Prévia do material em texto
76 o presente capitulo propoe-se a fazer urn resgate historico do surgimento da Psicologia Social Comunitaria, enfocando, prioritariamente, 0 Brasil. Abordaremos a trajetoria dessa disci- plina, os principais aportes te6ricos e metodo16gicos, bern como seus conceitos centrais. Ap6s a Guerra Fria, nos anos de 1950 e 1960, 0 compro- misso social e politico dos intelectuais, bern como 0 papel da universidade na formacao de profissionais foram fortemente ques- tionados e exigidos. Neste contexto adquire visibilidade a insatis- fa<j:aocom 0 fazer psico16gico dirigido a maioria da populacao. Esses questionamentos apontavam para a busca de praticas dife- rentes das tradicionais que haviam se constituido nos alicerces da criacao desta profissao ern nosso pais (Andery,1983), no inicio dos anos 1960, assim como tais modelos tradicionais eram predo- minantes na formacao dos psicologos. Mesmo assirn, diante desta forte hegemonia dos modelos individualistas e elitistas presentes no trabalho psicologico, durante 0 processo de formacao das pri- meiras turrnas de psicologos no Brasil. em rneados dos anos 1960, Lilian Rodrigues da Cruz Maria de Fatima Quintal de Freitas Juliana Amoretti BREVE HIST6RIA E ALGUNS DESAFIOS DA PSICOLOGIA SOCIAL COMUNIT ARIA Capitulo 3 77 'u encontramos ulna especie de "minoria ativa" na Psicologia _ ~onstitulda por professores, estudantes de psicologia e psicolo- os em centrOScon10 Sao Paulo e Porto Alegre - que intentavam !esenvolver trabalhos junto aos setores desfavorecidos da popu- Jayao, na busca da construcao de urn fazer psicologico rnenos elitista e rnais comprometido com os rumos da realidade social (Freitas, 1998a; Montero, 1994), E oeste clima que encontramos as bases para aquilo que, quase tres decadas depois, iriarnos conhecer como sendo a erner- gencia e consolidacao do que denominamos, hoje, de Psicologia Social Comunitaria. Assim, podemos dizer que, em parte, esta inquietude com os diferentes fazeres da Psicologia, ao lado da preocupa<;:aoem buscar uma pratica diferenciada, voltada para a maioria da populacao, costumeiramente, alijada dos services psi- cologicos, foi um forte elemento que impulsionou, desde a decada de 1960, a construcao da trajet6ria da Psicologia Social Cornuni- taria, com caracteristicas latinoamericanas distintivas. Na conjuntura historica e polftica da America Latina, 0 eli- rna de terror e a perda dos direitos humanos basicos, a violencia manifestada e impingida em diversos contextos e dinamicas so- ciais, mesmo os mais privados, a exclusao social dos services basicos como moradia, saude, educacao e emprego, ao lado de uma constante opressao e submissao, como marcas indeleveis do sistema ditatorial, configuravam um processo social que nao poderia ser simplesmente negado. Tratava-se de uma realidade silenciosa e perversamente vivida pela maioria dos brasileiros e latino-americanos, mesmo porque sua divulgacao era proibida (Betto, 2000; Freire, 1977). Mesmo assim, a vida das pessoas e 0 sofrimento vern a tona, acompanhados pela riqueza cultural dos diferentes segmentos da populacao que trazia consigo, poten- cialrnente, muitas alternativas. E neste cenario de questiona- mentos sobre 0 comprornisso social e politico dos intelectuais e profissionais que emerge urnmovimento de dentro da Psicologia, 78 ao Jado de outros campos, explicitando a responsabilidade dos profissionais para com as transforrnacoes sociais, objetivando lutar contra as relacoes injustas, indignas e, ate sub-humanas, pre- sentes nos sistemas de governos autoritarios. lntentava-se uma Psicologia que rompesse com a dualidade entre social e indivi- dual, que eliminasse a visao individualista e psicologizante, que propusesse trabalhar corn grupos, que refletisse sobre as questoes e problernaticas emergentes das proprias comunidades, reconhe- cendo as necessidades desses setores para, atraves da partilha de praticas e saberes, potencializar estas comunidades rumo a auto- nornia no cotidiano das relacoes. Podemos dizer que 0 perfodo historico que viveu aAmerica Latina reuniu condicoes de possibilidades para que emergisse urn novo olhar psicol6gico cornprornetido com a realidade do co- tidiano dessas populacoes, rnaximizando a saude dos cidadaos, que s6 pode ser alcancada com aces so a educacao, a cultura, a habitacao, ao lazer e ao saneamento, buscando relacoes mais dignas e igualitarias. Este novo olhar vai ganhando forca atraves dos anos, acompanhado de uma diferenciada postura dos pro- fissionais, que defendiam que nao seria possivel ser feliz sem a possibilidade de ter emprego, moradia, educacao, saiide e lazer (Freitas, 1996; Martin-Bar6, 1987). Esta perspectiva te6rica da construcao psicossocial do homem (em que a sua posicao diale- tic a como produto e produtor da sua pr6pria historia e do seu cotidiano passa a ter relevancia) acaba significando urn recorte epistemol6gico em termos de uma nova concepcao de homem e concepcao do que seja 0 fen6meno psicol6gico (Freitas, 2001; Montero, J 996; Martin-Bar6, 1987). Neste sentido, os referidos autores afirmam que a abordagem te6rico-metodo16gica repre- sentada pela Psicologia Social Comunitaria, ao longo das ultirnas decadas, implica em uma especie de enfrentamento epistemol6gico com a Psicologia tradicional, cuja postura era a de legitimar a ordem social, servindo de instrurnento de dominacao. 79 Ern termos de pressupostos te6ricos e conceituais veri fica- seque as origens deste campo localizam-se no ambito da Psicolo- giaSocial, especificamente ligada as tradiyoes historicas e polfticas docontinente latino-americano. Neste contexte e a partir da constatacao de que estudar os seres humanos apartados da sociedade reforca uma visao frag- mentada e a-historica dos fenornenos psicossociais e que a Psico- logiaSocial vai ocupando, cada vez mais, espacos de investigacao e analise. inclusive dentro das tradicionais formas de trabalho , colocando a interacao/relacao entre indivfduo e sociedade como objeto de estudo prioritario (Guareschi, 1996; Sandoval, 2000). Diferentes autores (Serrano-Garcia et al., 1992; Lane, 1983; dentre outros) ao longo destas iiltimas decadas, preocupando-se emconstruir uma Psicologia IUaiScomprometida com a realidade, retornamou explicitam a discussao sobre a falsa dicotomia que se estabelece entre 0 individuo e a sociedade, como se aquele pudes- se prescindir desta para a sua constituicao e estabelecimento como sujeito - ator e autor da sua hist6ria pessoal e coletiva -, ao rnes- mo tempo em que a sociedade, por sua vez, s6 se constituiria como uma organizacao societaria a partir das forcas dialeticas decor- rentes das interacoes. A discussao sobre esta suposta dicotomia constitui-se em urn ponto de permanente tensao, nao s6 na pratica dos trabalhos, mas tambem nas analises te6ricas a respeito dos fenomenos psicossociais. Para Serrano-Garcia et al. (1992), en- quanto a Psicologia Social entender 0 funcionamento social como uma concepcao limitada e individual da pratica humana e utili- zar-se do metodo experimental das ciencias naturais, nao podera compreender a complexidade das relacoes sociais. Contudo, e importante apontar que a Psicologia nao era 0 tinico campo do conhecimento preocupado em procurar alternati- vas para melhorar as condicoes de vida das pessoas e a buscar Sobre a disciplina 80 I Segundo Lane (1996), ja na decada de 1940 existiam no Brasil- e em ouiros pai~es.da. America ~atina - programas de trabalho comurutario, mas eram maJontafl.amenle orientados por uma postura positivista de sociedade, que levava a rntervencoes patemalistas. entender a complexidade das relacoes sociais. A Sociologia e a Educacao tarnbern trabalharam nessa direciio, comprometendo-se com a transformacao social (Cedeno, 1999). A aurora salienta que os primeiros trabalhos conlunitarios I (final dos anos J 950 e deca- da de 1960) caracterizaram-sepela realizacao de praticas meio clandestinas - ou muito discretas -, razao pela qual foram sur- gindo de forma simultanea, porem isoladas. 0 carater de clandes- tinidade possibilitava que estes continuassem sendo reaJizados, garantindo uma certa seguranca uma vez que, ao nao serem publi- cados, minimizavam a identificacao de seus autores. Freitas (1996) aponta duas principais vertentes como subsidiando 0 campo de ayao das praticas psicossociais em comunidade: uma vinda da Educacao e, outra, decorrente das reflexoes ocorridas no campo sociol6gico. Na primeira, "verifica-se que a insercao e a partici- pacao do psicologo em comunidade aconteceu tendo como pro- posta contribuir para a formacao de uma consciencia polftica na populacao" (p. 70). Desta forma, "a cultura e a educacao passam a ser entendidas como vefculos atraves dos quais podem ser for- jados os processos de conscientizacao" (p. 71). o chamado Paradigrna da Educacao Popular pode ser con- siderado uma expressiva corrente de apoio aos trabalhos cornu- nitarios, englobando um conjunto de ideias polfticas e filos6ficas que nasceram com os Movirnentos de Educacao de Base e Cultura Popular no final da decada de 1950 e infcio dos anos 1960 e que cresceram no interior da resistencia popular nos anos 1970 e ini- cio dos 1980. Nesse periodo, a Educacao Popular coloca-se a service da sociedade, objetivando urn processo de conscientiza- 9ao sobre os problemas que dificultam ao cidadao 0 exercfcio diznoo 8l 1 A titulo de ilustracao desta producao artistica, podemos citar algumas musicas populares que tiveram inclusive urn papel politico no cenario de acontecimentos sociais, durante 0 periodo da ditadura, no continente latino- americano. Assim, seria impossfvel nao lembrarrnos de algumas musicas de Chico Buarque, uma vez que sua poesia retrata bern questoes e ternaticas do cotidiano, assim como abordam as relacoes destes sistemas ditatoriais com a vida da sociedade civil, como as composicoes Construciio, Arras da Pona, Minha Historia, Apesar de Voce, Deus lhe Pague, Angelica e Samba de Orly, todas criados nos anos 1970. Nao podemos deixar de citar alguns versos da rmisica Cdlice, em parceria com Gilberto Gil. que se tornou, tambem, ao Jado de outras, sfrnbolo da sociedade que desejava se pronunciar, mas que permanecia amordacada pela ditadura e pela ignorancia Como e dificil acordar caLado / Se na calada da noite eu me dana / Quero lancar um grito desumano / Que e uma maneira de ser escutado / Esse silencio todo me atordoa / Atordoado eu permaneco atento / Na arquibancada para qualquer momento / Ver emergir 0 monstro da lagoa. Na Argentina. pode- mos citar a rmisica S610 Ie pido a Dios, de Leon Gieco e Mercedes Sosa: S610 Ie pido a Dios / Que la guerra 110 me sea indiferente / Es tin monstro grande y pisa fuerte / Toda Lapobre inocencia de la gente / Es un monstro grande y pisa fuerte / Toda Lapobre lnocencia de la gente. No Chile. urn dos nornes mais irnportantes da nova cancao folcl6rica e Victor Jara e, dentre suas varias composicoes, citamos EI pueblo unido, EI derecho de vivir em paz e Manifiesto, da cidadania, de forma coletiva e dernocratica. Nao podemos dei- xar de destacar que, ao longo dos anos, integrando 0 contexto do saber popular, a arte surge como importante aliado ao desenvol- vimento dos trabalhos cornunitarios em nosso continente, na nledida em que e forjada na propria dinamica popular (Pereira, 2001).Assim, saber popular e a arte tern side dois aspectos, tam- bern, relevantes no contexto historico onde surgem a Educacao popular e as formas de conscientizacao da populacao, A arte pode, entao, ser considerada como expressao do livre. como potencia de ideias, ideais e desejos". A influencia da Sociologia Rural nos trabalhos cornunita- rios, denominada de segunda vertente por Freitas (1996, p. 71), aparece como uma alternativa aos modelos tradicionais vigentes, revelando uma "insatisfacao com 0 positivisrno e adocao da pes- quisa participante. Esta provem das critic as que. a partir dos anos 82 1 Transformer a realidade e buscar formas na vida concreta que "maximizem uma saude melhor para a populacao e esta saude emana diretamente das possibilidades reais que esta populacdo possa ter para estudar, comer, rnorar, fazer cultura, e, pelo menos, para transformar as coisas do seu cotidiano, ou seja, para lrabalhar. Ao poder fazer isro, a vida das pessoas e suas relacces> consigo mesmas, com 0 outro e com 0 rnundo que as cerca - poderiio se tornar mais dignas, rnais solidarias e eticarnente humanas, considerando-se ulna perspectiva psicossocial de compreensao da realidade hurnana' (Freitas. 1996, p. 65). 50, comccarum a ser feitas no campo das Ciencias Sociais", prin. cipalmcntc quanta a rigidez desta area do conhecimento, uma vel que considcrava "como uma Ionte de erro para a pesquisa cien, ulicu qualqucr pratica que irnplicasse em transforrnacao da rea- lidadc,,' (p. 7l). Esta posicao Jevava a dicotornia entre teoria c praticn, c i\ dcfcsa de uma postura de neutralidade e de isen~ao politico-social para 0 profissional e para 0 seu trabalho. Entretan- to, tal conccpcao nao podia mais se sustentar, no minimo por con- ta dos pr6prios irabalhos desenvolvidos no campo comunitario, tendo a participacao de diversos profissionais, oriundos de cam- pos distintos, As fortes criticas dirigidas as formas tradicionais de trabalhar em Psicologia decorrem do faro de que seus rnodelos explicativos "se apoiavam no positivismo logico e no ernpirismo estrito, nao dando mais conta nem de explicar essas situacoes da realidade latina, e muito menos de indicar caminhos para trans- forma-las" (Freitas, 1996, p. 71/72). E neste clirna de forte crftica ao carater supostamente neutro da pratica psicologica que grupos de intelectuais engaja- rarn-se nas lutas populaces em prol de unir a atividade cientffica aos processos de transformacao social. A partir deste cenario de discussoes surgem os primeiros trabalhos em contextos cornu- nitarios, com 0 objetivo de facilitar a formacao de consciencia crftica e participacao politica. Estes passam a ter maior visibili- dade atraves de diversos eventos e sirnposios que passaram a ser realizados, especialmente pela ABRAPSO (Associacao Brasi- 83 A discussao sobre os liames que existem e podem existir entre alguns finalizada sobre as interfluencias entre tais campos, consideramos relevante recuperar alguns elementos ja apontados por estudiosos da area. Encontramos em Campos e Guareschi (2000) a indicacao de haver, no seculo XX, tres dernarcacoes importantes que con- tribufrarn para definir a Psicologia Social atual, ineluindo, af a Psicorogta Social Cornunitaria. A primeira refere-se a proposta da Psicologia das Multidoes, nascida na Europa do inicio do seculo apontado, como uma resposta especifica as indagacoes colocadas sobre os movimentos sociais urbanos nas sociedades capitalistas modernas. Em segundo lugar, aparece 0 Modelo da Da Psicologia Social it Psicologia Social Cornunitaria leira de Psicologia Social), tendo como eixo norteador a preocu- pa~ao de aproximacao e eornpromelilnento da Psicologia para com a realidade. 0 Congresso lnleramerieano sobre Psicologia Comuniuiria, realizado ern Havana, ern 1980, pode ser conside- rado come um dos primeiros e irnportantes f6runs de fornenro aos debate relatives aos paradigrnas dominantes no campo das pnlticas da Psicologia em comunidade, abordando as exi- crenciaste6rica e metodologicas. Segundo Nascimento (2001),e nesse evento forarn identificadas visoes de homem e, portanto, diversos tipos de intervencoes na comunidade, tendo estado presences, tarnbern, lrabalhos com praticas paternalistas e assis- lencialisras. Tal diversidade, ja presente no inicio dos anos 1980, apontava para a necessidade de serem demarcados os aspectos teoricos/metodol6gicos de uma Psicologia Social Crftica, mos- rrando urn tipo de atuacao quepassou, mais tarde, a ser conhe- cida como Psicologia Social Cornunitaria (Nascimento, 2001; Freitas. 1998a). 84 4 A jde~a de dialogismo ou polifonia foi construfda pelo escritor Mikhail Bakhtin, a partir de 1920, 00 campo da teoria literaria e da filosofia da linguagem. 0 autor sustenta que a linguagern e 0 rnundo social ;- f da-tid' 16' , ' I sao. un amen a mente, ra giCOS,ISIo e, sao caraclerizados pela . t - tT.c. ,1n eracao en e diferentes perspectivas e pontos de vista. A abordagem di I' . ibili. ., _ . a oglca POSSI I Ita, assim, incluir a quesrao da alteridade na discussao em to d C"' .(-J ' " • mo as lenClas umanas, quanto 110 metodo, ngor e cientificidade (Amori 100 L)flm, _ . Psicologia d41Opinijlo publica, derivado das questoes colocadas pelo fllJ1cionUnlcolO das democr~cia~ m.o~ern~s basead~s na stntesc de Illilharcs de pontos de vista lndlvJdualS. E, por firn, 0 Modele on Psicologia Social Comunitaria, baseado no pJuralismo cultural c na cuca igualitaria que se impos no final do seculo XX. Neste ultimo modelo encontramos uma parte consideravel da produ~ao contemporanea ern Psicologia Social na America Latina, como sc verifica nos Congressos realizados pela Socie- dad Tnteranlcricana de Psicologia (SIP), em que pelo menos desde 1992observa-se uma expressiva participacao dos trabalhos subs- critos na area de Psicologia Comunitaria. A partir destes, Montero (1996) propoe 0 qlle passou a ser denorninado de Paradigma da Psicologia Social latino-americana, que nas paJavras de Campos e Guareschi (2000, p. 9) e "0 paradigma da construcao e da trans- formacao crltica, caracterizado pel a relacao dialogica" entre 0 pesquisador e os sujeitos da pesquisa e pela enfase na aplicacao da ciencia a transformacao social". Dentre os demarcadores desta Psicologia Social Comunita- ria latinoamericana encontramos 0 seu carater ativo e construtor dos "influjos sociales" (Martin-Bare, 1989), tendo a referencia hist6rica, crftica e social para as acoes a serem implementadas (Freitas, 1998b; Lane, 1995; Guareschi, 1996), assim como a expli- citacao dos determinantes politicos (Montero, 2000; Lane, 1995). Ha uma reconhecida influencia do construcionismo social de Berger e Luckmann (1996) para as concepcoes relativas a pro- dU9ao humana e formas societarias de existencia, presentes na 85 obra A Construcao Social da Realidade • que apresenta a ideia do ser humane como produto e produlor do . .. rneio socIal, transfer. mando a realtdade ao n1esmo tempo em q ,ue e lransformado por ela. sendo Ulna producao societana e ao rnesm t f . ' 0 empo, azendo da socledade urna producao humana 0 campo d P' I ... . . a SICOogla SO- cial COlnunll:ina lent utilizado tambem ape . , ., , rspectiva cnuca e dial6gica dirigida a reflexao, revelando uma influe . dncia 0 mate- rialiSlno historico e da Escola de Frankfurt. Atraves desta combinacao, nao somente 0 aspecto constru- lor da a~ao, 111astarnbem a desconstru~ao das analises de causa e efeito tern aparecido em diferentes trabalhos neste campo. Este a pecto aparece, mais recenternente, em Montero (2000) enfati- zando que, para isso, ICenecessario incorporar a a<;aoe a reflexao a novos atores e ouvir as vozes daqueles que vivem os problemas e a quem se destinam os programas sociais" (p. 75). Destacamos, tarnbern, que a originalidade da Psicologia Social na perspectiva latino-americana localiza-se no interesse pelo coletivo e pelas comunidades, no posicionamento social a favor das minorias oprimidas e dos movirnentos sociais, naprtixis visan- do a transformacao social e individual, na incorporacao das culru- ras populares, bern como na participacao social (Massi mi. 2000). A necessidade do enfrentamento de uma realidade polftica, cul- tural e social marcada por conflitos, exploracao, injustice social, exclusao e miseria do contexto latino-americano definiu os alicer- ces sobre os quais desenvolveu-se a Psicologia Social Comunita- ria. A conjuntura politica ditatorial, entre 1960 e 1980, em varies paises da America Latina, assim como a reprodu~ao da Psicologia norte-americana, levou a uma ampla revisao critica das teorias desenvolvidas ate en tao (Martins, 2001), buscando a construcao de uma Psicologia que considera as particularidades nacionais e o mornento historico pelo qual passavam esses paises. COll1 urn eixo baseado no estreitamento da relacao entre teoria e pratica, 0 . + ~ . b "gato'rl'a Atualmente acontexte SOCIalpassou a ser re.erencra 0 II· , 86 Serrano-Garcia et at. (1992) indicam que a PsicoJogia So- cial Cornunitaria se propoe a investigar as formas de integracao do ser humano em sociedade e as formas que esta integracao tern se alterado ou podem se alterar, Para as auroras, as formas de integracao do ser humano em sociedade nao devem ser entendidas Outra definicao utilizada e a de G6is (1993), para quem a Psicologia Social Comunitaria e uma area da Psicologia Social que se interessa pela atividade do psiquismo decorrente do modo de vida no lugar/comunidade. Na visao desse autor, 0 objetivo da intervencao psicologica e 0 desenvolvimento da consciencia dos sujeitos, concebendo-os como historicos e comunitarios. Para tal, trabalha de forma interdisciplinar, facilitando 0 fortalecimento e o desenvolvimento das pessoas, dos grupos e da comunidade. Alern disto, Montero (2000) salienta que area da Psicologia cujo objeto e 0 estudo dos fatores psi- cossociais que permitem desenvolver, fomentar e manter o controle e poder que os indivfduos podem exercer sobre seu ambiente individual e social, para solucionar proble- mas que os afetam e lograr mudancas nestes ambientes e na estrutura social (1982, p. 16). insercao e a pratica da Psicologia Social Cornunitaria tern sido reconhecidas como nunca aconteceu ern sua historia de cons- trucao, desde 0 infcio da decada de 1960 (Freitas, 2001). Tomando-se como referencia as concetuacoes deste cam- po, observarn-se varias formas de se conceituar a PSicologia Social Cornunitaria. Ulna das primeiras definicoes que foi am- plamente divulgada e a de Montero, afirmando que esta disci- pJina constitui a a Psicologia Social Comunitaria versa sobre formas especfficas de relacao entre as pessoas unidas por laces de identidade construldos em relacoes historicarnente estabelecidas, que por sua vez constroem e delimitarn urn campo: a comunidade (p. 79). 87 Jovchelovitch (2000) aprofunda a discussao acerca da cons- tru~ao dos saberes sociais fundamentado-se na Teoria das Re- presenta~oes Sociais. Esta teoria esta principalmente preocupada em saberes produzidos no e pe/o cotidiano e. desta forma, sao entre sujeito e objeto nao ha distancia, visto que compoem urna mesma realidade e nao se tratam de entidades sepa- radas, 0 sujeito constroi uma realidade, que por sua vez 0 transforrna, 0 Jimita e 0 impulsiona. Ambos estao sendo construidos e desconstrufdos continuarnente, em um pro- cesso dinfimico, ern constante movimento (p. 75176). Como se da a producao do conhecimento e uma das ques- toes que u Psicologia Social Cornunitaria, ao lado de outros campos. tambern busca responder. Scarparo e Bernardes (2000) afirmam que a producao do conhecimento acontece a partir do dialogo entre 0 saber 0 popular e 0 academico, bern como no con- texto nos quais estes se inscrevem. Para Montero (2000): o encontro dos saberes ( nit) 1I111~':lIllelllCindividuals. A integraf'uo de el' ) l' U V Ocorrer coleti- ,';IIIH.'nil'. rill gI'Uj)OS. Fnfill1. ern uma visao abrangente podem d'. ., " ' os Izer que a P~Il'(ll\lfl:lSocinl ( omunitaria trata de um campo de trabalho in- 1t'J'disdpliliar compromctido ponuca e social mente com 0 desen- ,ulvitllcnlo de suhcrcs C praticas que possibilitem 0 eSlabelecimento Ill' rd;)<,'Ol'~igualitarias e emancipat6rias atraves da dial6gica (.\UIl(JOS. 1(96). Em diferentes autores (Freitas, 1998; Montero, 2000: Wil'senfeld, 1994; Serrano-Garciaet al.1992, entre outros) ,critic:1 sc que a interdisciplinaridade e urn elemento fundamen- ul, pois a disciplina utiliza-se dos conhecimentos da Psicologia, Socinlogia, Antropologia, Service Social, dentre outros, que este- jam :1service da comunidade e que considerem 0 saber popular. 88 aprescntadas tres dimensoes constitutivas de qualquer saber so- cinl: 0 significado, a comunidadc e a cultura. A construcao sim- b61ica e essencial para entender a socicdade na qual vivemos, conlplelamente mediada, midiada e dcpendente do simb61ico - de urna forma fundamentaltnente diterente do que dependia ha 50 anos arras. A autora salienta que a dirnensao da comunidade pode ser ulna grande sociedade, urna instituicao, urn grupo ou ulna vila, mas que de qualquer forma e delimitada pela cultura, irnportante elemento que considera os simbolos, as tradicoes, os comportamentos, as regras, os modos de viver e fazer as coisas como con titutivos da identidade dos grupos humanos. Considerando-se os aspectos relativos aos significados da comunidade, assim como a cornplexidade da vida conternpo- ranea, e que encontramos tarnbern os trabalhos da Psicologia Social Cornunitaria que objetivarn irnplicar-se com a cornunida- de, incorporando seus membros em todas as etapas do trabalho cornunitario e desenvolvendo as diferentes propostas de interven- crao. Montero (2000) lembra que, desta forma, 0 conhecimento produzido e relativizado, no sen lido de ser especifico ao contex- to particular do qual emerge, respondendo ao momento e espaco determinados, uma vez que e historicarnente produzido e esta marcado por seu carater social. Neste senti do, tam bern ha consonancia COIn as matrizes te6ricas de Marx e Gramsci, que se constituem em norteadores para as praticas de intervencao cornunitaria, quebrando com a noc;ao de comunidade passiva e estarica. Constatamos, assim, a forte influencia da Pedagogia, oriunda da Educacao Popular, uma vez que a tematica central da Psicologia Social Comunitaria e a conscientizacao da comunidade. Logo, consideramos oportuno resgatar os conceitos de participacao e consciencla. A participacao pode ser comprcenc1ida como fenomeno in- dicador de transformacao psicossocia I. Segundo Montero ( 1996), 89 nll:dillllte a participacao, 0 fenorncno do qual participamos passa ;1scr rlll\:iallncntc nosso, gerando ulna relacjlo peculiar do feno- Inenocom 0 sujcito participante, de tal modo que 0 participante (ral1sfonna0 objeto Oll 0 acontecimento do qual participa, e da 111l'~lllU maneira e por ele, tambern, modificado, o nfvel da participacao entre os membros da cornunidade iddcpt.:nderdo grau de identificacao e compromisso que as pes- SlX1S \ ao e rabelecendo com determinado projeto (Hernandez, 1996).Para aurora, conforme 0 envoivirnento, a participacao pode signiticm'Ull1aassistencia, uma participacao permanente ou ainda uma parlicipa~ao organica. Assistencia seria 0 grau de partici- pa9aoda maioria dos mernbros de urn projeto ou de uma comu- nidade e nao e caracterizada pelo comprometimento efetivo. A parlicipayao perrnanente exige que se assuma alguma responsa- bilidade, implicando um trabalho em equipe. A participacao orga- nica seria 0 rnaior grau de participacao, pr6prio das pessoas que seidentificarncom 0 programa ou projeto e 0 assumem como seus, participando do planejarnento a implernentacao, passando por avaliacoes e as im por diante. A participacao da comunidade em atividades politicas, cul- turai . familiares, de bairro etc., produz mobilizacao da cons- ciencia a respeito de circunstancias de vida, transmite padroes de comportamentos e novas formas de aprender estas circunstancias, o que Montero (1996) denomina de acao conscientizadora e socializante. Assirn, a consciencia e, por urn lado, captacao a nivel indi- vidualda experiencia social e pessoal do ser humano e, por outro, e a captacao da consciencia e da acao de urn grupo ou classe social (Serrano-Garcia et al., 1992).0 desenvolvimento da cons- ciencia requer urn investimento. A consciencia polftica, por exem- plo, e em especial, requer uma formacao continua, sistematica e permanente, dentro de um cornprornisso de a9ao para transfonnar a realidade. Desta forma, se assume 0 desafio da rnudanca pessoal 90 A intervencao psieossoeial exige reconhecer a heteroge- neidade e a dinamica social, aproveitar e fortalecer as experien- eias existentes, promover uma descentralizacao de recursos e necessidades da eomunidade, planejar a participacao de orga- nismos piiblicos e privados locais e trabalhar nao apenas a nfvel local mas tambem eontemplando 0 ambito global (Hernandez, 1996). A pr6pria comunidade, apropriando-se de sua hist6ria e reeonhecendo suas necessidades, tern condicoes de encontrar internamente recursos e partieipar das solucoes para enfrentar sua problernatica. A articulacao da populacao e dos tecnicos potencializa os resultados desejados no trabalho em comunidade, implicando amadurecimento, esforco e cornpreensao. Esta interacao e urn processo que pode ocorrer com mais ou menos obstaculos, mas favorece 0 desenvolvimento local, bern como 0 desenvolvimento subjetivo de todas as pessoas que participam. Nesse sentido, 0 espaco para 0 desenvolvimento local constitui-se na medida em que a comunidade for compreendida como ambito de participacao (Hernandez, 1996). o processo de insercao do psicologo na comunidade de- pende de contatos, agentes intermediaries, tentativas de conquis- tar espaco e confianca. 0 processo contlnuo de interacoes inclui entrevistas, conver as informais, visitas, registros de observacoes, recuperacao da historia, resgate de documentos e encontros. As em funcao das metas que se tern e a pessoa se converte em lim sujeito polftico (Hernandez, 1996). Serrano-Garcia et at. (1992) aerescentam para a importancia do psicologo social cornunitanr, fazer uma compreensao dos fatores que determinam a conscisn- cia e as possibilidades de captacao de urn projeto social por parte dos grupos. Aspectos relativos ao metodo e tecnicas 91 C~lrulcgias tern 0 objetivo de cotetar informar-o-es'd 'f! . . . y • 1 entl rear ne- cc.,.,idauc~ do cotidiano da popular-lio detectar d al .y , mo os ternan- vo" de cnfrentamento e resolu9ao da comunidad 1. . ." . e eln re a9ao a sl!llSproblemas, discutir coletlvamente estrategi I'• ' v las e ava lar con- linu",ncntc 0 trabalho com a comunidade estando b rt_. ,a e 0 para n.:l()rrl1ula~oes(Freitas, 1998). o psie6logo inieia com gran des incertezas e desafios e aos pouco" visualiza 0 potencial da cornunidade, pereebendo que a comunidade tern padroes diferentes do saber tecnico-ciennfico, mas este saber popular tern igualmente a capacidade de assumir Ulnapostura dia16gica de comunicacao e propositiva de a90es e cslralcgias para executa-las. A Psieologia Social Comunitaria utiliza, prioritariamente, a pcsquisa participante, "na qual 0 pesquisador e os sujeitos da pcsquisa trabalhamjuntos na busca de explicacoes para os proble- mas colocados, bem como no planejamento e execucao de progra- mas de transformacao da realidade vivid a" (Campos, 1996, p. 11). Acreditamos que as necessidades da populacao sao os aspectos que devem orientar os caminhos para a pratica do psicologo, implicando na construcao conjunta de alternativas e acocs, de forma que a populacao aproprie-se de seu cotidiano, da sua problernatica e do processo de lidar com ela. Os proces- sos sustentados em relacoes participativas, solidarias e eticas contribuem para 0 desenvolvimento de uma consciencia crftica e da autonomia da comunidade. A trajetoria de constituicao deste campo de atua9uo pro- piciou um enfrentamento filosofico e metodologico com grande parte das perspectivas psicologicas tradicionais, fundadas em cosrnovisoes individualistas, com enfase na suposta neutralidade cienufica. Este enfrenlamento aponta para a proposicao de uma Psicologia Social Crfticae Historica: falar do fenomeno psico- 16gico implica falar da sociedade, historicamente construida (Martln-Baro, 1989; Montero, 1996). 92 < • a .ll'('a da psicologia encontrarnos uma tese e uma disserta~i1o. Na prirncira, Botarelli (2008) analisou a insercao dos psicologos COl polfticas de prolc~:iO social. utilizando-se de aporte tc6rico e metodologico do Psicologia Social Fllll'l)('U n campo da Psicologia Social Comunirann, nos aspectos tcoricn mctodulogicos. tenha conqu istado importanrs espuco lH\ ntuulidudc. dcntro e fora da academia, 0 que podemos afirmnr l' que cstu pratica encontra-se em processo de consoli- dn\';\n, inclusi. I.' junto 1\spolfticas piiblicas dos divcrsos setores. Lembrcmos que a possibilidade de plena participacao da socie- dade civil 11:1!!l.'slilo tins politicas publicas ainda e reccnte no pals. Sc romurmos Cl)1110 cxernplo a Constituicao Federal de 1988 \ eremos que csin tambern trouxe rnudanca para a concepcao de Assistcncia Social. uma vez que esta passa a constituir, junta- mente com a Sande e a Previdencia Social, a base da Seguridade Social. notadumcnte inspirada na nocao de Estado de Bem-Estar Social. Neste sentido. se a articulacao entre politicas publicas de smidc c psicologin e recente. 0 territorio da assistencia social esta e constituindo e. ernbora 0 psicologo pouco tenha participado das discussoes. ceruradas no profissionaJ do service social, 0 profis- sional da psicologia c. tn previsto na equipe minima dos Centros de Referencia da Assistencia Social (CRAS) onde a uyao princi- pal desenvolx e- e atraves do Program a de Atencao Integral a Fa- , milia (PAIF). principal estrategia do Sistema Unico da Assistencia Social (SUAS). Este e enderecado para as famflias ern situacfio de vulnerabilidade social e tern como perspectiva 0 forralecirnento de vinculos farnilinres e cornunitarios. Se a as, istencia social e lima polftica publica de protecao social articulada a outras politicas voltadas a garantia de direitos e de condicoes digna de vida, entao urn territ6rio de atuacao para o psicologo esni institufdo nesse campo, ernbora n50 conternos com estudo ~que analisem as praticas dos psicclogos nos CRAS. 93 Crflica. Na segunda, a partir do referencial psicanalfl~co, Scat'p~ro \200~~ . . If ices SOCials e msutucionaisInsllgou a reflexao sobre os aspectos c ru .. , .., . ., d di ento U f'lmflia oa assisiencta social.cnvolvidos na especificidade 0 aten im • Nc~tcscntido, urn dos desafios da PSicologia So . IC .• _' < cia omuOltana ~l'jtlnvan9ar na pr~d~9a~ de c~nheciment(), tomando a praxis dos Ilsic61ogos na assistencia social como locus de . t' ~, . _ . ,lOves 19ayao e 1)1'tlbl~matJza9ao.Urn alerta rmporranre est.<1'0 doc to i• u, umen 0 mti- Wli1<]O"Parametros para atuacao de assistcntes sociais e psico- Ingos(as) na Polftica de Assistencia Social" (2007): "as praticas r~lcol6gicas nao devem categorizar. patologizar e objetificar a dasse uabalhadora, mas buscar conlpreender os processos estu- outldo as particularidades e circunstfincias em que ocorrern" (p. 23). No sentido propositivo consta a PI'Oll'109aOda autonomia das fnm(\ias e seus membros, alem de salienrar que 0 profissional da psicologia tern a contribuir a medida que foi partfcipe da Refor- rna Psiquiatrica e aponta 0 C6digo de Etica profissional para dcstacar que "toda profissao define-se a partir de urn corpo de praticas que busca atender demandas sociais" (p. 31). Para reite- rar tal compromisso sao elencadas as direrrizes nacionais cum- culares para a formacao em Psicologia. Para finaJizar, trazermos para este cenario a nossa prati- ca da docencia, Vemos que a formacao acadernica, muitas vezes, ainda privilegia 0 conhecimento tecnico-cientffico, utilizando-se de concepcoes e praticas avaliativas e adaptacionistas. Trabalhar com politicas publicas exige pensar a partir do lugar do outro, e nao apenas reproduzir conhecimentos ou aprender tecnicas; implica em sensibilizar para t6picos (pouco contemplados na academia) como assistencia social, direitos humanos, cidadania, movirnentos sociais e entidades de classe. 0 desafio e articular a dirncnsao poJitica na formacao acadernica e. consequentemente, nas praticas profissionais, pois sao indissociaveis. 94 FREITAS, Maria de Fatima Quintal de. lnsercao na comunidade e analise de necessidades: reflexoes sobre a pratica do psic6logo. Psicologia: reflexiio e critica. Porto Alegre: UFRGS, v.l l, 0.1, 175·189, I998a. AMORfM. Marilla. lntroducao: Bakhtin, illsillurador de discursividade. In: AMORIM, Marilin. 0 pesquisador e SI'LI (J1I1,.o: Bakhtin nas Ciencias Humanas, Sao Paulo: Musa, 200J, p. 15·22. ANDERY, Alberto Abib, Psicologia na COll1l1nidade. In: LANE, Silvia T. M.; CODO. Wanderley (Org.) Psicologia Social.c hornern em rnovimento, Sao Paulo: Brasiliense, 1983, p. 203-220. BETTO, Frei. Batismo de Sangue. Sao Paulo: Casa Arnarela, II. ed., 2000. BERGER, Peter; LUCKMANN, Thommas, A construciio social da reali- dade: tratado de sociologia do conhecimento. Petropolis: Vozes, J3. ed. 1996. BOTARELLI. Adalbeno. 0 psicologo liaspoliticos de proteciio social: uma anali e dos sentidos e das praxis. [Tese de Doutorado]. Sao Paulo: Prograrna de Pos-Graduacao em Psicologia Social - PUC/SP, 2008. CAMPOS, Regina Helena de F.; GUARESCHI. Pedrinho. Apresentacao. In: CAMPOS, R. H. F.; GUARESCHI, P. A. (Org.) Paradigmas em Psicologia Social: a perspectiva Latino-Americana. Petropolis: Vozes, 2000, p.7·10. CAMPOS, Regina Helena de F. lntroducao: a Psicologia Social Cornunitaria In: CAMPOS, R. H. de F. (Org.), Psicologia Social Comunitdria: da solidariedade a autonomia. Petropolis: Vozes, 1996, p. 9-15. CEDENO, Alejandra Leon. Reflexoes sobre autogestao e psicologia social cornunitaria na America Latina. Psi - Revista de Psicologia Social e lnstitucional Y(2), novembro de J 999. Internet http://www2.ccb/psicologial revista/textov In24.htm Capturado em 15 de nov., 2002. C6DIGO DE ETICA DO PSIC6LOGO. Conselho Federal de Psicologia. Brasflia, 2005. FREIRE, Paulo. Multinacionais e trabalhadores no Brasil. Sao Paulo: Brasiliense, 1977. FREITAS, Maria de Fatima Quintal de. Discurso e a~ao da Psicologia Cornunitaria voltada para a transformacao social: quadro avaliativo, Anais do I CongressoNorte-Nordeste de Psicologia, maio de 1999. Intemet http:/ Iwww.ufba.br/-coopsi/conpsiI999/m0006.htmICapturado em 07 de nov., 2001. Referencias 95 MASSIMI. Marina. Matrices de pensamento em psicologia social na America Latina: historia e perspectiva, In: CAMPOS. R. H. F.; GUARESCHI. P. A. (Org.) Paradigmas em Psicotogia Social: a perspectiva Latino-Americana, Petr6polis: Vozcs, 2000, p. 32-57. MONTERO. Maritza. Vidas Paralelas: Psicologia Comunitaria en Lutinoamcrica y en Estados Unidos.In: MONTERO, M. (Coord.) Psicologla SOcialCOlllllllifQria: teoria, metoda y experiencia. Mexico: Universidad de GUadalajara, 1994. p. 19-46 GOIS. {\'I.1l \\1. de Lima. Nocoes de psicologia comunitdria. Fortaleza: Ftll~~)l"Uf'C. 1993. GU,\RESCHI. Pedrinho. Relacoes comunitarias - relacoes de dominacao. In. CAMPOS. R. H. de F. (Org.). Psicologia Social Comunitdria: da ~lllidanedaJc n autouornia. Petr6polis: Vozes, 1996, p. 81-99. HFRNI\NDEZ. Eneida. La comunidad como arnbito de participacion. Un c~p:K'i\lpara cI desarrollo local. In: MONTERO. M. (Org.). Participacion: .imhllll$. rctos y perspectivas. Caracas: CESAP. 1996. JOVCHELOVITCH, Sandra. Para uma tipologia dos saberes sociais: rcprCsenl:lrrOCSsociais, sociedade e cultura. Porto Alegre: PUCRS, 2000. LANE. Silvia T. M. A psicologia Social e urna nova concepcao do homem para a Psicologia, In: LANE. Silvia T. M.; CODO. Wanderley (Org.), Psicalogia Social: 0 homem em movimento, Sao Paulo: Brasiliense, 1983. p. 10-19. LANE. Silvia T. M. Hist6rico e fundamentos da psicologia comunitaria no Brasil. In: CAMPOS. R. H. de F. (Org.), Psicologia social comuniuiria: dasolidariedade a autonornia. Petr6polis: Vozes. 1996. p. 17-34. MARTIN-BAR6. Ignacio. Sistema. grupo y poder: psicologia social desde centroarnerica Il. San Salvador: UCA. 1989. MARTINS. Sueli Terezinha Ferreira. Desafios conternporaneos para a utuu\ao em suede publica no Brasil, na perspectiva da Psicologia Social Comunitaria. Anais do J Congresso Norte-Nordeste de Psicologia, maio de 1999. '1:1f\S. "Iaria de F~tima Quintal de. Models of Practice in Community 1I{I' lId' fl{l~ihililic, for the Psychology-Community relationship. Journal III ,t. . r'" «(,"1I11/1/1;IV I'.\"\"chology.v. 26. n.J, p. 261-268. 1998b. H~Fllt\S. Mnria de Fatima Quintal de. Contribuieoes da psicologia social t' l',I(\ll\lpa p(lllli~a ao desenvolvimento da Psicologia Social Cornunitaria. " I '(,itH,1lI & Soclt'dade v. 8, n. I,p. 63-82, 1996.\ ( . 96 PEREIRA. William Cesar. Nas trilhas do trabalho comunitdrio e social: {coria, metodo e pratica. Belo Horizonte: Vozes: PUCMinas, 200 I. SANDOVAL. Salvador A. M. 0 que ha de novo na Psicologia Social Latino- Americana? In: CAMPOS, R. H. F.; GUARESCm, P.A. (Org.) Paradigmas em Psicologia Social: a perspectiva Latino-Americana. Petr6polis: Vozes, 2000. p. 101-109. SCARPARO. Maria de Lourdes Duque-Estrada. Em busca do sujeito perdido: a psicanalise na assistencia social: limites e possibilidades. [Dissertacao de Mestrado]. Porto Alegre: Prograrna de Pos-Graduacao em Psicologia Social e Institucional . UFRGS, 2008. SCARPARO, Helena; BERNARDES, Nara. Psicologia social comunitaria possibilidade de sensibilidade social e discutibilidade na historia da ciencia psicologica. Psico, Porto Alegre, v. 31. n. 2, 2000, p. 184-194. SERRANO·GARCiA, Irma et al. Hacia una Psicologfa Social-Cornunitaria. In: SERRANO-GARCiA, I.; COLLAZO, W. R. (Org.). Contribuiciones Puertorriqueiias a la Psicologia Social-Comunitaria. Puerto Rico: Edito- rial de In Universidad, 1992, p. 74-105. W[ESENFELD, Esther. Paradigmas de In Psicologia Social-Comunitaria Latinoumericana. In: MONTERO, M. (Coord.) Psicotogia Social Comuniuiria: teoria, metodo y experiencia. Mexico: Universidad de Guadalajara, 1994, p. 47-74. l\10NTFRO. l\laritIn. C\lI1 rruccion. desconstruccion y crftica: teoria y scntido de I" pxicologia social cornuniiaria en America Latina. In: CAM- POS. R. II. F.; GU RESCHI. P. A. (Org.). Paradigmas em Psicologia So· rial: II perspccuv u Latino-Americana. Pctr6polis: Vozes, 2000. p. 70-87. [\10NTt::RO. Mnritzu. La participacion: signiflcado. alcances y llmites. In: Montero. [\l, ct al. (Org.). Participacion: arnbitos, retos y perspectivas. Curncns: CBS A!'. 1996. MONTERO. Maritza. Fundamenros teoricos de la Psicologta Social Comunituriu ell Laiinoaruerica. AVEPSO v. 5, n. 1, 1982, p. 15-22. NASCI?-.1ENTO. Maria Livia do. Hist6ria do trabalho cornunitario em Psicoloaia. Ill: JAC6-VILELA. A. M.; CEREZZO, A. C.; RODRIGUES,~ H. B. C. (Org.). Clio-Psyche Hoje: fazeres e dizeres psi na historia do Brasil. Rio de Janeiro: Relurne Durnara: FAPERJ, 2001. PARAt\lETROS PARA ATUA<::AO DE ASSISTENTES SOCIAlS E PSIC6LOGOS(AS) NA POLtrlCADEASSIST~NCIASOCIAL. Conselho Federal til' Psicologia, Conselho Federal de Service Social. Brasilia, CFPI CFESS, 2007. Office Lens 20160305-200900.pdf Office Lens 20160306-122534.pdf Office Lens 20160306-122645.pdf Office Lens 20160306-122714.pdf Office Lens 20160306-122829.pdf Office Lens 20160306-122846.pdf Office Lens 20160306-122914.pdf Office Lens 20160306-123020.pdf Office Lens 20160306-123044.pdf Office Lens 20160306-123107.pdf Office Lens 20160306-123133.pdf Office Lens 20160306-123150.pdf Office Lens 20160306-123214.pdf Office Lens 20160306-123237.pdf Office Lens 20160306-123258.pdf Office Lens 20160306-123316.pdf Office Lens 20160306-123345.pdf Office Lens 20160306-123404.pdf Office Lens 20160306-123429.pdf Office Lens 20160306-123444.pdf Office Lens 20160306-123509.pdf