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A facilidade e agilidade da digitalização das relações sociais e econômicas já é uma realidade

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TRABALHO DE DIREITO ELETRÔNICO
A facilidade e agilidade da digitalização das relações sociais e econômicas já é uma realidade. Com um clique se tem a aquisição dos mais diversos produtos e serviços, bem como a possibilidade de se comunicar com pessoas no mundo inteiro. 
De acordo com pesquisadores isto é só o começo. A massificação da cultura digital gera, contudo, no Sobre Ética e Moral, julgue os itens que se seguem:
I – São conceitos completamente distintos, não havendo confusão entre os termos.
II – Apesar de possuírem definições distintas, havendo suas diferenças, há uma interdependência entre ambas.
III – O termo Moral é frequentemente utilizado no lugar de Ética, enquanto o inverso não ocorre.
IV – Não é possível colocar a Ética em prática pela via da Moral
que se achega. 
A regularização da utilização de dados pessoais revela-se de suma importância o tema. Pois ganhou especial atenção após o episódio Edward Snowden e o governo estadunidense. Cientes de que governos e empresas são capazes de possuir amplo acesso às atividades dos usuários da internet reacendo debates antigos sobre direitos como liberdade, privacidade e segurança. Cita-se como exemplo um artigo publicado no The New York Times, qualificado como “how companies learn your secrets”, sendo que o jornalista Charles Duhigg conta a história de uma empresa que se apoderou dos dados e estatísticas para prever gravidez de potenciais clientes e com isto planejar ações de cunho publicitário projetadas para as futuras mães juntamente com seus filhos sem que elas percebessem ou sentissem espionadas. Desta forma a criação de norma apta a dar proteção e transparência na utilização dos dados pessoais, dará proteção e tornará interessante para que os direitos fundamentais que guiam um estado democrático de direito não sejam sobremaneira desrespeitados e posto em riscos. Na Europa em meados do ano de 2016, foi aprovada a chamada “General Data Protection Regulation”, com intuito de garantir a proteção às pessoas naturais e criando moldes à necessidade e liberdade de fluxo dos dados. Inclui-se também o direito ao esquecimento, também saber se seus dados estão sendo não caíram nas mãos de hackers e em certos casos requerer o consentimento explícito dos usuários para utilização de informações pessoais. 
No Brasil, a legislação ainda não alcança seu propósito de proteção ao usuário. A única norma existente no ordenamento jurídico pátrio pronta a proporcionar alguma proteção na utilização de dados era o Código de Defesa do Consumidor em seus artigos 43 e 44 e a regulamentação da ação de habeas data. Houve a promulgação da legislação consumeristam foram promulgadas duas leis destinadas a disciplinar a xonsulta de dados de pessoas naturais e jurídicas para formação do histórico de crédito – lei 12.414/2011 e a regular o direito de acesso à informação previsto no inciso XXXIII do artigo 5º da Constituição Federal – lei 12.527/2011, depois disto em 2014 o Marco Civil da Internet consolidou a importância do tema ao estabelecer como um dos princípios da utilização da internet no Brasil o da proteção da privacidade e dos dados pessoais. Cita-se no inciso VIII de seu artigo 7º, consagraram-se os princípios da finalidade e da transparência, sendo garantido aos usuários e a completa ciência sobre a coleta, uso, armazenamento, tratamento e proteção de seus dados pessoais e as finalidades a que se destinam. Está em trâmite no Congresso Nacional, o Projeto de lei nº5.276/2016, o qual dispõe sobre o tratamento de dados pessoais para a garantia do livre desenvolvimento da personalidade e da dignidade da pessoa natural. O PL 5276/2016 demonstra-se essencial para que os brasileiros tenham sua privacidade protegida e agentes dos setores públicos e privado possam minimizar os riscos decorrentes do manejo
 dos dados pessoais da população. Tal postura denota-se essencial na elaboração de políticas públicas e na condução de estratégias de negócios.
O art. 2º, do PL 5276 fornece uma boa noção do que se trata o projeto, ao expressamente elencar os fundamentos inerentes a proteção dos dados pessoais, quais sejam: I) a autodeterminação informativa; II) a liberdade de expressão, de comunicação e de opinião; III) a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem; III) a desenvolvimento econômico e tecnológico; e V) a livre iniciativa, livre concorrência e defesa do consumidor.
A possibilidade de se responsabilizar agentes pela irregular utilização de dados de seus consumidores, todavia, não é necessariamente uma novidade. Em 22 de julho de 2014, a Secretaria de Defesa e Proteção do Consumidor do Ministério da Justiça aplicou, de maneira inédita, uma multa de R$ 35 milhões à empresa de telefonia “Oi” por não informar seus usuários, com a devida clareza, que o navegador Velox mapeava a navegação dos consumidores e permitia o direcionamento de propagandas conforme cada perfil.
Constata-se, portanto, que os aspectos normativos que circundam a proteção de dados são de extrema relevância para empreendedores que buscam espaço no competitivo e dinâmico mundo virtual. Embora ainda esteja em seus primeiros passos, uma regulamentação geral do uso de dados parece próxima e inevitável, sobretudo quando considerado o avanço do tema nos países mais desenvolvidos. Resta-se, apenas, aguardar e se preparar.
Dados extraído deste trabalho
https://pt.scribd.com/document/52085829/Redes-Sociais-e-Inovacao-Digital

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