Buscar

Direito constitucional I 03.08.2018

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito constitucional 03.08.2018
Vertentes: são formas diferentes de olharmos o mesmo objeto, que no caso é o ordenamento jurídico.
Existe uma forma mais “dogmática”, mas “científica”, que vai olhar para os aspectos formais, estruturais. Essa mesma é atribuída ao positivismo jurídico em primeiro plano. Existe também a “Zetética” que relaciona o direito com valores, culturas e etc.
OBS: Na matéria de Constitucional nós teremos dois grandes vertentes, e essas vertentes tem classificações, tem subclassificações dentro delas. Mas essa duas vertentes servem para localizar em uma primeira classificação todos os autores que vamos discutir.
São elas:
Clássica: Entendo o dogmático, ou seja, entendo aquele cara que vai explicar a teoria básica e bem feita, fazendo um excelente trabalho em relação a isso, mas que não vai problematizar, não vai fazer uma reflexão crítica, não vai debater do tema, vai somente dizer de forma básica e bem feita. José Afonso da Silva é outro clássico que vamos estudar, seu manual é perfeito.
Neoconstitucionalismo: é uma vertente que está dentro do pós-positivismo, e a característica principal que colocaremos aqui é: quando estivermos diante de um “Neoconstitucionalista” um debate mais crítico e também a questão de problematizar valores, questões de justiça, ou seja, eles se preocupam com a correção que é sinônima de justiça, tendo como critério algum valor de justiça. Aqui estariam a “Zetética”, “crítica” e “neoclássica” como subvertestes.
Constitucionalismo
O que é constitucionalismo? Não há um consenso para essa resposta, existe várias, uma dela é:
Constitucionalismo: “É um processo (ou movimento histórico) de criação de um Estado democrático de direito”, é basicamente uma narrativa, como uma história dizendo de onde que nós vimos, para entendermos por que temos determinados modelos jurídicos aponente.
1º Parte dessa história:
Estado Absolutista: aqui estão alguns filósofos iluministas como “John Locke”, “Montesquieu”, caras que não gostavam das práticas do estado absolutista, e esses caras foram pensadores chaves para as chamadas “Revoluções liberais”.
Que foram três:
Revolução gloriosa (Inglaterra)
Revolução francesa (França)
Processo de Independência da América.
Cada uma dessas experiências históricas contribuiu para o que nós chamamos de: 
Estado de direito ou Estado liberal: Direitos de 1º dimensão. (liberdade)
Nesse período aqui que surge o surge o estado de direito, vamos falar sobre os direitos de primeira dimensão, o primeiro pacote de direitos fundamentais.
Problemas do estado de direito: os marxistas vão fazer algumas críticas a esse modelo, e também algumas mudanças nas formas das sociedades, como eles vão se organizar, de produzir seus recursos que vai combinar numa chamada “revolução industrial”, que vai mudar completamente a forma como o mundo moderno se organizava, e isso será o antecedente chave, que vai possibilitar a criação do chamado:
Estado social: Direitos de 2º dimensão. (igualdade)
Um estado que vai assumir o maior protagonismo em relação à busca da felicidade dos indivíduos, e ali no final do séc. XIX. 
São direitos que em síntese buscando a “igualdade”.
Problemas do estado social:
Após modernidade é que vai iluminar o surgimento de um novo pacote de direitos.
O acontecimento chave, o mais importante de todos, é a segunda guerra mundial.
Na segunda “guerra mundial” surgiram questões chaves em questão aos direitos humanos, isso possibilitou mudanças profundas na comunidade internacional. Isso também foi impulsionado, incentivado de certa forma por uma revolução tecnológica, que aconteceu nessa transição. Mas especialmente pela segunda guerra mundial, abriu vias para se pensar em outro modelo de estado, outro modelo direito:
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO: Direitos de 3º dimensão. (liberdade, igualdade e solidariedade).
E nesse contexto também teremos a ocasião de estudar os direitos de terceira dimensão.
Há autores que falam que eles são divididos em quatro dimensões.
Características somadas desses três períodos:
Nós veremos características chaves de documentos jurídicos fundamentais que datam dessa época.
Principais declarações de direitos que sugiram.
E ali nós vamos entender como que nós chegamos até aqui, qual foi o processo de construção histórica, e todo esse processo que explicar esse ponto de chegada chama-se constitucionalismo.
Que é o processo histórico para nós entendermos a criação do nosso estado que vai consagrar direitos, limitar poderes.
Estado absolutista 
O que é estado? Não há um consenso uma única definição.
Conforme Max Weber: “estado é o detentor do monopólio da força legítima”.
Era uma vez França e Inglaterra eles fizeram uma guerra que durou mais ou menos 100 anos, e depois no final da idade média esses dois estados tinham um desenvolvimento diferente em relação os demais, tinha um acabamento, uma consciência nacional diferente do resto da Europa, e esses dois países França Inglaterra, acabaram sendo a primeira personificação dos chamados estados absolutistas. Dois reis da França Luís XIV na Inglaterra Charles I ou Carlos I, eles foram à encarnação, a personificação do soberano de Thomas Hobbes.
E dentre esses dois Reis históricos o que encarnou de forma mais forte a figura do soberano hobbesiano, foi Luís XIV, o cara tinha frase tipo: eu sou o estado, eu sou o de Rei Sol.
E a pergunta é:
Olhando para esses dois países, quais características o estado absolutista francês e o estado inglês manifestam naquele contexto específico?
R: A característica principal que esses dois países tinham em comum era “poder ilimitado do rei”, ou seja, esse poder está acima da lei. O monarca governava de forma arbitrária, ilimitada, enfim cometendo abusos.
O estado absolutista utiliza elementos teológicos para se legitimar, arrogavam para si o direito divino de governar. 
Eles estavam acima da religião, eles controlavam a religião das pessoas, o poder absoluto era estendido também ao âmbito religioso.
O estado absolutista se vendia falando: a nossa finalidade é perseguir a felicidade dos súditos.
E ali olhando aquele contexto eu consigo de forma concreta responder o que foi o estado absolutista inglês-francês.
Problemas do estado absolutista: 
Os reis praticavam atos arbitrários, e limitados e assim acabaram prejudicando muita gente grande.
Carlos I enfrentou uma guerra civil, Luís XIV passou o trono para Luís XV.
A história constitucionalista começa como uma objeção o estado absolutista.
O constitucionalismo surge como uma ideia, uma reação ao estado absolutista, como objetivo de limitar o exercício de poder do estado.
Dentro do Iluminismo podemos falar vários nomes, mas os mais importantes deles foi Montesquieu (França) e especialmente John Locke (Inglaterra).
Oque eles fizeram?
Começaram a criticar como a forma de governo anunciou anterior legitimava o poder.
Eles falavam não é porque seu pai uso essa coroa que você deve usar, e por que eu tenho que aceitar isso?
Não, não é assim, isso tem que ter uma explicação, um fundamento racional para aquilo.
E baseado nisso, os contratos sociais: são narrativas de um fundamento racional para explicar o porquê eu obedeço ao estado.
Agora nós temos um modelo racional, não mais legitimado pelas tradições.
Essas ideias foram chaves na França, Inglaterra, América, enfim.
Como essa ideia repercutiu na formação e, consolidação dos direitos de 1º Dimensão?
1º Documento constitucional jurídico:	
Ex: Magna Carta.
Foi uma carta de acordos entre o rei João sem terra e senhores feudais.
Ela consolidou um acordo entre duas forças opostas.
Características importantes: não é um documentos que se reverteu em pro do povo.
A população é apenas protagonista.
A carta serviu para resolver problemas ordinários, como definir unidades de medidas, até questões constitucionais.
É nesse ponto a principal característica da Magna Carta é:
Ela foi o primeiro documento jurídico constitucional que limitou o poder soberano. Essa é a principal função dela.
O mais importantedocumento na história da Inglaterra:
Bill of Rights o mais importante documento jurídico constitucional.
É esse documento que inaugura o:
Estado de Direito (liberdade) 2º Dimensão.
Oliver Cromwell foi do líder da revolução que originou guerra civil na Inglaterra e que julgou e condenou a morte, pela maioria do parlamento o rei Carlos I.
Depois que assumiu o trono Oliver Cromwell virou tão absolutista quando Carlos I.
Nesse contexto surge à revolução gloriosa com fim de achar um meio termo. E essa revolução teve como consagração a chamada Bill of Rights ou declaração de direitos.
Bill of Rights: esse documento de duas páginas criou a “monarquia constitucional”, como características a divisão de poderes, de um lado o parlamento e outro lado à coroa.
Criou também inovações Chaves como:
Permitiu que qualquer um pudesse participar das eleições do parlamento.
Separou os poderes, trouxe mais direitos para os indivíduos, faça o estado.
Enfim o Bill of Rights é o primeiro documento do constitucionalismo moderno.
A Inglaterra foi a primeira a assumir um estado moderno de direito.
Características da Inglaterra: eles não tem a constituição propriamente “escrita”, são compilados de documentos constitucionais escritos.
Mas um documento único escrito, não existe.

Outros materiais