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Aula 05 - D. Administrativo (04-02)

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XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
Intensivo Modular Semanal 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
 
CURSO INTENSIVO MODULAR SEMANAL – XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
 
Disciplina Direito Administrativo 
Aula 05 
 
EMENTA DA AULA 
1. Concessão e permissão de serviços públicos; 
2. Parcerias Público Privadas; 
3. Propriedade. 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. Concessão e Permissão de serviços públicos: 
• Noção básica: serviço público é todo aquele prestado pela administração ou por 
particulares debaixo de regras de direito público para a preservação dos interesses da 
coletividade. 
• Reflexos: a titularidade de um serviço público é intransferível e pertence à 
administração; jamais o particular será titular. A administração é quem elabora 
unilateralmente as regras para a execução do serviço, justamente por ser titular; 
portanto, a administração tem competência também para fiscalizar o cumprimento 
dessas regras, assim como para aplicar as sanções em razão de seu descumprimento. 
Por ser a titular, incumbe também decidir quem executará o serviço; podendo ser a 
própria administração, de forma direta através de órgãos que aparecem na sua 
estrutura direta (Ministérios, Secretarias, Subprefeituras) ou de forma indireta 
(pessoas, autarquias, fundações, empresas, sociedades), ou ainda podendo transferir a 
execução para particulares. Em suma a administração utiliza-se dos instrumentos de 
permissão e concessão, através dos quais se transfere via licitação a execução de 
serviços e de obras públicos para particulares que melhor ofereçam condições de 
execução do serviço. 
• Fundamento: artigo 175 da CF - Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, 
diretamente ou por concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação 
de serviços públicos. 
• Legislação: Lei 8.987/95. 
 
XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
Intensivo Modular Semanal 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
� Política tarifária: artigos 8/15 da Lei 8.987/95. A tarifa se apresenta como principal 
fonte de arrecadação do concessionário e permissionário, ou seja, da cobrança da 
tarifa sobre os usuários vislumbra-se a recuperação do investimento e eventual 
margem de lucro. A legitimidade da criação da tarifa é do titular do serviço, portanto, 
da administração. 
� Responsabilidade por danos resultantes de uma concessão ou permissão: artigo 25 da 
Lei 8.987/95. 
• O concessionário e o permissionário são responsáveis tanto pelos danos causados aos 
usuários, quanto ao Poder Público e aos terceiros; por serem eles que executam o 
serviço. Essa responsabilidade é objetiva, ou seja, não é baseada no dolo ou culpa; 
sendo assim, deve-se comprovar o nexo de causalidade, a vítima deve demonstrar 
somente que o dano sofrido resultou da prestação de um serviço público. O Supremo 
Tribunal Federal entende que quando o dano resultar da prestação de um serviço 
público a responsabilidade sempre será objetiva, sendo irrelevante saber quem o 
executava (se a administração ou o particular) ou quem era a vítima, se o usuário ou 
terceiro. 
• A responsabilidade é objetiva na variante do risco administrativo; significa que ajuizada 
ação pela vítima, o concessionário ou permissionário somente respondem pelos danos 
que efetivamente tenham causado. Neste caso, o concessionário ou permissionário 
poderão utilizar em defesa a hipótese de caso fortuito, força maior ou culpa da vitima 
para excluir ou atenuar a sua responsabilidade. 
� Causas de extinção das concessões ou permissões: artigo 35/39 da Lei 8.987/95. 
• O termo é a causa de extinção natural, pelo término do prazo inicialmente previsto. As 
causas de extinção prematuras ocorrem durante a vigência da concessão ou 
permissão, temos entre elas: a encampação, que ocorre por razões de interesse 
público; o concessionário não deu causa à extinção, portanto terá direito a 
indenização. Outra figura de extinção prematura é a caducidade, que ocorre pelo 
descumprimento de obrigações por parte do concessionário ou permissionário, como 
deram causa à extinção não possuem direito a indenização, mas sim a processo 
administrativo com ampla defesa; note que a caducidade sem ampla defesa é ilegal. E 
por fim, a rescisão ocorre pelo descumprimento de obrigações contratuais por parte 
do Poder Público, neste caso o concessionário ou permissionário necessita recorrer ao 
judiciário para sua extinção. 
 
XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
Intensivo Modular Semanal 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
2. Parcerias Público Privadas: 
• Em 2004 criaram as conhecidas PPPs (parcerias público privadas), com o intuito de 
atrair a iniciativa privada para execução de serviços e principalmente obras públicas. 
Possuem natureza jurídica de concessão, por essa razão haverá a necessidade de 
licitação; porém, a única modalidade de licitação admissível é a concorrência pública. 
• Legislação: Lei 11.079/04, principalmente seu artigo 2º. 
• Limites para a celebração de PPPs: artigo 2º §4º da Lei 11.079/04. Para a celebração do 
contrato de PPPs é necessário um valor mínimo de R$ 20 milhões de reais, com prazo 
mínimo de 5 anos e máximo de 35 anos. Quanto ao seu objeto, a lei proíbe aquelas 
que tenham por objeto único ou exclusivo a execução de obras públicas, o 
fornecimento e a instalação de equipamento e a terceirização/transferência de mão de 
obra. 
• Modalidades de PPPs: artigo 2º §1º e §2º da Lei 11.079/04. A modalidade patrocinada 
incide sobre a execução de serviços e obras públicas; o parceiro privado tem dupla 
fonte de arrecadação, através da cobrança de tarifas dos usuários e a remuneração 
pela administração. Já a modalidade administrativa somente incide sobre a execução 
de serviços; possui fonte de arrecadação única, o parceiro privado somente será 
remunerado pelo poder público, não há possibilidade de cobrar tarifa. 
 
3. Propriedade: artigo 5º caput e inciso XXII da CF. A propriedade é um direito 
fundamental e, portanto é clausula pétrea. 
� Meios de intervenção na propriedade: o Poder Público poderá intervir na propriedade 
em certos casos, vejamos: 
• Desapropriação: é um meio de intervenção na propriedade em que a propriedade é 
transferida compulsoriamente para o patrimônio público mediante indenização. Esse 
processo tem seu inicio através da publicação de um decreto de desapropriação; nesse 
decreto deve constar qual o fundamento da desapropriação e qual a destinação que 
será dada ao bem. Ocorrerá tredestinação se houver mudança da destinação inicial 
(após a sua apresentação), se a nova destinação mantém o interesse público a 
tresdestinação é licita, porém quando a mudança não mantém o interesse público se 
torna ilícita (desvio de finalidade); nesse último caso, o expropriado pode recorrer ao 
judiciário e ingressar com o pedido de retrocessão (volta ao momento anterior da 
desapropriação) – artigo 519 do CC. Atenção! As jurisprudências dos Tribunais têm 
XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
Intensivo Modular Semanal 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
decidido que os pedidos de retrocessão, se acolhidos, resolvem-se em indenização por 
perdas e danos. 
• Confisco: é um meio de intervenção na propriedade em que a propriedade é 
transferida compulsoriamente para o patrimônio público sem indenização e somente 
na hipótese prevista no artigo 243 da CF. O confisco será realizado quando a 
propriedade for utilizada para plantação ilegal de psicotróficos, sendo o proprietário 
ainda sujeito às responsabilizações penais. 
• Requisição: é um meio de intervenção na propriedade em que a posse é transferida 
compulsória e temporariamentemediante indenização por razões de iminente perigo 
público. 
• Ocupação: é um meio de intervenção na propriedade em que a posse é transferida 
compulsória e temporariamente mediante indenização por razões de interesse 
público. Exemplo: para realizar as votações eleitorais. 
• Limitação: é um meio de intervenção na propriedade que traz restrições quanto ao 
seu uso, são restrições gerais e gratuitas. A restrição é geral quando atinge todos os 
bens e gratuita por não ter possibilidade de indenização. Exemplo: zoneamento. 
• Servidão: é um meio de intervenção na propriedade que traz restrições quanto ao seu 
uso, as restrições neste caso serão especificas e onerosas em razão do interesse 
público. A restrição especifica atinge uma ou algumas propriedades e onerosa pela 
possibilidade de indenização. Exemplo: passagem de rede elétrica por certa 
propriedade (implica em desvalorização do imóvel). 
• Tombamento: é um meio de intervenção na propriedade que traz restrições quanto ao 
seu uso, suas restrições são especificas e onerosas. Ocorre por razões históricas, 
artísticas, culturais ou ambientais. O proprietário do bem tem direito a ser indenizado 
não somente pela restrição ao uso, mas pelas eventuais despesas para manter as 
características que levaram ao tombamento. O proprietário do bem tombado pode 
alienar o bem desde que as suas características sejam mantidas. O tombamento pode 
recair sobre bens móveis ou imóveis.

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