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Resumo Abastecimento e tratamento de água

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QUALIDADE DA ÁGUA 
INTRODUÇÃO 
Para caracterizar uma água, são determinados 
diversos parâmetros, os quais representam as suas 
características físicas, químicas e biológicas. Esses 
parâmetros são indicadores da qualidade da água e 
constituem impurezas quando alcançam valores 
superiores aos estabelecidos para determinado uso. 
CARACTRÍSTICAS FÍSICAS 
As impurezas enfocadas do ponto de vista físico 
estão associadas, em sua maior parte, aos sólidos 
presentes na água. Estes sólidos podem ser em 
suspensão, coloidais ou dissolvidos, dependendo do 
seu tamanho. 
TEMPERATURA: é um parâmetro importante, pois, 
influi em algumas propriedades da água (densidade, 
viscosidade, oxigênio dissolvido), com reflexos sobre 
a vida aquática. 
SABOR E ODOR: resultam de causas naturais 
(algas; vegetação em decomposição; bactérias; 
fungos; compostos orgânicos, tais como gás 
sulfídrico, sulfatos e doretos) e artificiais (esgotos 
domésticos e industriais). 
COR: resulta da existência, na água, de substâncias 
em solução; pode ser causada pelo ferro ou 
manganês, pela decomposição da matéria orgânica 
da água, pelas algas ou pela introdução de esgotos 
industriais e domésticos. 
TURBIDEZ: presença de matéria em suspensão na 
água, como argila, silte, substâncias orgânicas 
finamente divididas, organismos microscópicos e 
outras partículas. 
SÓLIDOS: 
Sólidos em suspensão: resíduo que permanece num 
filtro de asbesto após filtragem da amostra. 
Podem ser divididos em: 
❖ Sólidos sedimentáveis: sedimentam após um 
período de repouso da amostra 
❖ Sólidos não sedimentáveis: somente podem 
ser removidos por processos de coagulação, 
floculação e decantação. 
Sólidos dissolvidos: material que passa através do 
filtro. Representam a matéria em solução ou em 
estado coloidal presente na amostra de efluente. 
 
 
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA: capacidade que a 
água possui de conduzir corrente elétrica. Este 
parâmetro está relacionado com a presença de íons 
dissolvidos na água, que são partículas carregadas 
eletricamente. 
CARACTERÍSTICA QUÍMICAS 
As características químicas de uma água podem ser 
interpretadas através de uma das duas 
classificações: matéria orgânica ou inorgânica. 
Os parâmetros químicos, são: 
PH (POTENCIAL HIDROGENIÔNICO): uma água 
é ácida (pH inferior a 7), neutra (pH igual a 7) ou 
alcalina (pH maior do que 7); o pH da água depende 
de sua origem e características naturais, mas pode 
ser alterado pela introdução de resíduos; 
ALCALINIDADE: causada por sais alcalinos, 
principalmente de sódio e cálcio; mede a capacidade 
da água de neutralizar os ácidos; em teores 
elevados, pode proporcionar sabor desagradável à 
água, tem influência nos processos de tratamento da 
água. 
DUREZA: resulta da presença, principalmente, de 
sais alcalinos terrosos (cálcio e magnésio). Causa 
sabor desagradável e efeitos laxativos. Classificação 
das águas, em termos de dureza (em CaC03): 
❖ Menor que 50 mg/1 CaC03 – água mole 
❖ Entre 50 e 150 mg/1 CaC03 – água com 
dureza moderada 
❖ Entre 150 e 300 mg/1 CaC03 – água dura 
❖ Maior que 300 mg/1 CaC03 – água muito 
dura 
CLORETOS: Os cloretos, geralmente, provêm da 
dissolução de minerais ou da intrusão de águas do 
mar; em altas concentrações, conferem sabor 
salgado à água ou propriedades laxativas. 
FERRO E MANGANÊS: podem originar-se da 
dissolução de compostos do solo ou de despejos 
industriais; causam coloração avermelhada (ferro) à 
água ou marrom (manganês), conferem sabor 
metálico à água; as águas ferruginosas favorecem o 
desenvolvimento das ferrobactérias, que causam 
maus odores e coloração à água e obstruem as 
canalizações. 
NITROGÊNIO: o nitrogênio pode estar presente na 
água sob várias formas: molecular, amônia, nitrito, 
nitrato; é um elemento indispensável ao 
crescimento de algas. São causas do aumento do 
nitrogênio na água: esgotos domésticos e industriais, 
fertilizantes, excrementos de animais. 
FÓSFORO: é essencial para o crescimento de algas. 
Suas principais fontes são: dissolução de compostos 
do solo; decomposição da matéria orgânica, esgotos 
domésticos e industriais; fertilizantes; detergentes; 
excrementos de animais. 
FLUORETOS: em concentrações mais elevadas, 
podem provocar alterações da estrutura óssea ou a 
fluorose dentária (manchas escuras nos dentes). 
OXIGÊNIO DISSOLVIDO (OD): águas com baixos 
teores de oxigênio dissolvido indicam que 
receberam matéria orgânica. 
MATÉRIA ORGÂNICA: em grandes quantidades, 
no entanto, podem causar alguns problemas, como: 
cor, odor, turbidez, consumo do oxigênio dissolvido, 
pelos organismos decompositores. 
DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO (DBO): 
é a quantidade de oxigênio necessária à oxidação da 
matéria orgânica por ação de bactérias aeróbias. 
Representa, portanto, a quantidade de oxigênio que 
seria necessário fornecer às bactérias aeróbias, para 
consumirem a matéria orgânica presente em um 
líquido (água ou esgoto). 
DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO (DQO): é a 
quantidade de oxigênio necessária à oxidação da 
matéria orgânica, através de um agente químico. 
Para o mesmo líquido, a DQO é sempre maior que a 
DBO. 
COMPONENTES INORGÂNICOS: alguns 
componentes inorgânicos da água, entre eles os 
metais pesados, são tóxicos ao homem, são 
incorporados à água através de despejos industriais 
ou a partir das atividades agrícolas, de garimpo e de 
mineração. 
COMPONENTES ORGÂNICOS: alguns 
componentes orgânicos da água são resistentes à 
degradação biológica, acumulando-se na cadeia 
alimentar; entre esses, citam-se os agrotóxicos, 
alguns tipos de detergentes e outros produtos 
químicos, os quais são tóxicos. 
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS 
Os seres presentes na água podem ser vivos ou 
mortos. Dentre os seres vivos, tem-se os 
pertencentes aos reinos animal e vegetal, além dos 
protistas. Os parâmetros biológicos, são: 
 
COLIFORMES: são indicadores de presença de 
microrganismos patogênicos na água; os coliformes 
fecais existem em grande quantidade nas fezes 
humanas e, quando encontrados na água, significa 
que a mesma recebeu esgotos domésticos. 
ALGAS: em grandes quantidades, como resultado 
do excesso de nutrientes (eutrofização), trazem 
alguns inconvenientes: sabor e odor; toxidez, 
turbidez e cor; formação de massas de matéria 
orgânica que, ao serem decompostas, provocam a 
redução do oxigênio dissolvido; corrosão; 
interferência nos processos de tratamento da água: 
aspecto estético desagradável. 
PADRÃO DE POTABILIDADE DA ÁGUA 
ÁGUA TRATADA: é a água que tenha sido 
submetida a algum tipo de tratamento, buscando 
torná-la adequada para o consumo. 
ÁGUA BRUTA: é a água retirada do rio, lago ou 
lençol subterrâneo, possuindo uma determinada 
qualidade. 
ÁGUA USADA: com a utilização da água, a mesma 
sofre novas transformações na sua qualidade, vindo 
a constituir-se em um despejo líquido. 
ÁGUA POTÁVEL: é a água adequada para consumo 
humano. 
Os limites em algumas substâncias podem estar 
presentes na água potável são fixados pelo padrão 
de potabilidade. 
 A água potável, deve obedecer a certos requisitos 
na seguinte ordem: 
❖ Organolética: não possui odor e sabor 
objetáveis; 
❖ Física: ser de aspecto agradável; não ter cor 
e turbidez acima do padrão de potabilidade; 
❖ Química: não conter substâncias nocivas ou 
tóxicas acima dos limites de tolerância para 
o homem; 
❖ Biológica: não conter germes patogênicos 
CLORO RESIDUAL: Cloro é adicionado à água em 
tratamento com a finalidade primordial de 
desinfetá-la. A água deve conter um teor mínimo de 
cloro residual livre de 0,5 mg/L, sendo obrigatória a 
manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L em qualquer 
ponto da rede de distribuição. 
FERRO: Quando presente na água em sua formasolúvel, ele é incolor. 
SULFATOS: O íon sulfato é pouco tóxico, mas pode 
ter efeito purgativo. 
CLORETOS: Concentrações excessivas de cloretos 
aceleram a corrosão dos metais. 
ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA 
O IQA foi desenvolvido para avaliar a qualidade da 
água bruta visando seu uso para o abastecimento 
público, após tratamento. Os parâmetros utilizados 
no cálculo do IQA são em sua maioria indicadores de 
contaminação causada pelo lançamento de esgotos 
domésticos. 
A avaliação da qualidade da água obtida pelo IQA 
apresenta limitações, já que este índice não analisa 
vários parâmetros importantes para o 
abastecimento público, tais como substâncias 
tóxicas, protozoários patogênicos e substâncias que 
interferem nas propriedades organolépticas da água. 
O IQA é composto por nove parâmetros, com seus 
respectivos pesos (w), que foram fixados em função 
da sua importância para a conformação global da 
qualidade da água. 
 
Além de seu peso, cada parâmetro possui um valor 
de qualidade (q), obtido do respectivo gráfico de 
qualidade em função de sua concentração ou 
medida. 
O cálculo do IQA é feito por meio do produtório 
ponderado dos nove parâmetros, segundo a 
seguinte fórmula: 
 
Os valores do IQA são classificados em faixas, que 
variam entre os estados brasileiros. 
 
SISTEMA URBANO DE ABASTECIMENTO DE 
ÁGUA 
INDTRODUÇÃO 
Um sistema de abastecimento de água consiste no 
conjunto de obras, equipamentos e serviços com o 
objetivo de levar água potável para uso no consumo 
doméstico, indústria, serviço público, entre outros. 
Esse sistema tem alguns objetivos específicos 
definidos em dois aspectos: 
Aspectos sanitário e social: Controlar e prevenir 
doenças, implantar hábitos higiênicos na população, 
propiciar conforto, bem-estar e aumentar a 
esperança de vida da população. 
Aspectos econômicos: Facilitar a instalação de 
indústrias, facilitar a proteção dos mananciais, 
facilitar a supervisão do sistema e facilitar o controle 
da qualidade da água. 
COMPONENTES DO SISTEMA URBANO 
Um sistema de abastecimento de água é formado 
por diversas unidades, sendo elas: 
MANANCIAL: nada mais é que a fonte onde se 
retira a água para abastecimento da região. 
CAPTAÇÃO: consiste nos equipamentos e 
instalações que retiram a água do manancial e a joga 
no sistema de abastecimento. 
ELEVAÇÃO: Bombear água (bruta ou tratada) entre 
um ponto de cota mais baixa e um ou mais pontos 
de cota mais elevada. 
ADUÇÃO: é a tubulação, que liga a captação ao 
tratamento e/ou do tratamento à rede de 
distribuição. Essa etapa pode funcionar de duas 
formas: Por gravidade ou por recalque. 
TRATAMENTO: todos os sistemas existentes 
possuem uma estação de tratamento da água (ETA), 
o tipo de tratamento depende da qualidade da água 
captada no manancial. 
RESERVATÓRIO: tem a finalidade de armazenar a 
água. Seu objetivo é atender as demandas de 
emergência, manter uma pressão constante na rede 
e atender a variação de consumo. 
REDE DE DISTRIBUIÇÃO: é a unidade do sistema 
que transporta a água do reservatório para os 
consumidores. 
RAMAL DOMICILIAR: é a ligação que é feita da 
rua para a residência. 
QUANTIDADE DE ÁGUA REQUERIDA 
Antes de iniciar a construção de uma rede de 
abastecimento, é preciso definir a população que 
será atendida, a taxa de crescimento da cidade e 
quais as necessidades industriais. Baseado nessas 
informações, se projeta o sistema para atender a 
população por muitos anos com qualidade. 
O volume de água necessário para abastecer uma 
população é obtido levando em consideração os 
seguintes aspectos: 
DOMÉSTICO: Bebida, cozinha, banho, lavagem de 
roupas e utensílios, limpeza da casa, descarga dos 
aparelhos sanitários, irrigação de jardins e lavagem 
dos veículos. 
COMERCIAL: Hotéis, pensões, restaurantes, 
estabelecimento de ensinos, postos de 
abastecimento de combustível, padarias e açougues. 
INDUSTRIAL: transformação de matéria-prima, 
entra na composição do produto, fins agropecuários 
e clubes recreativos. 
PÚBLICO: fontes, irrigação de jardins públicos, 
limpeza pública e edifícios públicos. 
SEGURANÇA: combate de incêndio. 
Independente do uso da água, o desperdício nas 
unidades de consumo deve ser evitado, sendo 
necessário o desenvolvimento de estratégias para 
redução de perdas físicas de água nas unidades de 
adução, tratamento, reservação, rede de 
distribuição e ramais prediais. 
ALCANCE DE PROJETO 
Data prevista para o sistema planejado passar a 
operar com utilização plena de sua capacidade. É 
uma questão importante, sob o ponto de vista 
econômico, diferentes alcances podem determinar 
diferentes desempenhos financeiros. Este valor, em 
geral, oscila entre 8 e 12 anos, com média de 10 
anos. 
PREVISÃO DA POPULAÇÃO 
Para o projeto do sistema de abastecimento de 
água, é necessário o conhecimento da população 
final de plano, bem como da sua evolução ao longo 
do tempo, para o estudo das etapas de implantação. 
Os principais métodos utilizados para as projeções 
populacionais são: 
❖ Crescimento aritmético, 
❖ Crescimento geométrico, 
❖ Regressão multiplicativa, 
❖ Taxa decrescente de crescimento, 
❖ Curva logística, 
❖ Comparação gráfica entre cidades similares, 
❖ Método da razão e correlação, 
❖ Previsão com base nos empregos. 
Denomina-se população de projeto, à população 
total a que o sistema deverá atender considerando-
se o fim do período de projeto. A determinação da 
população futura é essencial, pois não se deve 
projetar um sistema de abastecimento de água ou 
de coleta de esgotos para beneficiar apenas a 
população atual de uma cidade com tendência de 
crescimento contínuo. 
Não havendo fatores notáveis de perturbações, 
pode-se considerar que o crescimento populacional 
apresenta três fases distintas: 
1ª fase - crescimento rápido quando a população é 
pequena em relação aos recursos regionais; 
2ª fase - crescimento linear em virtude de uma 
relação menos favorável entre os recursos 
econômicos e a população; 
3ª fase - taxa de crescimento decrescente com o 
núcleo urbano aproximando-se do limite de 
saturação, tendo em vista a redução dos recursos e 
da área de expansão. 
ESTIMATICA DE CONSUMOS 
Os fatores para estimativa de consumo são os 
seguintes: 
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO: A experiência 
tem mostrado que o consumo “per capita” tende a 
aumentar à medida que aumenta a população da 
cidade. Entre os fatores determinantes desse fato 
destacam-se a maior demanda industrial e 
comercial, as maiores possibilidades de perdas nas 
extensas e, muitas vezes, obsoletas redes 
distribuidoras, e o uso para fins públicos, que podem 
assumir proporções mais amplas com a 
prosperidade da administração local e a 
preocupação em manter e ampliar o serviço de 
limpeza de pavimentos, edifícios, monumentos e 
parques. 
NATUREZA DA CIDADE: As cidades industriais 
destacam-se como as que apresentam maior 
consumo per capita, em consequência dos gastos 
elevados de água, que geralmente se verificam na 
maior parte das indústrias. Há, entretanto, certas 
espécies de indústrias em que o consumo não é tão 
significativo (Indústria de calçados, de móveis, de 
confecções). 
Os agrupamentos tipicamente residenciais como as 
vilas operárias, cidades satélites de centros 
industriais e conjuntos habitacionais, são os que 
apresentam consumo mais baixo, pelo fato de não 
existir atividade profissional da população que 
acarrete uma demanda complementar à verificada 
nas residências. 
CLIMA: Quanto mais quente a região, maior o 
consumo. A umidade também exerce influência, 
sendo maior o consumo em zonas mais secas que 
nas mais úmidas. De um modo geral, os valores de 
consumo médio per capta oscilam de 150 L/(hab.dia)para clima semi-frio e úmido, até 300 L/(hab.dia) 
para clima tropical muito seco. 
INFLUÊNCIA DOS HÁBITOS E NÍVEL DE VIDA 
DA POPULAÇÃO: Os hábitos da população 
refletem na utilização direta ou indireta da água, tais 
como em banhos, lavagem de pisos, lavagem de 
logradouros, irrigação de jardins e de gramados 
públicos e particulares. Sobre a influência do nível de 
vida, tem-se como certo que, quanto mais elevado o 
estágio econômico e social da população, maior o 
consumo, em decorrência de um maior de utilização 
da água, resultante do emprego de máquinas de 
lavar roupa, de lavagem de automóveis e de 
numerosas outras aplicações que visam trazer 
conforto e facilidades. 
MEDIÇÃO DA ÁGUA DISTRIBUÍDA: A presença 
de medidores de consumo nas instalações prediais é 
um fator que muito influencia o consumo de água. 
Em todas as cidades em que o serviço medido não 
foi implantado, observa-se que o consumo per 
capita é bem mais alto comparativamente a cidades 
semelhantes onde há medição, parcial ou total. 
PRESSÃO NA REDE: Quando os aparelhos e 
torneiras de uma instalação predial são alimentados 
diretamente pela rede pública na qual reina uma 
pressão muito elevada, o consumo médio aumenta 
devido à maior vazão. 
Se alimentação for indireta, através de reservatórios 
domiciliares, os defeitos de registros de boia serão 
mais frequentes e ocasionarão, perdas de água e, 
portanto, maior consumo. Por isso, às redes 
distribuidoras devem trabalhar com pressão tanto 
quanto possível reduzida, desde que assegure o 
abastecimento adequado a todos os prédios 
servidos. 
CONSUMO PER CAPTA 
O consumo per capita de uma comunidade é obtido 
dividindo-se o total de seu consumo de água por dia 
pelo número total da população servida. A 
quantidade de água consumida por uma população 
varia conforme a existência ou não de 
abastecimento público, a proximidade de água do 
domicílio, o clima, os hábitos da população. Havendo 
abastecimento público, o consumo médio varia 
ainda com a existência de indústria e de comércio, a 
qualidade da água e o seu custo. 
Nos projetos de abastecimento público de água, o 
consumo per capita adotado varia de acordo com a 
natureza da cidade e o tamanho da população. 
Normalmente adota-se as seguintes estimativas de 
consumo: 
 
VARIAÇÃO DE CONSUMO 
No sistema de abastecimento de água ocorrem 
variações de consumo significativas, que podem ser 
anuais, mensais, diárias, horárias e instantâneas. No 
projeto do sistema de abastecimento de água, 
algumas dessas variações de consumo são levadas 
em consideração no cálculo do volume a ser 
consumido. São elas: 
VARIAÇÕES ANUAIS: o consumo per capita tende 
a aumentar com o passar do tempo e com o 
crescimento populacional. Em geral aceita-se um 
incremento de 1% ao ano no valor desta taxa; 
VARIAÇÕES MENSAIS: as variações climáticas 
(temperatura e precipitação) promovem uma 
variação mensal do consumo. Quanto mais quente e 
seco for o clima maior é o consumo verificado. O 
consumo médio do inverno é aproximadamente 80% 
da média diária anual e do verão de mais de 25% 
desta média; 
VARIAÇÕES DIÁRIAS: o volume distribuído num 
ano dividido por 365 permite conhecer a vazão 
média diária anual. A relação entre o maior consumo 
diário verificado e a vazão média diária anual 
fornece o coeficiente do dia de maior consumo (k1). 
Assim: 
 
VARIAÇÕES HORÁRIAS: ao longo do dia tem-se 
valores distintos de pico de vazões horária. 
Entretanto haverá uma determinada hora do dia em 
que a vazão de consumo será máxima. É utilizado o 
coeficiente da hora de maior consumo (k2), que é a 
relação entre o máximo consumo horário verificado 
no dia de maior consumo e o consumo médio 
horário do dia de maior consumo. O consumo é 
maior nos horários de refeições e menores no início 
da madrugada. 
 
VAZÃO DE PROJETO 
A determinação das vazões de projeto de obras 
hidráulicas poderia ser denominada de 
“predeterminação de vazões máximas”, já que se 
trata do cálculo antecipado de uma vazão crítica que 
talvez não tenha acontecido, mas que têm certa 
probabilidade de acontecer. 
Para a determinação da vazão a ser utilizada no pré-
dimensionamento do sistema de abastecimento de 
água, deverá ser levado em conta: 
 
Em que: 
k1= coeficiente do dia de maior consumo (o valor 
usualmente adotado no Brasil para k1 é 1,20. As 
normas para projetos adotadas em cada localidade, 
estado ou região estabelecem o valor do coeficiente 
do dia de maior consumo a ser adotado nos 
estudos). 
k2= coeficiente da hora de maior consumo (é usual 
adotar, para fins de projeto, o valor 1,5). 
Q = vazão média anual 
P = população da área abastecida; 
q = consumo médio diário per capta, em L/hab.dia 
CAPTAÇÃO 
INTRODUÇÃO 
A água bruta é captada de mananciais, reservatórios 
hídricos utilizados para o abastecimento de água. Os 
mananciais podem ser superficiais (rios, lagos e 
barragens) ou subterrâneos (poços profundos e 
lençóis freáticos). 
É conveniente levar em conta os fatores de vazão, 
qualidade da água, hidrológico, econômico, etc, pois 
por se tratar, na maioria dos casos, de estruturas 
construídas, junto ou dentro d'água, sua ampliação 
é, por vezes, muito trabalhosa. Por isso, recomenda-
se a construção das partes mais difíceis numa só 
etapa de construção, mesmo que isto acarrete um 
maior custo inicial. 
CONSIDERAÇÕES SOBRE A LOCALIZAÇÃO DAS 
TOMADAS 
Na escolha de manancial, também deve-se levar em 
consideração o consumo atual provável, bem como 
a previsão de crescimento da comunidade e a 
capacidade ou não de o manancial satisfazer a este 
consumo. Todo e qualquer sistema é projetado para 
servir, por certo espaço de tempo, denominado 
período de projeto. A escolha do local para a 
implantação das obras de captação resultará da 
análise conjunta de todos os elementos disponíveis 
sobre a área reservada para essa finalidade, 
complementos, se necessário, por inspeções de 
campo destinadas a uma definição correta de todos 
os fatores que possam condicionar, principalmente 
os ligados às características hidráulicas do 
manancial, à geologia da região e às áreas 
eventualmente inundáveis 
Situação ideal sobre a localização do local de 
captação: menor percurso de adução com menores 
alturas de transposição pela mesma adutora no seu 
caminhamento. 
 
PRINCIPAIS TIPOS DE CAPTAÇÃO 
De acordo com o manancial a ser aproveitado, 
podem ser utilizadas as seguintes formas de 
captação: tomada direta de rios, lagos e açudes 
(mananciais de superfície); poço escavado (lençol 
freático); caixa de tomada (nascente de encosta); 
galeria filtrante (fundo de vales); poço tubular 
profundo (lençol subterrâneo); superfície de coleta 
(água de chuva); 
CAPTAÇÕES EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: A 
captação do lençol freático pode ser executada por 
galerias filtrantes, drenos, fontes ou poços freáticos. 
Os poços são mais frequentes porque normalmente 
o lençol freático tem grande variação de nível entre 
os períodos de chuvas, ou seja, durante os períodos 
de estiagem, necessitando de maiores 
profundidades de escavações para garantia da 
permanência da vazão de captação. 
Os tipos de poços empregados na captação de água 
do lençol freático são o raso comum, o amazonas e o 
tubular. 
CAPTAÇÃO EM RESERVATÓRIOS DE 
ACUMULAÇÃO: Se há necessidade de reservatório 
de acumulação significa haver variação do nível da 
água na captação, pois durante o período de 
estiagem a vazão de entrada será inferior à de saída. 
Quando a captação é prevista no projeto do 
reservatório é comum a construção de torres de 
tomada com saída através do maciço da barragem. 
CAPTAÇÃO EM ÁGUAS SUPERFICIAIS: O 
abastecimento de água para consumo público e para 
fins industriais, no Brasil, utiliza com muita 
frequênciaesse tipo de manancial. 
Essas águas geralmente atendem com maior 
segurança ao critério quantitativo, quando se analisa 
a demanda e a oferta durante todo o ano. Isso quer 
dizer que, em geral, é mais fácil e mais econômico 
obter a quantidade necessária de água em uma 
fonte superficial que em uma fonte de água 
subterrânea. 
Por outro lado, as fontes de água superficiais quase 
sempre oferecem maiores riscos de contaminação 
ao homem e aos animais, por estarem mais expostas 
aos principais poluentes e contaminantes existentes 
no ambiente. 
 
 
 
 
 
EXEMPLOS DE CAPTAÇÃO 
Captação em manancial superficial (rio): 
 
Captação em manancial superficial (barragem): 
 
Captação em manancial subterrâneo confinado: 
 
 
 
 
 
ADUTORAS 
INTRODUÇÃO 
É o conjunto de encanamentos, peças especiais e 
obras de arte destinados a promover o transporte da 
água em um sistema de abastecimento entre: 
Captação e reservatório de distribuição, captação e 
ETA, captação a rede de distribuição, ETA e 
reservatório, ETA e rede, reservatório à rede e 
reservatório a reservatório. 
CLASSIFICAÇÃO DE ADUTORAS 
São classificadas da seguinte maneira: 
De acordo com a energia de movimentação do 
líquido: 
❖ Gravidade (contudo livre ou fechado) 
❖ Recalque. 
De acordo com a natureza da água: 
❖ Bruta 
❖ Tratada. 
TRAÇADO DA ADUTORA 
O traçado da diretriz de uma adutora é feito de 
modo análogo ao empregado no da diretriz de uma 
estrada. A norma recomenda que o conduto seja 
constituído por trechos retos. Para pequenas vazões 
os condutos circulares ou semi-circulares são mais 
recomendados, quando as vazões aumentam na 
maioria dos casos adota-se canais trapezoidais ou 
retangulares. 
O dimensionamento hidráulico de um conduto 
pressurizado consiste em determinar: Velocidade 
média da água (V), vazão (Q), diâmetro do tubo (D), 
perda de carga (hf). 
Para o dimensionamento dispõe-se de duas 
equações: 
 𝑄 = 𝐴 .𝑉 ℎ𝑓 = 𝑓 (𝑄,𝐷) 
 
Recomendação para traçado de adutoras: 
❖ Inspeção de campo para a escolha da melhor 
alternativa de traçado; 
❖ Levantamento topográfico planialtimétrico e 
cadastral de uma faixa envolvendo o melhor 
traçado (de 30 a 60 metros de largura); 
❖ Sondagens de terreno a trado e a percurssão 
ao longo da faixa, para informações 
geotécnicas sobre o subsolo; 
❖ Com os dados acima, deve-se lançar na 
planta da faixa, o eixo da adutora, que deverá 
ser estaqueado de 20 em 20 metros; 
❖ Elaboração do perfil do terreno e da adutora. 
❖ A adutora deverá ser implantada de 
preferência em ruas e terrenos públicos 
(minimizando o problema de desapropriação 
ou faixa de utilização); 
❖ Trechos ascendentes longos com pequena 
declividade > 0,2 % e trechos descendentes 
curtos com declividade > 0,4 %; 
❖ Localizar adutoras, ventosas e registros; 
❖ Procurar terrenos com características de solos 
com capacidade de suportar esforços 
evitando: 
❖ Solos rochosos, alagadiços e solos de baixa 
resistência; 
❖ Prever blocos de ancoragem. 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS: MATERIAIS DAS 
ADUTORAS 
CONCRETO: é utilizado em adutoras em conduto 
livre, tem um menor custo. Apresentavam 
problemas com vazamentos. Atualmente está em 
desuso. 
AÇO: Adutora de aço tem resistência às pressões 
externas e internas, com um custo maior que outras 
tubulações. Apresentam pouca resistência à 
corrosão e dificilmente apresentam vazamentos. É 
necessário revestimento interno para não 
oferecerem resistência ao escoamento. 
Os materiais empregados nas canalizações de 
adução costumam ser agrupados em três categorias 
principais: 
TUBULAÇÕES: As tubulações (canalizações 
construídas com tubos) são classificadas segundo o 
material de fabricação dos tubos, do tipo de junta e 
da pressão de serviço. Os tubos, as peças pré-
moldadas que vão constituir as canalizações, podem 
ser de: polietileno de alta densidade (PAD), cloreto 
de polivinil (PVC), ferro fundido dúctil (FºFº), aço 
soldado ou rebitado, concreto simples ou armado, 
fibra de vidro e fibro-cimento (em desuso). 
A escolha do material dos tubos depende 
primariamente das pressões de serviço (a pressão 
interna quando em funcionamento hidráulico) que 
as tubulações vão ser submetidas. 
CONEXÕES: Estas peças são destinadas a ligarem 
tubos ou seguimentos de tubos entre si, permitindo 
mudanças de direção, derivações, alterações de 
diâmetros etc, e são fabricadas nas classes e juntas 
compatíveis com a tubulação. As mais comuns são: 
curvas (mudanças de direção), tês (derivação 
simples), cruzetas derivação dupla, reduções 
(mudanças de diâmetro), luvas (ligação entre duas 
pontas), caps (fechamento de extremidades), 
junções (derivações inclinadas), etc. 
PEÇAS ESPECIAIS: São peças com finalidades 
específicas, tais como controle de vazões, 
esgotamento de canalizações, retirada de ar ou 
reenchimento de trechos de tubulação etc. Entre 
elas as mais comuns são: válvulas de manobra para 
controle do fluxo, válvulas de retenção para impedir 
retorno do fluxo, ventosas para aliviar o ar das 
canalizações, crivos par impedir a entrada de 
material grosseiro nos condutos, comportas e adufas 
para controle das entradas e saídas de vazão e 
hidrante para fornecimento de água para combate a 
incêndios. 
ADUTORAS POR GRAVIDADE 
Funciona devido a ação da gravidade pois é sempre 
da cota mais alta para a mais baixa (pressão no 
interior do escoamento é diferente da pressão 
atmosférica). Podem funcionar durante 24 horas. A 
dois tipos de adutoras por gravidade: 
Contudo livre: em que a água permanece sob a 
pressão atmosférica. A declividade é limitada pelos 
valores de velocidade. Caso as condições 
topográficas o exijam, a adutora pode ser 
escalonada. Devem se reforçar a estrutura em locais 
de queda inclinada e instalar dispositivos para apoio 
das adutoras em áreas livres; 
Conduto forçado: Água sob pressão maior que 
atmosférica. 
Recomendações: 
❖ Velocidade mínima nas adutoras: 0,5 m/s; 
❖ Velocidade máxima para adutoras sem 
revestimentos (condutos livres): 6,0 m/s; 
❖ Para transporte de água potável deve-se 
utilizar adutora totalmente fechada 
ADUTORAS POR RECALQUE 
Adutora por recalque é aquela que vai da cota mais 
baixa para a mais alta, é necessário em um 
mecanismo de bombeamento para utiliza-la. 
Funcionamento de 16 a 20 horas (manutenção de 
equipamentos e consumo de energia – fora dos 
horários de pico). 
Para o dimensionamento de adução de recalque é 
necessário um sistema elevatório de bombas para 
levar a água de uma cota mais baixa a uma cota mais 
elevada. O conjunto elevatório, neste caso, é que 
fornece a energia necessária ao escoamento. 
EXEMPLOS DE ADUTORAS NOS SISTEMAS DE 
ABASTECIMENTO 
As adutoras de recalque são geralmente utilizadas 
em prédios que possuem dois ou mais reservatórios 
(um no solo e um no andar mais elevado). E faz-se 
uso dela com auxílio da bomba para levar a água do 
reservatório do solo até o superior. Depois é 
utilizado uma adutora via gravidade, para distribuir a 
mesma pelos apartamentos. A adutora de gravidade 
é a mais utilizada, visto que pode ser utilizada em 
casas, sem precisar do auxílio do bombeamento, e é 
utilizada na distribuição da rede principal. 
Um exemplo de adutora por gravidade é o Aqueduto 
de Segóvia (Espanha), construído em 50 d.C. 
 
 
 
TRATAMENTO DE ÁGUA 
INTRODUÇÃO 
Classicamente quando se define o tratamento de 
água descreve-se como uma sequência de operações 
que conjuntamente consistem em melhorar suas 
características organolépticas, físicas, químicas e 
bacteriológicas, a fim de que se torne adequada ao 
consumo humano. 
Nem toda água requer tratamento para 
abastecimentopúblico. Depende da sua qualidade 
em comparação com os padrões de consumo e da 
aceitação dos usuários. Normalmente as águas de 
superfície são as que mais necessitam de 
tratamento, porque se apresentam com qualidades 
físicas e bacteriológicas impróprias. Apenas na 
captação superficial de águas de nascentes, a 
simples proteção das cabeceiras e o emprego de um 
processo de desinfecção, podem garantir uma água 
de boa qualidade do ponto de vista de potabilidade. 
MANANCIAL POR ABASTECIMENTO 
Manancial abastecedor a fonte de onde se retira a 
água com condições sanitárias adequadas e vazão 
suficiente para atender a demanda. No caso da 
existência de mais de um manancial, a escolha é 
feita considerando-se não só a quantidade e a 
qualidade, mas, também, o aspecto econômico, pois 
nem sempre o que custa inicialmente menos é o que 
convém, já que o custo maior pode implicar em 
custo de operação e manutenção menor. 
Geralmente a água de mananciais superficiais são 
águas brutas e que precisam passar por processos de 
potabilização. 
QUALIDADE DA ÁGUA BRUTA 
Águas brutas geralmente são águas oriundas de 
mananciais superficiais (rios, lagos, barragens, entre 
outros) ou subterrâneos (lençóis freáticos), 
desprovidas de qualquer tipo de tratamento e 
consideradas impróprias para o consumo humano, 
são necessários processos de natureza físico-
química: conjunto de processos físicos e químicos 
necessários para transformar a água bruta em água 
tratada/potável. O processo de tratamento de água 
ocorre em uma Estação de Tratamento de 
Água(ETA). 
OBJETIVOS E FINALIDADES DA PURIFICAÇÃO 
DA ÁGUA 
O tratamento da água destinada ao consumo 
humano tem a finalidade básica de eliminar as 
impurezas prejudiciais e nocivas à saúde. Quanto 
mais poluído o manancial, mais complexo será o 
processo de tratamento e, portanto, mais cara será a 
água. Processo de tratamento para abastecimento 
público de água potável tem as seguintes finalidades 
básicas: 
❖ Higiênicas - eliminação ou redução de 
bactérias, algas, protozoários e outros 
microrganismos, substâncias venenosas, 
mineralização excessiva, teor excessivo de 
matéria orgânica; 
❖ Estético - remoção ou redução de cor, 
turbidez, dureza, odor e sabor; 
❖ Econômico - remoção ou redução de dureza, 
corrosividade, cor, turbidez, odor, sabor, 
ferro, manganês, etc. 
TRATAMENTO MÍNIMO 
O tratamento depende a quanto o tipo da água a ser 
tratada, os tipos são os seguintes: 
TIPO A - águas subterrâneas ou superficiais, 
provenientes de bacias sanitariamente protegidas. 
TIPO B - águas subterrâneas ou superficiais, 
provenientes de bacias não-protegidas e que 
possam enquadrar-se nos padrões de potabilidade, 
mediante processo de tratamento que não exija 
coagulação; 
TIPO C - águas superficiais provenientes de bacias 
não protegidas e que exijam coagulação para 
enquadrar-se nos padrões de potabilidade; 
TIPO D - águas superficiais provenientes de bacias 
não protegidas, sujeitas a fontes de poluição e que 
exijam processos especiais de tratamento para que 
possam enquadrar-se nos padrões de potabilidade. 
O tratamento mínimo necessário a cada tipo de água 
é o seguinte: 
TIPO A - desinfecção e correção do pH; 
TIPO B - desinfecção e correção do pH e, além 
disso: 
❖ Decantação simples, para águas contendo 
sólidos sedimentáveis, quando, por meio 
desse processo, suas características se 
enquadrem nos padrões de potabilidade; 
❖ Filtração, precedida ou não de decantação, 
para águas de turbidez natural. 
TIPO C - coagulação, seguida ou não de 
decantação, filtração em filtros rápidos, desinfecção 
e correção do pH; 
TIPO D - tratamento mínimo do tipo C e 
tratamento complementar apropriado a cada caso. 
PRINCIPAIS PROCESSOS DE PURIFICAÇÃO DA 
ÁGUA 
A purificação da água ou potabilização é um 
processo que consiste no tratamento da água, a fim 
de remover os contaminantes que eventualmente 
contenha, tornando-a potável, isto é, própria para o 
consumo humano. Dependendo de sua fonte, uma 
grande variedade de técnicas poderá ser empregada 
para esse fim. Outros métodos para purificar a água, 
especialmente para fontes locais, são a destilação e 
a osmose, embora envolvam custos elevados e 
manutenção complexa. 
FERVURA: a água é aquecida até ao ponto de 
ebulição, mantendo-se a fervura por, pelo menos, 
cinco minutos, tempo suficiente para inativar ou 
matar a maior parte dos micro-organismos que, 
nela, possam existir. Este tipo de tratamento não 
elimina o vírus da hepatite A que só é destruído a 
mais de 120 graus Celsius. 
FILTRAÇÃO POR CARBONO: utilizando-se carvão 
de lenha, um tipo de carbono com uma extensa 
área, que absorve diversos compostos, inclusive 
alguns tóxicos. Filtros domésticos podem, ainda, 
conter sais de prata. 
DESTILAÇÃO: o processo de destilação envolve 
ferver a água transformando-a em vapor. O vapor de 
água é conduzido a uma superfície de refrigeração 
onde retorna ao estado líquido em outro recipiente. 
Uma vez que as impurezas (solutos) não são 
vaporizadas, permanecem no primeiro recipiente. 
Observe-se que mesmo a destilação não purifica 
completamente a água, embora a torne 99,9% pura. 
TRATAMENTOCONVENCIONAL DA ÁGUA 
AERAÇÃO: é a remoção do gás carbônico em 
excesso, do gás sulfídrico, do cloro, metano e 
substâncias aromáticas voláteis, e de aumento da 
oxidação e precipitação de compostos indesejáveis 
através da transferência de substâncias do ar para a 
água. 
COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO: A água recebe 
um tipo de coagulante e passa por um processo de 
agitação para desestabilizar e agregar a sujeira. 
Depois de coagulada, a água passa por outra mistura 
para que haja formação de flocos de sujeira e 
demais partículas, com auxílio de um agente 
floculante. (Neste processo, as partículas sólidas se 
aglomeram em flocos para que sejam removidas 
mais facilmente. Este processo consiste na formação 
e precipitação de hidróxido de alumínio (AI(OH)3) 
que é insolúvel em água e "carrega" as impurezas 
para o fundo do tanque.) 
DECANTAÇÃO: Depois dos misturadores 
(coagulação e floculação), a água é conduzida aos 
tanques de decantação, onde permanecerá por três 
horas. Com este repouso prolongado, os flocos vão 
se depositando no fundo destes tanques, levando 
consigo grande parte das impurezas, removendo 
assim muitas substâncias e seres patogênicos 
maiores, responsáveis pela sua cor, odor e sabor – 
melhorando a qualidade química e sanitária da água. 
FILTRAÇÃO: água passa por um sistema de filtros, 
utilizado para remover as impurezas que não ficaram 
retidas no fundo dos decantadores. 
DESINFECÇÃO: O método mais utilizado é a adição 
de cloro, na forma de gás cloro, geralmente com 
uma concentração de 2 a 3 g/cm3, para se obter um 
residual médio de 1 g/m3 na rede de distribuição. 
OBS: ainda pode ter os processos de: 
ALCALINIZAÇÃO: é o ajuste do Ph da água é 
realizado antes dos processos (pré alcalinização) e 
após os processos (pós alcalinização) para o ajuste 
final do Ph. 
FLUORETAÇÃO: Adição de flúor à água. Os 
produtos mais utilizados para a fluoretação são o 
fluorsilicato de sódio ou ácido fluorsilícico, aplicados 
na concentração de 0,7g/m3, aproximadamente.

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