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O acesso ao ensino multicultural coloca a cultura sob um ângulo em que os preconceitos são criticados desde cedo, e promove a ideia que todas as culturas possuem seu valor. É diferente dizer que o Brasil foi descoberto do que reconhecer que existia uma população com tradição cultural e religião próprias na chegada dos portugueses ao Brasil. No processo de educação tradicional, índios foram obrigados a adotar nomes portugueses, pela "imposição cultural de um povo e de uma cultura dominante". Nesse contexto, vê-se como são importantes políticas públicas que apoiem a valorização das nossas experiências e aprendizados nos currículos. "Reconhecer outras culturas: trazê-las todas para integrar o currículo "é enriquecê-lo. O saber de gerações, “herança”, o conhecimento cotidiano de todos nós junto com os novos saberes. 1 A proposta de ensino multicultural coloca algumas perguntas. Por exemplo, por que balé ainda é uma atividade predominante de meninas. Na pedagogia Waldorf todas as crianças têm aula de Euritmia (dança) em determinado ano. Faz parte do currículo. Em outro ano, todos têm tricô. O objetivo é o desenvolvimento de certas habilidades, como a coordenação fina, que está ligada ao raciocínio lógico. E, que também é uma atividade rítmica harmoniosa onde se trabalha com as duas mãos, desenvolvendo a lateralidade. Por que demoramos a conhecer certas expressões de arte, como a pintura decorativa das casas do vilarejo de Burkina na África? Refletir sobre essas questões faz pensar e ir além de nomes consagrados, que também tem sua importância e nem são conhecidos o suficiente. Debater como um tema é visto na ótica de outros grupos e povos nos auxilia a "identificar as diferenças, e se não temos o propósito de igualar a identidade", então, pode ocorrer a troca de visões de mundo. Nas atividades escolares, o ensino multicultural propõe abarcar toda essa experiência e "tentar fazer uma síntese apoiada nos especialistas dos temas trabalhados" ao lidar com as diferentes posturas frente a essas questões. Já que a identidade é “um sopão”, mas também é uma escolha, e por isso acolhe e abre mão. 1 Figura 1: 2011, foto do vilarejo de Burkina, Louis Montrose, Fonte IG Turismo.
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