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Aula 1 - SUSTENTABILIDADE

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Sustentabilidade
Aula 1 – Desenvolvimento sustentável: conceitos e objetivos
Introdução
O rastro deixado pela humanidade sobre a Terra está por toda parte. É particularmente visível e não deixa dúvidas quando observado desde o céu com o efeito smoog nas grandes cidades e chaminés de indústrias esfumaçadas, até a terra firme, com 40% das florestas naturais da superfície do planeta convertidas em áreas de criação de gado e cultivo de agricultura.
As estatísticas de conversão e desmatamento são frequentemente contestadas, pois o falso orgulho nacional quase sempre distorce esses dados para que as coisas pareçam melhores do que na realidade estão, tanto para o público interno como para o externo (Dourojeanni e Pádua, 2007).
Será que através de mudanças nas políticas públicas unidas e a prática do desenvolvimento sustentável poderemos reverter este cenário para melhor um dia?
Então, o mundo dá voltas? E para que continue a dar voltas com as pessoas dentro dele, precisaremos tomar algumas atitudes agora. Essas atitudes têm de estar ligadas a um uso do meio natural sem excessos e com responsabilidade ambiental, para que tenhamos a sustentabilidade dos recursos e a sobrevivência humana, ou seja, o desenvolvimento sustentável.
Mas, o que é desenvolvimento sustentável?
Para entendermos o significado de desenvolvimento sustentável, vamos ler uma história:
A preocupação com os problemas ambientais ganhou escala e maior repercussão no final da década de 60 e início da década de 70. Tal preocupação parecia ter foco local, e sua solução resumia-se à criação de regulamentações relacionadas ao controle das fontes de poluição. Discussões formais sobre os impactos ambientais causados pelo desenvolvimento e pela industrialização aconteceram com a criação do Clube de Roma, em 1968, na Itália, formado por cientistas preocupados com os impactos provocados pelo crescimento econômico e com a disponibilidade de recursos naturais do planeta. Foi fundado por Aurélio Peccei, industrial e acadêmico italiano, e Alexander King, cientista escocês (Hernandez, 2009).
Esses dois vocábulos (desenvolvimento sustentável) ainda não tinham formado a parceria que hoje se tornou sobejamente conhecida de todos. Isso porque o principal objeto das discussões ocorridas nesse evento estava centrado na defesa do meio ambiente humano, no bojo de um problema global mais amplo: os ditames do modelo de desenvolvimento econômico dos países de Primeiro Mundo.
Estes, num determinado estágio de sua industrialização, se viram na perspectiva da escassez dos recursos naturais, surpreendendo-se diante das limitações do meio ambiente no que dizia respeito à destinação final dos rejeitos – sólidos, líquidos e gasosos – tanto do processo industrial quanto dos hábitos de consumo da população (Brunacci e Philippi Junior, 2009).
Ainda segundo os mesmos autores, tal ênfase na defesa do meio ambiente humano, perante a questão ambiental do modelo de desenvolvimento de cunho predatório, foi resultado de um despertar da consciência ecológica em nível global, que buscou além das questões de âmbito local ou regional, as quais, nas décadas de 1950 e de 1960, já incomodavam as agências estatais de controle ambiental das nações industrializadas e incrementavam as atividades dos movimentos ambientalistas.
O começo dos estudos do relacionamento entre o meio ambiente e o crescimento econômico foi marcado pelo relatório Os limites do crescimento, escrito por Jay Forrest e Dennis Meadows, do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT). O trabalho enfatiza que a exploração e degradação dos recursos naturais limitariam o crescimento da economia mundial. Elaborado pelo Clube de Roma, esse relatório vendeu mais de 30 milhões de cópias em 30 idiomas, tornando-se o livro sobre meio ambiente mais vendido da história. Tratava essencialmente de problemas cruciais para o futuro desenvolvimento da humanidade.
Utilizando modelos matemáticos, o estudo chegou à conclusão de que o planeta Terra não suportaria mais o crescimento populacional por causa da pressão sobre os recursos naturais e energéticos e do aumento da poluição, mesmo considerando o avanço das tecnologias (Hernandez, 2009).
A concepção de desenvolvimento sustentável tem suas raízes fixadas na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, capital da Suécia, em julho de 1972, segundo Brunacci e Philippi Junior (2009).
Segundo Funiber (2009), o termo desenvolvimento sustentável, como é, foi estabelecido pela International Union for The Conservation of Nature (IUCN), embora sua popularidade tenha origem no relatório “Nosso futuro comum” ou relatório Bruntland (WCED, 1987), preparado pela Comissão Bruntland das Nações Unidas, no qual se lê:
“O desenvolvimento sustentável satisfaz às necessidades atuais sem comprometer a capacidade de futuras gerações satisfazer suas próprias necessidades”.
 Analisemos que os componentes substantivos nesta definição são as questões de equidade, tanto entre uma mesma geração como entre diferentes gerações, a fim de que todas as gerações, presentes e futuras, aproveitem o máximo sua capacidade potencial. Porém, a maneira como as atuais oportunidades estão distribuídas não é, na realidade, indiferente. Seria estranho que estivéssemos preocupados profundamente com o bem-estar das futuras gerações e deixássemos de lado a triste sorte dos pobres de hoje.
No entanto, atualmente, nenhum desses dois objetivos tem assegurada a prioridade que merece. Consequentemente, talvez uma reestruturação, das pautas concernentes à distribuição de renda, à produção e ao consumo em escala mundial seria uma condição prévia necessária a toda estratégia viável de desenvolvimento sustentável.
Vemos que o conceito de desenvolvimento sustentável surgiu em um contexto de crise econômica e da revisão de paradigmas de desenvolvimento. A crise econômica na maior parte do mundo, a instabilidade, o aumento da pobreza, etc., colocavam em dúvida a viabilidade dos modelos convencionais, inclusive, a própria ideia de “desenvolvimento” havia sido sustada das políticas ante a urgente necessidade de estabilizar as economias e recuperar o crescimento econômico (Funiber, 2009).
->
O surgimento da ideia do desenvolvimento sustentável teve repercussões importantes em todos os meios – graças aos esforços da Comissão das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD) – devido à necessidade de renovar concepções e estratégias, buscando o desenvolvimento das nações pobres e reorientando o processo de industrialização dos países mais avançados.
->
O conceito convencional de desenvolvimento se referia ao processo de melhoria das condições econômicas e sociais de uma nação. O enfoque da Comissão buscou ir além da dimensão econômica e social, tratando de incluir a questão ambiental como um dos elementos centrais da concepção e das estratégias de desenvolvimento, ainda segundo Funiber (2009).
->
Ainda segundo o mesmo autor, ao qualificar o desenvolvimento como o adjetivo “sustentável”, incorpora-se um conceito de capacidade de subsistir ou continuar. A sustentabilidade expressa uma preocupação com o meio ambiente para que as gerações futuras o utilizem e o desfrutem da mesma forma que a presente. Neste caso, “desenvolvimento” não é sinônimo de “crescimento”. Crescimento econômico é entendido como aumentos na renda nacional. Em contrapartida, o desenvolvimento implica algo mais amplo, uma noção de bem-estar econômico que reconhece componentes não monetários. Estes podem incluir a qualidade do meio ambiente.
É importante ressaltar que o desenvolvimento sustentável exige que se definam prazos, com qual ordem de prioridades, a que níveis e escalas e quais recursos econômicos utilizar para obter a sustentabilidade. Essa tarefa é muito complexa, dados os aspectos sociais, políticos e elementos técnicos implicados, por exemplo, na superação da pobreza, em que a sustentabilidade pode ser inalcançável, mesmo em prazos relativamente longos (Funiber, 2009).
Outro problemaa ser considerado é o da interpretação. Na bibliografia sobre o tema excedem as definições de desenvolvimento sustentável incorretas ou distorcidas que, frequentemente, alteram a ideia original.
Por exemplo, uma grande parte da literatura disponível tende reduzir o conceito a uma mera sustentabilidade ecológica ou a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, preocupando-se apenas  com as condições ecológicas necessárias para manter a vida humana ao longo das gerações futuras, segundo Bifani (1997 apud Funiber, 2009). Esse enfoque, embora útil, é claramente reducionista, por não considerar as dimensões social, econômica e política do termo.
Para concluirmos a aula, vamos atentar para o que coloca Genebaldo Freire Dias (2004):
Desenvolvimento ambientalmente sustentável:
O desenvolvimento econômico e o bem-estar do ser humano dependem dos recursos da Terra. O desenvolvimento sustentável é simplesmente impossível se for permitido que a degradação ambiental continue.
Os recursos da Terra são suficientes para atender às necessidades de todos os seres vivos do planeta se forem manejados de forma eficiente e sustentada. Tanto a opulência quanto a pobreza podem causar problemas ao meio ambiente. 
O desenvolvimento econômico e o cuidado com o meio ambiente são compatíveis, interdependentes e necessários. A alta produtividade, a tecnologia moderna e o desenvolvimento econômico podem e devem coexistir com um meio ambiente saudável.
Desenvolvimento socialmente sustentável:
A chave para o desenvolvimento é a participação, a organização, a educação e o fortalecimento das pessoas. O desenvolvimento sustentado não é centrado na produção, é centrado nas pessoas. Deve ser apropriado não só aos recursos e ao meio ambiente, mas também à cultura, história e sistemas sociais do local onde ele ocorre. Deve ser equitativo, agradável.
Nenhum sistema social pode ser mantido por um longo período quando a distribuição dos benefícios e custos – ou das coisas boas e ruins de um dado sistema – é extremamente injusta, especialmente quando parte da população está submetida a um debilitante e crônico estado de pobreza.
Vemos que há diversas formas de interpretar o conceito de desenvolvimento sustentável, mas todas têm as mesmas características e devem derivar para um consenso quanto ao conceito básico e quanto às estratégias necessárias para sua consecução. De acordo com Ignacy Sachs, a adjetivação deveria ser desdobrada em socialmente inclusivo, ambientalmente sustentável e economicamente sustentado pelo tempo. Dessa forma, destaca-se que o conceito de desenvolvimento sustentável não é único, mas converge para um consenso. Sua essência é cada vez mais difundida e assimilada pelas organizações, o que possibilita um direcionamento em suas atitudes e na definição de suas estratégias (Hernandez, 2009).
	 1a Questão
	
	
	
	A tendência atual é a de se procurar diminuir, cada vez mais, a quantidade de resíduos sólidos, através dos 3R¿s __________________ , _______________________ e ________________. Complete as lacunas da frase acima com a alternativa que tenha as palavras CORRETAS, respectivamente.
		
	
	Reinventar, renomear, refazer
	
	Redescobrir, reintroduzir, reciclar
	
	Reintroduzir, reutilizar, recriar
	 
	Reduzir, reutilizar, reciclar
	
	Reorientar, reduzir,refazer
	
Explicação:
Os 3 R's se baseiam na redução do consumo, reutilização e reciclagem dos produtos com o objetivo de que se chegue verdadeiramente ao desenvolvimento sustentável.
	
	 
	Ref.: 201603353972
		
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	A concepção de desenvolvimento sustentável tem suas raízes fixadas na:
		
	 
	Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano
	
	Conferência da Biosfera
	
	Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento
	
	Keele Conference on Education and Countryside
	
	Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental
	
	 
	Ref.: 201603354027
		
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	O desenvolvimento sustentado não é centrado na produção, é centrado nas:
		
	
	escolas.
	
	empresas.
	
	indústrias.
	 
	pessoas.
	
	universidades.
	
	 
	Ref.: 201603354053
		
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	Leia as AFIRMATIVAS abaixo:
 I - A alta produtividade, a tecnologia moderna e o desenvolvimento econômico podem e devem coexistir com um meio ambiente saudável.
II - O desenvolvimento sustentável é simplesmente possível se for permitido que a degradação ambiental continue.
 III - Tanto a opulência quanto a pobreza podem causar problemas ao meio ambiente. Estão CORRETAS:
		
	
	II, III
	
	I, II
	 
	I, III
	
	III
	
	II
	
	 
	Ref.: 201603300520
		
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	Complete as lacunas da frase abaixo, com a alternativa que a preenche respectivamente:
 O rastro deixado pela humanidade sobre a Terra está por toda parte. É particularmente visível e não deixa dúvidas quando observado desde o céu com o efeito ______________ nas grandes cidades e chaminés de indústrias esfumaçadas, até a terra firme, com 40% das _______________ da superfície do planeta convertidas em áreas de criação de gado e cultivo de agricultura.
		
	
	Osmótico; bacias sedimentares
	
	CFC; águas interiores
	
	de calor; das montanhas
	
	Coriolis; vidas
	 
	smoog; florestas naturais
	
	 
	Ref.: 201603353934
		
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	Ênfase na defesa do meio ambiente humano, perante a questão ambiental do modelo de desenvolvimento de cunho predatório, foi resultado de um despertar:
		
	
	Dos políticos e sociedade civil.
	
	Dos governantes e ambientalistas.
	 
	Da consciência ecológica em nível global.
	
	Dos países de primeiro mundo.
	
	Dos empresários internacionais.
	
	 
	Ref.: 201602969779
		
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	Podemos afirmar que o desenvolvimento socialmente sustentável está centrado nas:
		
	
	lideranças
	
	produções
	 
	pessoas
	
	industrias
	
	cidades
	
Explicação:
Quando inserimos o ponto "socialmente" tratamos justamente do fator social, ou seja, dos seres humanos, das pessoas.
	
	 
	Ref.: 201603300521
		
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	Complete a frase com a alternativa que preenche corretamente a lacuna:
 Outro problema a ser considerado é o da interpretação. Na bibliografia sobre o tema excedem as definições de desenvolvimento sustentável incorretas ou distorcidas que, frequentemente, alteram a ideia original. Por exemplo, uma grande parte da literatura disponível tende a reduzir o conceito a   ____________________ .
		
	 
	uma mera sustentabilidade ecológica
	
	a um termo político
	
	um enfoque puramente social
	
	uma questão somente econômica
	
	a uma literatura pobre em politica

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