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Biossegurança em Odontologia

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BIOSSEGURANÇA
O que é biossegurança? 
O termo biossegurança é formado pelo radical grego bios, que significa vida e pela palavra segurança segurança de vida ou para a vida. 
É o conjunto de condutas diretas ou indiretas que devemos tomar para uma prática profissional segura
Biossegurança em Odontologia 
A biossegurança em Odontologia compreende o conjunto de medidas empregadas com a finalidade de proteger a saúde da equipe e dos pacientes em ambiente clínico. Para tal, devem ser tomadas as seguintes medidas: 
controle dos riscos físicos, químicos e biológicos; 
controle dos riscos ergonômicos e acidentais
Tipos de Risco 
Durante o exercício da odontologia existem algumas condições que oferecem riscos ocupacionais à equipe odontológica. Por exemplo: 
Risco Físico: ruídos, radiação ionizante ou não, vibrações, materiais perfuro-cortantes, ultra-som, etc. 
Risco Químico: ácidos, resinas, mercúrio, poeira. 
Risco Biológico: secreções com bactérias, vírus, fungos. 
Risco Ergonômico e Emocional: má postura, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, depressão, estresse, etc. 
Risco de Acidente: equipamento sem proteção, armazenamento inadequado, falta de adoção das medidas de precaução padrão.
Vacinas Recomendadas aos Profissionais de Saúde 
DIFTERIA , TÉTANO E COQUELUCHE ACELULAR(Vacina dupla dTPA) 
Vacina dupla tipo adulto a cada 10 anos 
Injeção intramuscular profunda
VARICELA / (CATAPORA) 
Duas doses com intervalo de dois meses 
Via subcutânea Vírus vivo atenuado. 
Contraindicações: gestantes, imunodeprimidos.
Hepatite B 
É administrada em três doses. Via intramuscular, músculo deltoide com intervalo de 0, um e seis meses. 
É indicado fazer a comprovação imunização entre o sétimo e 13º mês, para documentar a viragem sorológica; e a cada três anos, para ratificar a imunidade para a Hepatite B.
TRÍPLICE VIRAL (SARAMPO, CAXUMBA E RUBÉOLA) 
2 DOSES, EXCETO PARA OS CASOS QUE HAJA EVIDÊNCIA DE IMUNIDADE
BIOSSEGURANÇA
O único meio de prevenir a transmissão de doenças é o emprego de medidas de controle de infecção como equipamento de proteção individual (EPI), esterilização do instrumental, desinfecção do equipamento e ambiente, anti-sepsia da boca do paciente.
NOMENCLATURA
Assepsia: é o conjunto de medidas adotadas para destruir os microorganismos presentes no material, instrumental e seuperfícies. 
Anti-sepsia: é a eliminação das formas vegetativas de bactérias patogênicas de um tecido vivo (pele ou mucosa). 
Limpeza: é a remoção da sujidade de qualquer superfície, reduzindo o número de microrganismos presentes. Esse procedimento deve obrigatoriamente ser realizado antes da desinfecção e/ou esterilização.
Desinfecção: é um processo que elimina microrganismos patogênicos de seres inanimados, sem atingir necessariamente os esporos. 
Esterilização: é um processo que elimina todos os microrganismos: na forma vegetativa e esporulada existentes em instrumentos e outros materiais.
PROCEDIMENTOS
Procedimentos Críticos: São aqueles há penetração no sistema vascular. Ex. cirurgias em tecidos moles e duros, cirurgias periodontais, exodontias, raspagens... 
Procedimentos Semi-Críticos: São aqueles que entram em contato com secreções orgânicas (saliva) sem invadir o sistema vascular. Ex. procedimentos restauradores, colocação de aparelho ortodôntico...
Procedimentos Não- Críticos: são aqueles em que não há presença de sangue nem saliva. Ex.Anamnese.
LAVAGEM DAS MAOS 
A higienização das mãos é considerada a ação isolada mais importante para a prevenção e o controle das infecções em serviços de saúde. 
Os princípios ativos aceitos pelo Ministério da Saúde para a anti-sepsia das mãos são: álcool a 70%, clorhexidina, compostos de iodo, como por exemplo polivinil pirrolidona iodo (PVPI) e outros iodóforos ( BRASIL, 1989) .
O sabonete utilizado para a lavagem das mãos deve ser preferencialmente líquido, para evitar a contaminação do produto. 
antes de iniciar qualquer técnica de higienização das mãos, o profissional deve retirar relógio, pulseiras e anéis, inclusive a aliança. As unhas devem ser mantidas aparadas e, caso use esmalte, este não deve apresentar fissuras ou descamação.
NOMENCLATURA
Lavatório: Peça sanitária destinada exclusivamente à lavagem de mãos. 
Pia de lavagem: Peça sanitária destinada à lavagem de artigos. 
Monitoramento da rotina: Controlar a rotina operacional e mantê-la dentro do padrão estabelecido.
EPI`S
Sapato fechado 
Calça 
Jaleco manga longa e gola de padre
LIMPEZA DE INSTRUMENTAIS
OBJETIVOS: 
Remover ou reduzir quantidade de microrganismos; 
Garantir a eficácia do processo de desinfecção e esterilização; 
Preservar material.
LIMPEZA
Deve ser feita utilizando-se os EPIs próprios para uso na sala de utilidades (luvas de borracha resistente e de cano longo, gorro, máscara, óculos de proteção, avental impermeável e calçado fechados). 
O manuseio dos artigos deve ser cuidadoso para evitar acidentes ocupacionais. Os instrumentos que têm mais de uma parte devem ser desmontados; as pinças e tesouras devem ser abertas, de modo a expor ao máximo suas reentrâncias.
BIOSSEGURANÇA
PASSOS PARA PREPARO DO MATERIAL QUE SERÁ ESTERILIZADO
IMERSAO:
Tem como objetivo a remoção das sujeiras e resíduos orgânicos dos instrumentos totalmente imersos por 15 minutos em soluções detergentes (sabão enzimático). 
Pode-se utilizar limpeza com ultrassom, devendo ser seguida as normas do fabricante, principalmente no que diz respeito a diluição e tempo de ação (em torno de 10 minutos).
ENXÁGUE:
Para o enxágue após limpeza e/ou descontaminação, utilizar água potável e corrente.
SECAGEM:
A secagem dos instrumentais objetiva a interferência de umidade nos processos de esterilização/desinfecção. 
Pode ser realizada com: - Toalhas de papel; - Secadora de ar quente/frio. - Estufa; - Ar comprimido; - Campos cirúrgicos esterilizáveis.
EMPACOTAMENTO
Depois de lavados e secos, os materiais devem ser acondicionados em embalagens plásticopapel. 
As embalagens são encontradas de diversos tamanhos, caso seja embalagens individuais, essa já vem com a cola para que seja fechada sua extremidade. Já as embalagens em rolo, devem ser seladas por uma seladora automática ou fita adesiva.
Quando um pacote é aberto, todo instrumental ali contido será contaminado, necessitando de nova esterelização mesmo que não tenha sido usado. 
Deve ser registrado na embalagem o dia mês da esterelização e seu conteúdo e validade.
ESTERILIZAÇÃO
Completa destruição e eliminação de todas as formas de microrganismos presentes.
A autoclave é a única capaz de realizar a esterilização.
AUTOCLAVE
Os padrões de tempo, temperatura e pressão para esterilização pelo vapor variam de acordo com o aparelho e encontram-se dentro de: 121° C A 127° C (1 ATM PRESSÃO) POR 15 A 30 MINUTOS e 132° C a 134° C (2 atm pressão) por quatro a sete minutos de esterilização.
O material, devidamente embalado, deve ser colocado na câmara da autoclave desligada, não ultrapassando 2/3 de sua capacidade total e sem encostar nas laterais, dispondo-se os pacotes de modo que o vapor possa circular livremente e atinja todas as superfícies do material.
MONITORAMENTO DA ESTERILIZAÇÃO
O processo de esterilização deve ser comprovado por meio de monitoramento físico, químico e biológico.
MONITORAMENTO FÍSICO: 
Consiste na observação e registro dos dados colhidos nos mostradores dos equipamentos, como a leitura da temperatura, da pressão e do tempo em todos os ciclos de esterilização
MONITORAMENTO QUÍMICO
INDICADOR DE PROCESSO – CLASSE 1
Os indicadores químicos de processos podem vir na própria embalagem ou na forma de fita adesiva. As fitas adesivas para autoclave apresentam listas brancas diagonais que se tornam pretas após a esterilização. 
Os indicadores químicos devem ser usados externamente em TODAS AS EMBALAGENS a serem esterilizadas e indicam que a temperatura selecionada para a esterilização foi atingida em um determinado momento
INDICADOR MULTIPARAMÉTRICO – CLASSEIV
Os indicadores químicos multiparamétricos são tiras de papel impregnadas por tinta termoquímica que muda de cor como as fitas adesivas. Deve ser colocado no interior de UM pacote e indica que a embalagem foi permeável ao agente esterilizante e também que o tempo e a temperatura padronizados para a esterilização foram atingidos em um determinado momento.
MONITORAMENTO BIOLÓGICO
O monitoramento biológico é realizado utilizando-se tiras de papel impregnadas por esporos bacterianos do gênero Bacillus, capazes de crescer em temperaturas nas quais as proteínas são desnaturadas. 
Tal procedimento deve ser realizado semanalmente em 1 ciclo de um determinado dia da semana.
TIPOS DE LIXO
Lixo geral: papeis , caixas, restos alimentares. Não apresenta riscos para a saúde ou ao meio ambiente. 
Lixo com resíduos de amálgama: Acondicionados em vidros fechados com tampa sob uma lâmina de água, afim de evitar a formação de vapores de mercúrio.
Lixo químico: soluções de desinfecção, soluções reveladoras e fixadoras. Devem ser embalados em recipientes resistentes e destinados a vala séptica. Jamais jogar na pia. 
Lixo infeccioso: são os resíduos como gaze, algodão, pontas de sucção, luvas, máscaras.. Lixeira com tampa acionada por pedal com saco de lixo branco com cruz vermelha escrito lixo hospitalar.
Lixo infeccioso pérfuro cortante: Caixa específica para objetos contaminados pérfuro cortantes
PROCEDIMENTOS

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