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Manual-de-PPR

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MANUAL DE PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
 MOZAR MARTINS DE SOUZA
PRÓTESE PARCIAL
REMOVÍVEL
ÍNDICE
Conceito
Prótese
Parcial
Removível 
Elementos para Elaborar o Planejamento de Uma PPR
Apresentação
Ordem geral: Idade, tipo físico, sexo e opinião do paciente.
Vias de Transmissão da Força Mastigatória ao Osso Alveolar
Próteses Parciais Removíveis Dento-Suportadas
Próteses Parciais Removíveis Dento-Muco-Suportadas
Próteses Parciais Removíveis Muco-Dento-Suportadas
Classificação dos Diferentes Tipos de Desdentados Parciais
Classe I
Modificação 1
Modificação 2
Classe II
Modificação 1
Modificação 2
Classe III
Modificação 1
Modificação 2
Classe IV
Regras de Applegate para Utilização da Classificação de Kennedy
Planejamento
Elementos e Recursos Básicos para Elaborar o Planejamento
Classificação de Kennedy com Exemplos das Modificações
Objetivos
Indicação
Contra-indicações: PPR Definitiva ou Provisória
Componentes Biológicos e Mecânicos
Mecânico
Causas que Dependem Exclusivamente do Laboratório
Alívio
Duplicação do modelo de trabalho
Execução do trabalho de acordo com o planejamento
Técnicas de Fundição
Causas que Dependem Tanto do Profissional quanto do Técnico
Fatores Determinantes da Oclusão em Prótese Parcial
Equilíbrio oclusal
Sistema Estomatognático
Alívio
Componentes Anatômicos
Componentes Fisiológicos
Funções do Sistema Estomatognático
Relação Maxilo-Mandibulares
Coordenação Muscular
Fatores Básicos do Movimento Mandibular
Movimentos Mandibulares em Relação aos Fatores Básicos
Relação Vertical
Definição de D.V.
Distância Vertical de Repouso - D.V.R.
Distância Vertical de Oclusão - D.V.O.
Espaço Interoclusal
Relação Central
Relação Central - Definições
Aparelho Provisório 
Dentaduras Parciais - Ponte Móvel
Passo a Passo da confecção da P.P.R. Provisória
Inclusão
Boneca em Gesso Pedra para PPR com 1 cor 
Boneca em Gesso Pedra para PPR com 2 cores 
Demuflagem da cera – 1a Técnica
Demuflagem da cera – 2a Técnica
Inclusão/Acrilização
Inclusão para PPR Provisória - 1 cor
Inclusão para PPR Provisória - 2 cores
Elementos Constituintes das PPRs 
Estrutura Metálica
Retentores
Retentores diretos
Retentores indiretos
Retentores intra-coronários
Retentores Extracoronários
Apoio Oclusal
Grampos
Grampos de retenção ou retentivos
Grampos de oposição ou estabilizadores
Corpo retentor
Circunferencial Simples
Indicação 
Circunferencial Duplo ou Geminados
Indicação
Grampo em “T”
Indicação
Grampos Estéticos
Indicação
Sela Acrílica
Dentes Artificiais
Conectores
Conectores maiores 
Palatinos
Barras palatinas anterior e posterior ou dupla
Conformação
Indicação
Barras palatinas em “U”
Indicação
Principal
Barras palatinas única
Indicação
Conector maior superior em forma de placa
Indicação
Conectores Maiores Mandibulares
Barra Lingual
Conformação
Indicação
Placa Lingual
Conformação
Indicação
Barra Vestibular
Indicação
Conectores Menores
Inclusão: 1a Técnica da Estrutura Metálica
Demuflagem da cera
Acrilização
Inclusão para PPR Provisória - 1 cor
Inclusão para PPR Provisória - 2 cores
Inclusão Provisória sem cela acrílica
Delineadores
Confecção de uma PPR Passo-a-Passo
Ajuste oclusal – Objetivos
Indicações
Contra indicações
Procedimentos Clínicos Laboratoriai
Prova da Armação
Análise da Armação Metálica no Modelo
Análise da Armação Metálica na boca
Seleção da Forma e Cor dos Dentes e Gengiva Artificial
Fases Laboratoriais
Montagem dos dentes e Caracterização na Ceroplastia
Prova na Boca da Montagem dos Dentes e Ceroplastia Caracterizada
Acrilização da PPR
Inclusão em Mufla
Confecção da Muralha de Silicona ou Gesso
Demuflagem para Remoção da Cera
Preparo e Prensagem da Resina Acrílica
Sistema de Caracterização
Demuflagem da Prótese Polimerizada e Acabamento
Entrega e Cuidados Posteriores
Inserção da PPR na boca
Substituição Total da Base
Introdução
Parte Prática
Moldagem das Áreas Desdentadas em PPRs com Extremidade Livre
Introdução
Material e Métodos
Rotacional – Duplo Caminho de Inserção
Introdução
Conceito
Diferenças de Desenho
Tabela I: Principais Características
Inserção em dois tempos
Classificação da Prótese Rotacional
Categoria 1
Eixos de Assentamento
Forma dos Nichos
Análise da Retenção
Categoria 2
Eixos de Assentamento
Forma dos Nichos
Análise da Retenção
Vantagens
Desvantagens
Seleção do Paciente
Conclusão
PPR X PPF – Tratamento Protético Reabilitador com P.P.R. Conjugada à P.P.F. Utilizando Encaixes de Semiprecisão
Introdução
Caso Clínico
Conclusão
PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL
Conceito
	Prótese Parcial Removível é um aparelho protético que substitui os dentes naturais perdidos em arcadas nas quais ainda permanecem alguns dentes naturais, portanto com a perda parcial dos dentes.
O termo é adotado porque:
Prótese: Cuida da reposição de tecidos orais faltantes por elementos artificiais.
Parcial: Substitui um ou mais dentes e estruturas associadas, visto que o paciente é parcialmente desdentado.
Removível: A prótese pode ser removida para uma higienização adequada dos dentes e da mesma.
Não devemos adotar o termo móvel porque dá uma idéia de mobilidade, e esta não deve ser característica de nossa Prótese Parcial Removível.
Este tipo de prótese é uma das mais antigas, porém como meio terapêutico é bem recente. Já em 1945 no Brasil, Coelho e Souza faziam a apologia ao “método de Roach”, o qual vinha sendo desenvolvido por seu autor desde 1905.
A essa época, as próteses parciais fixas estavam a desejar um melhor processamento o qual gozamos hoje, com a evolução não só das técnicas para a construção dessa prótese, como também da endodontia e da periodontia.
Então, por esse tempo, foi verdadeira “corrida do ouro”, procurando-se resolver os “casos” dos parcialmente endentados, com prótese parcial removível ou como a chamavam aparelho de Roach”.
O custo mais barato, corroborado com uma abusada facilidade em moldar (com alginato) e enviar ao laboratório do protético o molde, sem preparo sequer dos elementos de suporte, levava os profissionais a adaptar próteses parciais removíveis, em qualquer espaço edentado e de qualquer tamanho, pouco importando se o paciente por infelicidade a engolisse, ocasionando-lhe às vezes, funestas conseqüências.
As próteses parciais removíveis não foram idealizadas para substituir as próteses parciais fixas e, sim, recompor espaços, quer de dentes como de fibromucosa gengival (casos de maior extensão), quando se torna impraticável a construção de uma prótese parcial fixa.
Tem sido a maior aspiração dos pacientes e preocupação dos dentistas conseguir a todo custo, prótese dentárias que permaneçam fixadas aos dentes e estabilizadas no ato da mastigação. 
A esta preocupação, acrescenta-se ainda o fator estético e econômico que tem iludido muitos profissionais a cometerem as maiores agressões e mutilações, no sistema estomatognático.
“A ignorância da fisiologia dos órgãos vivos e sua reação normal, subnormal e patológica e por outro lado a falta de recursos técnicos em material e aparelhamento também são fatores negativos”.
“Atualmente temos um conceito que constitui o objetivo protético moderno: melhorar e estabilizar a boca primeiramente, ainda que com aparelho protético, de tal maneira que os complexos vivos, biológicos, formam com os complexos inertes, mecânicos (aparelho protético), uma unidade funcional estávelque garanta um equilíbrio duradouro”.
Este conceito do Professor Rebossio, pode ser aplicado a todas as próteses, ao qual acrescentamos pedindo aos colegas , o maior respeito às estruturas que restam após a perda dos segmentos anatômicos, a serem substituídos pelas próteses no sentido de aumentarmos a sobrevida de dentes e rebordo ósseo alveolar remanescente.
As Próteses parciais removíveis ainda são as mais utilizadas para restaurar a dentição perdida, pelo fato de ainda ter um preço mais acessível. É um aparelho que restaura, funciona e devolve ao paciente a estética, e esta por sua vez possui os seus fatores de ordem geral e de ordem local.
Elementos para Elaborar 
o Planejamento de Uma PPR
Definimos como planejamento o procedimento de coleta de dados precisos e abrangentes, visando informar o estado de saúde bucal dos pacientes. Através de informações obtidas, torna-se possível diagnosticar os problemas e elaborar o plano de tratamento a fim de se obter um melhor prognóstico.
Apresentação
Também denominadas: Pontes móveis, aparelhos parciais móveis, aparelhos parciais removíveis, etc.
As próteses parciais removíveis se apresentam como sendo o aparelho protético mais utilizado para restaurar, funcional e esteticamente os pacientes parcialmente desdentados.
Podem ser removidos e reposicionados na boca, sempre que necessário sem causar danos na sua estrutura ou na dos elementos biológicos com os quais diretamente se relacionam (dentes pilares e rebordo residual).
Para os casos de extremidade livre e, de modo geral, para os casos dento-muco-suportados, é, atualmente e o será até aparecer outro dispositivo com margens cientificas de melhores sucessos, o meio que melhor possibilita restaurar as funções do sistema mastigatório.
Um aparelho protético, tanto pode preservar como destruir estruturas sadias, quando determinados princípios básicos são desrespeitados.
O planejamento e a confecção dos aparelhos, a partir dos princípios fundamentais de retenção, oposição, estabilidade e estética, exigem dos confeccionistas autodeterminação e discernimento. As pessoas envolvidas nesta área, devem ostentar dessa forma conhecimentos biomecânicos suficientes para a execução de uma prótese realmente terapêutica capaz de se integrar ao sistema estomatognático.
Ordem geral: Idade, tipo físico, sexo e opinião do paciente.
Ordem local: Cor da gengiva, grande reabsorção óssea e inclinação do rebordo residual, a cor dos dentes remanescentes.
Uma prótese parcial para ter uma boa adaptação e um perfeito assentamento da sela (boa acrilização), devemos ter muito cuidado com a moldagem. Devemos escolher o material correto como por exemplo o alginato que é excelente, desde que sejam observados alguns detalhes na sua manipulação, com a correta proporção água/pó, espatulação, vazamento imediato do modelo e etc.
A moldagem é a reprodução negativa dos tecidos bucais. Modelo é a reprodução positiva obtida da moldagem.
A moldagem de estudo deve ser rica em detalhe, uma vez que todo o planejamento depende da reprodução de todos os detalhes anatômicos necessários.
Na maxila devemos obter:
Freio labial, bridas, túber, rebordos alveolares, inserções musculares, palato duro até o limite com o palato mole.
Na mandíbula vamos observar:
Freio labial, freio lingual e bridas.
Terminada a moldagem vamos começar o planejamento.
Não devemos esquecer de duplicar o modelo que veio do dentista, pois este será o nosso modelo de trabalho. O do dentista será para adaptação.
Vias de Transmissão da Força Mastigatória ao Osso Alveolar
As próteses quer sejam parciais ou totais, devem receber a força mastigatória e transmiti-la ao osso alveolar.
São classificadas em três grupos:
1 – Próteses Parciais Removíveis Dento-Suportadas:
Quando a força mastigatória que incide sobre os dentes artificiais é transmitida ao osso alveolar somente através dos dentes remanescentes e essa transmissão é realizada pelas fibras do ligamento periodontal desses elementos. Os dentes remanescentes selecionados como elementos de suporte, retenção e estabilização para estas próteses são denominados dentes pilares.
2 – Próteses Parciais Removíveis Dento-Muco-Suportadas:
Quando a força mastigatória que incide sobre os dentes artificiais é transmitida ao osso alveolar tanto pelos dentes pilares quanto pela fibro-mucosa que reveste o rebordo residual. Essa transmissão é realizada através de dois elementos: As fibras do ligamento periodontal dos dentes pilares e o tecido fibro-mucoso do espaço desdentado.
3 – Próteses Parciais Removíveis Muco-Dento-Suportadas:
Quando a maior parte ou quase a totalidade da força mastigatória é transmitida ao osso alveolar pela fibro-mucosa que reveste o rebordo residual. Essas próteses são também denominadas de próteses de transição, por serem utilizadas por um período incerto, que depende da permanência saudável desses poucos dentes remanescentes.
Classificação dos Diferentes Tipos de Desdentados Parciais
Entre as várias classificações formuladas para os casos de desdentados parciais, analisaremos a que foi proposta por Kennedy em 1927. Esta classificação, distribui os casos de desdentados parciais em quatro grupos fundamentais e toma por base o relacionamento do espaço protético com os dentes remanescentes.
Atualmente, o método de Kennedy é possivelmente, o mais aceito para a classificação dos arcos parcialmente desdentados.
Classe I:
Compreende os casos de desdentados posteriores bilaterais. caracteriza-se pela ausência de dentes pilares posteriores em ambos os lados da arcada.
Modificação 1:
Quando além de desdentado posterior bilateral, apresenta uma falha intercalada no segmento anterior.
Modificação 2:
Quando além de desdentado posterior bilateral, apresenta duas falhas no segmento anterior.
Classe II:
Compreende os casos de desdentados posteriores unilaterais. 
Caracteriza-se pela ausência do dente pilar posterior em um dos lados da arcada.
Modificação 1:
Quando além de desdentado posterior unilateral, apresenta uma falha intercalada nos outros segmentos.
Modificação 2:
Quando além de desdentado posterior unilateral, apresenta duas falhas intercaladas nos outros segmentos.
Classe III:
Compreende os casos de desdentados unilaterais posteriores que apresentam dente ou dentes pilares posteriores.
Modificação 1:
Quando além de desdentado unilateral com dente pilar posterior, apresenta uma falha intercalada nos outros segmentos.
Modificação 2:
Quando além de desdentado unilateral com dente pilar posterior, apresenta duas falhas intercaladas nos outros segmentos.
Classe IV:
Compreende os casos de desdentados na região anterior. 
Esta classe não apresenta modificações.
Observações:
As Classes I, II e III, podem ainda apresentar modificações dos tipos 3 e 4, etc., desde que apresentem respectivamente regiões desdentadas secundárias.
Regras de Applegate para Utilização da Classificação de Kennedy:
Ao se tentar determinar as classes a que pertencem os pacientes parcialmente desdentados devem se ter em mente algumas regras. Essas regras foram criadas com o propósito de metodizar o uso dessa classificação e evitar que se criem situações duvidosas.
1 – A classificação deve ser realizada após o, planejamento ou a execução das atividades de preparo da boca para a prótese. Extrações realizadas posteriormente à classificação do caso, podem determinar a alteração da própria classe ou da modificação que a caracterize.
2 – Quando o 3o molar estiver ausente, a região desdentada correspondente não deve ser considerada para efeito de classificação pelo fato de estar contra-indicada a reposição protética desse dente.
3 – O 3o molar somente é considerado para efeito de classificação, quando estiver prevista sua utilização como dente pilar.
4 – Quando o 2o molar estiver ausentee não for planejada a sua reposição protética, caso por exemplo da perda do 2o molar antagônico, o espaço protético originado pela sua extração não deve ser considerado para efeito de classificação.
5 – Quando existirem regiões desdentadas adicionais na mesma arcada ou as regiões mais posteriores, com exceção da região desdentada proporcionada pela ausência dos 3o molares determinam a classe a que pertencem o caso, sendo representadas por algarismos romanos: I, II, III e IV.
6 – As regiões desdentadas adicionais que não participam na determinação da classe da arcada parcialmente dentada, são denominadas modificações e designadas por algarismos arábicos: 1, 2, 3 etc.
7 – A determinação da modificação de certa classe, depende unicamente, do número de regiões desdentadas secundárias. Independe, pois, da extensão dessas regiões ou do número de dentes perdidos.
8 – A classe IV, não aceita modificações. Qualquer espaço protético que possa modificá-la, passa a ser considerado como a região desdentada principal na determinação da classe. Assim, a ausência dos incisivos superiores e/ou inferiores, caracteriza um caso de Classe IV. Se, além desses dentes, os pré-molares também estiverem ausentes, configura-se outra condição de paciente, que pertence à classe III.
Planejamento
Planejar é observar e desenhar tudo aquilo que será feito no modelo.
Se é, planejamento da estrutura metálica, devemos:
Tipo de conector maior.
Delimitar o espaço protético.
Dentes que serão usados para retentores diretos.
Dentes que serão usados para retentores indiretos.
Tipos de retentores (grampos para cada dente).	Locais de apoio e dos conectores maiores.
Se é planejamento da provisória, devemos:
Delimitar toda a área chapeavel, respeitando no superior o limite do palato mole com palato duro e no inferior, o limite do assoalho.
Desenhar os “grampos” e “apoios” nos dentes escolhidos que serão confeccionados com fio ortodôntico 0,8.
Contornar os colos dos dentes pela lingual.
Elementos e Recursos Básicos para Elaborar o Planejamento
	
Pode-se definir como planejamento, o procedimento de coleta de dados precisos e abrangentes, visando informar o estado de saúde bucal dos pacientes. Através das informações obtidas, torna-se possível diagnosticar os problemas e elaborar o plano de tratamento a fim de se obter um melhor prognóstico.
Os recursos utilizados na elaboração do planejamento, são basicamente três:
	
Exame clínico;
Exame radiológico;
Modelos de estudos delineados e corretamente montados no articulador.
 	A 			B
C			 	 D
E		 F 
				G
Classificação de Kennedy com Exemplos das Modificações:
A - Classe I				B - Classe II
C - Classe III				D - Classe IV
E - Classe I modificação I		F - Classe II modificação I
G - Classe III modificação I.
Objetivos
a) - Restaurar a eficiência mastigatória.
b) - Restaurar a fonética. Deve-se respeitar a área chapéavel e o espaço anterior para que os sons sejam articulados corretamente.
c) - Restaurar a estética. Ela deve estar em harmonia com o paciente. A forma, o tamanho, o posicionamento e a cor dos dentes e localização dos grampos devem ser escolhidos com muito critério, a fim de que a prótese seja o mais natural possível.
d) - Proporcionar conforto ao paciente. Se a prótese for incômoda, o paciente não vai usá-la. Aproximadamente 50% das PPRs não são usadas porque o paciente não se acostuma.
Indicação:
a) - Espaço protético múltiplos.
b) - Extremidade livre unilateral ou bilateral (ausência de suporte posterior), opção: PPR ou implante, este de alto custo.
c) - Grandes espaços protéticos. Principalmente se há dentes com mobilidade.
d) - Prótese anterior com reabsorção óssea extensa. A PPR devolve ao paciente o suporte para o lábio, que antes era dado pelo tecido ósseo, eliminando assim as rugas que envelhecem o paciente.
e) - Com próteses temporárias e orientadas nas reabilitações, temos a prótese provisória que muitas vezes o paciente usa por 1, 2 ou 3 anos; elas são confeccionadas toda vez que não podemos produzir uma prótese parcial removível. Popularmente ela é conhecida por perereca. É confeccionada com resina ativada quimicamente e fio ortodôntico para dar maior retenção; deve ser usada até que se possa realizar a prótese definitiva.
- São contra-indicadas como tratamentos finais porque falta rigidez em seus grampos e por ser um material com menor durabilidade, resultando em intrusão na mucosa, pois o conector maior da PPR funciona com um chassi, distribuindo as forças, o que não é possível com a resina.
A prótese provisória pode ser usada em paciente jovem. Ainda em fase de crescimento porque a definitiva pode bloquear o crescimento.
Quanto a higienização, tanto a PPR, quanto a provisória, só terá longevidade em presença de boa higiene, caso contrário, resulta em cárie, doença periodontal e em casos mais graves pode haver perda dos dentes.
f) - Necessidade de recolocação imediata dos dentes anteriores. Nos casos em que sejam indicados e extrações múltiplas de dentes anteriores, os aparelhos removíveis poderão funcionar como próteses imediatas, que serão usadas durante um determinado período enquanto se aguarda a consolidação do processo de cicatrização. Após esse período, decide-se o tipo de aparelho a ser confeccionado.
Contra-indicações: PPR Definitiva ou Provisória
As contra-indicações para as prótese parciais removíveis estão restritas aos pacientes com problemas motores, debilidade mental, dificuldade de higienização, xerostomia (pouca salivação) e baixa resistência á cárie ou doença periodontal.
Função da P.P.R. provisória é restituir o espaço perdido enquanto se aguarda a colocação de uma prótese fixa ou a P.P.R. definitiva.
Finalidade da P.P.R. definitiva é recompor espaços quer de dentes ou fibromucosa gengival por elementos artificiais.
Componentes Biológicos e Mecânicos
Existem dois componentes que colaboram para o êxito das P.P.R.s:
Biológicos: Que são as unidades resultantes da execução da prótese e que estão sempre presentes. 
Fase curativa e preventiva que antecedem a fase protética. 
Nestas fases lançamos mão dos conhecimentos de:
Dentística: As cáries devem ser tratadas.	
Endodontia: Casos duvidosos devem ser tratados. Pulpite ou seja canal.
Prótese total: Quando o paciente já a possui devemos refaze-la.
Oclusão: Paciente que possui dores musculares ou articulares (desarmonia oclusal).
Radiologia: É um importante auxiliar para o diagnóstico.
Ortodontia: Podemos ajudar descruzando dentes ou fechando pequenos diastemas.
Prótese fixa: Como integração com a P.P.R. de um lado do arco, por exemplo.
Cirurgia: Extrações, eliminação da tuberosidade retentiva, tônus palatino e etc.
Periodontia: Remoção de tártaros e etc.
Mecânico: É o aparelho em si, no que se refere a sua qualidade de elaboração e sua correta distribuição de forças e adaptação bucal - fase protética que é iniciada com a obtenção de um fiel modelo de estudo.
Causas que Dependem Exclusivamente do Laboratório
São várias as etapas que podem ser transferidas pelo dentista ao laboratório (ou ao protético) na construção das próteses em geral.
Tais etapas se referem a trabalhos de natureza puramente laboratorial, já que falta ao protético o conhecimento biológico necessário ao trabalho clínico.
As fases de trabalho de construção de uma prótese parcial removível a serem desenvolvidas no laboratório longe das vistas do profissional e de exclusiva responsabilidade do técnico, são as seguintes:
Alívio: Se deixar de fazer o alívio ou fazê-lo de maneira deficiente, estará introduzindo um fator de interferência que certamente irá dificultar o assentamento da prótese na boca, de acordo com a via de inserção preestabelecida pelo profissional durante o planejamento.
Duplicação domodelo de trabalho: Desde que bons materiais sejam usados e sejam observados os tempos adequados a cada um, esta fase do trabalho não oferece grandes margens de erros. Mesmo porque o modelo de trabalho obtido pelo profissional, denunciará os erros porventura ocorridos com o próprio técnico, impondo a necessidade de repetição.
Execução do trabalho de acordo com o planejamento: Compete ao técnico obedecer rigorosamente ao planejamento, representado pelo desenho de orientação fornecido pelo profissional.
Técnicas de Fundição: Outra fonte de erros que pode fracassar o trabalho. Os materiais odontológicos têm tempo e temperatura certos para que apresentem os resultados considerados ideais. As técnicas estabelecidas pelo fabricante devem ser seguidas.
Causas que Dependem Tanto do Profissional quanto do Técnico
Ambos negligenciam ou não levam em conta os princípios básicos para a confecção da P.P.R.. Isso ocorre, muitas vezes, quando o profissional simplesmente molda a boca de um paciente e envia o molde ou o modelo para o laboratório sem qualquer desenho ou orientação.
O técnico sabe que poderá fracassar. A falta de preparo da boca apresenta-se evidente à sua análise, e o mesmo não quer discutir com o profissional porque sabe de antemão que o mesmo vai se negar a repetir a moldagem. Em razão disso, tenta construir a prótese sobre o modelo duvidoso. Na maioria das vezes vem o fracasso.
Fatores Determinantes da Oclusão em Prótese Parcial
A natureza tenta acomodar-se, frente às injustiças acometidas nos arcos dentários.
Nos desarranjos dentários, o desequilíbrio provoca a perda dos dentes naturais e a falta de equilíbrio nas próteses provoca maior perda óssea.
Equilíbrio oclusal:
	
A medida que os esforços de mastigação incidem sobre os dentes naturais estes se arranjam em seus respectivos alvéolos e todo o conjunto da mastigação tenta acomodar-se à nova situação. Nas próteses parciais, os esforços induzidos podem ser danosos ao tecido de sustentação, ou seja, ao tecido de suporte, se não criamos condições de equilíbrio oclusal.
Sistema Estomatognático
O sistema mastigatório, tal como se entende atualmente será mais bem denominado “Sistema Estomatognático”, título dado pelo professor John Thompson. 
Este sistema é uma entidade fisiológica funcional, perfeitamente definida, integrada por um conjunto de órgãos e tecidos, mas cuja biologia e fisiopatologia são absolutamente interdependentes.
O dente não pode ser estudado isoladamente e sim em função dos demais componentes de ambos os arcos dentários, superior e inferior, bem como dos demais órgãos vizinhos. A relação de antagonismo entre ambos os arcos dentários tem sido estudada pelos protesistas e ortodontistas há mais de um século, mas só recentemente de 1925 para cá, os odontológos tem se interessado mais pelos conceitos de oclusão. 
Alívio:
As forças e os movimentos da ATM que são geradas pela seção muscular terminam abruptamente numa estrutura rigidamente fixada cada vez que a mastigação efetua a oclusão dos dentes.
Para o sistema mastigatório funcionar normal e eficientemente, um alto grau de precisão e harmonia deve existir entre a ação dos músculos mastigatórios e as forças de oclusão.
A falta dessa harmonia pode causar um comportamento muscular interrompido ou dano estrutural a dentição, à articulação têmporo-mandibular ou a ambos. 
A dinâmica da mastigação interliga a função oclusal diretamente dos músculos, ligamentos e estruturas articulares que formam a articulação crânio-mandibular.
A interferência oclusal, juntamente com outros fatores etiológicos como trauma externo, hábitos não fisiológicos, bruxismo e influência sistêmica pesam grandemente nas desordens têmporo-mandibulares.
Reconhecer e eliminar a desarmonia oclusal pode ser importante para a prevenção.
Nos últimos 20 anos, a clínica médica impotente para resolver todos os casos de alterações das articulações têmporo-mandibulares (ATM) que demandavam os médicos otorrinolaringologistas, neurologistas e até mesmo psiquiatras, solicitaram e receberam atenção da odontologia, que prontamente chegou a conclusão de que 90% dessas alterações eram devidas à ATMs por causa das desarmonias oclusais e portanto, precisavam e ser tratadas odontologicamente.
O sistema mastigatório é extremamente complexo. Ele é composto basicamente de ossos, músculos, ligamentos, dentes e ATMs. O movimento é regulado e coordenado por um intricado mecanismo de controle neurológico. Cada movimento é coordenado para aperfeiçoar a função e ao mesmo tempo minimizar o dano à estrutura. 
Um preciso movimento da mandíbula pelos músculos é necessário para movimentar os dentes eficientemente sobre si mesmos durante a função. O mecanismo e a fisiologia deste movimento são básicos para o estudo da oclusão.
A conformação do nosso arco dentário, ressalvando a origem genética, é orientada pela ação centrífuga da língua e a centrípeta de bochecha e lábios.
No sentido de fechamento da mandíbula, somando a altura e inclinação das cúspides, faz com que ao tocarem os dentes inferiores contra os superiores, estes se inclinem mésio-distalmente e vestíbulo-lingualmente.
“Um indivíduo tem uma articulação temporomandibular desde o momento que nasce, quando ainda não existem dentes nos arcos dentários. Enquanto cresce, suas duas dentições estão sempre em transição. A articulação temporomandibular se adiantará em um certo grau quando todos os dentes forem extraídos. A única referência que fica durante toda a vida são as articulações temporomandibulares que constituem o primeiro determinante do sistema estomatognático. “ PETER NELF.
Componentes Anatômicos: 
Ossos: mandíbula, hióide, clavícula e esterno.
Músculos: da mastigação, deglutição e expressão facial.
Articulação: dento-alveolar (periodonto) e ATM.
Língua: lábios e bochechas.
Dentes.
Sistema vascular.
Sistema nervoso.
Componentes Fisiológicos: 
Oclusão dentária.
Periodonto.
Articulação temporomandibular.
Mecanismo neuro-muscular.
Funções do Sistema Estomatognático:
Mastigação.
Deglutição.
Respiração.
Fonação.
Postura (da mandíbula, língua e osso hióide).
Todos esses componentes devem ser conhecidos pelo profissional de prótese dentária. São conhecimentos que o profissional da odontologia vai aumentando, desde o primeiro ano do curso, acrescido de maiores detalhes ao passarem pelas diversas disciplinas de aplicação clínica.
Em P.P.R. dar-se-á ênfase ao estudo das articulações temporomandibular, fisiologia muscular, arcos dentários e os respectivos ossos que os sustentam e a oclusão; esta considerada atualmente sinônimo de odontologia.
A aplicação desses conhecimentos obviamente levará o estudioso da prótese dentária a uma compreensão das funções do Sistema Estomatognático.
Relação Maxilo-Mandibulares:
Deve-se ressaltar que as relações entre mandíbula e maxilar são relações de osso a osso, ou seja, são relações do osso mandibular aos ossos do crânio.
Podemos falar de ATM em relação a esses problemas, mas na realidade, estamos interessados na relação existente entre o osso da mandíbula e a porção óssea do maxilar, a parte que realmente nos preocupa, uma vez que é o que estamos vendo quando trabalhamos no paciente. Em síntese o osso mandibular está relacionado ao crânio por meio de articulações temporo-mandibulares.
Coordenação Muscular:
Os movimentos de abertura e fechamento da mandíbula são executados pelos músculos: masseter, pterigóideo medial, temporal com seus três feixes de fibras e o pterigóideo lateral. Este último é o maior responsável pelos movimentos de lateralidade e o de repulsão. Influem ainda os músculos supra-hióideos. 
Atualmente, estamos considerando também os músculos da mímica. A coordenação muscular para os movimentos da mandíbula tem um envolvimento tão grande e sutil, que convém sejam lembrados inicialmente, em cinco fatores que são básicos para o início eo desenvolvimento destes movimentos, para melhor efeito didático.
Fatores Básicos do Movimento Mandibular:
1 - Relação vertical.			
2 - Relação central.
3 - Trajetória condilar.		
4 - Trajetórias laterais.
5 - Trajetória incisal.
Antes de iniciarmos as considerações para cada um desses fatores, esclarecemos ao aluno ter, em mente, a leitura de linhas atrás, sobre o desenvolvimento das articulações temporomandibulares e de ambos os arcos dentários, bem como da anatomia e fisiologia do sistema estomatognático. lembramos ainda que as próteses totais para os indivíduos desprovidos de ambos os arcos dentários têm um envolvimento maior que as reabilitações oclusais, mesmo as reabilitações envolvendo a substituição de alguns elementos dentários perdidos. 
Isto porque existe uma diferença fundamental entre a articulação dos dentes naturais, considerados como unidades que estão presas aos seus alvéolos e a articulação de dentes artificiais, que estão fixados a uma base comum para todos os dentes e que só pode ter estabilidade, isto é ser mantida no seu lugar, se houver um “articulador” correto entre os dentes antagonistas.
Movimentos Mandibulares em Relação aos Fatores Básicos
1 - Relação Vertical:
A distância em verticalidade entre o osso mandibular e o maxilar é básica para se aferir qualquer movimento que a mandíbula venha a executar. Quando um indivíduo possuí dentes, estes são grandes auxiliares para a averiguação desta distância.
	Caso contrário, quando não os possuí mais, torna-se evidentemente mais difícil e, por este motivo, tem surgido grande número de técnicas para aferir a distância vertical mais correta para um determinado paciente.
2 - Definição de D.V.:
É o espaço maxilo-mandibular, para uma determinada posição da mandíbula.
3 - Conceito de D.V. em prótese:
É a relação de altura que os modelos guardam, tal qual os arcos dentários e/ou rebordos gengivais desprovidos de dentes naturais na cavidade bucal. Também chamada de Dimensão Vertical em Altura da Face. Essa distância é referida entre os pontos cefalométricos: sunásio e gnation.
Distância Vertical de Repouso - D.V.R.
É a distância em posição postural, na qual a mandíbula permanece quando não estão em função, contrapondo-se à gravidade por efeito de sinergismo muscular, daqueles músculos que a sustentam. Nessa posição, os dentes não estão em contato oclusal.
Segundo Nagle e Sears, esta posição postural acontece quando existe uma contração tônica da musculatura maxilo-facial, a qual varia com o estado de saúde, com a freqüência respiratória e com a postura do corpo.
Distância Vertical de Oclusão - D.V.O.
É também chamada de distância vertical funcional e se verifica quando os dentes estão em intercuspidação. É essa distância que se transporta para o articulador.
Porém, a variação de 3mm não é a mesma para todos os indivíduos, não sendo aplicável para todos os pacientes e não deverá ser repetida na construção das próteses totais.
Este espaço não deve ser invadido. Deve haver uma distância interoclusal adequada. Uma excessiva distância entre os arcos dentários, quando os dentes estão em contato oclusal, não permite que os músculos completem a sua contração. Os músculos continuarão a exercer força para superar esse obstáculo e como resultado, os tecidos de suporte serão reabsorvidos até que a distância seja alcançada ou volte novamente. Felizmente, o contato prematuro dos dentes ocasiona ruídos de batidas e este som, bem desagradável, é um dos guias na determinação de uma distância interoclusal correta. Uma distância vertical aumentada resulta em distorção da face, porque o indivíduo tem dificuldade em fechar os lábios. Além disso, torna-se difícil a deglutição. 
Também é danosa uma distância vertical diminuída, quando os dentes estão em oclusão. Este superfechamento da oclusão é potencialmente prejudicial para as ATMs. 
O espaço normal da língua fica limitado. Aparece mais perceptível a distorção da face, pois o queixo aproxima-se do nariz, a comissura dos lábios vira para baixo e os lábios perdem volume. Os músculos da expressão facial perdem suas tonicidades e a face parece flácida, em vez de firme e ampla. A etiologia da queilite angular é muitas vezes atribuída ao superfechamento da distância interoclusal.
Na Prótese Parcial é necessária a retirada do DVO quando o paciente possui poucos dentes remanescentes.
Os movimentos mandibulares, por serem tridimensionais, são referidos nos planos: vertical, horizontal e frontal.
Pontos cefalométricos muito usados para avaliar a distância vertical em altura da face: o, obélio; n, nasale; sn, sub-nasale; e g, gnátio.
Espaço Interoclusal
Também chamado pelos norte-americanos “Free Way Space”, que os brasileiros traduziram para espaço livre funcional. Esse espaço se verifica entre a DVR e a DVO, e segundo Thompson, esse espaço é em média de 3mm.
Relação Central
Assim como a D.V. torna-se mais difícil de ser obtida, quando um indivíduo perde os seus dentes, a R.C. fica mais difícil ainda, quando o indivíduo até então possuí seus dentes naturais. 
Sua obtenção tem sido muito discutida, pela dificuldade técnica e mormente pela condição psico-fisiológica dos pacientes. Este estudo, a exemplo da D.V. exposta linhas atras, será discutido quando de sua obtenção para o transporte ao articulador. Contudo, segundo Kingery, para registra a R.C. corretamente é necessário ser capaz de defini-la antes; vamos tecer algumas considerações em torno desse assunto.
Antes porém, deveremos ter bem claro o que sejam: relação central e oclusão central. 
R.C. diz respeito a centralização da mandíbula em relação ao crânio, nos indivíduos com ou sem dentes naturais e O.C. será quando os dentes naturais estiverem em máxima intercuspidação.
Relação Central - Definições
A academia de prótese norte-americana, define a R.C. como sendo a relação, mais recuada da mandíbula em relação ao maxilar, quando os côndilos estão em posição não tencionada mais posterior na fossa glenóide, da qual pode ser feito o movimento lateral em qualquer grau de separação mandibular.
A mesma academia defina O.C. , como sendo a relação das superfícies oclusais opostas dos dentes que dão maior contato ou intercuspidação.
Na opinião de Walker, há dois conceitos distintos de R.C.: os fisiológicos e o mecânico.
O conceito fisiológico da R.C., admite a função neuromuscular como fator dominante na determinação da R.C., quando o côndilo está na cavidade em harmonia com a junta articular, os músculos, os dentes e os tecidos adjacentes.
Conceito mecânico da R.C., leva em consideração a posição do côndilo na cavidade, dizendo que ele deve estar, obrigatoriamente, na parte mais posterior da cavidade glenóide.
Posição do côndilo na cavidade articular ainda é objeto de discussão na atualidade. Nem todos os autores consideram a posição mais posterior e superior. Gilboe, concluiu que pela histologia da ATM, a R.C. é uma posição de conforto, que implica numa normal fisiologia neuromuscular.
Segundo Celenza, a posição do côndilo em R.C. está sendo considerada, na seguinte condição: para Barnet, Celenza e Lúcia, na posição mais anterior e superior, para Weisgold, Schazer e Ramfjord, na posição mais retraída e superior e para Dawson, Goldman e Guichet, na posição mais superior.
Os conceitos de oclusão para as próteses parciais caem dentro de duas principais disciplinas:
1 - Oclusão balanceada: a oclusão balanceada preconiza o contato simultâneo de todos os dentes posteriores em harmonia com os movimentos mandibulares.
A finalidade desse balanceio é estabilizar as próteses totais em suas bases, principalmente quando a mandíbula faz movimentos excêntricos.
Evidentemente, os dentes pré-fabricados deverão sofrer alterações em suas cúspides para possibilitar uma movimentação com liberdade, em harmonia com os movimentos mandibulares.
Os dentes anteriores não são colocadosem contato, quando os arcos dentários estão em relação cêntrica.
Este conceito de oclusão é semelhante as alterações dos dentes naturais, para criar a liberdade na relação cêntrica: não interpretando que a relação cêntrica (osso a osso) seja uma área, mas significando que a oclusão cêntrica (dente com dente), para alguns indivíduos, pode ser uma área.
2 - Oclusão não balanceada: quando as considerações para a cêntrica balanceada, a oclusão excêntrica e a oclusão deslizante balanceada são aceitas como condições para a oclusão balanceada, infere-se que as demais condições são oclusão não balanceada.
O propósito da oclusão orgânica, por exemplo, é relacionar as superfícies oclusais dos dentes naturais de maneira que estes estejam em harmonia com a função dos músculos e articulações.
A oclusão orgânica tem três fases de recíproca proteção interdependentes:
1 - Os dentes posteriores deverão proteger os dentes anteriores, na posição de oclusão cêntrica.
2 - Os incisivos superiores deverão ter um trespasse vertical, suficiente para dar uma separação dos posteriores quando os incisivos estão em contato ponta-a-ponta.
3 - Nas posições mandibulares em lateralidades, quando não estão no ciclo dos movimentos mastigatórios, os caninos deverão evitar contatos de todos os outros dentes.
	
Para se aceitar o conceito de oclusão não balanceada, em prótese parcial deve-se concordar com o seguinte:
1 - Devido ao caráter da base de apoio, torna-se difícil harmonizar a colocação dos dentes com os movimentos mandibulares nas relações excêntricas e manter essa harmonia.
2 - O contato dos dentes durante os movimentos mastigatórios e os não mastigatórios se dão quando a mandíbula está em relação cêntrica.
3 - Quando os dentes se tocam em movimentos excêntricos, forças horizontais estão sendo dirigidas aos tecidos de suporte. Estas forças são estabilizantes e potencialmente destrutivas a esses tecidos.
4 - Qualquer toque exagerado num ponto dos arcos dentários montados em base única, gera fulcrun de alavanca, tendendo a deslocar as próteses.
Aparelho Provisório 
No aparelho provisório, usa-se somente grampo, grampo estético e apoio oclusal, confeccionado com fio ortodôntico (0,8). A região do palato é todo em acrílico rosa ou incolor. Quando não fazemos cela, usar o acrílico na cor dos dentes.
Dentaduras Parciais - Ponte Móvel
A dentadura parcial é um aparelho artificial que substitui os dentes extraídos. Isto é, que faltam. Tem seu apoio na gengiva e nos dentes remanescentes. Existem centenas de diferentes tipos, formatos e desenhos de dentaduras parciais. O tipo que irá ser feito, será indicado por seu dentista e de acordo com o seu orçamento.
A maioria das pessoas surpreendem-se ao saber que a dentadura parcial é, em geral, mais cara que as dentaduras completas, ainda mesmo que os dentes a serem substituídos são bem poucos, em comparação às dentaduras completas. Isto porque, como nas dentaduras completas, também na parcial se gasta muito tempo, conhecimentos e habilidades, para planeja-la e produzir um correto e perfeito funcionamento.
A importância das dentaduras parciais, que bem poucas pessoas apreciam, é que ajudam os dentes remanescentes a não se moverem de suas posições e que além de auxiliarem a mastigação, diminuem a pressão mastigatória sobre os dentes remanescentes.
Sem o uso de uma parcial, os dentes naturais irão se inclinar e sair de sua posição em direção ao espaço aberto entre os dentes opostos. Isto é, continuarão a crescer para dentro do espaço vazio. Nestas posições não naturais, logo serão afetados pelos esforços traumáticos, que irão suportar durante a mastigação. Tornando-se abalados e doloridos, terão de ser extraídos, o que faz com que se percam os dentes que restam.
A maioria das objeções das pessoas ao uso das dentaduras parciais, é pelo fato de terem ouvido falar dos terríveis danos causados pelos grampos e barras aos dentes em que eles estão apoiados. Pensam que as parciais desgastam os dentes ou provocam cáries de baixo dos grampos. 
Na verdade, isto poderá ser evitado desde que os dentes naturais sejam bem escovados, duas vezes ao dia, assim como também as parciais, por sua vez com escovas bem duras, mas fora da boca, conforme instruções e recomendações dadas pelo seu dentista.
Exames de rotina, feitos pelo seu dentista ajudarão a manter os aparelhos parciais a funcionarem corretamente e quaisquer inícios de cáries, uma pressão ou tensão não correta, sobre os dentes naturais, serão imediatamente corrigidos.
Se surgir uma pequena ulceração, não se deve retirar o aparelho e ficar esperando que ela sare, até que possa consultar o seu dentista, mas sim, procurá-lo imediatamente. Não se deve ficar sem o aparelho por muito tempo, os dentes poderão continuar a se movimentar ou mudarem de posição, mesmo após um período de tempo, ás vezes bem curto e o aparelho móvel pode não se ajustar mais. O fato de ficar sem o aparelho poderá ser danoso e não possibilitar corrigir mais os defeitos.
Um aparelho móvel não é absolutamente indispensável que permaneça a noite na boca, a não ser em certos casos em que o seu dentista assim o recomende. Todavia, poderá ser retirado para que a boca e os dentes possam descansar, como pode acontecer de maneira idêntica ao uso de óculos.
Passo a Passo da confecção da P.P.R. Provisória
1 - Hidratar o modelo em água fria durante 10 minutos, para duplicação.
2 - Manipular alginato, colocando no palato um pouco e fazer modelo com gesso.
3 - Planejamento provisório.
- Contornar os colos dos dentes pela lingual (delimitar área retentiva).
- Confeccionar os grampos e apoio com fio ortodôntico.
4 - Montagem no articulador.
5 - Fixar os grampos com acrílico ou cera.
6 - Fazer o plano de cera (caso o dentista queira).
7 - Montagem dos dentes e enceramento da PPR.
Inclusão
- Cortar os dentes em gesso - são retentivos (quando for inclusão com gesso pedra na muralha).
- Passar vaselina no muflo, contra-muflo e tampa.
- Manipular gesso comum e central o modelo no muflo.
- Cobrir com gesso comum todo o modelo que esta em gesso, inclusive se tiver dentes em gesso deixando de fora toda a escultura em cera e os dentes artificiais (descobertos).
- Tomar presa, isolar com Cel Lac, secar.
Boneca em Gesso Pedra para PPR com 1 cor 
Cobrir com gesso pedra toda a região, fazendo retenções em toda a boneca ou colocar sobre os dentes e a cera a silicone Zetalabor.
Boneca em Gesso Pedra para PPR com 2 cores 
- Cobrir com gesso pedra toda a região da cela vestibular, pegando toda vestibular e oclusal dos dentes artificiais, deixando de fora a parte lingual da cera e a lingual dos dentes.
- Tomar presa.
- Colocar o contra-muflo e preencher com gesso comum. Tomar presa por 10 minutos.
Demuflagem da cera – 1a Técnica
 - Colocar água para ferver, deixar muflo por 10 minutos e lavar com água limpa.
- Isolar ainda quente 2 vezes com Cel Lac, muflo e contra-muflo e deixar secar.
Demuflagem da cera – 2a Técnica
Sem levar na água quente:
- Abrir o muflo, retirar os dentes, limpa-los e colocá-los no molde do Zetalabor.
- Tirar a cera do palato ou lingual, isolar e acrilizar.
Inclusão/Acrilização
Inclusão para PPR Provisória - 1 cor:
- Manipular acrílico, na fase plástica. Com a mão molhada manipular o acrílico e entulhar com os dedos.
- Fechar e prensar devagar durante 8 minutos.
Inclusão para PPR Provisória - 2 cores:
- Dois potes dapen, um com acrílico incolor e outro com acrílico rosa.
- Manipular o acrílico para a vestibular (rosa), na fase fibrosa, com a mão molhada, manipular e entulhar com os dedos.
Elementos Constituintes das PPRs – Estrutura Metálica
As próteses parciais removíveis são, basicamente constituídas pelos seguintes elementos:
1 – Retentores:
Diretos e Indiretos.
Intra-coronários
Extra-coronários:	
Apoio oclusal.
grampos(retenção e oposição).
Corpo.
2 – Sela acrílica.
3 – Dentes artificiais.
4 – Conectores:
Maiores e menores.
Retentores:
São elementos mecânicos responsáveis pelas condições de suporte, retenção e estabilidade da prótese em relação aos dentes pilares. Suportam e retém impedindo que desloque no sentido gengivo-oclusal e ocluso-gengival respectivamente.
Estabilizam-na evitando que se movimente lateralmente em qualquer outro sentido e direção, durante as atividades funcionais e habituais executadas pelo paciente. Sua distribuição e número devem ser cuidadosamente planejados, necessitando ainda, apresentarem-se unidos entre si através de barras denominadas conectores.
Quando à função e localização, os retentores são classificados em diretos e indiretos. Podem ser ainda do tipo intra-coronário (retentores a encaixe) e extra-coronários (retentores e grampos).
Retentores diretos:
Relacionam-se com dentes pilares vizinhos ao espaço protético. Sua função principal é conferir condições de retenção e de suporte para a prótese. Os apoios oclusais, quando isolados são também considerados retentores.
Retentores indiretos:
Também chamados estabilizadores, são os retentores propostos para os dentes pilares situados distantes do espaço protético. Apresentam como função principal, estabilizar a prótese, contribuindo secundariamente, como elemento auxiliar de retenção e de suporte.
Retentores intra-coronários:
Também denominados de attchment, são constituídos por uma associação macho-fêmea em 
que, normalmente, a parte fêmea é posicionada internamente no bloco metálico que restaura o dente pilar e o componente macho na prótese parcial removível.
A situação inversa apesar de facilitar os trabalhos laboratoriais e exigir menor desgaste para o preparo cavitário do dente pilar, mostra como inconveniente incrementar as forças laterais exercidas pela prótese sobre esse dente e dificultar a higienização das áreas gengivais adjacentes.
A retenção é obtida pela fricção que se estabelece entre a superfície externa do macho e a interna da fêmea, ou por dispositivos retentivos localizados no interior da fêmea 1/ou do macho. 
Este tipo de retentor dispensa o uso de grampos. 
Os retentores intra-coronários que estabelecem uma condição de perfeita justaposição são denominados de encaixes de precisão ou attachments e os encaixes fresados que estabelecem uma menor exatidão, constituem os de semi-precisão.
Os encaixes de precisão são fabricados industrialmente, elaborados com ligas normais de ouro platinado ou com ligas especiais de ouro de alta fusão e usados para trabalhos metálo-cerâmicos, respectivamente. São ainda, confeccionados em vários tamanhos e formas para facilitar sua seleção e uso.
 Attachment de precisão “Stern”, confeccionado em liga de ouro platinado e ligas de alta fusão (para porcelana) e com tamanhos normal e micro.
Retentores Extracoronários:
São elementos mais simples e econômicos, que cumprem perfeitamente as funções de suporte, retenção e estabilização quando indicados e executados corretamente. Situam-se externamente em relação ao dente pilar e utilizam como meio de retenção e estabilização, elementos metálicos denominados grampos.
A retenção é obtida pela elasticidade do grampo que, após transpor a linha de maior convexidade do dente pilar (equador protético), se instala sobre sua região retentiva. O grampo deve-se relacionar passivamente com o dente pilar apresentando apenas uma situação de contato , sem desenvolver forças laterais sobre esse elemento.
Apoio Oclusal:
É o elemento que propõe condições de suporte para a prótese. Relaciona-se geralmente com a região 
das cristas marginais da superfície oclusal dos dentes pilares. O apoio oclusal suporta e estabiliza a prótese no sentido ocluso-gengival, transferindo a força mastigatória dos dentes artificiais para os dentes pilares, além de evitar a ação de esmagamento que poderia ser exercida pela sela sobre os tecidos gengivais.
Grampos
São elementos mecânicos do retentor, responsáveis pela estabilização e retenção da prótese. Retêm a prótese na sua posição de assentamento, impedindo que apresente movimento no sentido gengivo-oclusal. Estabilizam a prótese impedindo movimentos de básculas. Os grampos não devem exercer forças laterais sobre os dentes pilares. Essas forças, quando existentes devem ser anuladas pela atuação recíproca que se desenvolve entre os grampos de retenção e de estabilização.
Grampos de retenção ou retentivos
São os grampos diretamente responsáveis pela retenção e indiretamente pela estabilização da prótese. 
Apresentam uma parte inicial rígida e uma final elástica.
Grampos de oposição ou estabilizadores
São os grampos rígidos e largos. São os principais responsáveis pela estabilização do dente pilar e da prótese. 
Sendo rígidos, neutralizam as forças impostas pelo grampo de retenção durante a inserção e retirada da prótese da boca, evitando forças laterais sobre os dentes pilares.
Corpo retentor:
	
É o elemento do retentor que une o apoio oclusal e os grampos entre si. É também o 
elemento de ligação entre o retentor e o conector menor.
Circunferencial Simples:
	
O grampo Ackers ou circunferencial simples é normalmente o mais suado nas PPRs dento-suportadas. Os braços de retenção e oposição tem direção oposta ao espaço protético; ou seja, partem do apoio oclusal e caminham do espaço protético em direção a área retentiva do dente.
Indicação:
Para molares e pré-molares.
Circunferencial Duplo ou Geminados
O desenho desse grampo parte de um conector menor entre dois dentes contíguos e possuí dois apoios oclusais nas faces oclusal-proximal contactantes dos apoios oclusais (apoio oclusal duplo) saem os dois braços de retenção e os dois braços de oposição em direção opostas. Usado para obter retenção indireta.
Indicação:
Molares e pré-molares em que não haja espaço protético em um dos lados do arco, ou seja nas Classes II e III sem modificação.
Grampo em “T”
	Possui facilidade na obtenção de retenção por suas pontas localizadas nas regiões próximas da face vestibular e por possuírem grande elasticidade (a barra que une o conector a sua ponta ativa é extensa).
Indicação:
	Para caninos e pré-molares inferiores e em alguns casos para os superiores.
Grampos Estéticos
	São grampos que praticamente não invadem a face vestibular dos dentes, somente as faces lingual e mesial e/ou lingual e distal.
Indicação:
Incisivos centrais e laterais.
Sela Acrílica:
	É o elemento da prótese parcial removível, proposto para preencher os espaços protéticos, unir os dentes artificiais entre si e com a grande retentiva da armação metálica, podendo ou não apresentar a função de transmitir a força mastigatória ao rebordo residual.
Dentes Artificiais:
São os elementos da prótese parcial removível, desenvolvidos para substituir estética e funcionalmente os dentes naturais perdidos. Podem ser pré-fabricados ou executados no próprio laboratório pelo protético. Esses dentes são fixados à armação metálica da prótese parcial removível através da resina acrílica formadora da sela. Entre suas funções principais, objetivam-se a preencher os requisitos de estética, auxiliar ou melhorar a fonação, recuperar e manter a eficiência mastigatória. 
São encontrados no mercado em vários tipos, formas, tamanhos e cores.
Conectores:
São barras metálicas rígidas que unem bilateralmente os retentores e a sela entre si.
Dividem-se em dois grupos: Conectores maiores e menores.
Conectores maiores
Palatinos:
	São constituídos por uma barra metálica rígida que une através dos conectores menores, os retentores e a sela bilateralmente. Nas próteses inferiores é chamado de barra lingual e nas superiores de barra palatina.
Os tipos mais usados são:
Barras palatinas anterior e posterior ou dupla:Proporciona união bilateral perfeitamente rígida e maior comodidade de uso, devido a região central ser livre.
Conformação:
	A barra palatina deve ter distância de 5 a 6 mm dos dentes naturais e largura de 6 a 7 mm para dar condições de rigidez. A barra palatina posterior usada em casos de Classe I deve coincidir com o limite da área chapeavel e em casos de Classe II, no lado de extremidade livre, esse bordo coincide com o limite da área chapeavel e deve direcionar-se a medida que caminha para o lado dentado em direção ao retentor indireto localizado mais posteriormente.
Para as Classes III e IV, o bordo posterior não coincide com o limite chapeavel posterior (limite entre o palato duro e mole). Situa-se anteriormente a esse limite unindo os dois retentores mais posteriores entre si, com largura de 7 a 9 mm. As barras palatinas laterais ou auxiliares, unem-se as barras posteriores e anteriores, devendo situar-se distante da gengiva dos dentes remanescentes e apresentar largura entre 5 a 6 mm para conferir resistência.
Indicação:
	Em casos de Classe I e II com dentes normalmente 
implantados e o rebordo residual for pouco reabsorvido.
	Em casos de Classe III, com espaço protético 
amplo e que apresentem outro espaço protético modificador e posterior, situado no lado oposto da arcada dental.
Em casos de Classe IV, onde haja necessidade de 
instituir total rigidez para o conector maior em sua região posterior. Para casos em que haja tônus palatino que não se estendem até o limite da área chapeavel.
Barras palatinas em “U”:
	É constituído por uma barra superior e duas laterais. Para que seja perfeitamente rígida, suas barras devem apresentar largura constante de 10 a 12 mm. Apesar de ser mais largo, esse tipo de conector é menos rígido por não apresentar a barra posterior.
 
a – Barra palatina anterior / b – Barras palatinas laterais. / c – Tônus palatino	/ d – Largura das barras entre 10/12 mm.
Indicação:
Principal:
	Relacionada com a presença de tórus palatina avantajados, em condições de ser eliminada cirurgicamente. Apenas direcionada para os pacientes de Classe III e IV. Excepcionalmente para os casos de Classe I e II.
Barras palatinas única:
	Dispõe-se bilateralmente. Apresenta-se achatada, amoldando-se perfeitamente aos detalhes anatômicos com os quais se relacionam. Seus bordos são perfeitamente ajustados ao tecido fibro-mucoso e sua região central se apresenta ligeiramente aliviada deste tecido. Há necessidade de que tenham largura mínima de 15 mm.
Indicação:
	Casos de Classe III, quando o espaço protético for pouco extenso, com reabsorção 
óssea reduzida e dentes perfeitamente implantados. 
É também indicada para pacientes com fissuras 
palatinas, objetivando aumentar a resistência e a rigidez e proporcionar o vedamento dessa comunicação.
Conector maior superior em forma de placa:
Possui o contorno anterior idêntico ao da barra dupla. Os limites bordejantes posteriores e vestibular são idênticos em forma e função aos das próteses totais. São confeccionados totalmente em metal ou em metal e acrílico. A gengiva dos dentes remanescentes devem ser aliviadas. Quando confeccionadas em metal, deve ser achatada e fina estendendo-se por toda área chapeavel, amoldando-se aos detalhes anatômicos e quando confeccionadas em metal e acrílico, devem apresentar uma barra metálica anterior com retenções em seu bordo posterior, para fixação da placa acrílica.
Indicação:
	Em casos de extremidade livre bilateral 
superior, com dentes pilares pobremente implantados.
Conectores Maiores Mandibulares:
Possuem características diferentes das apresentadas para os conectores maiores palatinos, devido às características anátomo-histológicas da região lingual da mandíbula. Eles devem se relacionar apenas com as vertentes linguais da mandíbula. Todas as inserções musculares, principalmente a do freio lingual, devem ser contornadas. O tecido mucoso mostra-se fino, não aderente, sensível à compressão, traumatizando-se com relativa facilidade. A tábua óssea se compromete também facilmente, devido à sua espessura.
Barra Lingual:
	É o tipo mais usado. Não apresenta contato com os dentes remanescentes, predispondo esses elementos à incidência de processos cariogênicos e de forças laterais.
Conformação:
	Cruza a região mandibular bilateralmente, sua largura é de cerca de 5 a 7 mm. Seu bordo inferior deve estar situado na altura do assoalho da boca, o superior deve distar cerca de 4 mm da gengiva de modo a liberar esse tecido de qualquer ação compressiva.
A secção transversal da barra apresenta-se piriformemente, de modo que sua região mais volumosa volte-se para baixo, determinando maior rigidez sem se tornar incomoda ao paciente.
Indicação:
Sempre que a área chapeavel lingual, nas regiões dentadas apresentar largura condizente, cerca de 8 a 10 mm.
 
F – Força mastigatória.					
f – Secção transversal da barra lingual.
a – Bordo inferior.		
b – Linha de fulcro da prótese.
b – Bordo superior.
i – Sentido do movimento de báscula da prótese.
c – Distância da gengiva marginal (4 a 5 mm).		
d – Alívio para a movimentação do freio lingual.
e – Alívio entre a barra lingual e a mucosa alveolar.	
j – Sentido do movimento da barra lingual.
 
 
Placa Lingual:
	É menos utilizada por contatar-se superficialmente com as faces linguais dos dentes remanescentes anteriores, favorecendo o desenvolvimento de cáries além de se mostrar maior facilidade com que pode gerar forças laterais sobre os dentes.
Conformação:
	Apresenta-se com forma de uma placa metálica achatada, com cerca de 10 mm de largura que se adapta perfeitamente à superfície lingual dos dentes naturais anteriores de modo que apenas o terço médio incisal desses elementos fique descoberto.
Indicação:
	Desdentados parciais inferiores que não apresentem espaço suficiente entre as inserções musculares do assoalho e da gengiva. 	Casos de dentes anteriores com grande reabsorção óssea.
Barra Vestibular:
	Apresenta-se em corte transversal, a mesma conformação da barra lingual devendo-se ser aliviada dos tecidos gengivais e mucosos. Seu bordo inferior é delimitado pelo sulco gengivo-vestibular. Seu bordo dista da gengiva em cerca de 3 ou 4 mm.
Indicação:
	Casos em que os dentes inferiores mostrem-se 
inclinados no sentido lingual, não permitindo a execução de barras ou de placas linguais. Seu uso interfere com a estética e comodidade do paciente.
Conectores Menores
Executados com a forma de pequenas barras metálicas rígidas, que unem os retentores diretos e indiretos ao conector maior e/ou a sela. Suas dimensões são de 2 a 3 mm no sentido mésio-distal e de 1,5 a 2 mm no sentido vestíbulo-lingual.
Inclusão: 1a Técnica da Estrutura Metálica
- Faz boneca gesso pedra com retenção na região da sela vestibular e lingual ou palatina (dentro, deixar livre).
- Isolar os grampos distantes da cela acrílica com papel alumínio.
- Manipular gesso comum e centrar no muflo com a oclusão voltada para baixo, tomar presa, isolar com Cel Lac.
- Fazer muralha de gesso pedra na parte interna da cela com retenção.
- Completar contra-muflo com gesso comum.
- Tampar e prensar durante 5 minutos devagar.
Demuflagem da cera
- Colocar água fervente, deixar o muflo 5 minutos e lavar com água limpa.
- Isolar ainda quente 2 vezes com Cel-lac, mufla e contra-mufla, deixar secar.
Acrilização
Inclusão para PPR Provisória - 1 cor:
	- Manipular acrílico, na fase plástica. Com a mão molhada manipular o acrílico e entulhar com os dedos.
	- Fechar e prensar devagar durante 6 minutos.
Inclusão para PPR Provisória - 2 cores:
	- Dois potes dapen, um com acrílico incolor e outro com acrílico rosa.
- Manipular o acrílico para a vestibular (rosa), na fase fibrosa, com a mão molhada,manipular e entulhar com os dedos.
- Manipular o acrílico do palato ou lingual, fase plástica, com a mão molhada, manipular e entulhar com os dedos.
- Fechar e prensar devagar durante 8 minutos.
Inclusão Provisória sem cela acrílica:
	- Manipular o acrílico da cor dos dentes, fase plástica, molhar a mão, manipular o acrílico e entulhar com os dedos.
	- Colocar papel celofane, prensar e deixar 3 minutos.
	- Abrir muflo, retirar o celofane, recortar excessos, fechar muflo e prensar novamente por 5 minutos.
	- Cocção, demuflagem e polimento. 
Delineadores
	Também denominados de paralelômetros, são aparelhos utilizados para determinar o paralelismo relativo entre duas ou mais superfícies dentas ou estruturas biológicas adjacentes de interesse protético. O delineador é essencial para o diagnóstico, planejamento e execução das modificações que devem ser efetuadas nas superfícies axiais dos dentes pilares e do rebordo residual, para que a prótese parcial removível se integre a esses elementos.
	A técnica de trabalho dos delineadores está fundamentada na individualidade da direção de inserção das próteses parciais removíveis em relação ao plano oclusal dos dentes remanescentes, que possibilita representá-la laboratorialmente, pela haste vertical do aparelho em relação ao plano oclusal do modelo de trabalho.
	O delineador é utilizado essencialmente para o diagnóstico, planejamento e execução das P.P.R.s e, com esse objetivo possibilita selecionar a direção de inserção, analisar anomalias ósseas ou mucosas do rebordo residual, demarcar equadores protéticos dos dentes remanescentes, analisar os efeitos estéticos dos retentores, obter o desenho preliminar da prótese, executar os planos guias para todos os dentes pilares e propor o desenho final para a P.P.R.
Confecção de uma PPR Passo-a-Passo:
1- Demarcar os equadores protéticos dos dentes remanescentes que servirão de pilares, analisar os efeitos estéticos dos retentores, obter o desenho preliminar da prótese parcial removível.
2- Fazer alívio com cera abaixo do equador protético, nas regiões desdentadas aonde irá a futura grade retentiva.
3- Fixa o modelo aliviado na base do muflo, com massa de modelar, retirando todas as retenções do modelo. 
4 - Hidratar o modelo fixado na base do muflo por aproximadamente 10 minutos. 
5 - Fechar muflo, verificando a altura do modelo em relação ao contra muflo e vedá-lo com massa de modelar.
6 - Cortar o duplicador (hidrocolóide) em pedaços bem pequenos e colocá-lo em um recipiente, levando-o ao fogo bem baixo para derreter, procurando mexer sempre com uma colher de pau, até dissolvê-los completamente.
7 - Retirá-lo do fogo e deixar que esfrie até uns 50 graus centígrados, ou até que consiga tocá-lo com as pontas dos dedos.
8 - Verter o duplicador dentro do muflo, até que cubra completamente o modelo.
9 - Deixe que o duplicador tome presa e comece a esfriar.
10 - Coloque-o dentro d’água para que acabe de esfriar.
11 - Abrir o muflo e retirar o modelo cuidadosamente.
12 - Com o grau de borracha e espátula, manipule o revestimento fino ou revestimento Virovest. Se usar revestimento fino, manipular com solução (água, binder, álcool e ácido muriático) e com a ajuda do vibrador faça o vazamento no muflo.
13 - Espere a presa do revestimento fino ou Virovest.
14 - Após a presa do revestimento, cortar o hidrocolóide, tomando o cuidado para não atingir o modelo pois ele é muito frágil.
15 - Fazer a escultura no modelo de revestimento da futura P.P.R.
16 - Com sprues de cera unir a armação bilateralmente fazendo assim a canalização para a entrada do metal.
17 - Com cartolina faça o anel em volta do modelo esculpido e cubra-o todo com a mistura de revestimento fino, com a ajuda do vibrador.
18 - Deixe que tome presa, retire o anel de cartolina e leve ao forno até que atinja a temperatura de 1.200 graus centígrados.
19 - Com maçarico para alta, fundimos o Cromo-cobalto (liga usada para P.P.R.)
20 - Rodamos a centrífuga para que o metal fluído copie toda a escultura feita em cera.
21 - Deixe esfriar naturalmente.
22 - Desincluir, com o motor de alta rotação e auxílio das seguintes brocas (Cut-Off, pedra cônica, pedra grossa, média e fina, borracha para tirar arranhaduras, borracha para brilho, feltro e pasta rouge ou jacaré), fazer adaptação, usinagem e polimento.
23 - Enviá-la ao dentista para que possa efetuar a prova da P.P.R. no paciente.
Solução:
2 copos de álcool
1 copo de binder
½ copo de água
1 tampinha de ácido muriático
½ copo de álcool.
Ajuste oclusal – Objetivos
1 – Melhorar as relações estruturais e funcionais da dentição.
2 – Deixar as forças oclusais dentro dos limites toleráveis para o periodonto de sustentação e distribuir essas forças no sentido axial (longo eixo do dente).
3 – Obter e manter a estabilidade oclusal.
4 – Permitir que o complexo côndilo-disco se movimente e funcione dentro dos limites toleráveis.
5 – Conseguir que o sistema neuro-muscular funcione dentro do potencial de adaptação do paciente.
6 – Reduzir os efeitos das atividades parafuncionais da mandíbula (bruxismo e apertamento dental, por exemplo).
Indicações:
	1 – Eliminar tensão muscular anormal, desconforto e dor.
	2 – Tratamento de síndrome dor – disfunção mio-fascial.
	3 – Estabelecer um padrão oclusal ótimo.
	4 – Ajudar na estabilização dos resultados conseguidos pelo tratamento.
Contra indicações:
	1 – Nunca deve ser usada por razões não diagnosticadas. Na ausência de evidência razoável de efeito oclusal prejudicial, a terapia de ajuste oclusal é inapropriada.
	2 – Não deve ser realizada pelo profissional que ainda não sabe a causa do problema que está tentado eliminar.
Procedimentos Clínicos Laboratoriais
	Do exame inicial do paciente até a PPR concluídas, várias etapas clínicas e laboratoriais são realizadas. Vamos acompanhar um caso clínico inferior, a partir da prova da armação até a conclusão do caso, passando por todas as fases laboratoriais.
Prova da Armação:
	Quando os procedimentos laboratoriais forem corretamente executados a armação se adaptará corretamente na boca. Idealmente as PPRs convencionais não devem ser entregues nos modelos de trabalho, assim temos maior controle na sua execução laboratorial. Uma armação metálica imperfeita pode ser “adaptada” ao modelo pelo técnico. Como o envio do modelo e armação em separado não são uma prática comum, a primeira análise deve então ser realizada logo após sua entrega pelo laboratório.
Análise da Armação Metálica no Modelo:
	 Geralmente a armação apresenta-se muito justa no modelo, o que não significa que mostrará a mesma justeza na boca, pois parte desta resistência deve-se à fricção existente entre as superfícies rugosas do gesso e retentores.
	Porosidades e falhas na fundição devem ser cuidadosamente examinadas com luz adequada e com o auxílio de uma lupa. Nódulos e rugosidades devem ser removidas com pedras montadas e as regiões polidas com discos e cones de borracha.
	O braço de retenção deve apresentar afilamento progressivo responsável pela elasticidade, a qual permite a sua passagem pelo equador protético para alcançar a área retentiva. O braço de oposição deve apresentar-se uniforme em toda a sua extensão para proporcionar rigidez necessária.
	A trama metálica das selas metalo-plásticas deve estar ligeiramente afastada da fibromucosa para que haja espaço para a colocação da cera, que deverá envolve-la. este espaço é obtido por meio de alivio, realizado sobre o modelo de trabalho, antes da duplicação. Movimentos de rotação real ocorrerão em PPRs com extremidade livre (Classe I e II) quando for exercida pressão digital na trama metálica (devido ao alivio para a resina acrílica). Para os casos de PPRs dento-suportadas (Classe III), a armação metálica, quando em posição de assentamento final, não deve sofrer movimentosde rotação, A verificação é feita exercendo-se pressão digital intermitente sobre os apoios, observando a presença de algum deslocamento.
	Após a aprovação está será levada para a boca do paciente para análise.
Análise da Armação Metálica na boca:
	 O que foi observado no modelo deve ser reavaliado na boca do paciente. Na presença de alguma resistência, devemos analisar o que impede o assentamento final. Esta interferência em geral ocorre na região dos apoios e retentores ou na região dos conectores menores, quando estes exercem pressão sobre os espaços interproximais dos dentes de suporte, devido a um alívio incorreto no modelo de trabalho. A zona neutra já foi definida como sendo a área da cavidade oral onde, quando em função, a força da língua que pressiona para fora a prótese, é neutralizada pelas forças da bochecha e lábios que pressionam a prótese para dentro.
	Inicialmente o paciente deve estar sentado, com leve inclinação para trás. Nestas condições, com os dedos polegar e indicador, devemos segurar delicadamente a mandíbula do paciente, proporcionando o relaxamento da musculatura da mastigação com pequenos movimentos de abertura e fechamento da boca, até sentirmos o relacionamento intermaxilar em posição de relação central.)
	Após estes cuidados, os roletes de cera da PPR são plastificados usando-se lamparina de álcool ou plastificadores para godiva inserindo imediatamente o conjunto na boca do paciente. Devemos agora executar a mesma operação anteriormente descrita para relaxar a musculatura do paciente, relacionando maxila e mandíbula em RC. 
	Esse registro pode ser requintado com uso de pasta zinco-enóloca aplicada sobre as edentações do rolete de cera repetindo-se o relacionamento intermaxilar que será obtido com o mínimo de pressão inter-oclusal.
	A seguir os modelos devem ser preferencialmente montados em articulador semi-ajustável, utilizando-se o arco facial para a montagem do modelo superior, e a guia de mordida em cera, para o relacionamento e montagem do modelo inferior em posição de relação cêntrica.
Seleção da Forma e Cor dos Dentes e Gengiva Artificial:
	 Com relação a forma, altura, largura e escolha da cor, devemos buscar dentes que se harmonizem com o tipo físico do paciente. Normalmente pessoas de grande estatura possuem dentes grandes e as de pequena, dentes pequenos. A forma dos dentes devem ser harmoniosa com a forma do rosto, que pode ser classificada em: quadrada, ovóide e triangular.
	A forma dos dentes relaciona-se com a forma do arco, Por exemplo, para arcos quadrados e faces quadradas, dentes quadrados devem ser selecionados. Quando o paciente possuir incisivos centrais remanescentes., podemos tomá-los como referência. Quando o paciente não possuir os seis dentes anteriores, tomamos a largura dos seis dentes antagonistas e observamos na escala do fabricante o tamanho dos dentes necessários para uma montagem correta. A largura entre a distal de um canino a outro é semelhante à distância interpulpilar. Esta largura é igual a medida da base do nariz do paciente, acrescido de 2 mm.
	A tomada da cor dos dentes e da gengiva deve ser efetuada à luz do dia, com o paciente de frente para o profissional, sem nenhuma sombra.
	De posse da escala de cor de dentes artificiais, selecionamos aquela mais adequada, verificando a tonalidade dos dentes naturais (mais amarronzado “A”, mais amarelado “B“ ou mais acizentados “C”. Quando houver dúvidas, repetimos a operação sem fixarmos o olhar por mais de três segundos em cada cor. Caso a dúvida persista. devemos descansar a vista, olhando para uma superfície azul ou verde por alguns segundos para em seguida reiniciarmos a escolha, Se, ao final da tomada ficarmos entre uma cor mais clara e outra mais escura, devemos optar sempre pela mais escura, pois é aquela que causa menor impacto visual, tornando-se menos perceptível. 
	Para a tomada de cor gengival devemos nos basear pela região próxima do vermelho do lábio, selecionando a cor na escala que mais se aproxima do real. Juntamente, achamos importante o preenchimento da ficha laboratorial que fornecerá um maior número de informações para o técnico no momento do enceramento e posterior acrilização.
Fases Laboratoriais:
Montagem dos dentes e Caracterização na Ceroplastia:
	A montagem dos dentes deve objetivar a estética como a função, estando em harmonia com lábios, língua e bochechas, independentemente da posição ocupada pela mandíbula.
	Existem normas para a seqüência da montagem que serão adaptadas a cada situação. O técnico em prótese dentária irá realizar a ceroplastia reproduzindo o volume e a escultura, semelhante a escolhida na escala gengival. Para cada cor de pigmento na resina, existe a correspondente na cera, que são aplicadas na mesma disposição da escala. Desta forma, podemos conferir na boca, se a caracterização gengival escolhida é a ideal.
Prova na Boca da Montagem dos Dentes e Ceroplastia Caracterizada:
 	Com a prótese instalada, devemos observar se a montagem dos dentes (cor, forma e posição), encontra-se em harmonia com a face do paciente. Também avaliamos a relação oclusal utilizando papel fino para articulação.
	Apenas ajustes grosseiros são recomendados nesta fase. Com relação a caracterização gengival devemos observar se a cor escolhida na escala, corresponde a cor da gengiva do paciente. Se necessário, modificações podem ser feitas nesta fase sempre com o correto preenchimento da guia de orientação laboratorial. Com a montagem dos dentes e caracterização gengival aprovados, a PPR passa para a fase de acrilização.
Acrilização da PPR:
	
Inclusão em Mufla:
 Inicialmente devemos fixar com cera a PPR no modelo de trabalho para que não haja perigo de movimentação da peça na inclusão. O recipiente metálico para tal, denominado mufla, possui três partes: base, contra-mufla e tampa. Todas estas partes deverão estar perfeitamente adaptadas entre si.
Os dentes do modelo de gesso são recortados de forma que a região fique expulsiva, facilitando a inclusão e desinclusão. Verificamos se o volume da prótese fixada ao modelo é compatível com a área interna da mufla, tomando o cuidado de isolarmos os grampos da PPR com fita crepe e as partes internas da mufla com uma discreta camada de vaselina em pasta.
Manipulamos o gesso comum vertendo-o até ocupar a metade da área interna da base da mufla, centralizamos o modelo de modo que a linha mediana da prótese coincida cm o centro da base da mufla. Isso feito retirar a contra-mufla e completar a base da mufla com gesso até a borda do modelo, tendo o devido cuidado de não invadir a cera e os grampos. O gesso comum deve ficar bem liso e sem retenções. Nas regiões onde o modelo e os grampos oferecerem retenção, para maior segurança, recomendamos recobrir a área com uma leve camada de cera fundida o que facilitará em muito a demuflagem, sem o perigo de fratura.
Após a reação de presa do gesso da base, devemos passar sobre a cera e os dentes uma quebra de tensão artificial (álcool) para a remoção de resíduos orgânicos. A seguir, isolamos todo o gesso visível com isolante a base de alginato (próprio para separar gesso de gesso ou gesso de resina).
Confecção da Muralha de Silicona ou Gesso:
 	A finalidade dessa muralha é a de proteger os dentes de possíveis deslocamentos no ato da prensagem. A silicona ou o gesso pedra devem ser aplicados aos dentes de forma que estes sejam recobertos por vestibular e lingual, e parcialmente na oclusão, deixando apenas as pontas de cúspides e as incisais nos casos anteriores, visíveis.
	Com gesso pedra recobrimos a muralha aumentando sua resistência, evitando assim alteração na posição dos dentes no momento da prensagem. Após a confecção da muralha adaptamos a contra-mufla sobre a base, completando-a com uma mistura em partes iguais de gesso comum e gesso pedra, tampando-a a seguir.
	Nesta fase, devemos colocar um peso sobre a muralha ou usar prensa hidráulica, observando a adaptação das

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