecanismo de solução pacífica das controvérsias comerciais, tendo como base os acordos comerciais atualmente em vigor; ✓ criar um ambiente que permita a negociação de novos acordos comerciais entre os Membros. PAÍSES MEMBROS: 160. Países Existentes: 193 SEDE: Genebra/Suíça. PRINCIPIOS DA OMC • o da nação mais favorecida, segundo o qual um Membro da OMC deve estender a todos os seus parceiros comerciais qualquer concessão, benefício ou privilégio concedido a outro Membro; • o do tratamento nacional, pelo qual um produto ou serviço importado deve receber o mesmo tratamento que o produto ou serviço similar quando entra no território do Membro importador; PRINCIPIOS DA OMC • o da consolidação dos compromissos, de acordo com o qual um Membro deve conferir aos demais tratamento não menos favorável que aquele estabelecido na sua lista de compromissos; • o da transparência, por meio do qual os Membros devem dar publicidade às leis, regulamentos e decisões de aplicação geral relacionados a comércio internacional, de modo que possam ser amplamente conhecidas por seus destinatários. ORIGENS HISTÓRICAS: • As origens da OMC remontam à assinatura do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), em 1947, mecanismo que foi responsável, entre os anos de 1948 a 1994, pela criação e gerenciamento das regras do sistema multilateral de comércio. • No âmbito do GATT, foram realizadas oito rodadas de negociações comerciais, que tiveram por objetivo promover a progressiva redução de tarifas e outras barreiras ao comércio. • A oitava rodada, conhecida como Rodada Uruguai, culminou com a criação de OMC e de um novo conjunto de acordos multilaterais que formaram o corpo normativo da nova Organização. ORIGENS HISTÓRICAS: • Após uma série de negociações frustradas, na Ronda do Uruguai foi criada a OMC, de caráter permanente, substituindo o GATT. Importante ressaltar que qualquer um de seus membros pode dela se retirar, após o transcurso de seis meses da sua comunicação, através de correspondência encaminhada ao diretor-geral da Organização. • A OMC entrou em funcionamento em 1 de janeiro de 1995. COMPOSIÇÃO DA OMC • A OMC é composta por diversos órgãos, sendo os principais: ✓ a Conferência Ministerial, instância máxima da organização composta pelos Ministros das Relações Exteriores ou de Comércio Exterior dos Membros; ✓ o Conselho Geral, órgão composto pelos representantes permanentes dos Membros em Genebra, que ora se reúne como Órgão de Solução de Controvérsias (OSC) e ora como Órgão de Revisão de Política Comercial; ✓ o Conselho para o Comércio de Bens; ✓ o Conselho para o Comércio de Serviços; ✓ o Conselho para os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio; ✓ os diversos Comitês, entre eles os Comitês de Acesso a Mercados, Agrícola e de Subsídios, entre outros; e COMPOSIÇÃO DA OMC ✓ o Secretariado, que tem por função apoiar as atividades da organização e é composto por cerca de 700 funcionários, dirigidos pelo Diretor-Geral da OMC. • Até o presente momento, já foram realizadas nove Conferências Ministeriais da OMC, sendo elas: Singapura (1996); Genebra (1998); Seattle (1999); Doha (2001); Cancun (2003); Hong Kong (2005); Genebra (2009); Genebra (2011); Bali (2013) e Nairóbi (2015). • Especialmente relevante, entre estas, foi a Conferência Ministerial de Doha, que estabeleceu o mandato para o lançamento da Rodada de Doha, primeira rodada negociadora realizada no âmbito da OMC, ainda em curso. • Atualmente o Diretor-Geral é o brasileiro Roberto Carvalho de Azevedo. SEDE DA OMC PAÍSES MEMBROS DA OMC CCI – CAMARA DE COMERCIO INTERNACIONAL • ENTIDADE PRIVADA DE NATUREZA JURIDICA E ASSOCIATIVA; • ÚNICA ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL QUE REPRESENTA MUNDIALMENTE OS INTERESSES EMPRESARIAIS; • CRIADA EM 1919 E MANTÉM A SUA SEDE NA FRANÇA; • OBJETIVO: ATUAR EM FAVOR DE UM COMERCIO LIVRE, CRIANDO INSTRUMENTOS QUE O FACILITEM, COM A CONVICÇÃO DE QUE AS RELAÇÕES ECONOMICAS INTERNACIONAIS CONDUZEM À PROPERIDADE DAS NAÇÕES E A PAZ ENTRE OS PAÍSES; • MEMBROS: EMPRESAS QUE EFETUAM TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS E ORGANIZAÇÕES EMPRESARIAIS. ATUALMENTE, AGRUPA MILHARES DE EMPRESAS DE MAIS DE 133 PA´SES E ATUUA EM CÔMITES NACIONAIS EM CERCA DE 80 PAÍSES. • FUNÇÕES CONSULTIVAS : OMC, FMI, BANCO MUNDIAL, OCDE(Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico) E A COMISSÃO EUROPÉIA. • ATUAÇÃO : ARBITRAGEM E RESOLUÇÃO DE CONFLITOS, DEFESA DE LIVRE COMÉRCIO, SISTEMA DE ECONOMIA DE MERCADO, AUTORREGULAÇÃO DAS EMPRESAS, PUBLICAÇÃO DE REGRAS E USOS UNIFORMES, PAGAMENTOS INTERNACIONAIS NAS DIFERENTESMODALIDADES, PUBLICAÇÃO DE TERMOS COMERCIAIS FACILITANDO O ENTENDIMENTO DAS NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS E LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO E OUTROS CRIMES COMERCIAIS. • CASO RECENTE DE ARBITRAGEM – ENTRE EMPRESA DO BRASIL E EMPRESA FRANCESA. • Discussão envolvendo o grupo varejista francês Casino, dos hipermercados Carrefour, e Abilio Diniz, presidente do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar, trouxeà tona uma das maiores ferramentas jurídicas utilizadas pelos gigantes, nacionais e internacionais. O Casino entrou com pedido de arbitragem internacional contra a família Diniz, com quem divide o controle do Pão de Açúcar, em meio a especulações de que o presidente do conselho da maior varejista do Brasil tenha abordado o Carrefour para discutir uma possível fusão. O francês fez o pedido de arbitragem junto à Câmara de Comércio Internacional (CCI) contra Diniz. • As decisões são sigilosas. Não envolve o judiciário e com pouco tempo é dada a decisão. Para valer no Brasil a decisão deve ser homologada pelo STF. • Quando efetivamente existe uma discussão, são escolhidos três árbitros. Um de cada parte e o terceiro árbitro é escolhido em comum acordo pelos dois primeiros e atuará como presidente. • O custo de uma arbitragem é relativamente maior se comparado ao montante gasto na Justiça comum. Isso porque os árbitros cobram valores similares a honorários advocatícios. Ou seja, numa ação de R$ 35 milhões, por exemplo, as empresas desembolsam R$ 200 mil para iniciar uma arbitragem. Mas a rapidez, segundo os especialistas, compensa. OS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO COOPERAÇÃO X INTEGRAÇÃO : • COOPERAÇÃO: os países visam reduzir as barreiras existentes a fim de tornar as relações econômicas mais flexíveis. A cooperação é possível entre países com sistemas monetários diferenciados, sistemas tributários diferentes e mesmo com distintas visões sobre organizações empresariais. • INTEGRAÇÃO: Já nos processos de integração objetiva- se suprimir todas as barreiras e criar um mercado sem fronteiras. Na integração deve-se ajustar o marco institucional da economia. OS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO • Bela Balassa : Hungaro que se especializou no âmbito da integração econômica, que define como processo e como situação. • Encarada como processo implica medidas destinadas à abolição de discriminações entre unidades econômicas de diferentes Estados; • como situação pode corresponder à ausência de varias formas de discriminação entre economias nacionais. • É ainda conhecido pelo chamado INDICE DE BALASSA, que mede a performance das exportações, por país e indústria, definindo porcentagem que o país detém nas exportações mundiais do bem sobre o total das exportações mundiais. • IBB – Índice geral de Bela Balassa; IVCR – Índice das Vantagens Comparativas Relevadas. • O Processo de integração tem como consequência a DIMINUIÇÃO DE OBSTACULOS, mediante os quais vários países tentam formar um único mercado de maiores dimensões para seus produtos, como é o caso do MERCOSUL. • HISTÓRICO: A Integração Econômica não é um fenômeno moderno; muitos países europeus se constituíram graças a um processo integrador( a Alemanha nasceu de uma união aduaneira). Na atualidade, a análise da integração econômica torna-se matéria relevante em face da proliferação de processos integradores e de experiências de integração com diferentes resultados. • A integração inicia-se pela redução de TARIFAS de importação e outras barreiras quantitativas e termina com a criação de uma MOEDA ÚNICA e a unificação politica e econômica. • Os processos de integração são, em regra, sequenciais, partindo de formas simples resultantes de acordos BI ou MULTILATERAIS a soluções de integração total, politica e econômica, entre diversos países. • SIGNIFICADO DE ADUANEIRO: Relativo a Receita Federal no que diz respeito aos trâmites de mercadoria na importação ou exportação. Também pode ser utilizado quando um local ou algo está sobre controle da Receita Federal. Fases do processo de integração: • ACORDOS PREFERENCIAIS ( PREFERENCIAS ADUANEIRAS); • ZONAS DE LIVRE COMÉRCIO; • UNIÃO ADUANEIRA; • MERCADO COMUM; • UNIÃO MONETÁRIA; • UNIÃO POLITICA E ECONOMICA; • INTEGRAÇÃO TOTAL OU CONFEDERAÇÃO. • ACORDOS PREFERENCIAIS OU PREFERENCIAS ADUANEIRAS : Concessão entre países seja de abolição ou redução de direitos aduaneiros sobre certa mercadoria, não extensivo a terceiros países. Esse tipo de acordo prevê a suspensão da CLAUSULA DA NAÇÃO MAIS FAVORECIDA do GATT em que está prevista essa exceção. Como exemplo temos a Commonwealth britânica. ( grupo de 54 países). A Commonwealth não é uma união política, mas uma organização intergovernamental através da qual os países com diversas origens sociais, políticas e econômicas são considerados como iguais em status. • ZONAS DE LIVRE COMÉRCIO : abolição de todos os direitos aduaneiros e restrições quantitativas ao comércio de mercadorias, no entanto cada país é livre de manter as suas pautas próprias e as restrições quantitativas que entender em relação a países terceiros. Resultado: se pretendem entrar no país A, e este possui uma pauta aduaneira pouco sugestiva; boicotam a política de proteção desse país, entrando na zona de comércio livre do país A, através de um dos parceiros. Temos como exemplo a EFTA( Free Trade Association) – hoje constituida por alguns países europeus que não pertencem à União Europeia ( Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suiça). • UNIÃO ADUANEIRA : existência de um só território aduaneiro formado pelos países integrantes, de modo que os direitos aduaneiros e demais regulamentos comerciais restritivos sejam eliminados e cada um dos membros aplique, ao comércio com os demais países, tarifas e regulamentos comerciais idênticos. Pressupõe a adoção de duas medidas: • 1ª A supressão imediata ou gradual das barreiras tarifárias e comerciais à circulação de mercadorias entre países que a constituem. Essa operação é denominada desarmamento tarifário e comercial. • 2ª Estabelecimento de uma tarifa externa comum ante a países terceiros; esse principal elemento diferenciador da união aduaneira perante a zona de livre comercio. Nos acordos do GATT, estabelece-se que os direitos aduaneiros em uma união aduaneira não poderão exceder os praticados por seus membros à época do estabelecimento da união aduaneira. • MERCADO COMUM : consiste em uma união aduaneira na qual os participantes se obrigam a implementar a livre circulação de pessoas, bens, mercadorias, serviços, capitais e fatores produtivos, eliminando toda e qualquer forma de discriminação. O mercado comum poderá alcançar o estatuto de “mercado único” caso se aperfeiçoe eliminando na totalidade as barreiras físicas(alfandegas), técnicas( abrindo os mercados públicos de cada país e harmonizando normas técnicas sobre qualidade e certificações) e ainda fiscais ( harmonizando impostos). • UNIÃO MONETÁRIA : pressupõe, de forma adicional aos anteriores, o controle de inflação e déficits públicos e a aplicação de políticas monetárias comuns, podendo ainda ser criada uma moeda única, com vistas a uma área de estabilidade monetária. O conceito de união monetária refere-se a um espaço econômico em que se implementam três condições: • 1ª as moedas de cada país membro devem ser convertíveis; • 2ª as taxas de câmbio deverão ser fixadas com caráter irrevogável; • 3ª deverá existir livre circulação de capitais. • A centralização das políticas monetárias, a constituição de um banco central único e a instauração de uma moeda única são elementos que conduzem a uma maior integração e permitem aproveitar ao máximo as vantagens da união monetária. • UNIÃO POLITICA E ECONÔMICA : é entendida como um mercado único no qual bens, serviços, capitais e pessoas podem circular livremente, no qual se realiza uma serie de politicas comuns, destinadas a favorecer o desenvolvimento regional e coordenam- se as politicas macroecônomicas dos países. a união politica e econômica adiciona à união econômica uma politica externa e de defesa comuns. Exemplo: União Europeia. • INTEGRAÇÃO TOTAL OU CONFEDERAÇÃO : é o estagio mais avançado de modelo de integração politico econômica, consistindo na união econômica, politica, bem como na unificaçãodos direitos civil, comercial, administrativo, fiscal etc. Tal estagio ainda não foi alcançado por nenhum país do mundo. REFLEXOS DA INTEGRAÇÃO NOS PAÍSES • INDEPENDENTEMENTE DO GRAU DE INTEGRAÇÃO: existe uma série de efeitos – estáticos e dinâmicos – que atingem cada país de forma diferente. • Uma integração econômica pressupõe um tratamento diferenciado entre seus MEMBROS e seus NÃO MEMBROS. Como os processo de integração são marcadamente COMERCIAIS, especialmente nas primeiras fases, a integração pode provocar mudanças no padrão do comércio entre membros e não membros produzindo efeitos: REFLEXOS DA INTEGRAÇÃO NOS PAÍSES 1. Positivos: ✓ Ampliação de mercado, potencializando as economias de escalas que são resultado de uma maior eficiência baseada na maior dimensão das produções e , consequentemente, permitindo custos médios mais baixos e facilitando a concorrência com produtos similares; ✓ É possível que a integração estimule o investimento ao diminuir os riscos e as incertezas, pois , sendo o mercado maior e existindo livre circulação de fatores, aumentará a eficiência das empresas; ✓ Aumento da concorrência, pois um mercado maior atrairá maior número de empresas e conduzirá a uma melhor percepção pela qualidade, à diminuição de preços e a aceleração das inovações, especialmente as de alta tecnologia; ✓ Possibilidade de desenvolvimento de novas atividades praticamente impensáveis no âmbito nacional, como é o caso de grandes obras de infraestrutura, desenvolvimento de industrias de alta tecnologia e, principalmente, todas as que requerem elevados investimentos que cada país não conseguiria bancar sozinho; ✓ Aumento do poder de negociação, pois o bloco representa um PIB maior e maior volume de comercio no cenário internacional; ✓ Formulação mais coerente das politicas comerciais, pois ao entrar em processos de integração os países se obrigam a melhorar suas politicas econômicas e a realizar uma serie de mudanças e transformações da estrutura da economia nacional. ASPECTO NEGATIVO- PROCESSO DE INTEGRAÇÃO Desigual incidência sobre setores e grupos. Embora o comércio internacional tenha efeitos globalmente favoráveis, não garante que determinados agentes e alguns setores sejam com ele beneficiados. Essa é a razão de que em processos de integração ( que nas primeiras etapas é essencialmente comercial) existem ganhadores ( os setores e empresas mais competitivos do espaço integrado) e perdedores que pouco ganham com as integrações. ASPECTO NEGATIVO- PROCESSO DE INTEGRAÇÃO Ajustes de elevado custo originados pela reordenação do sistema produtivo. Ao ser liberalizado e intensificado o comercio interindustrial, as indústrias nacionais que se mantêm graças a protecionismos devem reconverter-se, provocando muitas vezes elevados custos sociais e políticos. Exemplificando, a deslocalização de industrias de componentes para países com maiores facilidades, logísticas ou de outro tipo, poderá provocar aumento das taxas de desemprego. Integração comercial sem integração econômica. Sempre que um País produz politicas que sejam apercebidas pelos outros membros como negativas, faz realçar a importância da integração econômica em paralelo com a comercial. Tentativa de adoção de estratégicas mais agressivas ou protecionistas nas negociações internacionais, como no caso da União Europeia nas negociações com os Estados Unidos sobre temas como a agricultura ou a telecomunicações. Perda parcial de soberania. Ao serem exigidas maior harmonização e coordenação entre as politicas econômicas nacionais, são impostas restrições ditadas pelos países com maior peso no grupo. ✓ O Mercosul evoluiu de um processo de aproximação econômica entre Brasil e Argentina, iniciado em meados dos anos 1980; ✓ Em 1985, os presidentes do Brasil e Argentina firmaram um acordo de integração conhecido como Declaração de Iguaçu; Em 1986, assinou-se a Ata para Integração Argentino – Brasileira, ocasião em que foi instituído o Programa de Integração e Cooperação Econômica (PICE) entre os dois países. A ata baseia-se nos princípios que mais tarde nortearam o Tratado de Assunção: flexibilidade( que permitiria ajustes no ritmo e nos objetivos), gradualismo, simetria (para que houvesse harmonização de politicas especificas que interferem na competitividade setorial) e equilíbrio dinâmico (que proporcionaria uma integração setorial uniforme). Em 1988, assinou-se o Tratado de Integração, cooperação e Desenvolvimento Argentina-Brasil. Na oportunidade foram assinados protocolos ( 240 sobre diversos temas, tais como: bens de capital, trigo, produtos alimentícios industrializados, setor automotivo, cooperação nuclear, transporte marítimo e terrestre, entre outros. Em julho de 1990, foi firmada a Ata de Buenos Aires, que fixou para janeiro de 1995 a data do inicio da vigência de um mercado comum entre os dois países. MERCOSUL HISTORICO Em dezembro de 1990, os protocolos acima referidos foram consolidados em um só instrumento denominado Acordo de Complementação Econômica ( ACE 14), firmado entre Brasil e Argentina, que constituiu o referencial adotado no Tratado de Assunção. Em março de 1991 foi firmado o Tratado de Assunção, entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, para a constituição do Mercado Comum do Sul (Mercosul). * Em julho de 2006 é firmado em Caracas o Protocolo de Adesão da Venezuela ao Mercosul. Atualmente o Mercosul encontra-se estruturado da seguinte forma: países- membros - Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela; países associados - Bolívia (em processo de efetivação como país-membro), Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Suriname e Peru; Países observadores: México e Nova Zelândia. A diferença entre os membros efetivos e os associados ao Mercosul está na adesão da Tarifa Externa Comum (TEC), que consiste em uma mesma tarifação sobre produtos exportados para países de fora do bloco, evitando a concorrência e privilegiando os parceiros comerciais existentes dentro do próprio acordo. A TEC é adotada apenas pelos membros efetivos, que são também aqueles responsáveis pelas principais decisões, incluindo a aprovação do ingresso de novos países-membros. OBJETIVOS DO MERCOSUL Livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos; Eliminação das restrições incidentes sobre o comércio reciproco; Estabelecimento de uma tarifa externa comum; Adoção de politicas comerciais comuns perante terceiros países; Coordenação de politicas macroeconômicas e setoriais. Território O MERCOSUL responde por 71,8% (12.789.558 km²) do território da América do Sul. Possui cerca de 3 vezes a área da União Europeia. ESTADOS PARTES EXTENSÃO TERRITÓRIAL ARGENTINA 2.791.810 KM² BRASIL 8.502.728 KM² PARAGUAI 406.750 KM² URUGUAI 176.220 KM² VENEZUELA 912.050 KM² TOTAL 12.789.558 KM² Fonte: IBGE países (http://www.ibge.gov.br/ paisesat/main.php) ESTADOS PARTES POPULAÇÃO EM (MILHÕES) ARGENTINA 40,57 BRASIL 194,93 PARAGUAI 6,53 URUGUAI 3,37 VENEZUELA 29,77 TOTAL 275,17 População Somada, a população do MERCOSUL chega a 275 milhões de habitantes. A população do MERCOSUL corresponde a 69,78% da população da América do Sul e conta com variadas etnias e origens. Fonte: FMI (http://www.imf.org/external/ index.htm) O comércio dentro do MERCOSUL multiplicou-se por mais de 12 vezes em duas décadas, saltando de US$ 4,5 bilhões (1991) para US$ 59,4 bilhões (2013). Oitenta e sete por cento (87%) das exportações brasileiras para o bloco é composta de produtos industrializados. Comércio Produção Agrícola O MERCOSUL é uma potência agrícola. Ressaltam suas capacidades de produção das cinco principais culturas alimentares globais (trigo, milho, soja, açúcar e arroz). O MERCOSUL é o maior exportador líquido
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