Aula 2 - Educação, Constituições e LDBs (Final)

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EDUCAÇÃO, CONSTITUIÇÃO E LDB:
 
A EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES DE 1824, 1891, 1934, 1937 E 1946
Disciplina: Estrutura e Funcionamento do Ensino
Professora: Adriana Gera
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CONSTITUIÇÃO DE 1824
Após a Proclamação da Independência do Brasil, era necessário a elaboração de uma Constituição que levasse em consideração as idéias do liberalismo político vigente na Europa.
A Constituição de 1824 foi outorgada pela Coroa
Constituição de mais longa duração: 65 anos
Apenas uma Emenda Constitucional, o Ato Adicional de 1834 que atribuiu à Coroa a função de promover e regulamentar o ensino superior e às províncias a escola elementar e secundária.
Título 8º - Art 179 - § 32: a instrução primária era gratuita, mas não estabelecia a obrigatoriedade
Parágrafo 33 apenas previa a existência de “colégios e universidades”, onde seriam ensinadas ciências, belas-letras e artes.
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Período que antecede a Constituição de 1891
1890: Criação do Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos.assumido por Bejamim Constant.
O Ministro influenciado pelos ideais positivistas de Augusto Comte, promoveu uma reforma no sistema educacional brasileiro, enfatizando o ensino das Ciências Físicas e Matemáticas e deixando em um plano inferior o ensino puramente humanista.
CONSTITUIÇÃO DE 1891
Após a Proclamação da República, era necessário a elaboração de uma Constituição que foi bastante influenciada pelo modelo constitucional norte-americano (denominação Estados Unidos do Brasil).
Título I - Seção I - Capítulo IV: “Das Atribuições do Congresso”
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Art. 34: competia, privativamente, ao Congresso Nacional legislar sobre a organização municipal do Distrito Federal, a polícia, o ensino superior e os demais serviços que na capital fossem reservados para o Governo da União.
Art 35: competia, não privativamente, ao Congresso Nacional, animar no País o desenvolvimento das letras, artes e ciências, criar instituições de ensino superior e secundário nos Estados e prover a instrução secundária no Distrito Federal.
Em suma, o Governo da União cuidava da criação e do controle do ensino superior e dos demais níveis de ensino na capital (assumia diretamente a educação destinada às classes dominantes) e os estados cuidavam do ensino primário e do profissionalizante (assumiam a educação da maioria do povo). Os municípios tinham pouca expressão no financiamento da educação, pois sempre contavam com poucos recursos.
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Em decorrência dessa forma de separação da educação brasileira, criou-se uma dificuldade na ascensão social, porque o primário era gratuito a todos, mas o ensino médio era pago e freqüentado, principalmente, pelas classes economicamente mais favorecidas, assim como o ensino superior.
Impediu que os analfabetos votassem e declarou leigo o ensino ministrado em estabelecimentos públicos.
1892: Criação do Ministério da Justiça e Negócios Interiores
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Período que antecede a Constituição de 1934
Primeira década do século XX: o foco da atenção da nossa elite intelectual estava voltado para a política.
Década de 10 a 20: surge no Brasil um movimento de entusiasmo pela educação, movimento tipicamente estadual voltado para a escola primária, a escola popular.
Este movimento postulava o combate ao analfabetismo, a valorização da língua portuguesa e a formação da nossa força armada.
Década de 20: marcada por uma série de fatores (industrialização; crescimento dos centros urbanos; descontentamento do operariado, das classes médias e de oficiais de baixa patente; crise econômica de 1929; decadência da política cafeeira) que culminaram com a Revolução de 1930.
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No campo da educação, foi introduzido por um grupo de intelectuais brasileiros o movimento da Escola Nova, influenciados pelas idéias dos educadores John Dewey e seu discípulo William Kilpatrick. 
Década de 30: Vargas assume o poder
1930: Ministério da Educação e Saúde Pública
1931: Francisco Campos organizou o Estatuto da Universidade Brasileira, estabelecendo para a sua criação a quantia mínima de 3 institutos: Direito, Medicina e Engenharia ou, no lugar de um deles, a Faculdade e Educação, Ciências e Letras.
Definiu objetivos próprios para o ensino médio (Decreto nº 19.890), buscando dar um caráter educativo voltado para todos os setores da atividade nacional (sem muita eficácia concreta).
1932: Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova que reivindicava uma ação mais decisiva do Estado em relação à escola pública, gratuita, obrigatória e leiga.
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CONSTITUIÇÃO DE 1934
Um dos fatores que impulsionaram a Constituição foi a Revolução de 1930.
Título IV: “Da ordem econômica e social” 
Art. 139, no qual se encarregavam as indústrias e as empresas agrícolas de proporcionar ensino primário gratuito a seus funcionários analfabetos.
Título V: “Da Família, da Educação e da Cultura” 
Capítulo II - Art. 148, no qual cabia à União, aos Estados e aos Municípios favorecer e animar o desenvolvimento das ciências, das artes, das letras e da cultura em geral, proteger os objetos de interesse histórico e o patrimônio artístico do País, bem como prestar assistência ao trabalhador intelectual.
Art 149: a educação era postulada como direito de todos e que deveria ser ministrada pela família e pelos Poderes Públicos.
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Art. 150: instituiu-se a tendência a gratuidade do ensino posterior ao primário, a fim de torná-lo mais acessível.
Estabeleceu que a União e os Municípios aplicariam não menos de 10% e os Estados e Distrito Federal não menos de 20% na manutenção e desenvolvimento do sistema educacional.
A União investiria 20% no ensino nas zonas rurais
Parte dos patrimônios territoriais da União, dos Estados e do Distrito Federal deveriam ser reservados para a formação dos fundos de educação.
A União ficou com a incumbência de fixar o Plano Nacional de Educação e de coordenar e fiscalizar a sua execução em todo território nacional.
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CONSTITUIÇÃO DE 1937
Imposta por Getúlio Vargas.
Surgiu em uma época de avanços dos regimes totalitários e foi influenciada pelo modelo fascista de organização política.
Art. 15: era de competência da União fixar as bases e determinar os quadros da educação nacional, traçando as diretrizes a que devia obedecer a formação física, intelectual e moral da infância e juventude (Inc. IX).
Art. 16: competia privativamente à União o poder de legislar sobre “as diretrizes de educação nacional” (Inc. XXIV).
Art. 125, no qual aparecia o dever da família de prover a educação e o do Estado de colaborar para facilitar a execução de tal dever.
Art. 130: obrigatoriedade e gratuidade do ensino primário.
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CONSTITUIÇÃO DE 1946
Antecedente importante: redemocratização do País em 1945.
Constituição caracterizada pelo espírito liberal e democrático.
Título I – Capítulo I - Art. 5º - item XV – letra d: estabelecia que cabia à União legislar sobre as diretrizes e bases da educação nacional.
Título VI – Capítulo II: “Da Educação e da Cultura”, estipulava os requisitos mínimos para que as diretrizes e bases fossem estipuladas.