Buscar

armelin CONTABILIDADE RURAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DE 
APUCARANA 
 
 
 
 
JOÃO ARMELIN FILHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE RURAL: METODOLOGIA PARA 
REGISTROS DAS ATIVIDADES DE PEQUENAS 
PROPRIEDADES RURAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apucarana - PR 
2011 
 
 
JOÃO ARMELIN FILHO 
 
 
 
CONTABILIDADE RURAL: METODOLOGIA PARA 
REGISTROS DAS ATIVIDADES DE PEQUENAS 
PROPRIEDADES RURAIS 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao curso de Pós-
Graduação Lato Sensu em Gestão 
Financeira, Contábil e Auditoria, da 
FECEA - Faculdade Estadual de Ciências 
Econômicas de Apucarana, como requisito 
parcial à obtenção do título de 
Especialista. 
 
Orientador: Prof. M. Sc. Edmilson Santos 
Assunção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apucarana - PR 
2011 
 
JOÃO ARMELIN FILHO 
 
 
CONTABILIDADE RURAL: METODOLOGIA PARA 
REGISTROS DAS ATIVIDADES DE PEQUENAS 
PROPRIEDADES RURAIS 
 
 
 
 
 
 
 
Esta monografia foi julgada e aprovada para a 
obtenção do grau de Especialista em 
Gestão Financeira, Contábil e Auditoria 
no Programa de Pós-Graduação da 
Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana. 
 
 
 
 
 
Prof. M. Sc. Edmilson Santos Assunção 
Orientador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apucarana (PR), de agosto de 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
Aos meus pais João Armelin e Leonilda Pinheiro de Toledo. 
Aos meus filhos: 
 Rodrigo de Lima Armelin, 
 Rafael de Lima Armelin, 
Barbara Helena de Lima Armelin 
 e 
 Isadora Lika Ohara Armelin. 
 
Ao eterno Prof. Carlos Sert, in memoriam. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
A Deus, pela presença em todas as horas. 
Ao Prof. Orientador M. Sc. Edmilson Santos Assunção, pela dedicação e apoio em 
todas as etapas deste trabalho. 
À minha família, pela força e compreensão pelos momentos de minha ausência. 
Aos amigos e colegas, pela amizade que construímos nesta jornada. 
Aos professores, sempre dispostos a contribuir com a realização deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARMELIN FILHO, João. Contabilidade Rural: Metodologia para registros das 
atividades de pequenas propriedades rurais. 2011. Monografia (Especialização 
Lato Sensu em Gestão Financeira, Contábil e Auditoria) – FECEA – Faculdade 
Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana. 
 
 
 
RESUMO 
 
 
O objetivo deste trabalho é apresentar de forma prática, os procedimentos para 
iniciação dos registros contábeis das atividades rurais em nível de pequena 
propriedade rural. O foco para pequena propriedade se deve ao fato de que, de um 
modo geral as grandes empresas já se encontram organizadas e estruturadas. A 
fundamentação teórica apresenta conceitos e definições básicas de contabilidade 
geral e contabilidade agrícola, sua finalidade e outros assuntos da área do 
conhecimento aplicáveis e presentes ao caso prático objeto de um trabalho realizado 
em uma propriedade rural, apresentado como forma de facilitar o entendimento dos 
procedimentos a serem adotados para a iniciação dos registros das atividades. 
Como referencial, utilizou-se do interesse dos pequenos produtores rurais em adotar 
um procedimento como forma de registrar suas operações objetivando conhecer 
seus resultados, atender às exigências fiscais e dispor de um histórico das culturas 
exploradas para servir de base para tomada de decisões sobre as próximas 
atividades e o planejamento da safra seguinte. Apesar da complexidade como o 
tema se apresenta pelos estudiosos da ciência contábil, conclui-se que é possível 
extrair da literatura, os ensinamentos necessários para facilitar aos iniciantes, o 
entendimento básico do processo para adoção do sistema para registro de suas 
atividades. Como as dificuldades para iniciação de um sistema de escrituração é 
comum à maioria dos pequenos empresários rurais, a perspectiva é que os passos 
apresentado no caso prático deste estudo venha contribuir e facilitar o entendimento 
para àqueles que sintam o desejo e a necessidade da adoção de um sistema para 
acompanhamento e controle de suas atividades. 
 
 
Palavras-chave: contabilidade, pequena empresa rural, empresário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................08 
2 OBJETIVOS DA PESQUISA.........................................................................10 
2.1 Objetivo geral ...............................................................................................10 
2.2 Objetivos específicos.. .................................................................................10 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA........ .........................................................11 
 4 JUSTIFICATIVA............................................................................................12 
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................13 
5.1 Contabilidade Rural.... .................................................................................13 
5.2 Empresa Rural.............................................................................................14 
5.3 Empresário Rural..........................................................................................15 
5.4 Escrituração..................................................................................................15 
5.5 Normas e métodos de escrituração..............................................................16 
5.5.1 Método das partidas simples........................................................................16 
5.5.2 Método das partidas dobradas.....................................................................16 
5.6 Sistema de escrituração...............................................................................17 
5.7 Sistema de custos........................................................................................17 
 5.7.1 Classificação de custos................................................................................18 
5.7.1.1 Custos fixos..................................................................................................18 
5.7.1.2 Custos variáveis...........................................................................................18 
5.8 Elementos componentes do custo de produção..........................................18 
5.8.1 Despesas diretas ou custo direto.................................................................18 
5.8.2 Despesas indiretas ou custo indireto...........................................................19 
 5.9 Critério de rateio das despesas indiretas ou custo indireto...........................19 
 5.10 Processo de escrituração..............................................................................19 
 
5.10.1 Escrituração eletrônica..................................................................................20 
5.10.2 Escrituração digital........................................................................................20 
5.11 Livros de escrituração...................................................................................21 
5.12 Plano de contas.............................................................................................23 
5.13 Depreciação..................................................................................................245.14 Juros sobre o capital próprio.........................................................................26 
5.15 Remuneração do trabalho do empresário rural............................................26 
5.16 Escrituração em nível de pequenas propriedades – caso prático...............27 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................30 
REFERÊNCIAS........................................................................................................31 
APÊNDICES.............................................................................................................33 
ANEXOS...................................................................................................................55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8
1. INTRODUÇÃO 
 
O desconhecimento da importância da contabilidade, pela maioria dos 
empresários, os leva a crer que ela existe apenas como formalidade exigida em 
função da constituição jurídica da empresa e em geral somente as empresas ou 
propriedades rurais juridicamente constituídas mantém escrituração regular apenas 
para cumprimento da legislação fiscal em detrimento à sua principal finalidade que é 
fornecer informações de ordem econômica e financeira sobre o seu Patrimônio. 
A forma complexa e extremamente técnica como são abordados exige dos 
usuários um grau de conhecimento técnico raramente presente no meio rural, 
fazendo com que os empresários rurais tenham dificuldades até mesmo em iniciar 
os registros de suas atividades. Neste contexto, partindo do principio que, a 
complexidade e o volume de trabalho com a escrituração, esta diretamente 
relacionada ao porte da empresa (pequena, média ou grande propriedade ou 
empresa rural) e ao volume de seus negócios, em nível de pequena propriedade 
rural, a escrituração poderá ser simplificada e restringir-se apenas a escrituração de 
um livro caixa, condição prevista na legislação do imposto de renda, para as 
pessoas físicas tidas como pequeno e médio produtor rural. 
Diferentemente como sugere a legislação do Imposto de Renda de se 
escriturar apenas o “Livro Caixa” que atende tão somente aos interesses do fisco, 
este estudo sugere a adoção de um sistema de escrituração através do método das 
partidas dobradas, a nível de contas patrimoniais e de resultados, possibilitando aos 
empresários rurais, a qualquer momento verificar a movimentação e saldo de todas 
as contas e, no final do ciclo produtivo apurar o resultado de cada cultura explorada, 
dispondo assim de um histórico de cada atividade para fins de avaliação e servir de 
base para tomada de decisão sobre as próximas culturas a serem exploradas e o 
planejamento da safra seguinte. 
 Como forma de facilitar o entendimento do processo para a adoção de um 
sistema de escrituração em nível de pequena propriedade diante da complexidade e 
abrangência do tema, no desenvolvimento do estudo procurou-se extrair através de 
pesquisa bibliográfica, apenas os conceitos e definições básicas presentes e 
aplicáveis ao caso prático, subtítulo 5.16, onde se apresenta passo a passo, as etapas 
seguidas no trabalho realizado em uma propriedade rural. Neste contexto, o plano de 
 9
contas sugerido, está estruturado de acordo com os preceitos da legislação e dispõe 
de um elenco de contas apropriadas à atividade agrícola, hierarquizado até o quarto 
nível, com a definição da sua natureza, função e funcionamento das contas, 
facilitando sua interpretação. Na elaboração foram considerados aspectos 
relacionados às atividades desenvolvidas, o porte da propriedade, volume e tipo de 
transações, necessidade de informação dos usuários internos e externos e 
principalmente o inventário físico dos bens, direitos e obrigações. Para as transações 
com maior grau de dificuldade, o estudo sugere procedimentos e critérios que mantém 
estreita relação com legislação aplicada ao caso. Assim, para avaliação dos bens 
inventariados sugere-se os preços correntes de mercado; para rateio ou distribuição 
das despesas indiretas, sugere-se como base para rateio a relação quantidade de 
hectares de cada cultura; em relação à remuneração do trabalho do empresário rural, 
assim entendida o pagamento pela efetiva prestação de serviços na empresa rural, 
notadamente, os trabalhador da agricultura familiar que tem na exploração agrícola 
senão a única, a principal fonte de renda para atender suas necessidades básicas, 
sugere-se registrar como retiradas pró-labore, o montante dos valores retirados 
mensalmente; e, em relação aos juros sobre o capital próprio, sugere-se o mesmo 
critério aplicado às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real que estabelece 
como parâmetro para a remuneração a titulo de juros sobre o capital próprio 
(patrimônio liquido), a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), fixada pelo Conselho 
Monetário Nacional (CMN). 
Assim, como as dificuldades para iniciação de um sistema de escrituração é 
comum à maioria dos pequenos empresários rurais, a perspectiva com o método 
apresentado é de proporcionar fatores que venham motivá-los à adoção de um 
sistema que atenda às suas necessidades, aos interesses do fisco e dos técnicos da 
extensão rural da área agronômica, contábil e outras afins, para o aprimoramento do 
sistema sugerido e em estudos e avaliações de impactos sócio-econômico. 
 
 
 
 
 
 
 10
2. OBJETIVOS: 
 
2.1 – GERAL 
 
Este trabalho dedica-se ao estudo e sugestão de metodologia de forma 
simplificada para registro e controle das atividades de pequenas propriedades rurais. 
 
2.2 – ESPECÍFICOS 
 
• Apresentar conceitos e definições inerentes às atividades contábeis e sua 
importância como instrumento de planejamento, acompanhamento, avaliação 
e controle das atividades exploradas; 
• Apresentar uma metodologia simples, direcionada ao pequeno empresário 
rural, para iniciação e manutenção dos registros das atividades de pequenas 
propriedades rurais; 
• Demonstrar, de forma prática, as fases para início de uma escrituração 
através de um caso prático voltado para a realidade de uma pequena 
empresa agrícola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11
3. METODOLOGIA DA PESQUISA 
 
Para se alcançar os objetivos propostos, a metodologia deste trabalho estará 
pautada em pesquisa bibliográfica. 
Gil (2010, p. 29), comenta: 
 A pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já publicado. 
Tradicionalmente, essa modalidade de pesquisa inclui material impresso 
como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos 
científicos. Todavia, em virtude da disseminação de novos formatos de 
informação, estas pesquisas passaram a incluir outros tipos de fontes, como 
discos, fitas magnéticas, CDs, bem como o material disponibilizado na 
Internet. 
 
Sobre modalidades de pesquisa, SALVADOR (1986, p. 10), comenta: 
 
Por outro lado, a pesquisa feita em documentos escritos é chamada de 
pesquisa bibliográfica,quando se utiliza de fontes, isto é, documentos 
escritos originais primários; chama-se de consulta bibliográfica ou estudos 
exploratórios, quando se utiliza de subsídios, literatura corrente ou obras de 
autores modernos. Comumente, ambos os estudos são denominados 
simplesmente de pesquisa bibliográfica. 
 
 
Cabe ressaltar que as obras literárias abordam o tema embasado nos 
princípios da contabilidade, leis e regulamentos voltados não só para o cumprimento 
das funções da contabilidade, mas principalmente para cumprimento da legislação 
fiscal. Os temas são altamente técnicos e com elevado grau de complexidade, 
dificultando e até mesmo desmotivando os iniciantes. Diantedesta constatação, 
além de apresentar as doutrinas, conceitos e definições dos grandes mestres da 
literatura contábil, o que se pretende com esse trabalho é extrair, através da 
pesquisa bibliográfica, um conteúdo simples, atualizado, de fácil entendimento e com 
aplicabilidade à realidade das pequenas empresas rurais, objetivando o 
entendimento do processo para iniciação dos registros de suas atividades. 
 
 
 
 
 
 12
4. JUSTIFICATIVA 
 
Este tópico trata da apresentação de conceitos e definições explorando a 
literatura relacionada ao tema com o propósito de proporcionar aos empresários 
rurais, maior familiaridade com o tema e servir como base para o estudo 
apresentado considerando as características e peculiares da pequena propriedade 
ou empresa rural. 
Segundo Gomes (2002, p. 19), um grande número de produtores rurais não 
utiliza a contabilidade com o objetivo de auxiliar no processo de tomar decisões e 
que, segundo CREPADIL (apud GOMES 2002, p. 19), entre os diversos fatores que 
têm contribuído para que este fato ocorra destaca-se: 
1) A adaptação de sistemas estrangeiros e de contabilidade comercial e 
industrial inadequados para as características peculiares da agropecuária; 
2) A falta de profissionais capacitados na transmissão de tecnologia 
administrativa aos produtores rurais; 3) A não inclusão da contabilidade 
rural como instrumento de políticas governamentais agrícolas ou fiscais. 
 
Berti (2001, p. 35), conceitua contabilidade como sendo a ciência que estuda, 
registra e controla o patrimônio. É definida como ciência porque representa uma 
soma de conhecimentos práticos, sedimentados no tempo, representados por seus 
princípios e convenções geralmente aceitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
5.1 Contabilidade Rural 
 
 A contabilidade é uma ciência que estuda o patrimônio. Os registros 
referentes à contabilidade, datam desde os sumérios. Existem diversos conceitos 
contábeis para os inúmeros segmentos desta ciência, tais como: de custos, 
comercial, industrial, bancária, etc. Seguem definições sobre contabilidade rural. 
Para Gomes (2002, p.21): 
A contabilidade rural é um instrumento fundamental para o controle 
financeiro e econômico da propriedade rural; pode-se também afirmar que a 
utilização da contabilidade contribui, sob vários aspectos, com o ambiente 
onde a entidade esteja inserida. 
 
Calderelli (1976) define contabilidade rural como sendo o conjunto de leis, 
normas e princípios, com a finalidade de estudar e registrar todos os atos e fatos 
ligados a empresas de atividades agrícolas e pastoris. 
Segundo Aloe & Valle (1972), a Contabilidade rural é a parte da contabilidade 
aplicada às atividades agrícolas, tendo por objetivo o estudo, registro e controle da 
gestão econômica do patrimônio das empresas que se dedicam a essa atividade. 
 
5.2 Empresa Rural 
 
Segundo Marion (2000, p. 22) empresas rurais são aquelas que exploram a 
capacidade produtiva do solo por meio do cultivo da terra, da criação de animais e 
da transformação de determinados produtos agrícolas. 
 Para Aloe & Valle (1972): 
Empresa rural é a atividade de caráter econômico que tem por finalidade 
utilizar a capacidade produtiva da superfície do solo, através do conjunto de 
meios apropriados que possibilitem obter com maior abundância e mais 
economicamente os produtos da natureza. 
 
 14
Conceito de atividades rural (COAD - IRPJ 2010, p. 1 - 2): 
 A exploração da atividade rural inclui as operações provenientes do giro 
normal da empresa, em decorrência do exercício das seguintes atividades: 
- agricultura; 
- pecuária; 
- extração e exploração vegetal e animal; 
- exploração de atividades zootécnicas, tais como apicultura, avicultura, 
cunicultura, suinocultura, sericicultura; piscicultura e de outras culturas de 
pequenos animais; 
- exploração de atividade florestal, ou seja, o cultivo de florestas que se 
destinem ao corte para comercialização, consumo ou industrialização; 
- venda de rebanho de renda, reprodutores ou matrizes; 
- transformação de produtos decorrentes da atividade rural, em que sejam 
alteradas a composição e as características do produto in natura, feita pelo 
próprio agricultor ou criador, com equipamentos e utensílios usualmente 
empregados nas atividades rurais, utilizando exclusivamente matérias-
primas produzidas na área rural explorada tais como: 
a) beneficiamento de produtos agrícolas: 
• Descasque de arroz e de outros produtos semelhantes; 
• Debulha de milho; 
• Conservas de frutas, etc; 
b) transformação de produtos agrícolas: 
• moagem de trigo e de milho; 
• moagem de cana-de-açúcar para produção de açúcar mascavo, 
melado, rapadura; 
• grãos em farinha ou farelo; 
c) transformação de produtos zotécnicos: 
• produção de mel acondicionado em embalagem de apresentação; 
• laticínio (pasteurização e o acondicionamento do leite; transformação 
do leite em queijo, manteiga e requeijão); 
• produção de sucos de frutas acondicionados em embalagem de 
apresentação; 
• produção de adubos orgânicos; 
d) transformação de produtos florestais: 
• produção de carvão vegetal; 
• produção de lenha com árvores da propriedade rural; 
• venda de pinheiros e madeira de árvores plantadas na propriedade 
rural; 
e) produção de embriões de rebanho em geral, alevinos e girinos em 
propriedade rural, independente de sua destinação (reprodução ou 
comercialização): 
• atividade de captura de pescado in natura, realizada por 
embarcações, desde que a exploração se faça com apetrechos 
semelhantes ao da pesca artesal (arrastões de praia, rede de cerca, etc), 
inclusive a exploração em regime de parceria. 
 
 
Diante destes conceitos, pode-se definir empresa rural como sendo a 
constituição jurídica e legal, com a finalidade de exploração econômica das 
atividades agrícolas, pecuárias, agroindustriais e extrativas, com o objetivo de 
produzir bens e serviços. 
 
 
 15
5.3 Empresário Rural 
 
 O Novo Código Civil Brasileiro, Lei 10.406 de 10.01.2002, estabelece: 
 Art. 966. Considera empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
 O Art. 970 estabelece que: A lei assegurará tratamento favorecido, 
diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à 
inscrição e aos efeitos daí decorrentes. 
 Segundo Brandt & Oliveira (1976): 
 Empresário rural é a pessoa física ou jurídica que tendo o uso e desfrute da 
terra e demais elementos organizativos da exploração, desempenha em 
próprio nome uma atividade de cultivo, pecuária, florestal, agro-industrial ou 
mista e que assume as funções técnicas, financeira, comercial, contábil, e 
administrativa. 
 
Assim, pode-se definir empresário rural como sendo a pessoa física ou 
jurídica que investe na exploração econômica das atividades agrícolas, pecuárias, 
agroindustriais e extrativas assumindo as funções de coordenar e organizar a 
empresa, unindo os fatores terra, trabalho, capital e tecnologia. 
 
5.4 Escrituração 
 
Segundo Berti (2001, p. 36), “escrituração contábil – é a técnica de efetuar 
registros dos fatos contábeis que afetam o patrimônio da entidade, passíveis de 
valorização monetária. Devem ser efetuadas em ordem cronológica através dos 
lançamentos em livros próprios”. 
Para Walter & Braga (1979) escrituração são registros cronológicos e 
sistemáticos dos fatos administrativos através de vários métodos ou processos que 
vão desde a escrituração manual até os processos eletrônicos. 
 
 
 16
5.5 Normas e métodos de escrituração 
 
 Para Gomes (2002, p.27), método de escrituraçãoconstitui o conjunto de 
normas e princípios reguladores do roteiro a ser seguido nas tarefas de registros dos 
fatos administrativos. 
 
5.5.1 Método das partidas simples 
 
Consiste em se debitar ou creditar, conforme o caso, a conta de uma das 
pessoas físicas ou jurídicas que figurar na operação. É feita sem observar qualquer 
princípio contábil, limitando-se a anotações de fatos, sem atender a origem ou 
destino das operações. Neste método o resultado econômico só é conhecido 
mediante a comparação do patrimônio líquido inicial e final, verificado através de 
aumento ou diminuição da riqueza administrada. 
Para Gomes (2002, p.27), pelo método das partidas simples, só se fazem 
registros de operações realizadas com pessoas, omitindo-se, portanto, o registro dos 
elementos patrimoniais, do lucro ou do prejuízo. 
 
5.5.2 Método das partidas dobradas 
 
Gomes (2002, p. 27) afirma: 
 
O método das partidas dobradas, que é um método universalmente aceito e, 
prescreve, em sua essência, que o registro de qualquer operação implica 
que a um débito numa ou mais contas deve corresponder um crédito 
equivalente em uma ou mais contas, de forma que os valores debitados seja 
sempre igual à soma dos valores creditados. Não há débito (s) sem crédito 
(s) correspondente (s). 
 
Segundo Cherman (2005, p. 17), o método das partidas dobras preceitua que 
a todo débito corresponde a um crédito de igual valor. 
 
 17
5.6 Sistema de escrituração 
 
 Segundo Calderelli (1976) sistema de escrituração é o conjunto das contas 
ordenadas, relativas a fatos administrativos de determinada espécie ou determinado 
setor; é a coordenação dos elementos contábeis com vista a determinados fins. 
 Aloe (1972) definiu sistema de escrituração como sendo um conjunto de 
contas que poderá registrar todos os fatos de gestão, podendo ser parcial quando se 
referir apenas a determinado grupo de contas ou fatos e, geral quando abrange 
todas as contas ou fatos administrativos da empresa. 
 
5.7 Sistema de custos 
 
 Tem a função de registrar os custos incorridos com a produção, apresentando 
o resultado após a execução de todas as operações, com o produto já concluído 
e/ou acabado. 
Aloe & Valle (1972) definem custo de produção como sendo a soma global de 
todos os encargos suportados pelo agricultor para se obter o produto. 
Para Calderelli (1976), o custo representa as aplicações de bens ou serviços 
para a obtenção de um novo bem. 
Dentre os sistemas, um dos mais utilizados é o custo histórico ou real que 
consiste nos registros contábeis das despesas e gastos reais à medida em que eles 
ocorrem. Apresenta o resultado no fim do ciclo produtivo com o produto já concluído, 
pronto para comercialização ou consumo. 
As empresas que controlam custos por atividades adotam o sistema de 
custos ABC (Activity Based Costing). A idéia básica do sistema de custos ABC é 
primeiramente atribuir custos às atividades e posteriormente transferir os custos das 
atividades aos produtos. 
 
 
 
 18
5.7.1 Classificação de custos 
 
 Os custos se classificam em fixos e variáveis. 
 
5.7.1.1 Custos fixos - São aqueles de natureza constante, que não mantém 
proporcionalidade com a produção. São os custos necessários para o 
funcionamento normal da empresa independente de estar ou não produzindo. 
Representa as despesas de salários e encargos do pessoal administrativo, aluguéis, 
impostos e taxas e depreciações. 
 
5.7.1.2 Custos variáveis - São aqueles que mantém relação com a quantidade 
produzida, variam em função do aumento ou diminuição da produção. Representa 
as despesas com sementes, fertilizantes, defensivos, combustíveis, lubrificantes, 
transportes, mão de obra e encargos, manutenção e reparos. 
 
5.8 Elementos componentes do custo de produção 
 
São componentes dos custos de produção as despesas diretas com insumos 
e mão de obra e as despesas indiretas. 
 
5.8.1 Despesas diretas ou custo direto 
 
São aquelas que pela sua natureza e características, é possível determinar 
com exatidão os valores e aonde foram aplicadas. São contabilizadas diretamente 
como custo da cultura especifica e normalmente compreende as despesas com 
sementes, fertilizantes, defensivos, mão de obra e encargos diretos. 
 
 
 
 19
5.8.2 Despesas indiretas ou custo indireto 
 
Também denominadas gastos indiretos, são aquelas despesas que não 
permitem identificar com exatidão os valores que devam recair sobre cada cultura ou 
atividade. Representa as despesas comum às diversas culturas e deverão ser 
rateadas entre elas. 
 
5.9 Critério de rateio ou distribuição das despesas indiretas ou 
custo indireto 
 
Para se determinar o critério de rateio das despesas indiretas, deverá ser 
levado em conta a natureza da operação e as características das despesas. Na 
atividade agrícola as operações e despesas são de natureza e características 
semelhantes, portanto, as despesas com mão de obra e encargos, combustíveis e 
lubrificantes, manutenção e conservação de máquinas e implementos agrícolas, 
depreciação e outras despesas com gradeação, lavração, aplicação de fertilizantes e 
defensivos e outras operações, poderão ter como base para rateio a relação 
quantidade de hectares de cada cultura. 
D´Amore & Castro (1973) comentam: 
[...] que o rateio das despesas indiretas constitui um dos sérios problemas 
da contabilidade e que o critério utilizado deverá ser aquele que resultar da 
observação do encarregado da produção, podendo ser utilizado a 
proporção área ocupada para cada cultura, proporcional a mão de obra 
direta já apropriada (contabilizada) a cada cultura, proporcional aos 
materiais já apropriados e ainda, proporcional à produção. 
 
5.10 Processo de escrituração 
 
A escrituração agrícola tem por objeto a representação gráfica dos atos e 
fatos da administração, tanto poderá ser analítica ou sintética. A escrituração 
analítica registra as operações separando seus elementos de acordo com sua 
natureza, dentro dos grupos específicos. A escrituração sintética apresenta o 
registro do conjunto das operações no grupo específico, segundo sua função e a 
natureza das contas que dele fazem parte. 
 20
Vários são os processos de escrituração, que vão desde a escrituração 
manual até os processos eletrônicos de registro. Por serem mais práticos, ágeis e 
seguros e até por exigência legal, os processos de escrituração eletrônicos 
substituíram os processos considerados ultrapassados. 
 
5.10.1 Escrituração eletrônica 
 
Escrituração feita através de máquinas eletrônicas, computadores e suas 
máquinas satélites. O processamento de dados é o mais rápido processo de 
manusear as informações sob as formas desejadas e programadas. As vantagens 
trazidas pelo processo de escrituração por processamento de dados aliadas as 
facilidades na obtenção de hardware (equipamentos) e software (programas), faz 
com que ele seja o mais utilizado pelas empresas e profissionais do ramo. 
 
5.10.2 Escrituração digital 
 
É a era da substituição da escrituração em papel pela escrituração digital, 
instituído através do Decreto n º 6.022, de 22 de janeiro de 2007, o projeto do 
Sistema Público de Escrituração Digital – SPED, faz parte do Programa de 
Aceleração do Crescimento do Governo Federal - PAC e constitui-se em mais um 
avanço na informatização da relação entre o fisco e os contribuintes. Consiste na 
modernização da sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias, 
transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos 
fiscalizadores, utilizando-se da certificação digital para fins de assinatura dos 
documentoseletrônicos, garantindo assim a validade jurídica dos mesmos apenas 
na sua forma digital. 
Representa uma iniciativa integrada das administrações tributárias nas três 
esferas governamentais: federal, estadual e municipal e estabelece um novo tipo de 
relacionamento, baseado na transparência mútua, com reflexos positivos para toda a 
sociedade. 
É composto por cinco grandes subprojetos: 
 21
• NF-e - Nota Fiscal eletrônica 
• CT-e - Conhecimento de Transporte eletrônico 
• EFD - Escrituração Fiscal Digital 
• ECD - Escrituração Contábil Digital 
• NFS-e - Nota Fiscal de Serviços eletrônica 
 
A forma de escriturar é de livre escolha da empresa rural, desde que mantida 
em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e 
fiscal e às Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de 
Contabilidade, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo 
e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência. (COAD - 
IRPJ 2010, p. 5). 
 
5.11 Livros de escrituração 
 
Somente as empresas legalmente constituídas estão obrigadas a manter 
escrituração regular. Como escrituração regular entende-se aquela em que são 
utilizados os livros estabelecidos por lei em função do tipo da sociedade, atividade, 
forma de tributação e renda bruta e outros aspectos legais ou formais e que cuja 
escrituração obedeça aos princípios de contabilidade aceitos. 
 Classificam como livros de escrituração obrigatórios, o Diário; o Registro de 
Duplicatas e o Registro de Inventário, dentre os que estão em uso, com destaque 
para a importância do livro diário, não só porque contém a história da empresa, 
como também pelo valor jurídico que tem. 
 Classificam como livros de escrituração fiscais, o Registro de Entradas; 
Registro de Saídas; Registro de Controle e Produção de Estoque; Registro de 
Impressão de Documentos Fiscais, Registro de Utilização de Documentos Fiscais e 
Termos de Ocorrências; Registro de Apuração do ICMS; Registro de Apuração do 
IPI e Registro de Inventário que é exigido obrigatoriamente pela legislação do ICMS 
e do Imposto de Renda. 
 22
 Livros facultativos são aqueles que são adotados pelas empresas de acordo 
com a necessidade ou do que se quer controlar. Dentre eles estão classificados os 
livros Caixa; Contas Correntes e o Razão como os mais importantes deles. O livro 
razão sintetiza todas as contas e registros do livro Diário; seus débitos, seus créditos 
e saldos, fornecendo a qualquer momento a posição das contas, possibilitando o 
levantamento de balancetes. 
 Com o desenvolvimento das atividades econômicas e a necessidade de 
agilizar a escrituração, surgiram novos processos e os livros encadernados foram 
sendo substituídos por fichas ou formulários, visando agilizar e tornar mais prático o 
sistema contábil. No entanto, na utilização de fichas ou qualquer outro processo para 
escrituração, deverá ser obedecidos os mesmos princípios adotados para a 
escrituração do livro Diário, ou seja: registros em ordem cronológica das operações; 
utilização integral da ficha ou formulário, não devendo deixar espaços em branco, 
sem rasuras ou entrelinhas. 
O Sistema Público de Escrituração Digital – SPED, projeto que representa 
uma iniciativa integrada das administrações tributárias nas três esferas 
governamentais: federal, estadual e municipal, instituiu como um dos seus 
subprojetos a Escrituração Contábil Digital – ECD e a Escrituração Fiscal Digital – 
EFD. 
A Escrituração Contábil Digital - ECD, também chamada de SPED-Contábil, 
trata-se da obrigação de transmitir em versão digital os seguintes livros: 
 I - livro Diário e seus auxiliares se houver; 
II - livro Razão e seus auxiliares se houver; 
III - livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias 
 dos assentamentos neles transcritos. 
As sociedades simples e as microempresas e empresas de pequeno porte 
optantes pelo Simples Nacional estão dispensadas de adotarem a Escrituração 
Contábil Digital – ECD. 
A Escrituração Fiscal Digital - EFD é mais um subprojeto componente do 
projeto do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), é um arquivo digital, que 
se constitui de um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras 
informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Receita Federal 
 23
do Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações 
e prestações praticadas pelo contribuinte. É de uso obrigatório para os contribuintes 
do ICMS e/ou IPI. 
O parágrafo 3° do art. 264 do decreto 1.980/2007, alterado pelo decreto 8428, 
de 28/09/2010 - Ajuste SINIEF 2/2009 e 5/2010 (ATC, PR–ICMS/IPI, 2010, p. 446), 
estabelece: 
O contribuinte deverá utilizar EFD para a escrituração do: 
I - Livro Registro de Entradas; 
II – Livro Registro de Saídas; 
III – Livro Registro de Inventário; 
IV – Livro Registro de Apuração do IPI; 
V – Livro Registro de Apuração do ICMS; 
VI – Documento Controle de Crédito ICMS do Ativo Permanente – 
 CIAP. 
 
5.12 Plano de contas 
 
 Plano de contas é o agrupamento de um determinado número de contas com 
função e funcionamento definido, objetivando o registro das operações de uma 
empresa. 
Uma organização contábil eficiente não poderá prescindir de um bom plano 
de contas. Como valioso instrumento gerencial, deverá ser adequado às 
necessidades específicas de cada empresa, levando-se em conta sua atividade, 
estrutura, forma jurídica, volume de negócio e outros aspectos que possam 
influenciar na formulação as informações desejadas. Deverá ser estruturado de 
acordo com os preceitos da legislação comercial, que atenda aos princípios 
contábeis e dispor de um elenco de contas bem definidas com funções claras e 
objetivas. 
 24
 Conta é a denominação dada a um conjunto de elementos patrimoniais de 
uma mesma natureza e de acordo com os elementos que ela representa, são 
denominadas contas integrais ou patrimoniais e contas diferenciais ou de resultados. 
 Contas integrais ou patrimoniais representam os bens, direitos e obrigações. 
 Contas diferenciais ou de resultados representam as receitas e despesas. 
 
5.13 Depreciação 
 
 A legislação do Imposto de Renda considera como encargos de depreciação, 
amortização ou exaustão do Ativo Não Circulante as perdas que a pessoa jurídica 
suporta em decorrência da diminuição do valor dos bens do Imobilizado, da 
diminuição de valor dos elementos decorrente da exploração de direitos cujo objeto 
sejam recursos minerais ou florestais e da recuperação contábil do capital aplicado 
em despesas que contribuam para a formação do resultado de mais de um período 
de apuração, desde que estes estejam intrinsecamente relacionados com a 
produção ou comercialização dos bens e serviços. (COAD - IRPJ 2011, p. 1). 
 
• Depreciação – é o encargo com a desvalorização dos bens em conseqüência 
do desgaste que sofrem com sua utilização. 
A legislação do Imposto de Renda define depreciação como sendo a perda do 
valor do capital aplicado em direitos que têm por objetivo bens físicos sujeitos a 
desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. 
(COAD - IRPJ 2011, p. 4). 
 
Para Cherman (2005, p. 69), depreciação é a perda de valor de bens físicos 
(tangíveis ou corpóreos) em função de: desgaste ou perda de utilidade pelo uso; 
Ação da natureza; Obsolescência. 
 
 
 
 25
• Amortização - é o encargo da perda do capital financeiro aplicado em direitos 
cuja existência ou exercício tem prazo fixado, ou em despesas que contribuam para 
a formação do lucroem diversos períodos-base. (COAD - IRPJ 2011, p. 24). 
Cherman (2005, p. 82) comenta: 
Segundo o RIR (Regulamento do Imposto de Renda) amortização é o valor 
registrado na contabilidade como custo ou despesa a título de: 
Recuperação de recursos aplicados em despesas para a formação do 
resultado de mais de um exercício social; Recuperação do capital aplicado 
na aquisição de bens e direitos cuja utilização pela empresa tenha prazo 
limitado por força de lei ou contrato. 
 
• Exaustão – é o encargo da perda do capital financeiro aplicado na aquisição 
de recursos minerais e florestais. (COAD - IRPJ 2011, p. 27). 
 
Para Cherman (2005, p. 82) exaustão corresponde à perda de valor de 
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa 
exploração. 
 As empresas de mineração podem computar como despesa em cada período 
de apuração, o valor correspondente à diminuição do valor dos recursos minerais, 
resultante da sua extração ou aproveitamento. 
As empresas florestais podem computar como despesas o valor apurado 
decorrente de percentual do volume dos recursos florestais utilizados ou quantidade 
de árvores extraídas durante cada período de apuração, sobre o valor da floresta 
registrada no Ativo. 
Assim, com base na legislação do imposto de renda, as empresas poderão 
considerar como despesas, o valor da diminuição dos seus bens utilizados nas 
atividades operacionais, mediante a utilização de uma taxa anual, fixada em função 
da vida útil do bem, ou seja, do prazo durante o qual se possa esperar a utilização 
econômica do bem na produção de seus rendimentos, sobre o custo de aquisição. 
A Secretaria da Receita Federal, através das Instruções Normativas 162, de 
31 de dezembro de 1998 e 130, de 10 de novembro de 1999, divulgou a relação de 
bens (Anexo A), e respectivos prazos de vida útil e taxa de depreciação para fins de 
determinação da quota a ser registrada na escrituração como despesas. (COAD - 
IRPJ 2011, p. 5 - 20). 
 26
5.14 Juros sobre o capital próprio 
 
 O tratamento tributário aplicado às pessoas jurídicas tributadas com base no 
lucro real estabelece a remuneração a titulo de juros sobre o capital próprio 
(patrimônio liquido) a pessoas físicas ou jurídicas (sócios da empresa), observadas 
as determinações legais, condições e limites. A remuneração não pode exceder ao 
valor calculado com base na variação pro rata dia da Taxa de Juros de Longo Prazo 
(TJLP), fixada pelo Conselho Monetário Nacional – CMN. (COAD - IRPJ 2011, p. 
49 - 60). 
 Para o 1º semestre de 2011 a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) foi fixada 
pelo Banco Central do Brasil, em 6% a.a. (seis por cento ao ano). 
Assim, sugere-se o tratamento tributário aplicado às pessoas jurídicas 
tributadas com base no lucro real, como critério para determinar a remuneração a 
titulo de juros sobre o capital próprio (patrimônio liquido) das pequenas empresas 
rurais, ou seja, calculado com base na variação pro rata dia da Taxa de Juros de 
Longo Prazo (TJLP), fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). 
 
5.15 Remuneração do trabalho do empresário rural 
 
Remuneração é o montante dos valores pagos ou creditados, mensalmente, 
ao titular, sócios, diretores ou administradores das empresas, a título de 
remuneração (retiradas pró-labore), fixados livremente e correspondentes à efetiva 
prestação de serviços. Ainda segundo o a legislação do imposto de renda, incluem-
se no conceito de remuneração, os salários indiretos, conforme estabelecido no Art. 
358 do RIR/99 – Decreto nº 3.000 - de 26 de março de 1999 - DOU DE 29/3/99. 
(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/rir). 
Sobre remuneração do empregado, Art. 457 da CLT estabelece; 
compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além 
do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do 
serviço, as gorjetas que receber. (http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto-
lei/del5452.htm). 
 27
Diante dos conceitos acima se pode afirmar que a remuneração do 
empresário que presta serviço na exploração da atividade rural, é o total dos valores 
retirados mensalmente, necessários a atender suas necessidades básicas, para o 
sustento de si próprio e de seus dependentes. 
Assim pode-se afirmar que retirada pró-labore é a remuneração paga ao sócio 
que presta serviços para a empresa, logo, sugere-se como critério para determinar a 
remuneração do trabalho do empresário rural, o total dos valores retirados 
mensalmente, necessários a atender suas necessidades básicas, para o sustento de 
si próprio e de seus dependentes. Já em relação à conta contábil que tem a função 
de registrar essas retiradas (despesas), é a conta denominada “retirada pró-labore.” 
 
5.16 Escrituração em nível de pequenas propriedades rurais – caso 
prático 
 
A complexidade e o volume de trabalho com a escrituração, esta diretamente 
relacionada ao porte da empresa (pequena, média ou grande propriedade ou 
empresa rural) e ao volume de seus negócios. 
Marion (2000, p. 27), comenta: 
 As pessoas físicas tidas como pequeno e médio produtor rural não precisam 
para fins de Imposto de Renda, fazer escrituração regular em livros 
contábeis e podem utilizar apenas um livro-caixa e efetuar uma escrituração 
simplificada. Todavia, as pessoas físicas tidas como grande produtor rural 
serão equiparadas às pessoas jurídicas para fins contábeis, devendo fazer 
escrituração regular por intermédio de profissional contábil qualificado, 
utilizando como método das partidas dobradas (lançamentos a débito e a 
crédito simultaneamente). 
 
Ainda segundo Marion (2000, p. 196), 
As microempresas e empresas de pequeno porte que exploram atividade 
rural ficam dispensadas da escrituração comercial desde que mantenham 
em boa ordem e guarda, e enquanto não decorrido o prazo decadencial e 
não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes: a) Livro-caixa, 
no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação financeira, 
inclusiva bancária; b)Livro de Registro de Inventário, no qual deverão 
constar registrados os estoques existentes no término de cada ano-
calendário; c)Todos os documentos e demais papéis que sirvam de base 
para a escrituração dos livros-caixas e Registro de Inventário. 
 
 28
 Como poderá depreender desse estudo, para registros das atividades rurais, 
em nível de pequena propriedade rural, às vezes, é necessário voltar um pouco mais 
atrás, sem esquecer-se dos novos ou modernos sistemas e métodos de 
escrituração, pois independente do método ou sistema a ser adotado, o importante 
para o empresário rural é conhecer o resultado de sua atividade e dispor de 
informações para servir de base para tomada de decisão sobre as próximas culturas 
a serem exploradas. 
 Para a pequena empresa rural, sugere-se o métodos das partidas dobradas, 
utilizando-se de livros auxiliares ou “ fichas razão”, conforme “APÊNDICE E – 
Fichas Razão – abertura das contas”, escrituradas manual ou mecanicamente e 
preferencialmente, eletronicamente através de planilhas do Excel ou Word. 
 Considerando que as dificuldades encontradas são comuns a maioria dos 
empresários rurais, para se iniciar os registros das atividades sugere-se passo a 
passo, as etapas de um trabalho realizado para implantação de um sistema de 
escrituração em uma propriedade rural, como segue: 
1º passo 
• Realizar o inventário ou levantamento do patrimônio através de uma relação 
analítica dos bens, direitos e obrigações com seus respectivos valores. 
Para Cherman (2005, p. 3), Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e 
obrigações de uma entidade. 
Segundo Cherman (2005, p. 149), Inventariarmercadorias significa contá-la, 
saber a quantidade de mercadorias em estoque em um determinado período. 
Marion (2000, p. 89), comenta: 
 Inventário, em sentido contábil amplo, é o processo de verificação de 
existências na empresa. As existências podem ser: mercadorias, materiais, 
produtos (comumente os mais inventariados) ou outros bens do Imobilizado 
e até mesmo Contas a Receber ou a Pagar, bem como outros bens que se 
julgar necessários ou convenientes. 
 
Para avaliação dos bens inventariados, sugere-se o tratamento tributário 
aplicado às pessoas jurídicas que se dedicam à exploração das atividades rurais 
para avaliação de estoques que, de acordo com a legislação do Imposto de Renda, 
os estoques dos produtos agrícolas, animais e extrativos podem ser avaliados pelos 
 29
preços correntes de mercado, segundo as práticas usuais de avaliação utilizadas em 
cada tipo de atividade. (COAD - IRPJ 2010, p. 7). 
A faculdade de avaliar o estoque de produtos agrícolas, animais ou extrativos 
ao preço corrente no mercado aplica-se não só aos produtores, mas também aos 
comerciantes e industriais que operem com tais produtos. Essa possibilidade não 
impede que as empresas que exerçam atividades agropastoris ou extrativas adotem 
outro tipo de determinação do custo, desde que previsto em lei. (COAD - IRPJ 2011, 
p. 14). 
 
2º passo 
• Elaborar um Plano de Contas compatível com o porte e as atividades da 
empresa, com suas funções e funcionamento. 
 
3º passo 
• Elaborar o balanço de abertura - com base no inventário. 
 
4º passo 
• Definir um sistema de escrituração. Para a pequena empresa rural, sugere-se 
o sistema através de “ fichas razão”, escrituradas manual ou mecanicamente 
através do métodos das partidas dobradas, conforme “APÊNDICE E – Fichas 
Razão – abertura das contas”. 
 
5º passo 
• Com base nas contas patrimoniais do inventário, elaborar a abertura das 
contas no livro auxiliar ou fichas razão, conforme “APÊNDICE E – Fichas 
Razão – abertura das contas”, para continuidade dos registros das operações 
subseqüentes. 
 
A continuidade desses passos é a escrituração das operações do exercício 
seguinte nas fichas razão. 
 30
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com o objetivo de facilitar o entendimento e apresentar aos pequenos 
empresários rurais, um método de escrituração simples e prático, procurou-se extrair 
da literatura os principais conceitos e definições aplicado ao ramo da contabilidade 
agropecuária. Foram abordados resumidamente assuntos relacionados a normas e 
métodos de escrituração; sistemas de escrituração; sistemas e classificação de 
custos; critérios para rateio das despesas; depreciação e sugerido critérios para 
remuneração do capital próprio; da remuneração do trabalho do empresário rural e 
apresentado um plano de contas adequado à atividade rural, hierarquizado até o 
quarto nível, com definição da natureza, função e funcionamento das contas. 
O foco foi para a pequena empresa rural na figura do pequeno empresário 
notadamente, os da agricultura familiar que tem na exploração agrícola senão a única, 
a principal fonte de renda. 
Objetivando facilitar o entendimento do processo para se iniciar uma 
escrituração em nível de pequena propriedade rural, utilizou-se de um caso prático, 
“subtítulo 5.16”, apresentando passo a passo as etapas do processo e, considerando 
que, as dificuldades são comuns à maioria dos pequenos empresários rurais sugere-
se como parâmetro para implantação de um sistema de escrituração, os passos do 
caso prático apresentado. 
Conclui-se que, apesar da complexidade do tema, é possível extrair da 
literatura, ensinamentos necessários para facilitar o entendimento básico a iniciantes e 
apresentar como sugestão, um sistema de escrituração simples e prático, através do 
método das partidas dobradas, em nível de contas patrimoniais e de resultados, 
possibilitando aos empresários rurais, a qualquer momento verificar a movimentação e 
saldo de todas as contas para que no final do ciclo produtivo possa apurar o resultado 
de cada cultura explorada, dispondo assim de um histórico de cada atividade para fins 
de avaliação e servir de base para tomada de decisão sobre as próximas culturas a 
serem exploradas e o planejamento da safra seguinte e ainda, atender aos interesses 
do fisco e dos técnicos da extensão rural da área agronômica, contábil e outras afins, 
no aprimoramento do sistema sugerido e em estudos e avaliações de impactos sócio-
econômico. 
 31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALOE, Armando. Contabilidade geral. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1972. 
 
ALOE, A.; VALLE; F. Contabilidade agrícola. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1972. 
 
ATC – Assessoria tributária e contábil, LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, COAD – 
Centro de orientação, Atualização e Desenvolvimento Profissional, Rio de Janeiro, 
Fascículo 36, 2010. p. 387. 
 
 ______. ICMS/IPI, COAD – Centro de orientação, Atualização e Desenvolvimento 
Profissional, Rio de Janeiro, Fascículo 40, 2010. p. 446. 
 
BERTI, Anélio. Contabilidade geral. São Paulo: Ícone, 2001. 
 
BRASIL. Lei das sociedades por ações. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1978. 
 
BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 3.000 de 26 de março de 1999. 
Disponível em:< http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/rir >. Acesso em: 16 de 
dez. 2010. 
 
BRASIL. Presidência da República. Decreto-Lei nº 5.452 de 1º de maio de 1943. 
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto-lei/del5452.htm > 
Acesso em: 16 dez. 2010. 
 
BRASIL. Presidência da República. Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002. Disponível 
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 17 
dez. 2010. 
 
CALDERELLI, A. Biblioteca de prática comercial brasileira. 4. ed. São Paulo: 
Formar, 1976. 
 
CHERMAN, Bernardo C. Contabilidade geral. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2005. 
 
COAD. Atividades Rurais Tratamento Tributário, Curso prático IRPJ 2010, n. 9, 
Rio de Janeiro, 2010. p. 1 – 22. 
 
______. Depreciação, Amortização e Exaustão, Curso prático IRPJ 2011, n. 3, Rio 
de Janeiro, 2010. p. 1 – 58. 
 
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Rural – Sistema de Informação para o 
Produtor Rural. Revista brasileira de contabilidade, Rio de Janeiro, ANO XIX - n. 
70, jul./set. 1989. p. 4 – 13. 
 
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 
2010. 
 
GOMES, Aguinaldo Rocha. Contabilidade rural & agricultura familiar. 
Rondonópolis: A. R. Gomes, 2002. 
 
 32
GRECO, Marcus V. D. Contabilidade para pequenas e médias empresas. Revista 
contabilidade & gestão, Rio de Janeiro, jan./fev./mar. 2010. p. 10. 
 
______.Depreciação do Ativo Imobilizado, Revista contabilidade & gestão, Rio de 
Janeiro, ANO 4 – maio/2010. p. 10 - 12. 
 
LIMA, Everaldo de Oliveira. Manual de apropriação contábil. 1. ed. João Pessoa: A 
União, 1979. 
 
MARION, José Carlos. Contabilidade rural. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1985. 
 
PARANÁ. Secretaria de Estado da Fazenda. Sistema Público de Escrituração 
Digital: SPED. Disponível em: 
<http://www.sped.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo. php?conteudo=4>. 
Acesso em: 17 dez. 2010. 
 
RIBEIRO, Neuza Maria. Escrituração contábil. Rio de Janeiro: COAD, 2007. 
 
SALVADOR, Angelo Domingos. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica. 
Porto Alegre: Sulina, 1986. 
 
SILVA, César Augusto Tibúrcio; TRISTÃO, Gilberto. Contabilidade básica. São 
Paulo: Atlas, 1999. 
 
WALTER, Milton Augusto; BRAGA, Hugo Rocha. Análise das demonstrações 
contábeis. 1. ed. Rio de Janeiro: Assemp, 1979. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33
APÊNDICE A – Plano de Contas 
 
1. ATIVO 
1.1. CIRCULANTE 
1.1.1. DISPONIBILIDADES 
1.1.1.1.Caixa 
1.1.1.2. Bancos 
1.1.2. DIREITOS REALIZÁVEIS A CURTO PRAZO 
1.1.2.1. Créditos diversos 
1.1.2.1.1. Contas a receber 
1.1.2.1.2. Adiantamentos a empregados 
1.1.2.2. Estoques 
1.1.2.2.1. Criações 
1.1.2.2.1.1. Aves 
1.1.2.2.1.2. Bovinos 
1.1.2.2.1.3. Suínos 
1.1.2.2.1.4. Eqüinos 
1.1.2.2.1.5. Muares 
1.1.2.2.2. Produtos 
1.1.2.2.2.1. Café 
1.1.2.2.2.2. Soja 
1.1.2.2.2.3. Milho 
1.1.2.2.2.4. Trigo 
1.1.2.2.3. Material de consumo 
1.1.2.2.3.1. Sementes 
1.1.2.2.3.2. Fertilizantes 
1.1.2.2.3.3. Defensivos 
1.1.2.2.3.4. Combustíveis e lubrificantes 
1.1.2.2.3.5. Peças e acessórios de reposição 
1.1.2.2.3.6. Material de expediente 
1.1.2.3 Despesas do exercício seguinte 
1.1.2.3.1. Despesas antecipadas 
1.1.2.3.1.1. Aluguéis 
1.1.2.3.1.2. Seguros 
1.2. NÃO CIRCULANTE 
1.2.1. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
1.2.1.1. Créditos diversos 
1.2.1.1.1. Empréstimos a coligadas 
1.2.1.1.2. Adiantamentos 
1.2.1.1.3. Financiamentos 
1.2.2 PERMANENTE 
1.2.2.1. Investimentos 
1.2.2.1.1. Participação em coligadas 
1.2.2.1.2. Imóveis para renda 
1.2.2.1.3. Móveis para renda 
1.2.2.2. Imobilizado 
1.2.2.2.1. Imóveis 
1.2.2.2.1.1. Terrenos 
1.2.2.2.1.2. Edifícios 
1.2.2.2.1.3. Instalações 
1.2.2.2.1.4. Benfeitorias 
1.2.2.2.1.5. Florestas 
1.2.2.2.1.6. Culturas permanentes 
1.2.2.2.1.7. Culturas em formação 
1.2.2.2.2. Móveis 
1.2.2.2.2.1. Máquinas e implementos agrícolas 
1.2.2.2.2.2. Veículos motorizados 
1.2.2.2.2.3. Veículos tração animal 
1.2.2.2.2.4. Animais de trabalho 
1.2.2.2.2.5. Animais reprodutores e matrizes 
1.2.2.2.2.6. Ferramentas 
 34
1.2.2.3. Diferido 
1.2.2.3.1. Despesas pré-operacionais 
1.2.2.3.2. Despesas de reorganização 
1.2.2.4. Intangível 
1.2.2.4.1. Marcas, direitos e patentes. 
1.2.2.4.2. Direito de uso de Imóveis 
1.2.2.4.3. Direitos autorais 
2. PASSIVO 
2.1. CIRCULANTE 
2.1.1. Fornecedores 
2.1.2. Salários 
2.1.3. Encargos sociais 
2.1.4. Impostos e taxas 
2.1.5. Empréstimos e financiamentos 
2.2. NÃO CIRCULANTE 
2.2.1. EXÍGIVEL A LONGO PRAZO 
2.2.1.1. Financiamentos 
2.2.1.2 Receitas e despesas diferidas 
2.3. PATRIMONIO LIQUIDO 
2.3.1. CAPITAL 
2.3.1.1. Capital subscrito 
 (-) Capital a realizar 
2.3.2. RESERVAS DE CAPITAL 
2.3.3. RESERVAS DE REAVALIAÇÃO 
2.3.4. RESERVAS DE LUCRO 
2.3.4.1. Reserva legal 
2.3.4.2. Reservas estatutárias 
2.3.4.3. Reserva de lucros a realizar 
2.3.5. LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
3. RECEITAS 
3.1. RECEITAS OPERACIONAIS 
3.1.1. VENDA DE PRODUTOS AGRICOLAS 
3.1.1.1. Soja 
3.1.1.2. Milho 
3.1.1.3. Trigo 
3.1.2. VENDA DE CRIAÇÕES 
3.1.2.1. Bovinos 
3.1.2.2. Suínos 
3.1.2.3. Aves 
3.1.3. VENDA DE SERVIÇOS 
3.2. RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 
3.2.1. FINANCEIRA 
3.2.1.1. Juros ativos 
3.2.1.2. Descontos e abatimentos obtidos 
 (-) Despesas financeiras não operacionais 
3.2.2. PATRIMONIAL 
3.2.2.1. Receita com alienação de bens 
3.2.2.2. Nascimento de criações 
3.2.2.3. Alugueis e arrendamentos 
3.2.3. CORREÇÃO MONETÁRIA CREDORA 
4. DESPESAS 
4.1. DESPESAS OPERACIONAIS 
4.1.1. EXERCÍCIO AGROPECUÁRIO 
4.1.1.1. Exploração agrícola 
4.1.1.1.1. Cultura da soja 
4.1.1.1.1.1. Sementes 
4.1.1.1.1.2. Fertilizantes 
4.1.1.1.1.3. Defensivos 
4.1.1.1.1.4. Fretes e carretos 
4.1.1.1.1.5. Despesas financeira 
4.1.1.1.1.6. Mão de obra 
4.1.1.1.1.7. Encargos sociais 
 35
4.1.1.1.1.8. Gastos indiretos rateados 
4.1.1.1.2. Cultura de milho 
4.1.1.1.3. Cultura de trigo 
4.1.1.2. Exploração de pecuária 
4.1.1.2.1. Bovinos 
4.1.1.2.1.1. Alimentação 
4.1.1.2.1.2. Medicamentos e vacinas 
4.1.1.2.1.3. Mão de obra 
4.1.1.2.1.4. Encargos sociais 
4.1.1.2.1.5. Fretes e carretos 
4.1.1.2.1.6. Despesas Financeira 
4.1.1.2.1.7. Gastos indiretos rateados 
4.1.1.2.2. Suínos 
4.1.1.3. Gastos indiretos a ratear 
4.1.1.3.1. Combustíveis 
4.1.1.3.2. Lubrificantes 
4.1.1.3.3. Manutenção e reparos 
4.1.1.3.4. Comunicações 
4.1.1.3.5. Água e luz 
4.1.1.3.6. Ferramentas de pequeno porte 
4.1.1.3.7. Imposto territorial rural 
4.1.1.3.8. Mão de obra 
4.1.1.3.9. Encargos sociais 
4.1.1.3.10. Depreciação 
4.1.2. EXERCÍCIO COMERCIAL 
4.1.2.1. Despesas administrativas 
4.1.2.1.1. Salários 
4.1.2.1.2. Retiradas pró-labore 
4.1.2.1.3. Encargos sociais 
4.1.2.1.4. Despesas com veículos 
4.1.2.1.5. Conservação e reparos 
4.1.2.1.6. Material de expediente 
4.1.2.1.7. Comunicação 
4.1.2.1.8. Água e luz 
4.1.2.1.9. Depreciação 
4.1.2.2. Despesas com vendas 
4.1.2.2.1 Comissões sobre vendas 
4.1.2.2.2. Armazenagem 
4.1.2.2.3. Impostos e taxas 
4.1.2.2.4. Fretes e carretos 
4.1.3. CUSTOS COM VENDAS 
4.1.3.1. Produtos agrícolas 
4.1.3.1.1. Soja 
4.1.3.1.2. Milho 
4.1.3.1.3. Trigo 
4.1.3.2. Criações 
4.1.3.2.1. Bovinos 
4.1.3.2.2. Suínos 
4.1.3.3. Serviços 
4.2. DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 
4.2.1. FINANCEIRAS 
4.2.1.1. Juros 
4.2.1.2. Descontos concedidos 
 (-) Receitas financeiras não operacionais 
4.2.2. PATRIMONIAL 
4.2.2.1. Perda na alienação de bens 
4.2.2.2. Perda de animais por morte 
4.2.2.3. Perda de bens por deterioração 
4.2.2.4. Perda de bens por obsolescência 
 36
APÊNDICE B – Função das Contas 
1. ATIVO - conjunto de contas devedoras dispostas em grupos por ordem decrescente de grau de 
liquidez dos seus elementos. É o campo das aplicações ou investimentos de recursos, compreende 
os bens e direitos. São registrados a débito os seus aumentos representados por novos investimentos 
ou aplicações de recursos. As diminuições são registradas a crédito, significando que recursos 
aplicados em um elemento do ativo estão sendo aplicado em outro elemento do próprio ativo ou em 
pagamento de dívidas (passivo) ou ainda em custos ou despesas (diminuição do patrimônio líquido). 
1.1. ATIVO CIRCULANTE - Grupo do ativo que compreende as contas representativas das 
disponibilidades, dos direitos realizáveis até o exercício seguinte e das aplicações em despesas 
apropriáveis no exercício seguinte. 
1.1.1. DISPONIBILIDADES - Subgrupo do ativo circulante que representa os valores monetários de 
liquidação imediata como caixa, saldos bancários, aplicações financeiras de rápida conversão. 
1.1.1.1. CAIXA 
Função - é a conta do ativo circulante onde se registra e controla os recebimentos e pagamentos em 
dinheiro e cheques recebidos de terceiros ainda não depositados. 
Débito - é debitada pelo recebimento de valores, dinheiro, cheques. 
Crédito - é creditada pelos pagamentos efetuados em dinheiro e pelos depósitos. 
Natureza do saldo - devedor, representado por dinheiro e cheques em poder da tesouraria. 
1.1.1.2. BANCOS CONTA MOVIMENTO 
Função - é a conta do ativo circulante onde se registra e controla os depósitos, os cheques emitidos, 
avisos de débito e crédito efetuados pelos bancos onde a empresa mantém conta corrente. 
Débito - através dos depósitos e avisos de crédito efetuados pelos bancos. 
Crédito - através dos cheques emitidos e avisos de débitos efetuados pelos bancos. 
Natureza do saldo - devedor, representado pelos saldos disponíveis nos bancos. 
1.1.2. DIREITOS REALIZÁVEIS A CURTO PRAZO - Subgrupo do ativo circulante que representa os 
direitos de crédito sobre clientes, adiantamentos a empregados, créditos por financiamento, os 
estoques de produtos, criações e materiais. 
1.1.2.1. CRÉDITOS DIVERSOS 
Função - registra e controla as contas a receber de clientes, os adiantamentos a empregados para 
posteriordesconto em folha de pagamento e as parcelas de financiamento a receber. Em 2º grau 
controla individualmente os devedores e clientes. 
Débito - registra as contas a receber de clientes por vendas de produtos, criações e serviços, a prazo; 
os adiantamentos a empregados e parcelas de financiamentos a receber. 
Crédito - registra os recebimentos de clientes, descontos em folha de pagamento dos adiantamentos 
a empregados e parcelas de financiamentos recebidas. 
Natureza do saldo - devedor, representado pelo saldo de contas ainda não recebidas, adiantamentos 
a empregados ainda não descontados em folha ou recebidos e por parcelas de financiamentos a 
receber. 
1.1.2.2. ESTOQUES 
Função - registrar e controlar as aquisições, produções e distribuições de criações, produtos e 
materiais de consumo. 
Débito - registra as entradas no estoque proveniente de compras, produção própria e devolução de 
vendas. 
Crédito - registra as saídas do estoque em decorrência de vendas de criações, produtos e materiais, 
baixa de criações por morte, baixa de produtos por uso e consumo próprio ou deterioração, baixa de 
material por deterioração ou por fornecimento ao setor produtivo e devolução de compras. 
Natureza do saldo - devedor, representado pela existência real em estoque de criações, produtos e 
material de consumo. 
1.1.2.3. DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE – representa as despesas pagas no exercício 
corrente e que serão apropriadas como custo do exercício seguinte. O pagamento destas despesas 
configura um crédito representado pelo direto da empresa à contraprestação do serviço por um 
determinado período, durante o qual serão apropriadas as despesas. 
Função - registrar e controlar os pagamentos antecipados de aluguéis, seguros e outras despesas 
que configure um direito a vencer no exercício seguinte. 
Débito - registra o pagamento antecipado de alugueis, seguros e outras despesas a serem 
apropriadas mensalmente como custos ou despesas. 
Crédito - registra a transferência mensal da parcela do aluguel, seguro e outras despesas para as 
contas de custos ou despesas. 
Natureza do saldo - devedor, representado pelas parcelas de aluguel, seguro e outras despesas a 
serem transferidos para as contas de custos ou despesas. 
 37
1.2. ATIVO NÃO CIRCULANTE - Grupo do ativo que compreende as contas a receber após o 
exercício seguinte. 
1.2.1. ATIVO REALÍZAVEL A LONGO PRAZO - grupo do ativo não circulante onde são registrados os 
direitos e créditos realizáveis após o exercício seguinte. 
1.2.1.1. CRÉDITOS DIVERSOS 
Função - registrar e controlar as contas a receber de clientes, adiantamentos ou empréstimos a 
empregados ou a associados, empréstimos a sociedades coligadas e parcelas de financiamentos a 
receber. 
Débito - registra as contas a receber de clientes, adiantamentos ou empréstimos a empregados, 
empréstimos a sociedades coligadas e parcelas de financiamento a receber. 
Crédito - registra a liquidação ou baixa das contas a receber, pelos recebimentos dos clientes, dos 
adiantamentos ou empréstimos a empregados e das parcelas de financiamento. 
Natureza do saldo - devedor, representado pelo saldo das contas a receber de clientes, dos 
empregados e das parcelas de financiamento. 
1.2.2. ATIVO PERMANENTE - grupo do ativo não circulante que compreende as contas 
representativas dos investimentos em outras empresas, em móveis e imóveis destinados à renda, em 
bens móveis e imóveis destinados a manutenção das atividades da empresa e as aplicações de 
recursos em despesas que contribuirão para a formação de resultados de mais de um exercício 
social. 
1.2.2.1. INVESTIMENTOS – grupo de contas do ativo permanente que representa as aplicações 
financeiras em outras empresas e em móveis e imóveis destinados à renda. 
Função - registrar e controlar as aplicações em quotas ou ações de outras empresas e os 
investimentos em móveis e imóveis destinados à renda ou seja aqueles que não estão relacionados a 
manutenção as atividades operacionais da empresa. 
Débito - registra as aplicações em quotas ou ações de outras empresas e as aquisições, 
incorporações ou construções de bens tais como terrenos, casa de moradia, casa de colonos, 
estábulos e currais, pocilgas, armazéns, terreiros, florestas, culturas permanentes, instalações 
diversas e o produto da correção monetária destes bens. 
Crédito - registra as alienações e baixas dos bens corrigidos monetariamente. 
Natureza do saldo - devedor, representado pelos bens de natureza permanente, corrigidos 
monetariamente. 
1.2.2.2. IMOBILIZADO – grupo de contas do ativo permanente que representa os bens móveis e 
imóveis destinados à manutenção das atividades operacionais da empresa.. 
1.2.2.2.1. IMÓVEIS 
Função - registrar e controlar os bens imóveis adquiridos ou incorporados para uso da empresa e o 
produto da correção monetária destes bens. 
Débito - registra as aquisições de terrenos, edifícios, instalações, benfeitorias, culturas permanentes e 
em formação, destinados às atividades operacionais da empresa e o produto da correção monetária 
destes bens. 
Crédito - registra as alienações e baixa dos bens corrigidos monetariamente. 
Natureza do saldo - devedor, representado pelos bens de natureza permanente, corrigidos 
monetariamente. 
1.2.2.2.2. MÓVEIS 
Função - registrar e controlar os bens móveis adquiridos ou incorporados para uso da empresa e o 
produto da correção monetária destes bens. 
Débito – registra as aquisições de máquinas, implementos agrícolas, máquinas de escritório, móveis 
e utensílios, veículos motorizados e a tração anima, ferramentas, animais de trabalho, reprodutores e 
matrizes e outros bens destinados às atividades operacionais da empresa e o produto da correção 
monetária destes bens. 
Crédito - registra as alienações e baixa dos bens corrigidos monetariamente. 
Natureza do saldo - devedor, representado pelos bens de natureza permanente, corrigidos 
monetariamente. 
1.2.2.3. DIFERIDO - grupo de contas do ativo permanente que representa as despesas que 
contribuirão para a formação de resultados de mais de um exercício social. 
Função - registrar as despesas que antecedem as operações da empresa amortizáveis em mais de 
um exercício. 
Débito - registra as despesas pré-operacionais e de reorganização e outras que contribuirão para a 
formação de resultados de mais de um exercício social e o valor da correção monetária. 
Crédito - registra a amortização da quota anual das despesas e sua correção monetária. 
Natureza do saldo - devedor, representado pelo valor da despesa e sua correção monetária a 
amortizar até o final do contrato. 
 38
1.2.2.4 INTANGÍVEL - grupo de contas do ativo permanente que representa direitos sobre marcas e 
patentes, direitos autorais e de uso de imóveis. 
Função - registrar os direitos da empresa amortizáveis em mais de um exercício. 
Débito - registra os direitos da empresa. 
Crédito - registra a amortização da quota anual. 
Natureza do saldo - devedor, representado pelo valor dos direitos ainda não amortizado. 
2. PASSIVO - conjunto de contas credoras dispostas em grupos por ordem decrescente da 
exigibilidade dos seus elementos que representam as obrigações e o patrimônio líquido. É o campo 
das origens dos recursos, são registrados a crédito os seus aumentos, representando novas origens 
de recursos. As diminuições são registradas a débito, representando as aplicações de recursos. 
2.1. PASSIVO CIRCULANTE - Grupo do passivo onde são escrituradas as obrigações contraídas 
pela empresa , vencíveis até o fim do exercício seguinte. 
2.1.1. FORNECEDORES 
Função - registrar e controlar as compras de bens e mercadorias e serviços, a prazo. A nível de 2º 
grau figurará nominalmente os fornecedores. 
Débito - registra o pagamento (baixa) dos compromissos com fornecedores de bens mercadorias e 
serviços. 
Crédito - registra o compromisso com fornecedores em função de compras a prazo de bens, 
mercadoriase serviços. 
Natureza do saldo - credor, representando a dívida para com os fornecedores de bens, mercadorias e 
serviços. 
2.1.2. SALÁRIOS 
Função - registrar e controlar os salários devido aos empregados. A nível de 2º grau figurará 
nominalmente os empregados. 
Débito - registra o pagamento de salários aos empregados. 
Crédito - registra os salários a pagar aos empregados. 
Natureza do saldo - credor, representando a dívida com salários a pagar. 
2.1.3. ENCARGOS SOCIAIS 
Função - registrar e controlar as contribuições com INSS, FGTS, e outras contribuições 
providenciarias. 
Débito - registrar o pagamento das contribuições providenciarias. 
Crédito - registrar as parcelas de contribuições descontados dos empregados e a parcela a ser 
recolhida pelo empregador. 
Natureza do saldo - credor, representado pelas contribuições providenciarias ainda não recolhidas. 
2.1.4. IMPOSTOS E TAXAS 
Função - registrar e controlar os impostos diversos, a ser recolhido. 
Débito - registra os pagamentos dos impostos efetuados pela empresa. 
Crédito - registra a apropriação dos impostos a recolher. 
Natureza do saldo - credor, representado pelos impostos ainda não recolhidos. 
2.1.5. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 
Função - registrar e controlar os financiamentos e empréstimos obtidos de particulares ou de 
instituições financeiras. 
Débito - registra o pagamento das parcelas dos financiamento ou empréstimos. 
Crédito - registra o compromisso assumido com financiamentos e empréstimos obtidos de 
particulares ou de instituições financeiras. 
Natureza do saldo - credor, representado pelos financiamentos e empréstimos a pagar. 
2.2. PASSIVO NÃO CIRCULANTE - Grupo do passivo onde são escrituradas as obrigações 
contraídas pela empresa, vencíveis após o exercício seguinte. 
2.2.1. PASSIVO EXÍGIVEL A LONGO PRAZO - Subgrupo do passivo que compreende os 
compromissos a pagar após o exercício seguinte. 
2.2.1.1. FINANCIAMENTOS 
Função - registrar e controlar os financiamentos obtidos de particulares ou de instituições financeiras. 
Débito - registra o pagamento das parcelas do financiamento. 
Crédito - registra o compromisso assumido junto a particulares ou a instituições financeira. 
Natureza do saldo - credor, representado pelo financiamentos a pagar. 
2.2.1.2. RECEITAS E DESPESAS DIFERIDAS 
Função – registrar e controlar os valores recebidos como receita, cujos valores, após deduzidos os 
custos correspondentes será apropriada ao resultado do exercício. 
Débito – registra as receitas recebidas antecipadamente, a ser deduzidas das despesas 
correspondentes em exercícios futuros diferidas no exercício. 
Crédito – registra os recebimentos antecipados de receitas. 
Natureza do saldo – credor, representado pelas receitas. 
 39
2.3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Grupo do passivo que compreende as contas representativas do 
capital social. É a diferença positiva entre os bens e direitos e as obrigações que representa o capital 
próprio da empresa. 
2.3.1. CAPITAL SOCIAL – Subgrupo do passivo que compreende o capital subscrito e, como 
dedução, a parcela ainda não realizada. 
2.3.1.1. CAPITAL REALIZADO 
Função – registrar e controlar o capital subscrito e realizado e seus aumentos. 
Débito – registra a redução do capital social. 
Crédito – registra a realização do capital subscrito. 
Natureza do saldo – credor, representado pelo capital realizado e seus aumentos. 
2.3.2. RESERVAS DE CAPITAL 
Função – registrar e controlar as reservas decorrentes de correção monetária, ágio na emissão de 
ações, alienação de partes beneficiárias e de bônus de subscrição, prêmio recebido na emissão de 
debêntures e as doações e subvenções para investimentos. 
Débito - registra a incorporação ao capital social ou pela absorção de prejuízos. 
Crédito – registra a constituição de reservas para aumento de capital e a correção monetária do 
capital. 
Natureza do saldo – credor, representado pela reserva para aumento de capital e sua correção 
monetária. 
2.3.3. RESERVAS DE REAVALIAÇÃO 
Função – registrar os aumentos dos valores dos componentes do ATIVO em função de reavaliação. 
Débito – registra a incorporação ao capital social. 
Crédito – registra a constituição das reservas e sua correção monetária. 
Natureza do saldo – credor, representado pela reserva e sua correção monetária. 
2.3.4. RESERVAS DE LUCRO - Subgrupo do passivo que compreende as contas de reservas 
constituídas pela apropriação de lucros da empresa. 
2.3.4.1. RESERVA LEGAL 
Função – registrar e assegurar a integridade do capital social da empresa. Poderá ser utilizada para 
compensar prejuízos ou para aumentar capital. É constituída mediante a retenção de 5% (cinco por 
cento) do lucro líquido do exercício até atingir 20% (vinte por cento) do capital social realizado. 
Débito – registra a incorporação ao capital social ou absorção de prejuízos. 
Crédito – registra a constituição da reserva e sua correção monetária. 
Natureza do saldo – credor, representado pela reserva e sua correção monetária. 
2.3.4.2. RESERVAS ESTATUTÁRIAS 
Função – registrar as reservas que o estatuto poderá prever ou criar especificamente para aumento 
de capital social, resgate de ações ou debêntures, reembolso de ações e partes beneficiárias. 
Débito – registra a incorporação ao capital social ou resgate ou reembolso de ações, debêntures ou 
partes beneficiárias. 
Crédito – registra a constituição da reserva e sua correção monetária. 
Natureza do saldo – credor, representado pela reserva e sua correção monetária. 
2.3.4.3. RESERVAS DE LUCROS A REALIZAR 
Função – registrar as reservas constituídas pela sobra de lucros a realizar, deduzidas as reservas 
legal, estatutárias, contingenciais e para planos de investimentos, destinadas a aumento de capital e 
absorção de prejuízos. 
Débito – registra a incorporação ao capital social ou absorção de prejuízos. 
Crédito – registra a constituição da reserva e sua correção monetária. 
Natureza do saldo – credor, representado pela reserva e sua correção monetária. 
2.3.5. LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
Função – registrar e controlar os lucros líquidos de vários exercícios, sem nenhuma destinação 
específica, funciona como valor retificativo dos elementos do Patrimônio Líquido e de prejuízos dos 
exercícios. 
Débito – registra a incorporação ao capital social ou pela absorção de prejuízos. 
Crédito – registra os lucros líquidos de vários exercícios e sua correção. 
Natureza do saldo – credor, representado pelos lucros líquidos de vários exercícios ainda não 
transferidos para o capital social ou absorvidos por prejuízos. 
3. RECEITAS – compreende o conjunto das contas credoras que representam as receitas 
operacionais e não operacionais da empresa. 
3.1. RECEITAS OPERACIONAIS – compreende as receitas decorrentes das operações nas 
atividades principais e acessórias do objeto da empresa como; venda de produtos, de criações e de 
serviços. 
3.1.1. VENDA DE PRODUTOS AGRICOLAS – representa a receita com a venda de produtos a vista 
ou a prazo. 
 40
3.1.1.1. SOJA 
3.1.1.2. MILHO 
3.1.1.3. TRIGO 
Função – registrar e controlar a receita bruta com venda de produtos. 
Débito – registra a transferência para Demonstração de Resultados do total da receita bruta com 
venda de soja, milho, trigo e outros produtos, por ocasião do encerramento do ano agrícola. 
Crédito – registra as venda de produtos, a vista ou a prazo. 
Natureza do saldo – credor, representado pelas vendas de produtos, saldo a ser transferido para 
Demonstração de Resultados, por ocasião do encerramento do ano agrícola. 
3.1.2. VENDA DE CRIAÇÕES - representa a receita bruta com venda de criações a vista ou a prazo. 
3.1.2.1. BOVINOS 
3.1.2.3. SUINOS 
3.1.2.3. AVES 
Função – registrar e controlar a receita bruta com venda de criações – bovinos, suínos, aves e outros 
animais. 
Débito - registra a transferência para Demonstração de Resultados do total da receita bruta

Continue navegando