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Desenhos de Estudos Epidemiológicos Universidade Estadual de Feira de Santana Lília Paula Santos Samilly Silva Miranda Introdução Pesquisa epidemiológica é empírica, baseada na coleta de informações sobre eventos de saúde e na quantificação destes eventos. Mensuração de variáveis; estimação de parâmetros populacionais; testes estatísticos de hipóteses. (MEDRONHO, 2006) Individual Agregado Classificação dos estudos (MEDRONHO, 2006) Introdução Unidade de estudo Observacionais Experimentais Quase- experimentais Classificação dos estudos Pesquisador não controla a exposição. Observa os resultados de uma situação dada. Pesquisador controla a exposição. Comparação de intervenções. Alocação aleatória. Há intervenção. Não há alocação aleatória. (MEDRONHO, 2006) Introdução Intervenção do investigador Descritivos Analíticos Informam a distribuição de um evento na população; não possuem grupo- controle Testam hipóteses; buscam esclarecer associações; grupo-controle (PEREIRA, 2012) Classificação dos estudos Introdução Propósito geral Transversal Longitudinal As informações obtidas referem-se ao mesmo momento(exposição e desfecho). Indivíduos são observados em mais de uma ocasião; Prospectivos Seguimento/acompanhamento da população; Do presente ao futuro. Retrospectivos Utiliza dados do passado sobre a exposição ou sobre exposição e efeito (PEREIRA, 2012) Classificação dos estudos Introdução Temporalidade Introdução Agregado Observacional Transversal Série temporal Estudo Ecológico São estudos em que a unidade de análise é uma população ou grupo, geralmente pertencente a uma área geográfica definida (país, estado, cidade, setor censitário). Procuram avaliar como os contextos social e ambiental podem afetar a saúde de grupos populacionais. Relacionam indicadores de condições de vida e indicadores de situação de saúde Principais objetivos Gerar/Testar hipóteses etiológicas Avaliar efetividade de intervenções na população (ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2013) Estudo Ecológico (ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2013) Estudo Ecológico Investigações de base territorial Bairros, distritos, municípios Estudos de agregados institucionais Fábricas, escolas, prisões Estudo Ecológico Comparação das taxas de doenças ou agravos entre diversas regiões durante o mesmo período de tempo Avalia a evolução das taxas de doença ao longo do tempo em uma determinada população geograficamente definida (MEDRONHO, 2006) Estudo Ecológico (MEDRONHO, 2006; PEREIRA, 2012) Estudo Ecológico Concentração de fluoreto na água potável Fluorose dentária Baixo índice de cárie Simplicidade e Baixo custo Execução relativamente rápida, por utilizar dados secundários. Capacidade de gerar hipóteses Vantagens Não é possível associar exposição a doença em nível individual Dados provenientes de várias fontes, qualidade variável da informação Falácia ecológica – atribuir a um indivíduo o que se observou em nível de agregados Limitações (MEDRONHO, 2006; PEREIRA, 2012) Estudo Ecológico ESTUDO DE CORTE TRANSVERSAL Individuado Observacional Transversal Estudo Transversal “Retrato” da situação. Determinação simultânea do fator de interesse e do desfecho em investigação numa população bem definida em um determinado momento. Importante para avaliar a prevalência das doenças. Corte no fluxo histórico da doença, evidenciando as suas características e correlações naquele momento Utilizados para teste de hipótese de associação, sem definir caráter etiológico ESTUDO DE CORTE TRANSVERSAL Estudo Transversal (ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2013) “Estudo epidemiológico no qual fator e efeito são observados num mesmo momento histórico” Diagrama analítico do estudo transversal (ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2013) Estudo Transversal Escolares Creme dental com flúor Creme dental sem flúor Com cárie Sem cárie Sem cárie Com cárie Presente Simplicidade e Baixo custo Alto potencial descritivo (subsídio ao planejamento) Não há necessidade de acompanhamento dos participantes Facilidade para obter amostra representativa da população Vantagens Baixo poder analítico Doenças com baixa prevalência requer amostras grandes Sujeito a viés (seleção, prevalência, aferição) Limitações ESTUDO DE CORTE TRANSVERSAL Estudo Transversal (ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2013) Individuado Observacional Longitudinal Prospectivo Retrospectivo Estudo de Coorte Estudo de Coorte Batalhão de soldados romanos “Um grupo de indivíduos com uma característica em comum que avançam em conjunto.” (PEREIRA, 2012) Único que produz medidas de incidência da doença e medidas diretas de risco Observação de grupos expostos e não expostos (controle) a um dado fator, suposto como possível causa de um agravo a saúde, a ser detectada num tempo futuro (prospectivo). Estudo de Coorte (PEREIRA, 2012) Estudo de Coorte • Avaliação da etiologia da doença ou de sua história natural; • Estudo do impacto de fatores de prognósticos; • Intervenções diagnósticas e terapêuticas. Finalidades (MEDRONHO et al., 2009) Coorte Concorrente Prospectivo A exposição pode (ou não) já ter ocorrido antes do início do estudo, mas o desfecho ainda não ocorreu Coorte Histórica Retrospectivo Tanto a exposição quanto o desfecho já ocorreram antes do início do estudo Estudo de Coorte (ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2013) Estudo de Coorte Fumantes Não fumantes Acompanhamento C â n c e r B u c a l Vantagens • Produzem medidas diretas de risco • Alto poder analítico • Facilidade de Análise Limitações • Vulneráveis a perdas • Inadequado para doenças de baixa frequência • Alto custo relativo ESTUDO DE COORTE Estudo de Coorte (ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2013) ESTUDO CASO-CONTROLE Individuado Observacional Longitudinal Retrospectivo Estudo de Caso-Controle ESTUDO CASO-CONTROLE Estudo de Caso-Controle ESTUDO CASO-CONTROLE Nos estudos caso-controle, primeiramente, identificam-se indivíduos com a doença (casos) e, para efeito de comparação, indivíduos sem a doença (controles). (LIMA-COSTA; BRRETO, 2003) Expostos Não Expostos Doentes Não Doentes Expostos Não Expostos Estudo de Caso-Controle ESTUDO CASO-CONTROLE Considerar casos seguramente diagnosticados e de controles “comparáveis” aos casos , retroagindo-se na história de ambos os grupos para investigar possível exposição a fatores de risco no passado que possam ser imputados como causais (ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2002) Estudo de Caso-Controle ESTUDO CASO-CONTROLE Etapas do estudo: 1º • Seleção da População 2º • Definição dos casos – critérios para diagnóstico 3º • Definição dos controles – deve ser o mais semelhante possível dos casos, diferindo apenas pelo fato dos indivíduos não apresentarem a doença. 4º • Instrumento de coleta de dados- padronizar as informações por meio da elaboração de uma ficha de coleta de dados ou questionário. 5º • Termo de consentimentolivre e esclarecido (TCLE) (ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2002; PEREIRA, 2012) Estudo de Caso-Controle Vantagens: Tempo mais curto para o desenvolvimento do estudo; Custo mais baixo da pesquisa; Maior eficiência para o estudo de doenças raras. Estudo de Caso-Controle Limitações: Incapaz de estimar risco; Vulnerável a alguns vieses (erros): • Memória - casos e controles podem diferir sistematicamente, na sua capacidade de lembrar a história da exposição; • Seleção – identificação de casos e controles. ESTUDO CASO-CONTROLE (ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2002) Estudo de Caso-Controle ESTUDOS DE INTERVENÇÃO Individuado/Agrupado Experimentais Longitudinal Prospectivo Estudo de Intervenção stat2.med.up.pt Estudo de Intervenção (ROUQUAYROL, ALMEIDA-FILHO, 2002; MEDRONHO et al., 2009) O investigador introduz algum elemento crucial para a transformação do estado de saúde dos indivíduos ou dos grupos do estudo; Testa hipóteses etiológicas ou avaliar a eficácia ou a efetividade. Prevenção Tratamento Diagnóstico Estudo de Intervenção Unidade de estudo Ensaios Comunitários Ensaios Clínicos Estudo de Intervenção (ROUQUAYROL, ALMEIDA-FILHO, 2002; MEDRONHO et al., 2009) ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO Estudo prospectivo em seres humanos, que compara o efeito e o valor de uma intervenção (profilática ou terapêutica) com controles. (MEDRONHO et al, 2009, p. 252) (HULLEY et al., 2006; MEDRONHO et al., 2009) Ensaios clínicos FASES DA EXPERIMENTAÇÃO (HULLEY et al., 2006; MEDRONHO et al., 2009) I • Farmacologia clínica e toxicidade. Avalia a segurança da droga. II • Investigação clínica inicial para avaliação da eficácia do tratamento. III • Avaliação em larga escala do tratamento. Controlado. Randomizado (Ensaios Clínicos). IV • Monitoramento pós-comercialização Ensaios clínicos QUESTÕES ÉTICAS (HULLEY, 2006; MEDRONHO et al., 2009) Garantir que a relação risco/benefícios do tratamento proposto é favorável; Permitir conhecimento ao paciente das possibilidades de intervenção; Só fazer uso de placebo na ausência de tratamentos convencionais; Incluir ao acaso os participantes do estudo nos grupos exposto e controle; Usar termo de consentimento livre e esclarecido; Controlar fluxograma de participação. Ensaios clínicos (HULLEY, 2006; MEDRONHO et al., 2009) Mais eficiente forma de realizar a avaliação de tecnologias preventivas ou terapêuticas; Alto Potencial para controlar a influência de variáveis confundidoras. Vantagens Questões éticas; Demandam tempo e recursos; Perda de participantes Limitações Ensaios clínicos LIMA-COSTA, Maria Fernanda. BARRETO, Sandhi Maria. Tipos de estudos epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área do envelhecimento. Epidemiologia e Serviços de Saúde 2003; 12(4) : 189 – 201. HULLEY, Stephen B.; GRADY, Deborah; HEARST, Norman; CUMMINGS, Steven R. Delineando a pesquisa clínica: uma abordagem epidemiológica. 2. ed Porto Alegre: Artmed, 2003. 374 p. ISBN 853630085-x. MEDRONHO, Roberto A; BLOCH, Katia Vergetti (Editora-chefe) (Editora). Epidemiologia. 2. ed. São Paulo, SP: Atheneu, 2009. 493p. (Saude publica e epidemiologia) ISBN 9788573799996. ROUQUAYROL, Maria Zélia; ALMEIDA-FILHO, Naomar de. Epidemiologia e Saúde. 5 ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2001. 600 p. PEREIRA, Maurício Gomes. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. REFERÊNCIAS Desenhos de Estudos Epidemiológicos Universidade Estadual de Feira de Santana Lília Paula Santos Samilly Silva Miranda
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