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* Farmacologia do sistema respiratório Profa. Ms. Carla Thiciane V. de Melo * Função e Estrutura do Sistema Respiratório Órgãos: * Função e Estrutura do Sistema Respiratório Pulmões: * Função e Estrutura do Sistema Respiratório Brônquios: * Função e Estrutura do Sistema Respiratório Regulação da Respiração: Controlada pelo centro respiratório no bulbo influxo da ponte Centros superiores do SNC e aferentes vagais do pulmão Fatores que afetam o centro respiratório: PCO2 - ação em quimiorreceptores bulbares PO2 - ação em quimiorreceptores (glomos paraaórticos e carótidos) OBS: Um grau moderado de controle voluntário pode se superpor à regulação automática da respiração. * Função e Estrutura do Sistema Respiratório Controle Neuro-Humoral normal: Vias Eferentes nervos parassimpáticos - ACh nervos simpáticos – NOR adrenalina circulante neurônios NANC Vias Aferentes receptores de estiramento fibras C sensoriais não-mielinizadas receptores de irritação * Função e Estrutura do Sistema Respiratório Vias Eferentes – Inervação Parassimpática: Gânglios situados nas paredes dos brônquios e bronquíolos Fibras pós-ganglionares inervam: Músculo liso das vias aéreas Músculo liso vascular Glândulas * Função e Estrutura do Sistema Respiratório Vias Eferentes – Inervação Parassimpática: Tipos de receptores muscarínicos M1 localizados nos gânglios (céls. pós-sinápticas) M2 localizados nas terminações pré-sinápticas de neurônios M3 localizados no músculo liso brônquico e nas glândulas Efeitos broncoconstrição e secreção de muco * Função e Estrutura do Sistema Respiratório Vias Eferentes – Inervação Simpática: inervação dos vasos sanguíneos e glândulas NOR – constrição dos vasos sanguíneos NOR – inibição das secreções β2 – relaxamento do músculo liso, inibição de mastócitos e da depuração mucociliar efeitos causados pelas catecolaminas circulantes OBS: Não existe inervação simpática no músculo liso brônquico. * * Função e Estrutura do Sistema Respiratório Vias Eferentes – Mediadores NANC: Inibitório NO – relaxante nas vias aéreas iNOS e cNOS são encontradas nas vias aéreas Excitatórios Neuropeptídios –– Subst. P e Neurocinina A permeabilidade vascular induz a secreção de muco espasmógenos * Função e Estrutura do Sistema Respiratório Vias Aferentes Receptores de Irritação e Fibras C: respondem a substâncias exógenas e estímulos químicos (amônia, dióxido de enxofre, fumaça de cigarro...) respondem a mediadores inflamatórios e a estímulos físicos causam tosse, broncoconstrição e secreção de muco liberação de neuropeptídios excitatórios; * Distúrbios da Função Respiratória Asma; DPOC (bronquite crônica + enfisema); Tosse; * DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica; Síndrome (bronquite crônica + enfisema) Bronquite: inflamação dos brônquios e bronquíolos (poluição do ar, cigarros); Enfisema: distensão e lesão do tecido pulmonar; Tratamento paleativo: ipratrópio, salbutamol e corticosteróides * Tosse Mecanismo reflexo-protetor; Remoção de material estranho e as secreções; Antitussígenos: deprimem o centro da tosse Codeína (diminui a secreção nos bronquíolos, espessamento do escarro) Dextrometorfano; Folcodina; * “Doença inflamatória crônica caracterizada por obstrução – reversível – recorrente do fluxo de ar nas vias aéreas em resposta a estímulos que, por si só, não são nocivos e não afetam os indivíduos não asmáticos” Asma * Epidemiologia Maior prevalência: Austrália, Irlanda Reino Unido, EUA, N. Zelândia Menor prevalência: China, Grécia, Rússia Brasil: prevalência superior a 20% (8º lugar) Fortaleza – 2.339 crianças - 15,8% (Campos, 1998) ISAAC. Eur Respir J. 1998; 12:35-335 www.asmabronquica.com.br * Epidemiologia Mortalidade é baixa, magnitude crescente, em diversos paises s regiões. Nos paises em desenvolvimento vem aumentando últimos 10 anos correspondendo a 5-10% das mortes por causa respiratória; No Brasil, em 2000, a taxa de mortalidade por asma ou associada foi de 2,29/100.000 hab (maioria evitáveis); É 3ª ou 4ª causa de internamento no SUS, em 2005 das internações por problemas respiratórios 18,7% , foram por asma. Os custos do SUS com internações, em 2005 foi de a 96 milhões de reais o que correspondeu a 1,4% do gasto total anual com todas as doenças. IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, 2006 * Distúrbios da Função Respiratória ASMA BRÔNQUICA Aspectos importantes: hiperresponsividade brônquica – tendência das vias aéreas doentes para reagir com estímulos que não causam respostas nas vias aéreas normais. broncoconstrição – contração das vias aéreas, causando obstrução da passagem de ar. * Desenvolvimento da Asma Mudanças estruturais * Desenvolvimento da Asma - Características Asma Crônica: tosse, dispnéia, sibilos sensação de constrição no tórax – aperto no peito dificuldade de respirar o ar alivia com o uso de broncodilatadores Asma Grave Aguda: não é facilmente revertida, podendo ser fatal exige tratamento imediato * Distúrbios da Função Respiratória ASMA Crônica - Classificação: Asma Leve ou intermitente Asma leve persistente Asma moderada persistente Asma persistente grave * Distúrbios da Função Respiratória ASMA BRÔNQUICA - Classificação: Asma leve ou intermitente: Sintomas < 1 vez por semana Asma persistente leve: Sintomas > 1 vez por semana e < 1 vez por dia Asma persistente moderada: Sintomas diários, mas não contínuos Asma persistente grave: Crises asmáticas diárias e contínuas * * Como reconhecer? As manifestações clínicas são decorrentes do processo inflamatório desencadeados na crise asmática – é a resposta do organismo a uma agressão Sibilância (chiado no peito) Tosse (geralmente seca) Dor torácica (aperto no peito) Dispnéia (dificuldade respirar) Limitação aos esforços Despertares noturnos * Asma alérgica - Mesmas alterações (hiperreatividade brônquica e broncoconstrição); Ocorre sensibilização prévia; Duas fases: Fase imediata: resposta inicial à provocação do alérgeno, ocorre de modo abrupto, sendo causada pelo espasmo do músculo liso brônquico; Fase tardia: reação inflamatória progressiva, influxo de linfócitos Th2 * Diagnóstico Funcional registro de volume ou fluxo de expiração forçada * Dignóstico Funcional ESPIROMETRIA método funcional para confirmação do diagnóstico permite a medida da capacidade vital forçada (CVF) e o volume expiratório forçado em um segundo (FEV1) a obstrução das vias aéreas caracteriza-se por uma redução da relação FEV1/CVF abaixo de 90% do valor previsto. o diagnóstico é confirmado pela presença de obstrução ao fluxo aéreo que desaparece ou melhora significativamente após adição de broncodilatador * Quantificação da Hiper-responsividade Brônquica FEV1 – volume expiratório forçado em um segundo * Fase imediata A fase imediata da asma é a redução no diâmetro das vias respiratórias devido à contração do músculo liso (broncoconstrição) congestão vascular, edema da parede brônquica e secreções espessas e viscosas E.R. MacFadden, Jr. (2002) www.pueri.com.br www.hsw.uol.com.br * Fase tardia A principal característica da fase tardia da asma é a INFLAMAÇÃO BRÔNQUICA resultante de um amplo e complexo espectro de interações entre células inflamatórias, mediadores e células estruturais da mucosa respiratória. IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, 2006 www.nlm.nih.gov * Fisiopatologia: da sensibilidade da traquéia e dos brônquios estreitamento generalizado das vias aéreas contração do músculo liso das vias aéreas espessamento da mucosa – edema infiltração celular produção de muco viscoso * Desenvolvimento da Asma Fisiopatologia ESTREITAMENTO OU OBSTRUÇÃO DA LUZ BRÔQUICA INFLAMAÇÃO BRÔNQUICA BRONCOESPASMO EDEMA DE MUCOSA HIPERSECREÇÃO BRÔNQUICA * Desenvolvimento da Asma Características Fisiológicas e Patológicas: * Distúrbios da Função Respiratória ASMA ALÉRGICA processo imune – produção de células inflamatórias e mediadores e anticorpos (IgE) células envolvidas Eosinófilos Mastócitos Linfócitos T e B * Desenvolvimento da Asma Imunologia: * Desenvolvimento da Asma Imunologia: * Desenvolvimento da Asma Sensibilização ao alérgeno Recrutamento e ativação das células Th2 Produção e liberação de citocinas – ativação de células B Produção de IgE produção de IL-5 – ativação de eosinófilos produção de IL-4 e IL-13 – expressão de receptores de IgE nos mastócitos produção de mediadores inflamatórios histamina, leucotrienos, prostaglandinas interleucinas 4, 5, 9 e 13 * * Desenvolvimento da Asma Fase Imediata do Ataque de Asma: resposta inicial ao alérgeno causada pelo espasmo do ML brônquicos liberação de espasmógenos pelos mastócitos histamina, LTC4, LTD4 PGD2, IL-4, IL-5, IL-13 e TNF-α atração de leucócitos (eosinófilos e MN) ocorre um sistema de “amplificação” * * * Desenvolvimento da Asma Fase Tardia do Ataque de Asma: reação inflamatória progressiva – influxo de Th2 e eosinófilos migração de células inflamatórias habituais e Th2; provocam lesão e perda do epitélio – base da hiper-reatividade (fibras C e receptores irritantes mais acessíveis) * Desenvolvimento da Asma Fase Tardia do Ataque de Asma: Th2 produção de leucotrienos; Produção de citocinas (IL-3, IL-5, IL-8); Liberação de fatores de crescimento Eosinófilos: Produção e liberação de proteínas tóxicas proteína catiônica dos eosinófilos (ECP) proteína básica principal (EMBP) neurotoxina derivada de eosinófilos * * Desenvolvimento da Asma Remodelamento das Vias Aéreas: desenvolvimento de mudanças estruturais nas vias aéreas como conseqüência de inflamação crônica é acompanhada de inflamação grave das vias aéreas pode ser acompanhada de fibrose é causada por obstrução da passagem de ar – não reversível * * Desenvolvimento da Asma Remodelamento das Vias Aéreas: Fenômenos: deposição de colágeno subepitelial; acumulação de Miofibloblastos hiperplasia e hipertrofia do ML das vias aéreas hiperplasia glandular disrupção epitelial * * * Resumo das Fases da asma Alérgeno ou estímulo inespecífico FASE IMEDIATA + Mastócitos, cél. mononucleares LTC4, LTD4, Histamina e PGD2 + BRONCOESPASMO Quimiotaxinasquimiocinas FASE TARDIA Infiltração de células Th2, que liberam citocinas, monócitos e eosinófilos LTC4, LTD4, neuropeptídeos, NO, adenosina EMBP, ECP + Inflamação das vias aéreas + Hiper-reatividade das vias aéreas + Lesão epitelial + BRONCOESPASMO, SIBILOS E TOSSE * Terapia Medicamentosa Broncoespasmo pode ser revertido por: drogas capazes de reduzir a IgE ligada aos mastócitos (anticorpo anti-IgE); Impedir a degranulação de mastócitos (cromolina e nedocromil, agentes simpatomiméticos); bloquear a ação dos produtos liberados (antagonistas dos receptores de histamina e leucotrienos); inibir o efeito da Ach na estimulação vagal (antagonistas muscarínicos) relaxar diretamente o músc. Liso das vias aéreas (agonistas b2-adrenérgicos, xantinas) * Terapia Medicamentosa Hiper-reatividade brônquica: ligada a inflamação das vias aéreas; Corticosteróides inalatórios e sistêmicos; Associado ou não a agonistas b2-adrenérgicos; * Classes de Fármacos Fármacos que relaxam diretamente o músculo liso das vias aéreas: Agentes simpaticomiméticos; Metilxantinas * Agentes Simpaticomiméticos Não-seletivos (b1e b2-adrenérgicos) adrenalina, efedrina e isoproterenol Seletivos (agonistas b2-adrenérgicos) : ação curta (utilizados quando necessários) Salbutamol, terbutalina ação prolongada (administrados de modo regular) salmeterol, formoterol * Agentes Simpaticomiméticos Broncodilatação Inibição da degranulação de mastócitos Diminuição da permeabilidade capilar Aumento do transporte mucociliar Estímulo da adenilato ciclase: aumento do AMPc Efeitos: * Agentes simpaticomiméticos Mecanismo de ação: estimulação da adenilato ciclase e aumento do AMPc * Agentes Simpaticomiméticos Adrenalina broncodilatador de ação rápida; subcutânea ou inalada; broncodil. máxima dentro de 15 minutos, com duração de 60-90 minutos; taquicardia, arritmia, agravamento da angina do peito; raramente prescrita; * Agentes Simpaticomiméticos Efedrina droga mais antiga no tratamento da asma; maior duração de ação do que adrenalina; efeitos centrais mais pronunciados, menor efeito raramente utilizada; * Agentes Simpaticomiméticos Isoproterenol broncodilatador potente; broncodil. máxima dentro de 5 minutos, com duração de 60-90 minutos; taxa de mortalidade elevada no Reino Unido, na década de 60, foi atribuída ao isoproterenol (arritmias); * Agonistas β2 Ação curta: Salbutamol e terbutalina - Via inalatória: início de ação 5-15 min - Dilatação máxima em 30 min - Duração de ação: 4-6h - Terbutalina: apresentação oral e sc - broncodilatação equivalente a do isoproterenol * Terbutalina Salbutamol * Agonistas β2 Ação prolongada: Salmoterol e formoterol - Duração do efeito de 12h - São utilizados de modo regular - Associação com corticosteróides no controle da asma crônica; Formoterol Salmoterol * Agonistas β2 Formoterol - Rapidamente absorvido - Alta lipossolubilidade - Potente inibidor da liberação de histamina dos basófilos e dos mastócitos. * Agonistas β2 Ação prolongada: * Agonistas β2-adrenérgicos atualmente, são os mais utilizados; broncodilatadores de ação longa; inibem a liberação de mediadores mastocitários e outros mediadores inflamatórios * Agonistas β2-adrenérgicos Efeitos indesejáveis dos agonistas β2-adrenérgicos resultam de sua absorção sistêmica; Inalação resulta em maior efeito local com menor toxicidade sistêmica; Associação com corticosteróides reduz tolerância induzida por agonistas β2; * Efeitos Colaterais dos Agonistas β2 RESULTANTES DA ABSORÇÃO SISTÊMICA Tremor Aumento da glicose plasmática Aumento dos ácidos graxos Taquicardia * NIH, 1997 * Toxicidade Tolerância Perda do efeito broncoprotetor Arritmias cardíacas, hipoxemia Agentes simpaticomiméticos * Cafeína teofilina Metilxantinas Teofilina, teobromina, cafeína Aminofilina: complexo teofilina-etilenodiamina Menos usadas no controle da asma aguda (fármacos mais eficazes) Baixo custo * Mecanismos de ação: Inibidores de fosfodiesterase Aumentam AMPc intracelular Estimulação cardíaca Relaxamento de musculatura lisa Inibidores de receptores de adenosina Broncodilatação Inibição da liberação de histamina Efeito anti-inflamatório Metilxantinas * Efeitos farmacológicos: SNC: Aumento do alerta e diminuição da fadiga Nervosismo, insônia, tremores Convulsões Cardiovascular: Cronotropismo e inotropismo positivos Vasodilatação, exceto cerebral Aumento da resistência periférica (liberação de catecolaminas) Metilxantinas * Efeitos farmacológicos: TGI: Aumenta secreção ácida e enzimática Renal: Diuréticos fracos (aumento da filtração glomerular e da redução da reabsorção tubular de sódio) Musculatura lisa: Broncodilatação (não há tolerância) Musculatura esquelética: Aumenta força contrátil e reduz fadiga (diafragma) Metilxantinas * Usos clínicos: Broncoespasmo agudo (fármaco de 2ª linha) Asma noturna e induzida por exercício (liberação prolongada) DPOC Metilxantinas * Farmacocinética: Apresentação: oral (liberação prolongada); não pode ser inalada; aminofilina (e.v.) Bem absorvida TGI Metabolismo hepático: variação individual e por faixa etária Meia-vida: 8 horas (adulto): variável Metilxantinas * Dosagem sérica: Estreita faixa terapêutica: Concentrações terapêuticas: 5-20 mg/l Anorexia, náuseas, vômitos, cefaléia, ansiedade ocorrem em [ ] > 15-20 mg/l Arritmias e convulsões: [ ] > 40 mg/l Metilxantinas * Interações medicamentosas Concentração plasmática é diminuída por indutores enzimáticos: Rifampicina, fenobarbital, fenitoína e carbamazepina Concentração plasmática aumentada por inibidores enzimáticos: Anticoncepcionais orais, eritromicina, ciprofloxacina, fluconazol e cimetidina Metilxantinas * Fármacos que inibem o efeito da acetilcolina na estimulação vagal Antagonistas muscarínicos * Participação parassimpática nas respostas broncomotoras; Desenvolvimento de um potente agente anti-muscarínico pouco absorvido (aerossol) nas vias aéreas, não estando associado a efeitos atropínicos sistêmicos; Brometo de ipratrópio Antagonistas muscarínicos * Antagonista competitivo não-seletivo Ach; Efeito terapêutico na asma: bloqueio do receptor M3 (broncodilatação e diminuição do muco) Nas doses administradas, inibem apenas a parte da resposta mediada pelos receptores muscarínicos; Antimuscarírinos: mecanismo de ação * Usos clínicos: Broncoespasmo agudo: efeito em 1h, dura 5h DPOC Intolerância aos b2-adrenérgicos Antagonistas muscarínicos * Sulfato de atropina: forma de aerossol; Aumento do calibre das vias aéreas em condições basais com persistência de 5h; Deposição do aerossol na boca: ressecamento local; Efeitos adversos sistêmicos: retenção urinária, visão turva, agitação; Antagonistas muscarínicos * Brometo de ipratrópio Composto de amônio quaternário; Pouco absorvido e não penetra no SNC; Efeito máximo: 1-2h; Duração do efeito: 3-5h; Eficácia menor que os agonistas b-adrenérgicos; Valor clínico potencial: pacientes que não toleram os agonistas b-adrenérgicos; Não tem efeito sobre a fase tardia da asma; Antagonistas muscarínicos * Ipratrópio * Usos clínicos: Broncocontrição causada por ar frio, toxicantes inalados; Intolerância aos b2-adrenérgicos Bronquite crônica DPOC Antagonistas muscarínicos * Associações Antagonistas muscarínicos + glicocorticóides: Tratamento de asma crônica e severa. Antagonistas muscarínicos + agonistas β2: em emergência asmática; Antagonistas muscarínicos * Tônus brônquico Broncodilatação Broncoconstricção + + Acetilcolina Adenosina Teofilina - Brometo de Ipratrópio - + AMPc AC PDE ATP AMP b2-ago + Teo - * Classes de Fármacos Fármacos capazes de reduzir a IgE ligada aos mastócitos (anticorpo anti-IgE); * Omalizumab (anticorpo monoclonal murino humanizado); Diminui a quantidade de IgE circulante; Impede a ligação da IgE aos mastócitos; Eficaz nas duas fases da asma: inicial: falta de estimulação dos mastócitos; Tardia: infra-regulação dos receptores de IgE nos mastócitos e redução da estimulação Th2 Anticorpo anti-IgE * Administração parenteral: SC (a cada 2 a 4 semanas) Alto custo; Casos graves: Permite reduzir a dose esteróides para o controle da doença; Efeitos colaterais: Pode induzir respostas alérgicas Anticorpo anti-IgE * Fármacos que bloqueiam a ação dos produtos liberados Inibidores das vias dos leucotrienos; * Evidência da participação dos leucotrienos Inflamação Anafilaxia LTB4 (quimiotaxia neutrófilos) LTC4 e LTD4: broncoconstrição, hiperreatividade brônquica, edema e hipersecreção Inibidores da via dos leucotrienos * * Zileuton (zyflo®) ►inibe a 5-lipoxigenase (eosinófilos, mastócitos, macrófagos e basófilos); Zafirlucaste (Accolate®) e Montelucaste (singulair®)► antagonistas do receptor de LTD4; Bem absorvidos via oral. Antes da refeição. Início de ação: 1h Inibidores da via dos leucotrienos * * Antagonista do receptor cisteinil-leucotrieno (CisLT) * * Ações farmacológicas: Impedem a asma induzida por aspirina, por exercício e por estimulação antigênica; Diminuem ambas respostas iniciais e tardias a alérgenos inalados; Reduzem a eosinofilia do escarro; Atividade broncodilatadora menor que a do salbutamol Inibidores da via dos leucotrienos * Ações farmacológicas: Eficácia na prevenção de crises e na frequência das exacerbações: igual aos corticosteróides Menos eficazes sobre os sintomas: Calibre das vias aéreas; reatividade bronquica; inflamação; Inibidores da via dos leucotrienos * Hiper-responsividade brônquica Hipersensibilidade Hiper-reatividade Resposta normal a níveis anormalmente baixo de estímulos (contração com demasiada rapidez) Resposta exagerada a níveis normais ou altos de estímulos (respondem muito vigorosamente) * Comodidade posológica: via oral Zileuton (600mg 4x dia); Montelucaste (10 mg 1 x dia) Zafirlucaste (20 mg 2x dia) Efeitos colaterais: Hepatotoxidade: zileuton Síndrome de Churg-Strauss: vasculite sistêmica, caracterizada por agravamento da asma, infiltrados pulmonares e eosinofilia Inibidores da via dos leucotrienos * Fármacos que impedem a degranulação de mastócitos Cromolina (cromoglicato dissódico): Intal® nedocromil: Tilade ® * Cromoglicato dissódico e nedocromil sódico; (sais estáveis, insolúveis e de ↓ biodisponibilidade) Não exercem nenhum efeito sobre a musculatura lisa das vias aéreas; Ineficazes na reversão do broncoespasmo asmático; ↓ reatividade brônquica (uso crônico) Inibe a asma induzida por antígenos,por exercício físico, pela aspirina; Cromolina e nedocromil * Cromolina e nedocromil Mecanismo de ação: Estabilizadores de mastócitos: Inibe a liberação de histamina dos mastócitos no pulmão; Obs.: Inibe o aparecimento da resposta tardia, mesmo quando administrado após a resposta inicial; Outros mecanismos (evidências): Diminui a resposta eferente autonômica quando estimulada pelos “receptores de irritantes”; Suprime a resposta das fibras C sensoriais; Inibe a liberação de citocinas pré-formadas das células T * Cromolina e nedocromil Usos clínicos: Administração única: ação preventiva antes do exercício ou contato inevitável com alérgeno Administração regular (2 a 4 inalações, 2 a 4 vezes ao dia): reduzem a intensidade de sintomas e a necessidade de broncodilatadores; Rinoconjuntivite alérgica (spray nasal e gotas oculares) * Cromolina e nedocromil Farmacocinética: Pouco absorvido TGI; Inalação (aerossol): solução nebulizada ou na forma de pó; Cerca de 10% absorvido na circulação; Meia-vida: 90 min; Excretado na forma inalterada: bile e urina Efeitos adversos (leves) Irritação da garganta, tosse, boca seca, sensação de constrição no tórax e sibilos. Efeitos graves (raros): infiltração pulmonar com eosinofilia e anafilaxia; Ausência de toxicidade: uso em crianças * Fármacos anti-inflamatórios Corticosteróides * Corticosteróides Utilizados no tratamento desde 1950; Efeito anti-inflamatório (inibição da produção de citocinas); Inibem infiltração linfócitos e eosinófilos * Corticosteróides Reduzem reatividade brônquica Diminuem freqüência das exacerbações Aumentam calibre das vias aéreas Não relaxam diretamente o músculo liso Potencializam efeito dos b2-adrenérgicos * Corticosteróides Corticosteróides sistêmicos (CS) prednisona; Corticosteróides inalatórios (CI) beclometasona; fluticasona; budesonida * Corticosteóides Atuam nos receptores tipo IV Mecanismo de ação * Efeitos sobre os receptores Altera a transcrição dos genes das citocinas IL-1, TNF-α, IL3, IL4, IL6, IL8. Reduz a quantidade de mastócitos no pulmão, através da redução da expressão de IL-3. Reduz a quantidade de eosinófilos e linfócitos Diminui a formação de mediadores inflamatórios por inibição da fosfolipase A2. Regulação crescente dos receptores 2 Diminuição da permeabilidade vascular Diminuição da secreção de muco * Corticosteróides – Uso clínico Eficácia na melhora de todos os índices Gravidade sintomas Calibre vias aéreas Reatividade brônquica Número de crises Qualidade de vida Via sistêmica (oral, parenteral): crises * Corticosteróides – Uso clínico Via inalatória: preferida Dose matutina, após o pico de ACTH: menos inibição do eixo HHA Dose vespertina: melhor controle noturno Corticóides lipofílicos: menos absorção Beclometasona: 4 aplicações 2 vezes/dia (400mcg) equivale a 10-15mg prednisona Desmame CS e CI em dose elevada * Pacientes com sintomas graves: tratamento inicial com CS (30mg/dia prednisona 3 semanas). Após a melhora, iniciar CI. Pacientes com sintomas mais leves: mas não controlados com BD: iniciar CI Pacientes cujos sintomas são inadequadamente controlados com CI: Adicionar agonista b2-adrenérgico de ação prolongada à terapia Terapia com corticosteróides – Uso clínico * Corticosteróides Efeitos colaterais: CI Supressão supra-renal (doses altas) Candidíase oral: lavagem bucal profilática Rouquidão: miopatia aguda cordas vocais Adultos: osteoporose e catarata (incomum) Crianças: diminuem velocidade crescimento Não alteram estatura final do adulto * Manejo da asma * Manejo da asma * Dispositivos Inalatórios * Caso clínico 1 A.H.G. estudante, raramente participa das atividades físicas da escola pois apresenta dificuldade de respirar. Acorda várias vezes durante a noite com tosse e sensação de constrição no tórax, piados e muita secreção, e, mais de três vezes por semana apresenta os mesmos sintomas. Geralmente faz uso de Berotec® nebulizado para alívio das crises mas sente que não consegue mais respirar confortavelmente após a administração do fármaco, além de apresentar muitos tremores. Foi ao médico que diagnosticou asma moderada e iniciou terapia com uma associação de fármacos, devido a intensidade das crises. Sendo assim, responda: A que classe de fármacos pertence o Berotec®? Qual o seu mecanismo de ação? Por que A.H.G. passou a não respirar melhor após a administração desse fármaco? Explique o mecanismo. Por que A.H.G apresentou tremores? Explique o mecanismo. Após o diagnóstico de asma moderada o médico receitou uma associação de fármacos? Que provável associação seria esta? * * Anticorpo anti- * Anticorpo anti- * * * * * * * * * * * * * * * *
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