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Estudos Epidemiológicos: Transversais e Descritivos

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Amanda Spohr Froehlich - Medicina UFPR Toledo 
 
EpidemiologiA: 
❖ Estudos transversais: 
Ou de prevalência, tem foco populacional bem definido. Tudo é mensurado em uma única vez. 
São inquéritos se são usados dados primários (dados coletados em contato com a pessoa, 
diferente de secundários que são por meio de registros). Podem também utilizar dados 
secundários. Dados sã coletados individualmente, se referem ao sujeito e o ambiente em que 
vive e podem ser dados retrospectivos. São usados para criação de política públicas pois 
podem ser reconhecidos os grupos vulneráveis, padrão de consumo de medicamento, medir 
frequência de doenças, identificar fatores de risco, analisar eficiência de métodos 
intervencionistas e prevalência de exposição ao risco. É usado para doenças comuns que não 
apresentam alta letalidade. São colhidas amostras ou por entrevistas e os indivíduos são 
segregados nos grupos. A amostragem pode ser feita em algum local conveniente ao 
observador, pode ser por voluntariado, ou de outros tipos. Pode ser analítico ou descritivo 
dependendo do que será analisado. 
Tipos de amostra: 
۞ Amostra probabilística: Amostra ideal (mostra aleatória simples); 
۞ Amostra sistemática: Sorteia um primeiro e os próximos seguem um padrão; 
۞ Amostra por conglomerado: Alguma união de pessoas (bairro); 
۞ Amostra por estrato: Separa em grupos homogêneos; 
۞ Amostra por cotas: Seleciona até completar o grupo de número definido. 
* Se uma doença tem maior prevalência em um determinado sexo, deve haver mais 
entrevistados desse sexo para representar a população real. 
* A razão de prevalência (RP) pode analisar a exposição ou a doença. 
* A relação temporal entre exposição e doença nem sempre é conhecida, ou seja um fator 
nem sempre é conhecido como exposição ou desfecho. 
 Limitações: Estudar populações de rua, em zonas de conflito, reserva indígena ou 
trabalhadores da aérea de construção civil já que esses últimos normalmente estão no 
trabalho e não tem acesso facilitado para ser entrevistado. 
 Desvantagens: Não se delimita a causalidade, impedir que os fatores de confusão vão 
estar distribuídos igualmente. Há viés de prevalência (excluídos os curados ou 
falecidos) ou pode haver disparidade de número entre os grupos, afetando a eficiência 
do estudo. Exige população fixa. 
 Vantagem: Barato, simples e rápido. Não exige seguimento, ninguém é exposto a 
algum fator intervencionista ou terapia de benefício potencial. Para doenças 
frequentes e duradouras. 
 
 Medidas: Prevalência e razão de prevalências. 
 
Amanda Spohr Froehlich - Medicina UFPR Toledo 
 
❖ Estudos descritivos: 
São distintos dos analíticos que buscam uma interpretação mais aprofundada. Motivações 
podem ser avaliação crítica sobre outras pesquisas já realizadas, buscar respostas e um novo 
conhecimento, testar viabilidade de um projeto de pesquisa ou responder dúvidas sobre 
manejos de alguns pacientes. A pergunta específica deve ser estabelecida no início da pesquisa 
para não perder o foco. O foco da pesquisa é descrever um fenômeno clínico e não explicá-lo. 
Esse estudo possibilita o surgimento de outros estudos analíticos. 
Elementos: 
۞ Variáveis componentes (desfecho e exposição); 
۞ Temporalidade; 
۞ Enfoque (prevenção, terapêutico, prognóstico e de diagnóstico). 
Tipos de estudo: 
 Relato de caso: Relato de um indivíduo ou grupo pequeno localizado, não tem grupo 
de comparação. São usados em casos raros, incomuns, inesperados ou desconhecidos. 
Não exigem tratamento para serem analisados. Indivíduos acompanhados por um 
tempo curto e normalmente de forma retrospectivo. Normalmente esses estudos não 
são publicados em grandes revistas, pois apresentam problemas de origem ética (falta 
de consentimento para a pesquisa), exigindo liberação pelo Comitê de Ética e não 
sendo liberado na Plataforma Brasil (site de publicação). 
 
 Série de casos: Não é planejada, não tem hipóteses e pode ser usada para outros 
serviços. São vários casos semelhantes. 
 
❖ Testes diagnósticos: 
Busca identificar ou confirmar doenças, avalia a gravidade do caso clínico, analisa prognóstico 
e organiza o tratamento. Progressivamente as alternativas vão sendo diminuídas após análise. 
São a anamnese, exame físico, exame laboratorial e questionários. Esses exames não 
apresentam 100% de certeza de confirmação. O teste é útil se identifica com elevada precisão 
a doença. São aplicados em um grupo doente e não doente para definir valores de 
classificação negativa ou positiva. Os resultados podem ser positivo (normal) - a, negativo 
(normal) - d, falso-positivo - b ou falso-negativo - c. 
۞ Sensibilidade: Capacidade de encontrar a doença se essa esta presente. Proporção de 
positivos corretos por doentes (a/a+c). Testes com sensibilidade elevada são usados 
em casos de doenças raras ou para buscar rastreamento da doença em grupos 
populacionais, buscando evitar falsos-negativos; 
۞ Especificidade: Expressa a possibilidade de um teste dar negativo na ausência da 
doença. Proporção de negativos corretos por não doentes (d/b+d). São usados para 
confirmar diagnóstico já que gerar poucos falsos-positivos e para confirmar ausência 
da doenças em casos de doenças que debilitam o emocional do paciente, como o HIV. 
Amanda Spohr Froehlich - Medicina UFPR Toledo 
 
* Padrão-ouro é o melhor teste para identificar tal doença. Ele pode ser comparativo para 
outros exames. Com eles se analisa a validade de um novo exame pela análise de 
especificidade e sensibilidade. Pode ser usado para analisar a eficiência do diagnóstico de um 
médico. 
Valor preditivo: Probabilidade de um resultado positivo ter realmente identificado a doença. É 
a probabilidade da doença. O positivo ou VPP é a proporção dos verdadeiros positivos pelos 
positivos, ou seja a/a+b. O negativo ou VPN é a proporção dos verdadeiros negativos pelos 
negativos, ou seja d/c+d. Eles variam pela sensibilidade, especificidade e prevalência da 
doença na população e devem ser consideradas para um cálculo não enviesado. Geralmente 
são usadas para doenças de prevalência baixa. A prevalência é o pré-teste, já que é feita antes 
dessa análise na população geral. 
* O cálculo simples é utilizado quando não se conhece a prevalência. 
* Testes em série são sequenciais (anamnse, exame físico, exame laboratorial, etc) e paralelos 
são ao mesmo tempo (diversos exames laboratoriais em emergência). No cotidiano médico os 
paralelos são menos utilizados. 
Para uma prevalência alta a variação do VPP é alterada pela especificidade. E para uma 
prevalência baixa ele é alterado pela sensibilidade. 
* Quanto maior a prevalência maior o VPP e menor o VPN. 
A probabilidade de falso positivo é o complementar do VPP e de falso negativo é o 
complementar do VPN. 
Acurácia: É a proporção de verdadeiros diagnósticos (acertos) entre todos os diagnósticos, ou 
seja a+d/a+b+c+d. É a quantidade de verdadeiros positivos mais verdadeiros negativos sobre 
todos os casos. Mede a fidedignidade do teste. 
* Geralmente na prática quando se aumenta a especificidade diminui a sensibilidade e vice-
versa, contudo o ideal seria com ambos de 100%. 
Teste discreto tem apenas valores inteiros, contudo quando for contínuo tem valores não 
inteiros. Para esses casos são separados os grupos por um limite baixo a partir de qual há uma 
alta sensibilidade, contudo há valores falso-positivos e um limite alto antes de qual há uma 
alta especificidade, contudo há valores falso-negativos. O ponto de corte com o mínimo erro 
possível é entre o limite baixo e alto e define o ponto em que o estudo é mais efetivo, com o 
menor número de falso-positivos e falso-negativos possível. 
Curva ROC: Expressa graficamentea relação entre especificidade e sensibilidade. Proporção de 
falso positivo é 1-especificidade. Verdadeiros positivos mostram a sensibilidade. Calcula a área 
sobre a curva para analisar se o teste é excelente, bom, regular, pobre, ruim ou não serve. 
Auxilia a determinar um ponto de corte. Compara dois testes. O ponto de corte tem respostas 
boas para sensibilidade e especificidade. 
Razão de probabilidade ou verossimilhança: Positiva indica a probabilidade de um teste 
positivo verdadeiro sobre a taxa de falso-positivo. Sensibilidade sobre 1-especificidade. 
Amanda Spohr Froehlich - Medicina UFPR Toledo 
 
Quanto maior o valor, maior a associação de uma doença positiva. Se acima de 10 é um bom 
meio diagnóstico. A negativa é a taxa de falsos-negativos sobre os verdadeiros negativos, ou 
seja, 1-sensibilidade sobre a especificidade. Se for igual a 1 não tem valor diagnóstico. Quanto 
menor melhor principalmente abaixo de 0,1. O valor de LR positivo indica a chance de um 
teste positivo ser verdadeiro sobre a chance do valor positivo ser falso.LR negativo indica os 
verdadeiros negativos sobre os falsos negativos. Possibilita verificar a probabilidade de 
presença da doença com um teste diagnóstico. Podem ser calculadas a probabilidade pré-
teste, durante o teste e pós-teste. Usando o pré-teste, a prevalência, é possível calcular uma 
probabilidade pós-teste. 
Não há testes com sensibilidade ou especificidade de 100% e para isso são usados mais de um 
testes. Testes muito bons normalmente são caros. Uma solução é o uso de teste múltiplos. 
Contudo podem apresentar valores muito discrepantes. Dificilmente são feitos apenas um tipo 
de teste. Uma alternativa para evitar isso é fazer um teste a mais, contudo isso pode ser muito 
caro ou invasivo. Os testes em paralelo ou em série são soluções melhores. 
Testes em paralelo: Realizados ao mesmo tempo, sendo que um resultado positivo indica 
resposta a esse. Usado em emergências. Considera a união (U), ou seja a chance de um ou 
outro ser positivo. A sensibilidade combinada deve ser a sensibilidade de A, a sensibilidade de 
B menos a sensibilidade de A vezes a sensibilidade de B. Isso ocorre se os casos forem 
independentes. Contudo resultado negativo só é considerado se ambos os testes derem 
negativos. Para isso calcula a especificidade combinada (especificidade de A vezes a 
especificidade de B). Aumentam a sensibilidade para valores maiores que o individual. Para a 
mesma prevalência o valor preditivo negativo aumentou e a especificidade e o valor preditivo 
positivo diminuíram. Tem sensibilidade maior. 
Testes em série: São aplicados em dois estágios. Inicialmente são os testes mais baratos, 
menos invasivos e menos desconfortáveis. Com base nisso se escolhe o segundo teste. Não 
são urgentes e devem ser para busca de diagnóstico em internados. Reduz o problema de 
falsos positivos do teste em paralelo. São testes dependentes e só seguem se o primeiro teste 
for positivo. Tem especificidade maior. O valor é a interseção de A e B, ou seja ambos os 
fatores devem ser positivos (A x B). Pode ser usados para confirmar diagnósticos que 
anteriormente deram positivos. A sensibilidade é calculada por sensibilidade de A vezes a 
sensibilidade de B. A especificidade combinada é pela soma das especificidades menos a 
multiplicação das duas especificidades. Faz aumentar a especificidade, aumenta o VPP, diminui 
o VPN e a sensibilidade. Se algum valor resultar em negativo há ainda a série. 
Coeficiência Kappa: Analisa de modo independente a concordância entre o diagnóstico de dois 
observadores. Concordância observada é a soma de a + d /n, ou seja soma de concordâncias 
pelo seu número. Concordância esperada é positivo pelo médico a vezes positivo pelo médico 
b sobre o número e isso tudo se soma a negativo pelo a vezes negativo pelo b sobre o número. 
Ele é calculado pela concordância esperada sobre 1 menos a concordância esperada. Se 
próximo de 1 há similaridade entre dois médicos.

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