Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anatomia funcional das células Procarióticas e eucarióticas Comparação do tamanho de vários procarióticos Componentes básicos • Ac. Nucleicos -> Material Genético • Proteínas -> Ribossomos • Lipídios -> Membrana plasmática • Carboidratos -> citosol Procariotos x Eucariotos - Eucariotos = núcleo verdadeiro - Procarioto = pré-núcleo Procariotos x Eucariotos - Eucariotos = núcleo verdadeiro - Procarioto = pré-núcleo Morfologia bacteriana • cocos: bactérias esféricas • espirilos: bactérias espiraladas • bacilos: forma de bastão • vibriões: forma de vírgula • espiroqueta: alongada e altamente contorcida • Muitas bactérias possuem flagelos (locomoção) Arranjos bacterianos tipo cocos Arranjos bacterianos tipo cocos Arranjos bacterianos tipo bacilos Tipos de arranjos bacterianos Tipos de arranjos bacterianos Tipos de arranjos bacterianos Tipos de arranjos bacterianos Arranjos bacterianos incomuns Estrutura celular procariótica RIBOSSOMOS PROCARIOTOS - Estruturas pequenas, mas complexas, com cerca de 20 a 30 nm de diâmetro; - Consistindo de duas subunidades de tamanhos desiguais, referentes à subunidades maior e menor. RIBOSSOMOS PROCARIOTOS - Uma subunidade é composta por um complexo formado por moléculas de RNA e proteínas; cada molécula contém pelo menos uma subunidade de RNA ribossômico (rRNA) e uma grande quantidade de proteínas ribossomais. Os ribossomos Região densa que comporta o único cromossomo bacteriano circular Não apresentam histonas nos cromossomos; Determina as características da célula e comanda suas atividades; Plasmídeos – elementos genéticos extracromossômicos (5 a 100 genes). Nucleóide ou Área Nuclear Apêndices bacterianos Flagelos Longos apêndices filamentosos que propelem as bactérias Taxia (deslocamento em direção a uma fonte atrativa) Posicionamento: • Monotríquio – um único flagelo; • Anfitríquio – flagelo em cada extremidade; • Lofotríquio – dois ou mai flagelos em um polo da célula; • Peritríquio – flagelos distribuídos por toda a célula. Movimentação dos flagelos Movimentação dos flagelos TAXIA QUIMIOTAXIA FOTOTAXIA - Luz AEROTAXIA - Oxigênio OSMOTAXIA - Concentração MAGNETOTAXIA - Magnetismo Estrutura de um flagelo procarioto Apêndices semelhantes a pêlos mais curtos e finos que os flagelos Usados para fixação em vez de motilidade Podem ocorrer nos pólos celulares ou distribuição homogênea na superfície celular Algumas unidades a centenas por célula; Permite adesão a superfícies (biofilmes) Adesão a mucosas - Neisseria gonorrhoeae Fímbrias Fímbrias Adesão celular Resistência bacteriana à remoção por lavagem pelas fímbrias A bacteria Neisseria gonorrhoeae usa as fímbrias para aderir à mucosa uretral Reprodução bacteriana • As bactérias reproduzem-se principalmente de forma assexuada, por divisão binária, bipartição ou cissiparidade. • Quando o ambiente está favorável, isto é, as condições de sobrevivência são boas, ocorre a duplicação do material genético bacteriano e a divisão da célula em duas. • Isso permite que algumas bactérias se dividam a cada 10 minutos! Reprodução bacteriana: bipartição ou cissiparidade Duplicação do DNA Separação das células Parede celular Membrana plasmática Molécula de DNA Reprodução bacteriana: bipartição ou cissiparidade • Ocasionalmente as bactérias podem trocar material genético. Os processos envolvidos podem ser: - Transformação; - Transdução; - Conjugação. Recombinação gênica bacteriana • TRANSFORMAÇÃO Quando uma bactéria absorve e incorpora fragmentos de material genético do meio. Ao reproduzir-se a bactéria passa a enviar também esse material genético às células filhas. Recombinação gênica bacteriana • TRANSDUÇÃO Ocorre auxiliada pela ação viral. O vírus, ao multiplicar-se dentro de uma bactéria pode encapsular fragmentos de DNA bacteriano e introduzi-lo em outra bactéria. Ao reproduzir-se a bactéria passa a enviar também esse material genético para as células filhas. Recombinação gênica bacteriana Transdução bacteriana CONJUGAÇÃO Quando ocorre a união citoplasmática entre bactérias, através de canais (pontes). O DNA de uma bactéria é transferido à outra, que o incorpora. Ocorre com os plasmídeos (a bactéria portadora do plasmídeo transmite uma cópia à outra) Ex.: uma bactéria resistente a um antibiótico pode transmitir a resistência às demais bactérias. Ao reproduzir-se a bactéria passa a enviar também esse material genético para as células-filhas. Recombinação gênica bacteriana Eletromicrografia de Escherichia coli com um pilus de conjugação Apêndices semelhantes a pêlos mais longos que as fímbrias Apenas um ou dois por célula; Unem duas bactérias na preparação para transferência de DNA entre células bacterianas (conjugação). Pilus (singular) / Pili (plural) Esquema de uma célula procariótica • Fragmentos de DNA autoreplicantes, circulares e que contém genes; • Transportam o gene para outras células, adquirindo novas capacidades especializadas e permitindo a sobrevivências de micro- organismos em ambientes diversos e desafiadores; Plasmídeos Glicocálice Polímero viscoso e gelatinosos secretado pelas bactérias externamente à parede celular, de natureza polissacarídica ou protéica que circunda a célula; Variação na espessura e flexibilidade: Cápsula – quando a substância está bem organizada e aderida à parede celular; Camada viscosa ou Mucosa – substância não organizada e fracamente aderida à parede celular; • Não é uma estrutura essencial para as bactérias, mas desempenha vária funções: • - Contra a desidratação; • - Reservatório de água e nutrientes; • - Papel na aderência a hospedeiros (cepas patogênicas) • - Impede a fagocitose Ex.: Streptococcus pneumoniae causa pneumonia quando as células estão protegidas por uma cápsula Filamentos Axiais • Feixes de fibrilas que se originam nas extremidades das células, sob uma bainha externa e fazem uma espiral em torno da célula; • Estrutura exclusiva das espiroquetas; Ex: Treponema pallidum causadora da sífilis. PAREDE CELULAR BACTERIANA PAREDE CELULAR BACTERIANA Estrutura complexa, semi-rígida, responsável pela forma da célula Protege Membrana Plasmática; Confere rigidez, mantém a forma da célula e previne contra a ruptura devido à pressão de turgor citoplasmático (até 2 atm); Ponto de ancoragem de flagelos; PAREDE CELULAR BACTERIANA Contribui para a capacidade de algumas espécies causarem doença Sítio de ação de alguns antibióticos (penicilinas); A composição química da parede é usada para diferenciar os principais tipos de bactérias Diferença na constituição entre Gram-positivos e Gram-negativos. Penicilina Cefalosporina β-lactâmicos • Mais ativo contra as gram-positivas e posteriormente em formas semi-sintéticas e sintéticas contra as gram- ngativas; Existem vários mecanismos diferentes que podem explicara resistência das bactérias aos antibióticos, como: • destruição ou inativação da droga, pela destruição do anel β- lactâmico, pela enzima β-lactamase ou penicilinase produzida pela bactéria. • incapacidade do antibiótico de penetrar na superfície das células bacterianas. • alteração dos sítios-alvo das drogas, como a troca de um aminoácido. A bactéria pode possuir uma via bioquímica alternativa que desvia a reação particular que é inibida pelo antibiótico da célula. • Efluxo rápido: ejeta a droga para fora antes que possa se tornar efetiva. Composição e características Composta por uma rede macromolecular denominada peptideoglicana (mureína); Peptideoglicano = longo filamento formado por um dissacarídeo repetitivo, unido por peptídeos Composição e características A porção dissacarídica (N-acetilglicosamina – NAG – e N-acetilmurâmico – NAM) repetitiva é unida por peptídeos. Moléculas alternadas de NAG e NAM formam sequências de 10 a 65 monossacarídeos As filas de açúcares (porção glicana) são ligadas por peptídeos (com aminoácidos nas formas D e L). Os componentes se associam e formam o peptídeoglicano. Paredes celulares bacterianas Parede celular: método de Gram Bactéria gram-positiva Esquema de bactéria com parte da célula removida. Membrana plasmática Parede celular formada por camada espessa de peptidoglicano Esquema de parte da parede celular e da membrana plasmática de bactéria gram-positiva. Parede celular: método de Gram Esquema de bactéria com parte da célula removida. Esquema de parte da parede celular e da membrana plasmática de bactéria gram-negativa. Membrana plasmática Camada de peptidoglicano Bactéria gram-negativa Lipopolissacarídeo Fosfolipídios Proteína Lipoproteínas Camada lipoprotéica externa, espessa, semelhante à membrana plasmática, com lipopolissacarídeos P a re d e ce lu la r PBP – penicilin binding protein 1945 = Fleming, Howard Florey e Ernst Chain Premio Nobel - Medicina • PAREDE DE BACTÉRIAS GRAM-POSITIVAS 90% da parede corresponde à rede de peptideoglicano; Sensibilidade à penicilina; Presença de ácidos teicóicos = polímero formado por um álcool e um fosfato. Podem ser divididos em: • Ácido lipoteicóico – atravessa a camada de peptideoglicano e está ligado à membrana; • Ácido teicóico de parede – ligado ao peptideoglicano. Os ácidos teicóicos são negativamente carregados. Podem ligar e regular o fluxo de cátions (íons positivos) para dentro e fora da célula; Impedem a ruptura da parede; Tem especificidade antigênica (reconhecimento específico para identificação em laboratório). UNIDADE BÁSICA DO ÁCIDO TEICÓICO Estrutura geral da parede celular de gram-positivos • PAREDE DE BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS 10% da parede corresponde à rede de peptideoglicano; Presença de uma membrana externa = lipopolissacarídeos (LPS) + lipoproteínas + fosfolipídios; Peptideoglicano ligado a lipoproteínas e localizado no espaço periplasmático – fluído gel, entre a membrana externa e a MP; Funções da Membrana externa: • Protege contra a fagocitose (lise celular) e ação complemento – defesa do hospedeiro; • Barreira para certos antibióticos (ex: penicilina), enzimas digestivas, metais pesados e determinados corantes NÃO apresenta ácidos teicóicos; NÃO apresenta elevada sensibilidade à penicilina; Apresenta proteínas (PORINAS) para o fluxo de nutrientes: nucleotídeos, dissacarídeos, aminoácidos... LIPOPOLISSACARÍDEO OU LPS LPS de Salmonella Polissacarídeo O - responsável pela diferenciação de espécies gram-negativas; Lipídeo A – porção lipídica do LPS, endotoxina, ligado a febre, dilatação de vasos, choque se formação de coágulos sanguíneos. Estrutura geral da parede de bactérias gram-negativas Resistência enzimática à penicilina DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS GRAM + E - LEPRA - Ulcerações na pele Mycobacterium leprae (gram positiva) Tétano Clostridium tetani. (gram +) Botulismo Clostridium botulinium. (gram +) Principais Bacterioses • Coqueluche Bordetella pertussis. (gram negativa) • Difteria ou Crupe Corynebacterium diphteriae. (gram positiva) • Tétano Clostridium tetani. (gram positiva) • Febre tifóide Salmonella typhi. (gram negativa) • Sífilis Treponema pallidum. (gram negativa) • Hanseníase ou Lepra Mycobacterium leprae. (gram positiva) • Gastrites Helicobacter pylori. (gram negativa) • Febre Maculosa Rickettsia rickettsii • Disenteria bacilar Shigella sp. (gram negativa) • Gastroenterites Salmonella sp. (gram negativa) Principais Bacterioses • Tuberculose Mycobacterium tuberculosis. (gram positiva) • Meningite Neisseria meningitidis. (gram negativa) • Gonorréia Neisseria gonorrheae. (gram negativa) • Cólera Vibrio cholerae. (gram negativa) • Leptospirose Leptospira enterrogans. (gram negativa) • Antraz Bacillus anthracis. (gram positiva) • Botulismo Clostridium botulinium. (gram positiva) • Peste Bubônica Yersinia pestis. (gram positiva) • Pneumonia Streptococcus pneumoniae. (gram positiva) Diplococcus pneumoniae Técnica de coloração simples Coloração diferencial Coloração de Gram Coloração de Gram PAREDES CELULARES ATÍPICAS Algumas apresentam pouco ou nenhum material de parede; Mycoplasma – menores bactérias conhecidas que podem crescer fora de células vivas de hospedeiros; Não possuem parede celular. Micobactérias – Parede muito complexa. Archaea – Parede celular formada pelo polímero chamado “pseudopeptideoglicana”; Estrutura da parede de Micobactérias Paredes celulares de Archaea Formada por repetições de dois açúcares Não apresentam o monossacarídeo NAM (N- acetilmurâmico). Ao invés desse açúcar, encontram-se o NAG e o NAT (N-acetil – talosaminurônico) São insensíveis às lisozimas (ligação glicosídica diferente) Assim, são chamados de PSEUDOPEPTIDEOGLICANO Parede celular de Archaea • Não apresentam os monossacarídeos NAG e NAM PSEUDOPEPTIDEOGLICANO NAT = N-acetil talosaminurônico NAG – NAT NAG – NAM Danos à parede celular Lisozima – ação principal contra Gram-positivas; Quebram as ligações glicosídicas entre NAG e NAM APÓS TRATAMENTO COM LISOZIMA: Gram-Positivas sem parede – protoplasto; Gram-Negativas sem parede – esferoplasto; Protoplastos ENDOSPOROS • Quando os nutrientes essenciais se esgotam, certas bactérias gram-positivas formam células especializadas de “repouso”, denominadas endosporos ou esporos bacterianos. • Ex.: Gêneros Clostridium e Bacillus Formação de endósporo Clostridium botulinum Bacillus anthracis Célula sem endósporo Célula com endósporo Esporulação bacteriana INCLUSÕES Depósitos de reserva. A célula acumula nutrientes e quando estes são escassos, a célula os utiliza. • Grânulos polissacarídicos • Inclusões lipídicas • Grânulos de enxofre • Vesículas de gás • Grânulos Metacromáticos – reserva de fosfato inorgânico • Magnetossomos – inclusões de óxido férrico (Fe3O4) Corpos de inclusão de lipídeos VESÍCULAS DE GÁS PARA FLUTUAÇÃO Domínio Archaea São procariotos (semelhantesàs bactérias) Quando possuem parede celular, esta não é formada de peptídeoglicana Divididas em três grupos principais: •Metanogênicas – eliminam metano na sua respiração •Halofílicos extremos – vivem em ambientes altamente salinos •Termofílicos extremos – vivem em águas quentes e sulfurosas Methylosinus Trichosporium Pyrococcus furiosus Lago Hillier - Austrália Dunadiella salina Membranas Estrutura da bicamada lipídica da membrana Micrografia eletrônica de membranas fotossíntéticas de Halorhodospira halochloris sobrepostas ( espessura da membrana 8 nm). Estrutura da membrana citoplasmática Funções • Permeabilidade seletiva – algumas substâncias entram, mas outras são impedidas; • Digestão de nutrientes e produção de energia – através de enzimas que degradam nutrientes e produzem ATP; • Algumas bactérias possuem pigmentos e enzimas envolvidos na fotossíntese – cromatóforos ou tilacóides; Agentes que moderam a solidez/fluidez das membranas Grau de fluidez depende da composição lipídica e da temperatura. Temperaturas baixas: ocorre pouca movimentação lipídica - bicamada quase cristalina. Acima de uma certa temperatura, os lipídios podem se movimentar. Temperatura de transição: mudanças de sólido para fluido. Ácidos graxos saturados: se acomodam bem no estado paracristalino. Ácidos graxos insaturados: previnem a solidificação (devidos as dobras das ligações). Esteróis - presentes apenas em metanotróficas e micoplasmas; em eucariotos os esteróis servem para estabilizar a membrana); Hopanóides – função similar aos esteróis em procariotos. Não descrito em Archaea. Ex: baixas temperaturas – bactérias sintetizam mais ácidos graxos insaturados do que quando cultivadas em altas temperaturas. Mantendo o mesmo grau de fluidez da membrana. Membranas de Archaea Os lipídios das Archaea apresentam ligações éter entre o glicerol e suas cadeias hidrofóbicas. Não possuem ácidos graxos. As cadeias laterais são compostas por unidades de isopreno. Principais lipídios são o glicerol diéter e tetraéter. São comuns a formação de monocamadas lipídicas, que são mais resistentes a rupturas. ARCHEA Ligação éster em lipídeos de Bacteria e Eukarya Ligação Éter em lipídeos de Archaea Domínio Archaea Isopreno ao invés de ácidos graxos Principais lipídeos encontrados em membranas de Archaea Estrutura de membranas de Archaea
Compartilhar