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Fundamentos de Economia

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Ensino a Distância
Atendimento ao Aluno EAD
DDG 0800.0514131
DDG: 0800.6426363
E-mail: alunoead@ulbra.br
Campus Canoas: 
Av. Farroupilha, 8001 · Prédio 11 · 2º andar 
Corredor central - Sala 130 · Canoas/RS
Atendimento de segunda-feira a sexta-feira:
Manhã/Tarde/Noite: Das 8:00hs às 22:30hs
Atendimento aos sábados:
Manhã: 8:00hs às 12:00hs 
MANTENEDORA
Comunidade Evangélica Luterana São Paulo - CELSP
Rua Fioravante Milanez, 206
 CEP 92010-240 – Canoas/RS
 Telefone: 51 3472.5613 - Fax: 51 3477.1313
 DIREÇÃO
Presidente
Delmar Stahnke 
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
Av. Farroupilha, 8001 - Bairro São José
 CEP 92425-900 - Canoas/RS 
 Telefone: 51 3477.4000 - Fax: 51 3477.1313
REITORIA
Reitor
 Marcos Fernando Ziemer 
Vice-Reitor
 Valter Kuchenbecker
Pró-Reitor de Administração
Ricardo Müller
Pró-Reitor de Graduação
Ricardo Prates Macedo 
Pró-Reitor Adjunto de Graduação
Pedro Antonio Gonzalez Hernandez
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
Erwin Francisco Tochtrop Júnior
Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários
Ricardo Willy Rieth
Capelão geral
 Gerhard Grasel
Diretor de Ensino do EAD
Joelci Clécio de Almeida
Orientação e revisão da escrita
Dóris Cristina Gedrat
Design/Infografia/Programação
José Renato dos Santos Pereira
Luiz Carlos Specht Filho
Sabrina Marques Maciel
Azul
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................ 3
CONCEITO, OBJETO E MÉTODO DA CIÊNCIA ECONÔMICA ..................... 4
DEMANDA, OFERTA, O MERCADO E SUAS ESTRUTURAS .................... 14
TEORIA DA PRODUÇÃO E DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO ....................... 22
MACROECONOMIA .......................................................................... 30
INTRODUÇÃO À ECONOMIA MONETÁRIA ........................................... 38
INFLAÇÃO E SEUS REFLEXOS NA ECONOMIA ..................................... 48
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E O MERCADO DE CAPITAIS ........... 60
O MERCADO DE CÂMBIO ................................................................. 69
ECONOMIA INTERNACIONAL ............................................................ 80
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ........................... 89
A ECONOMIA E OS CURSOS DE TECNOLOGIA..................................... 98
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................... 100
A
pr
es
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ta
çã
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Fundamentos de Economia
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Seja bem-vindo. Estamos iniciando nossos trabalhos e, nos próximos meses, ficare-mos constantemente em contato. A dis-
tância será apenas aparente, pois estaremos, na 
verdade, ligados através da tecnologia que a mo-
dernidade nos proporciona. 
Imagine-se fazendo uma viagem de turismo 
pela cidade em que você mora. Você já conhece 
tudo, já viu tudo que qualquer guia local possa 
lhe mostrar. Que novidades poderão existir em 
locais que a gente percorre diariamente? Em pré-
dios que a gente viu construir? Em ruas das quais 
se conhece cada buraco?
Experimente fazer tal viagem sem essa ideia 
preconcebida e você verá coisas que nunca viu, 
se apaixonará por paisagens que nunca antes 
havia observado. Em sua própria cidade. Verá 
ângulos novos de paisagens. Paisagens há muito 
conhecidas.
Convidamos você a fazer uma viagem de 
observação pelo mundo da economia. Essa via-
gem não será muito diferente do que viajar por 
sua própria cidade. Afinal, todos nós lemos, ou-
vimos, vivemos o dia-a-dia e nos sentimos envol-
vidos por economia.
Nossa incursão por essa ciência pretende ser 
a mais aprazível possível. Não pretende esta dis-
ciplina ser um curso de alta especialização, mas 
um aprendizado novo sobre aquilo que já vive-
mos, mas às vezes não temos tempo de observar. 
Na verdade, talvez nunca tenhamos parado para 
pensar que, ao viver e conviver com nossos ami-
gos, com nossa família, nossos negócios, esteja-
mos sendo protagonistas de algo que também é 
ciência.
A disciplina à qual você está sendo apresen-
tado tem o objetivo de mostrar informações e ins-
trumentos para que você possa mais facilmente 
identificar os fatos econômicos e compreender 
o funcionamento das economias de mercado, do 
ponto de vista da Ciência Econômica. Ao seu fi-
nal, espera-se que você, além de ter gosto pelos 
temas econômicos, possa melhor compreender 
os principais aspectos da realidade econômica 
e conhecer os mercados de bens e de serviços, 
de trabalho, monetário e cambial, internacional, 
entre outros... e relacionar essa teoria à sua área 
de interesse profissional.
Professores: Erico Michels, Ney Oliveira e San-
dro Celestino Wollenhaupt
APRESENTAÇÃO
Erico Michels é mestre em gestão de negócios pela Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales 
(UCES-Argentina), especialista em planejamento de transporte e trânsito, pela Universidade Federal 
de Minas Gerais (UFMG) e bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Gran-
de do Sul (UFRGS). É professor e coordenador dos cursos de Ciências Econômicas e Superiores de 
Tecnologia em Comércio Exterior, além de professor nos cursos Superiores de Tecnologia em Gestão 
da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Foi diretor da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre 
S.A.- TRENSURB - e atualmente dirige o Consórcio Gestor da Bilhetagem Metropolitana – TEU!
Ney Oliveira está cursando doutorado pela Universitat de les Iles Balears (UIB-Espanha), é especialis-
ta em Administração de Marketing pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e bacharel 
em Ciências Econômicas pela UNISINOS. É professor nos cursos de Ciências Econômicas e Superio-
res de Tecnologia em Gestão da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA).
Sandro Wollenhaupt é mestre em Administração pela Universidade Fernando Pessoa de Portugal/
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI - e bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade do 
Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). É professor nos cursos de Ciências Econômicas e Superiores de 
Tecnologia em Gestão da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). 
Professores-Autores
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Apesar de nos envolver no dia-a-dia, a eco-
nomia é uma ciência. É uma ciência social, que 
estuda o comportamento humano. Mas não se 
ocupa de todas as ações e reações sociais. Ocu-
pa-se especialmente da forma como cada indi-
víduo da sociedade utiliza seus recursos para 
produzir bens e serviços (produtos) e assim 
satisfazer as suas necessidades fundamentais. 
Importante: como as necessidades, os desejos 
dos indivíduos são sempre maiores do que a 
disponibilidade de bens e de serviços parasa-
tisfazê-los, dizemos que os recursos produtivos 
são escassos.
Etimologicamente, a palavra Economia vem 
do grego oikos (casa) e nomos (norma, lei). Seria 
a “administração da casa”, que pode ser genera-
lizada como “administração da coisa pública’’. 
Economia pode ser definida como a ciência so-
cial que estuda a maneira pela qual os homens 
decidem empregar recursos escassos, a fim de 
produzir diferentes bens e serviços e atender às 
necessidades de consumo. 
Todas as sociedades (sejam economias de 
mercado, sejam centralizadas) são obrigadas a 
fazer opções, escolhas entre alternativas, uma 
vez que os recursos não são abundantes. Elas 
CONCEITO, OBJETO E 
MÉTODO DA CIÊNCIA 
ECONÔMICA
Este capítulo tem como objetivo a compreensão das características básicas 
da Ciência Econômica, destacando o seu objeto de estudo, além de uma breve 
retrospectiva dos principais pensadores da Economia.
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???
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Que e quanto produzir: a sociedade deve decidir se produz mais bens de consumo ou bens de 
capital, ou, como num exemplo clássico: quer produzir mais canhões ou mais manteiga? Em 
que quantidade? Os recursos devem ser dirigidos para a produção de mais bens de consumo, 
ou bens de capital? No fundo, trata-se de uma decisão que extrapola a esfera puramente econô-
mica. Em economias de mercado, o que e quanto produzir é sinalizado pelos consumidores (o 
que é chamado de “soberania do consumidor”). Em economias planificadas ou centralizadas, 
tipo chinesa, cubana e, até recentemente, soviética, a decisão é tomada por um Órgão Central 
de Planejamento;
Como produzir: trata-se de uma questão de eficiência produtiva: serão utilizados métodos de 
produção capital intensivos? ou mão de obra intensivos? ou terra intensivos? Isso depende da 
disponibilidade de recursos de cada país; 
Para quem produzir: a sociedade deve decidir quais os setores que serão beneficiados na distri-
buição do produto: trabalhadores, capitalistas ou proprietários da terra? agricultura ou indús-
tria? mercado interno ou mercado externo? Região sul ou norte? Ou seja, trata-se de decidir 
como será distribuída a renda gerada pela atividade econômica.
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são obrigadas a fazer escolhas sobre O QUE E 
QUANTO, COMO e PARA QUEM produzir.
Uma das áreas da Economia, que busca ana-
lisar as melhores formas de responder a essas 
perguntas é a Teoria Macroeconômica. A macro-
economia trata da evolução da economia como 
um todo, analisando a determinação e o com-
portamento dos grandes agregados, como renda 
e produto nacionais, investimento, poupança e 
consumo agregados, nível geral de preços, em-
prego e desemprego, estoque de moeda e taxas de 
juros, balanço de pagamentos e taxa de câmbio.
Ao estudar e procurar relacionar os gran-
des agregados, a macroeconomia negligencia o 
comportamento das unidades econômicas indivi-
duais, tais como famílias e firmas, a fixação de 
preços nos mercados específicos, os efeitos de 
oligopólios em mercados individuais etc. Essas 
são preocupações da microeconomia. A macroe-
conomia trata os mercados de forma global. Por 
exemplo, no mercado de bens e serviços, agre-
ga produtos agrícolas, industriais e serviços de 
transporte; no mercado de trabalho, não se preo-
cupa com diferenças na qualificação, sexo, idade, 
origem da força de trabalho.
O custo dessa abstração é que os pormeno-
res omitidos são muitas vezes importantes. Por 
exemplo, quando tomamos apenas o nível da taxa 
de juros, não são destacadas devidamente as dife-
renças entre os vários tipos de aplicações finan-
ceiras.
A abstração, porém, tem a vantagem de per-
mitir estabelecer relações entre grandes agrega-
dos e proporcionar melhor compreensão de algu-
mas das interações mais relevantes da economia, 
que se estabelece entre os mercados de bens e 
serviços, de trabalho e de ativos financeiros e 
não-financeiros.
Entretanto, apesar do aparente contraste, não 
há um conflito básico entre a micro e a macroe-
conomia, dado que o conjunto da economia é a 
soma de seus mercados individuais. A diferen-
ça é primordialmente uma questão de ênfase, de 
enfoque. Ao estudar a determinação de preços 
numa única indústria, na microeconomia consi-
deram-se constantes os preços das outras indús-
trias (a hipótese de coeteris paribus). Na ma-
croeconomia, estuda-se o nível geral de preços, 
ignorando-se as mudanças de preços relativos de 
bens das diferentes indústrias.
A teoria macroeconômica, propriamente 
dita, preocupa-se mais com questões conjuntu-
rais, de curto prazo. Especificamente, preocu-
pa-se com a questão do desemprego (entendido 
como a diferença entre a produção efetivamente 
realizada e a produção potencial da economia, 
quando todos os recursos estejam totalmente em-
pregados) e com a estabilizacão do nível geral de 
preços.
A parte da teoria econômica que estuda o 
comportamento dos grandes agregados ao longo 
do tempo é denominada teoria do crescimento 
econômico. Seu enfoque é um pouco diferencia-
do, preocupando-se com questões como progres-
so tecnológico, política industrial, que envolvem 
políticas de longo prazo.
Método na Ciência 
Econômica
Quanto ao método em Economia três aspec-
tos devem ser levados em consideração:
•	 como a análise dos fenômenos decorrentes do 
comportamento humano é complexa, a eco-
nomia utiliza hipóteses simplificadoras para 
explicar os fenômenos que analisa;
•	 a ciência econômica preferencialmente re-
laciona duas variáveis para explicar um fato 
econômico (por exemplo: a relação existente 
entre o preço e o consumo de um bem);
•	 frequentemente você se deparará com a cha-
mada análise “marginal”. Diferente do que o 
nome possa sugerir, essa forma de analisar 
os fatos econômicos busca relacionar as va-
riáveis segundo seu incremento (crescimento, 
aumento) relacionado a um aumento unitário 
de outra variável. Por exemplo: quanto aumen-
tará o custo total de uma empresa se aumentar 
a produção em uma unidade de produto? Esse 
será o custo marginal da produção daquela 
unidade a mais. É cedo ainda para aprofundar 
este tema. Retornaremos a ele mais adiante, 
em nossa viagem, recém iniciada.
Ainda sobre a metodologia própria da ciên-
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cia econômica e sobre seus métodos de investi-
gação, é necessário distinguir dois grandes com-
partimentos da economia: a economia positiva e 
a economia normativa. 
A economia positiva se ocupa de analisar os 
atos e fatos sociais tais quais eles ocorrem, sem 
utilizar juízos de valor. Na prática, a economia 
positiva estuda os fatos sociais, observa-os siste-
maticamente (segundo metodologia própria das 
ciências sociais) e dessa análise e descrição cien-
tificamente elaborada são formulados os princí-
pios gerais, as leis da economia, as teorias e os 
modelos econômicos. Com certeza você já ouviu 
falar muitas vezes de duas leis da economia: a lei 
da oferta e a lei da procura. São duas entre outras 
tantas leis e princípios que compõem a economia 
positiva. Todas as leis, princípios, modelos e teo-
rias necessitam permanentemente ser analisados 
e confrontados com a realidade, para verificação 
de sua validade e atualização.
Por outro lado, a economia normativa se 
ocupa de utilizar os princípios, leis e teorias 
para produzir modificações e propor direciona-
mento ao curso natural da economia: são as po-
líticas econômicas. A economia normativa está 
fortemente vinculada à política, à ideologia, ao 
sistema de valores. Exemplificando: as políticas 
econômicas sempre buscarão alcançar um obje-
tivo social específico:debelar a inflação, melhor 
distribuir a renda, desenvolver uma região ou o 
todo do país, promover o crescimento ou o desen-
volvimento de um setor da economia.
Podemos resumir os compartimentos da 
economia no quadro a seguir.
ECONOMIA 
POSITIVA
•	Análise dos fatos do dia 
a dia, com a metodolo-
gia das ciências sociais.
•	Criação da teoria eco-
nômica.
•	Análise econômica.
ECONOMIA
NORMATIVA
•	Proposição de políticas 
econômicas.
•	Avaliação dos resulta-
dos, do ponto de vista 
político vigente.
Síntese do pensamento 
econômico
A história do pensamento econômico pode 
ser analisada desde as correntes filosóficas da 
Idade Antiga, como ocorreu na Grécia e em 
Roma, até as ideias contemporâneas modernas.
Nessa evolução, surgiram ideias e sistemas 
conflitantes, que iam do liberalismo total até o 
intervencionismo completo. Entretanto, notava-
se um objetivo essencial: a construção de uma 
ciência que pudesse ajudar os homens na solução 
de um problema econômico fundamental, a con-
ciliação entre escassez de recursos e necessida-
des crescentes.
Fisiocracia
Tratava-se de uma doutrina da ordem natural 
– o universo era regido por leis naturais, imutá-
veis e universais desejadas pela providência divi-
na para a felicidade dos homens.
Os fisiocratas, ao acreditarem em uma or-
dem natural que regula os fenômenos econômi-
cos, aceitavam que a vida econômica se organiza 
e reorganiza de modo automático, com suas pró-
prias forças, e, portanto, negavam a intervenção 
do Estado na economia.
Com os fisiocratas, é iniciado o desenvolvi-
mento das explicações para os fenômenos eco-
nômicos. Para eles, somente a terra e tudo o que 
viesse da natureza era considerado fator econô-
mico produtivo. As atividades agrícolas e extrati-
vas eram consideradas economicamente produti-
vas – o produto líquido decorria da terra e sobre 
ele produzia- se um excedente da riqueza criada 
sobre a riqueza consumida. É possível dizer que 
a fisiocracia foi uma doutrina organicista e na-
turalista, que recebeu influência do racionalismo 
do século XVIII. Muitos consideram as teorias 
de Quesnay meras extensões da doutrina escolás-
tica, embora não deixem de reconhecer a nature-
za científica e analítica de sua obra. Em Ques-
nay, formulam-se os princípios da filosofia social 
utilitarista (hedonismo), que se destaca com o 
quadro econômico, uma representação simplifi-
cada do fluxo de despesas e dos bens entre as 
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diferentes classes sociais. Nessa época, surgiram 
as máquinas e, com elas, o sistema industrial ca-
pitalista.
Escola clássica
De cunho liberal, desenvolveu-se entre o fim 
do século XVIII e o início do século IX. O marco 
inicial está relacionado a Adam Smith e a David 
Ricardo. Para esses autores, as leis naturais da 
vida econômica têm como princípio regulador a 
livre concorrência exercida pelos agentes econô-
micos. Concorrência que leva à divisão do traba-
lho, alavancando a produção, enquanto a natureza 
seria o fator originário. O corpo analítico da es-
cola clássica tem quatro princípios dominantes: 
liberdade de empresa, existência da propriedade 
privada, liberdade de conjunto e liberdade de tro-
ca. Nesse princípio repousa e se fundamenta a lei 
da oferta de mercado.
Adam Smith (1723-1790)
É o apologista 
da nascente classe 
industrial e opo-
nente aos privi-
légios e proteção 
concedidos pelo 
Estado no mercan-
tilismo. Não acre-
ditava na “ordem 
natural” dos negócios. Confiava no egoís-
mo natural dos homens e na harmonia de 
seus interesses. Afirmava que todo esforço 
individual na procura do melhor leva natu-
ralmente à preferência pelo emprego mais 
vantajoso para a sociedade. Adam Smith en-
fatizava o mercado como regulador da divi-
são do trabalho, fazia distinção entre valor 
de uso e valor de troca e admitia que só nes-
te último há interesse econômico. O valor, 
para Smith, era distinto do preço; o trabalho 
era a medida do valor. Ele analisou a distri-
buição da renda entre salário, lucro e renda 
da terra. Smith acreditava que a concorrên-
cia levaria ao desenvolvimento econômico 
e que os benefícios dele decorrentes seriam 
partilhados por todos.
Thomas Robert Malthus (1766-1834)
Com destaque na terminologia teórica e por 
ter colocado a economia em sólidas bases empí-
ricas, Malthus ficou famoso com a lei da popula-
ção. Mostrou, através dessa lei, que a população 
fora de controle cresce a taxas geométricas, en-
quanto os meios de subsistência crescem a taxas 
aritméticas. Seu pessimismo é criticado por não 
ter vislumbrado o progresso técnico e as técnicas 
de controle de natalidade.
David Ricardo (1772-1823)
Mais formal que 
Smith e Malthus, Da-
vid Ricardo construiu 
um sistema abstrato 
cujas conclusões de-
correm dos axiomas. 
Esse autor desenvolveu 
um importante estu-
do sobre a renda diferencial da terra e sobre o 
futuro do sistema capitalista. O ouro passou a 
ter significado importante na política econômi-
ca. No início, a Espanha detinha a liderança da 
posse desse material. Os demais países, não tão 
bem-sucedidos nesse aspecto, procuravam uma 
compensação através de políticas econômicas 
que tornassem seus balanços de pagamento fa-
voráveis, para que, por meio dos excedentes ou 
superavits, comprassem o ouro espanhol. Foi 
assim que floresceu uma indústria altamente 
regulamentada de bens exportáveis que podia 
garantir, também, a demanda interna.
Esse pensamento econômico existiu en-
tre 1450 e 1750, constituindo-se em um regime 
de nacionalismo econômico, vale repetir, com 
centralização da questão da riqueza como fim 
principal do Estado. Ele emerge de um proces-
so crescente de urbanização, do surgimento das 
cidades e, portanto, da ampliação espacial do 
comércio. Dentro desse pensamento, operam-se 
grandes transformações sociais, econômicas e 
políticas:
•	 intelectuais – renascimento artístico;
•	 religiosas – reforma de Calvino e dos anglo-
saxões, dando grande ênfase ao individua-
lismo; o trabalho era enaltecido, o juro era 
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aceito, e o lucro, encorajado;
•	 políticas – aparecimento do Estado moder-
no;
•	 geográficas – grandes descobertas – Cabral, 
Colombo, Magalhães e outros navegadores;
•	 econômicas – todos os conceitos referentes 
ao balanço comercial, às importações e às 
exportações de bens, bem como às transa-
ções com ouro e prata e todos os conceitos 
econômicos ligados às transações externas 
– seguro, frete, política de preços, desloca-
mento da importância econômica do Medi-
terrâneo, regulamentação disciplinadora da 
indústria e do comércio para propiciar aos 
países um saldo positivo no balanço de pa-
gamento.
Escola socialista – Karl Marx 
(1818-1883)
O socialismo constituiu um movimento de 
reação contra os males do liberalismo, princi-
palmente pela consideração do trabalho como 
uma mercadoria e, portanto, sujeito às leis do 
mercado. Os socialistas pretendiam substituir a 
ordem social baseada na liberdade individual, 
na propriedade privada e na liberdade contratu-
al por uma outra ordem, fundamentada na pro-
priedade coletivizada dos meios de produção. 
Essa escola pretendia corrigir as desigualda-
des econômicas, dentro de formulações igua-
litárias, em função das necessidades comuns. 
Os movimentos e as teorias socialistas que se 
opuseram ao individualismo e desenvolveram-
se com doutrinas e programas de reformas bem 
diferentes. Podemos destacar as seguintes cor-
rentes:
Socialismo de cátedra (1872)Surgiu na Alemanha, era vertente do socia-
lismo e pretendia, mesmo conservando a proprie-
dade privada, regular a distribuição de riqueza e 
promover reformas de caráter econômico e so-
cial. O Estado entraria como cooperador, e não 
como absorvente, como se pretendia, no quadro 
geral do socialismo.
Socialismo científico, histórico ou 
marxismo
Deve-se a Karl Marx 
(foto) a fundação do so-
cialismo científico, que se 
tornou a mais importante 
corrente socialista. Marx 
se opôs aos processos 
analíticos clássicos, bem 
como às suas conclusões, 
e criticou Malthus com base nos diversos está-
gios e modos de produção. Sua análise considera 
o significado da dinâmica interna do processo 
histórico e as suas leis econômicas peculiares. 
Marx alterou a análise de valor, embora tenha 
se servido dos componentes teóricos da teoria 
do valor do trabalho de David Ricardo. Foi com 
Marx que apareceram os conceitos de mais-valia, 
capital variável, capital constante, exército de re-
serva. O teórico analisou, também, o processo 
de decrescimento da taxa de lucro decorrente da 
acumulação do capital, da distribuição da renda 
e das crises do sistema capitalista. Devido à sua 
importância, vamos ver quais foram as bases filo-
sóficas e a interpretação dos conceitos econômi-
cos dessa abordagem teórica socialista:
Bases filosóficas do socialismo cien-
tífico
Marx partiu das idéias de Hegel, servindo-
se do conceito de movimento dialético, que vai 
da tese à antítese (negação da tese) e que, num 
terceiro termo, chega, pelo choque recíproco dos 
dois primeiros, à síntese (negação da negação). 
Recusa o idealismo de Hegel – “não é a cons-
ciência que determina a vida, mas a vida que 
determina a consciência”. É pelo homem que se 
explica a história, este se apresenta como uma 
vítima – a teoria da alienação, na qual o homem 
projetou para fora de si a melhor parte dele mes-
mo e criou Deus.
É necessário, dizia Marx, que o homem reto-
me para si o que lhe pertence. O trabalhador alie-
na sua própria substância no produto que realiza 
e do qual o empregador se apropria. Desse modo, 
o produto é o homem desintegrado. É preciso 
proceder à reintegração. Marx estuda o homem 
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total e faz dele o rei do universo, como negação 
de toda transcendência.
Materialismo histórico e a luta de 
classes
Marx distingue na história a infra-estrutura, 
que é a técnica, as condições materiais de produ-
ção, a realidade econômica; e a superestrutura, 
que é a idéia, a cultura, o direito, a moral, a reli-
gião. A superestrutura comanda a infra-estrutura. 
As formas jurídicas da sociedade são sucessivas 
e necessariamente dirigidas pela evolução mate-
rial das técnicas. A técnica de uma época con-
cede a uma classe social uma posição vantajosa 
e à outra classe uma situação desvantajosa. Isso 
significa que há sempre uma classe dominan-
te e uma classe dominada. O poder é da classe 
dominante, mas apenas provisoriamente, pois o 
processo dialético da negação a levará, um dia, 
ao desterro. Essa é a ilustração da ideologia do 
senhor e do escravo, dos capitalistas e dos pro-
letários.
O valor do trabalho e a mais-valia
É a teoria das mercadorias, isto é, dos obje-
tos produzidos pelo trabalho para a venda: 
•	 o valor das coisas é determinado pela quanti-
dade de trabalho de qualidade média necessá-
rio para produzi-las;
•	 o valor da força de trabalho é determinado 
pela quantidade de trabalho necessário para 
produzir os alimentos e outros itens necessá-
rios à subsistência do operário, durante uma 
jornada de seis horas de trabalho:
1. o empregador pagará ao operário um sa-
lário correspondente a essas seis horas de 
trabalho para ter o direito de utilizá-las no 
processo de produção, mas o empregador 
fará o operário trabalhar mais de seis horas, 
durante oito horas, por exemplo;
2. venderá as mercadorias produzidas pelo 
trabalhador a um preço equivalente a oito 
horas de trabalho; 
3. o operário forneceu duas horas de trabalho 
não pagas, que são apropriadas pelo empre-
gador, constituindo um produto líquido que 
Karl Marx chamou de mais-valia;
4. a mais-valia constitui a exploração capita-
lista. O proletariado recebe um salário me-
nor que o valor das mercadorias produzidas; 
esse salário é insuficiente para comprá-las;
5. considerando ser a classe trabalhadora o 
mais importante conjunto de consumido-
res, apareceriam, inevitavelmente, as crises 
de superprodução ou de subconsumo.
A proletarização e a tese catastrófica 
da subversão
Segundo as idéias de Marx, o avanço do ca-
pitalismo provocará a transformação fatal que o 
arruinará. Nesse processo, o número de prole-
tários crescerá continuamente, e as empresas se 
tornarão cada vez maiores e menos numerosas. 
No momento em que todos se tornarem proletá-
rios, a luta de classes chegará ao fim. A revolu-
ção se realizaria por si mesma. Marx aconselha-
va não só que se ficasse à espera do desenlace, 
como concitava a que os trabalhadores se anteci-
passem, o que é atestado pelo seu brado: “Prole-
tários de todos os países, uni-vos”.
Karl Marx estruturou, assim, as bases do 
pensamento socialista do século XIX. Foi um 
revolucionário, e sua obra O Capital promoveu 
grande impacto e enormes modificações na or-
dem econômica de várias nações. A legislação 
trabalhista e os sindicatos, entre outros, foram 
contribuições pós-marxistas.
Escola marginalista ou neo-
clássica
A partir de 1870 até 1929, a análise econômi-
ca seria enriquecida com o desenvolvimento da 
teoria do marginalismo ou neoclassicismo. Esse 
conjunto de estudos procurou integrar a teoria do 
valor à teoria dos custos de produção realizada 
pelos clássicos. Desenvolveu a explicação da alo-
cação dos recursos com o auxílio da análise mar-
ginal e ofereceu argumentos para o entendimento 
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da formação dos preços dos fatores de produção 
e dos bens econômicos finais.
Conforme a análise do marginalismo, o ho-
mem econômico é racional, isto é, suas ações são 
intencionais e sistemáticas, é calculador e está 
empenhado em comparar seus gastos marginais 
com seus respectivos benefícios.
Escola keynesiana ou revolu-
ção keynesiana
John Maynard Keynes 
(foto, 1883-1946) é o expo-
ente máximo do pensamento 
econômico que revolucio-
nou todo o conteúdo teórico 
dessa ciência. A análise de 
Keynes voltou-se, principal-
mente, para problemas da es-
tabilidade a curto prazo; nesse sentido, procurou 
determinar as causas das flutuações econômicas 
dadas pelos níveis da renda nacional e do empre-
go nos países industrializados. Para levar avan-
te esse objetivo, passou a considerar os grandes 
agregados no curto prazo, procurando contestar 
a condenação marxista do capitalismo. Dizia 
que um capitalismo não regulado, sem interven-
ção, mostra-se incompatível com a manutenção 
do pleno emprego e da estabilidade econômica. 
Keynes integrou os setores reais (de gasto) ao se-
tor monetário, analisou a taxa de juros (determi-
nada pela oferta de moeda e pela preferência pela 
liquidez), o consumo e a poupança, ambos de-
pendentes da renda, os efeitos multiplicadores do 
investimento no nível da renda nacional; atribuiu 
papel ativo à política fiscal – de gastos e de im-
postos, defendendo a adoção de uma política de-
ficitária do governo como um meio seguro para 
tirar o sistema econômico da depressão a curto 
prazo; mas era contrário aos controles monetá-
rios, pois não considerava a moeda um instru-
mento ativo. Na época de Keynes, dizia-seque a 
economia estava em recessão porque a renda era 
insuficiente para comprar a produção nacional. 
A análise de Keynes é criticada por ser parcial, e 
não geral, como alegava na sua obra Teoria geral 
do emprego, do juro e da moeda, pois limitava 
à análise o subemprego de curto prazo, faltando 
integrar sua análise à complexidade da micro-
economia; além disso, não aplicou sua teoria à 
explicação do funcionamento das economias dos 
países menos desenvolvidos.
Mas não se pode negar o papel importante 
dos estudos de Keynes no desenvolvimento da 
aferição e da medida das atividades econômicas 
em seu conjunto, de modo agregado – como as 
contas nacionais ou contabilidade nacional –, e 
na explicação para os modelos agregados e suas 
verificações empíricas através da econometria, 
que faz a interação entre a teoria econômica, a 
matemática e a estatística.
Contribuições contemporâneas
Após os trabalhos de Keynes, houve um 
intenso desenvolvimento de estudos e a análi-
se de assuntos ligados à renda, ao emprego e à 
moeda. São exemplos o modelo do multiplica-
dor atribuído a Paul A. Samuelson; o modelo da 
taxa de juros de John R. Hicks; as hipóteses de 
renda permanente de Milton Friedman; a intera-
ção entre a micro e a macroeconomia, a teoria 
neoclássica moderna das expectativas racionais 
e os aprofundamentos nas teorias dinâmicas de 
longo prazo realizados por Joan Robinson, Roy 
F. Harrod, Evsey Domar, John Hícks, Nicholas 
Kaldor, Kenneth Arrow, Samuelson, Solow e 
muitos outros.
Na evolução sucinta dessas contribuições, 
convém alertar que o intervencionismo na eco-
nomia, proposto por Keynes, tinha sentido res-
trito e não pode ser entendido da mesma ma-
neira que o dirigismo estatal e generalizado 
adotado nos países do bloco socialista soviético 
– o Estado é apenas complementador, e nunca 
substituto da iniciativa privada.
Em síntese, as teorias desenvolvidas du-
rante o século XVIII cuidaram da explicação 
da formação da riqueza; as do século XIX, da 
distribuição da riqueza e, modernamente, estão 
teorias com um duplo objetivo estão se desen-
volvendo de um lado explicar as flutuações da 
atividade econômica, seu desenvolvimento den-
tro de um quadro de estabilidade e, de outro, 
investigar a repartição da riqueza ou o problema 
de equidade.
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A teoria econômica representa um só corpo de conhecimento, mas, como os objetivos e métodos de 
abordagem podem diferir, de acordo com a área de interesse de estudo, costuma-se dividi-la da forma a seguir:
Microeconomia: estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado no qual intera-
gem. Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos.
Macroeconomia: estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados, como o PIB, con-
sumo Nacional, investimento agregado, exportação e nível geral de preços, com o objetivo de delinear um 
política econômica. Tem um enfoque conjuntural, isto é, preocupa-se com a resolução de questões como 
inflação e desemprego, em curto prazo.
Desenvolvimento Econômico: estuda modelos de desenvolvimento que levem à elevação do padrão 
de vida (bem-estar) da coletividade. Trata de questões estruturais, de longo prazo (crescimento da renda per 
capita, distribuição de renda, evolução tecnológica).
Economia Internacional: estuda as relações de troca entre países (transações de bens e serviços e tran-
sações monetárias). Trata da determinação da taxa de câmbio, do comércio exterior e das relações financeiras 
internacionais.
Fonte: VASCONCELLOS, 2004.
Questão para reflexão
Reflita sobre a afirmação a seguir expresse seu posicionamento a respeito: 
Entender a economia como uma extensão da vida cotidiana é importante para compreender os con-
ceitos básicos dessa ciência social. Assim, deve-se buscar conhecer a evolução da economia ao longo do 
tempo e as idéias de seus principais pensadores, junto com a forma de pensar a economia.
Texto Complementar
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Como obra mais importante deste capítulo reco-
mendamos o livro História do Pensamento Econô-
mico, de Hunt, por ser uma obra que aborda a história 
do pensamento econômico desde o período antigo até 
os dias de hoje. Consideramos fundamental sua leitu-
ra devido à abordagem histórica sob a ótica econômi-
ca tratada pelo autor.
HUNT, E. K. História do pensamento Econô-
mico. Petrópolis: Vozes, 2005.
Referência comentada
Leia o texto a seguir para aperfeiçoar o seu conhecimento a respeito do tema deste capítulo.
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Petrópolis: Vozes, 2005.
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PASSOS, C. R. M. & NOGAMI, O. Princípios de 
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IBGE: www.ibge.gov.br
Wikipedia: www.wikipedia.org
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Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA: 
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1) Relacione cada escola de pensamento eco-
nômico (coluna da esquerda) com o principal 
tratado de cada escola (coluna da direita):
(1) Escola Fisiocrata ( ) Trabalho
(2) Escola Clássica ( ) Terra
(3) Escola Socialista ( ) Capital
A) a resposta correta é a sequência 1 -2 -3
B) a resposta correta é a sequência 3 -1 -2
C) a resposta correta é a sequência 1 -3 -2
2) Assinale com F a afirmação FALSA e com 
V a afirmação VERDADEIRA
( ) Quando propomos a solução de pro-
blemas constatados na realidade, es-
tamos diante da economia positiva.
( ) Segundo a ótica econômica, a escas-
sez surge a partir das necessidades 
ilimitadas.
AUTOAVALIAÇÃO
GABARITO
1:B, 2:F, V

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