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UNIDADE V

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Prévia do material em texto

Sociologia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Vivian Fiori
Revisão Textual:
Profa. Ms. Natalia Conti
Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade
• A Mulher e a Sociedade;
• Violência contra a Mulher no Brasil;
• A Mulher e o Trabalho no Brasil;
• Os Grupos Etários no Brasil e sua Condição Social.
 · Tratar da questão da mulher e sua participação em algumas socieda-
des e políticas no mundo. 
 · Dar ênfase ao papel da mulher, de jovens e idosos na sociedade 
brasileira.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade
Introdução
Nesta unidade vamos tratar da situação das populações de mulheres, jovens e 
idosos no mundo, dando ênfase às condições existentes na sociedade brasileira.
A Mulher e a Sociedade
Ao longo da história humana as mulheres tiveram diferentes papeis sociais e na 
divisão do trabalho, variando essa condição conforme o lugar, o povo e a classe 
social na qual estavam inseridas.
Segundo alguns historiadores (MUMFORD, 1998) entre os povos primitivos 
era comum um trabalho em comunidade. Em geral cabia às mulheres a coleta de 
vegetais e aos homens a caça e pesca, bem como, com decorrer das transformações 
empreendidas, coube principalmente às mulheres, num primeiro momento, as 
atividades de agricultura.
Contudo, muitas civilizações ao longo da história submeteram as mulheres a 
um papel secundário na sociedade, tendo algumas sofrido todo tipo de violência 
psicológica, mental ou física.
Para muitas sociedades além de mãe, cuidadora da família, do lar, a mulher 
ainda tem de submeter-se à vontade e decisão dos homens. 
Em relação ao voto, por exemplo: somente no século XX alguns países passaram 
a dar o direito ao voto às mulheres. Mesmo em países centrais como França e 
Inglaterra, a mulher não podia votar até o começo do século XX. No final do século 
XIX e começo do século XX, houve movimentos feministas que lutaram pelo direito 
ao voto das mulheres, e ficaram conhecidas como sufragistas. 
A Nova Zelândia foi um dos primeiros países a reconhecer o direito das mulheres 
ao voto, em 1893. Na Inglaterra um grupo de mulheres fundou um movimento 
social chamado de “União Política e Social das Mulheres”, que usou estratégias de 
militância política, propaganda e desobediência civil, que acabaram servindo de 
referência para outras mulheres no mundo.
 Esta situação foi retratada no filme “As sufragistas”, que conta a história das 
mulheres que lutaram pelo voto na Inglaterra, evidenciando o papel social delas na 
época do começo do século XX.
8
9
Figura 1 – Passeata pelo voto feminino em Nova York, 1912
Fonte: Wikimedia Commons
A Conquista do Direito ao Voto Feminino - https://goo.gl/uSW6xq
Ex
pl
or
No Brasil este direito foi definido por lei em 1932; na África do Sul somente em 
1994, com final do Apartheid; e na Arábia Saudita somente em 2011. 
Mesmo com o advento da escolarização universal, em muitos países a mulher 
não era incentivada a estudar, mas sim a constituir família e cuidar do lar, sendo 
que mesmo em alguns lugares e sociedades atuais isto ainda acontece. Há grupos 
em que ainda é comum que se escolha o casamento da mulher, bem como muitas 
tornam-se esposas ainda muito novas. 
Tal situação está relacionada às condições de pobreza e ignorância, ou a 
costumes ancestrais e religiosos de alguns povos, que coagem mulheres ainda 
crianças (menores de quinze anos) a casamentos forçados, muitas ficando à mercê 
de violência, escravidão e abusos sexuais. Há ainda casos de pais que “vendem” 
suas filhas para pagar dívidas, ou para auferirem alguma renda. 
Tais práticas de violência com a criança do sexo feminino ocorrem mais 
comumente em países do Sul do continente asiático, do sul da África Subsaariana 
(ao Sul do deserto do Saara), sendo grande em países como Bangladesh, Índia, 
Níger, Afeganistão, Paquistão, entre outros, principalmente entre os mais pobres. 
O hábito de casamentos no período da puberdade, ocorre também por fatores 
culturais, de maneira a preservar a virgindade até o casamento, o que para algumas 
sociedades é considerado fundamental.
A maioria dos países do mundo é signatária de tratados internacionais que proí-
bem casamentos deste tipo. Estas normas, contudo, nem sempre são cumpridas, ou 
porque há brechas em algumas legislações permitindo que os pais decidam sobre o 
assunto, ou porque prevalecem fatores culturais que impedem sua plena aplicação.
9
UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade
Assim sendo, em pleno século XXI existem ainda práticas de violência de variados 
tipos em relação às mulheres, atingindo duplamente as mais pobres. 
As interações humanas estabelecem-se por meio de relações de poder e de 
violência, de diversos tipos e ordens: entre sexos, entre gêneros, no mundo do 
trabalho, por questões raciais e étnicas, por preconceito religioso, por perseguição 
política, entre outras. Para tentar equilibrar tais discrepâncias e estabelecer um 
padrão mínimo de civilização, foi estabelecida, em 1948, no âmbito das Nações 
Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Como diz Hannah Arendt (2005, p. 213): “O único fator material indispensável 
para a geração de poder é a convivência entre os homens. Estes só retêm poder 
quando vivem tão próximos um aos outros que as potencialidades da ação estão 
presentes [...]”. Desse modo, não há poder de só um indivíduo, o poder se manifesta 
no grupo e também pelas instituições e organizações existentes no mundo.
A “Declaração Universal dos Direitos Humanos”, estabelecida em comum 
acordo entre as nações, é um marco importante no entendimento da busca da 
cidadania, da igualdade e da fraternidade no mundo, embora concretamente ainda 
há muito a ser feito em diversos países.
No Brasil, mediante as políticas de Direitos Humanos mais recentes do governofederal, houve a criação em 1997 da “Secretaria Especial dos Direitos Humanos” 
(SEDH), bem como da “Secretaria de Políticas das Mulheres” (SPM), em 2003, pela 
qual formularem-se políticas específicas para as mulheres no âmbito do governo federal.
Figura 2 – Livro sobre a IV Conferência 
Mundial sobre a Mulher
Fonte: Foto Divulgação
No entanto, ao tratar da questão de gênero é 
fundamental conceitua-la. As bibliografias, artigos 
e documentos (BRASIL, 2006; UNIFEM, 2006) 
sobre a questão dizem que falar de gênero não é 
a mesma coisa que tratar de sexo, pois o gênero 
representa o papel social desempenhado ou defi-
nido pelos sexos e dele decorrem alguns precon-
ceitos sobre qual seria este papel, sobretudo das 
mulheres. Gênero é, portanto, um conceito rela-
cional de poder, que exprime a relação do mascu-
lino e do feminino.
A questão de gênero como política pública vem, 
por conseguinte, dessa mundialização e globaliza-
ção da sociedade humana, adquirindo visibilidade 
nas Conferências Mundiais de Mulheres no México 
(1975), em Nairóbi (1985) e em Pequim (1995).
No Brasil, as políticas em prol da igualdade de direitos de gênero são definidas 
principalmente na nova Constituição brasileira de 1988, e também pós anos 1990, 
período no qual há várias normatizações sobre a questão dos direitos da mulher e 
políticas de assistência e de saúde específicas. Com a criação da “Secretaria das 
10
11
Políticas das Mulheres”, em nível federal, em 2003, realizou-se a “I Conferência 
Nacional de Políticas para as Mulheres” no Brasil, em 2004, evento que subsidiou 
a elaboração do “Plano Nacional de Políticas para as Mulheres”, assim como as 
demais políticas desenvolvidas pelos governos estaduais e municipais.
Além das condições socioeconômicas e de trabalho, que são importantes para 
a emancipação feminina, há também as condições relativas à saúde, ao direito 
reprodutivo e à assistência a mulher como aspectos fundamentais no entendimento 
da condição de gênero, da mulher, e de suas transformações. Segundo Miriam 
Ventura (2006), na Conferência Internacional de População e Desenvolvimento, 
em 1994, no Cairo, foi incorporado o conceito de direito reprodutivo.
O direito reprodutivo tem como premissa o direito à dignidade, à integridade 
psicológica e física, assim como o direito à definição da liberdade da escolha 
de como o planejamento familiar ocorrerá pelo casal. Direito que necessita, 
portanto, de acessos à informação sobre o assunto, acesso ao conhecimento sobre 
assistência ginecológica, saúde sexual e saúde reprodutiva, assim como assistência 
à maternidade. 
A mortalidade materna é um dos grandes problemas que ainda assolam a 
humanidade. É mais um indicador originado das políticas que são universais e 
atualmente sua redução faz parte das “Metas do Milênio” da ONU.
As maiores dificuldades no uso de dados de mortalidade materna são as defini-
ções da causa da morte, principalmente nos países subdesenvolvidos. 
Ao analisar os casos de mortalidade materna, por macrorregiões do mundo, 
verifica-se uma diferença grande entre os países de regiões desenvolvidas, onde 
as condições de infraestrutura de saúde, bem como as políticas de assistência à 
mulher são melhores, ao contrário dos países da África Subsaariana, por exemplo, 
nos quais as condições gerais da saúde da população são piores entre vários 
indicadores, não apenas na saúde da mulher. Este é o caso também do Sudeste da 
Ásia, incluindo-se nos dados a Índia, Bangladesh, Vietnã etc. 
A pobreza de boa parte da população, a deficiência de infraestrutura básica e 
das políticas públicas de saúde fazem desta parte da África uma das regiões onde a 
falta da prática dos direitos humanos é mais acentuada. Contudo, cabe lembrar que 
há também variações nestes dados se compararmos diferentes países e ou regiões 
africanas (vide tabela 1):
Tabela 1 – Razão de Mortalidade Materna por Regiões no Mundo
Região 1995 2000 2005 2013
África Subsaariana 930 830 680 510
África do Norte e Oriente Médio 180 160 140 110
Sul da Ásia 460 370 280 190
Leste da Ásia 150 130 100 74
América Latina 120 110 93 85
Países Desenvolvidos 10 10 11 15
Fonte: UNICEF, UNFPA. The World Bank and the United Nations Population Division Estimates, 2014
11
UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade
Para analisar esta sociedade tão desigual é preciso opor o modo de vida 
capitalista e a maneira dominante de viver, não vendo tais situações como acaso, 
como acidentais, tanto em relação ao sexo, gênero ou condição de classe social. 
Como afirma a socióloga Mary Garcia Castro:
Ora se as ciências sociais que pretendemos, afasta-se de individualismos 
metodológicos, podemos afirmar que o outro no caso da corrente feminista 
emancipacionista, não é o homem, mas o patriarcado e o capitalismo, se 
o foco não são algumas mulheres na classe. Assim também o outro, em 
correntes emancipacionistas que estão na luta antirracista, não é o branco, 
mas a supremacia política-econômico-cultural da identidade branca, seus 
privilégios, ou seja, o conjunto não disjunto entre raça-e-classe. Correntes 
emancipacionistas anti-sexistas focalizam como o outro a ser combatido 
é o poder hegemônico da heteronormatividade, e não os indivíduos com 
práticas diferentes dos grupos LGBT. (CASTRO, 2014, p. 22)
Assim, na visão da autora tais situações não podem ser dissociadas da cultura e 
concepção do mundo global, capitalista, individualista a que todos estão cada vez 
mais expostos.
Contudo, isso não significa que devamos ser meros expectadores num mundo 
tão desigual, machista, intolerante e preconceituoso. É necessário refletir sobre 
nossa conduta em relação às outras pessoas. 
Violência contra a Mulher no Brasil
No Brasil os casos de violência contra a mulher ainda persistem, embora venham 
caindo. A fidedignidade das informações que são levantadas como estatística, no 
entanto, representa um problema, já que há muitos casos não registrados, seja por 
falta de acesso ao poder público ou por medo de represálias por parte das vítimas.
A Lei 11.340/06 (BRASIL, 2006), conhecida como lei Maria da Penha, no 
Brasil foi um marco na questão sobre violência contra a mulher. Segundo a lei:
Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação 
sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos 
fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as 
oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde 
física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício 
efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, 
à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, 
à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e 
comunitária. (BRASIL, 2006, s.p)
12
13
Com a promulgação de tal Lei, pela primeira vez no Brasil há uma legislação 
específica sobre a violência contra a mulher, garantindo que o agressor(a) seja 
julgado(a) por um juizado especial que cuida especificamente sobre crimes e 
violências familiar e doméstica contra a mulher, que podem ser tipificadas como 
violência física, patrimonial, moral, psicológica e sexual. O atendimento policial 
será feito preferencialmente nas delegacias da mulher. 
Nos últimos anos houve vários casos ocorridos no Brasil, de repercussão na 
mídia, sobretudo de ex-casais, cujos maridos ou namorados não aceitam o fim do 
relacionamento e começam a ameaçar as mulheres. Alguns destes casos culminam 
em homicídios, sem que a vítima tenha tido a chance de ser protegida, porque só 
a denúncia não as protege, já que muitas vezes suas moradias ou locais de trabalho 
são conhecidos.
No Brasil há “Delegacias, Seções, Postos de AtendimentoEspecializados da 
Mulher” (Deam), conhecidas como “Delegacias das Mulheres”. Trata-se de uma 
iniciativa importante na busca dos direitos da mulher, sobretudo as que sofrem 
violência. Há muitos relatos de mulheres que buscam delegacias de polícia comuns 
em casos de violência, principalmente estupro, e não são atendidas adequadamente. 
Figura 3 – DDM - Delegacia de Defesa da Mulher
Fonte: Wikimedia Commons
Além das delegacias temos também no Brasil outras instituições que atendem 
mulheres, algumas destas desenvolvem-se por parceria público-privada, são 
organizações não governamentais que se utilizam de verba pública. Destacam-se 
as seguintes instituições: Centros de Referência de Atendimento à Mulher, Casas 
de Abrigo, Serviços de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual, 
Pastorais da Mulher Marginalizada, entre outras entidades. 
São instituições fundamentais na garantia da defesa dos direitos da mulher, mas 
suas atuações ainda ocorrem pontualmente em algumas comunidades, o que não 
diminui sua relevância social. Faltam ainda políticas públicas mais efetivas que 
cumpram os planos e leis existentes. 
13
UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade
Os direitos das mulheres, inseridos na temática dos direitos humanos como 
um todo, representam uma temática que precisa ser disseminada de uma forma 
mais ampla para toda a população e território brasileiro, cabendo à educação um 
importante papel nesta questão. Não uma educação como existe hoje, que se 
preocupa mais em informar do que formar para a vida, mas um modelo em que 
esta questão seja discutida de forma transversal em sala de aula. 
Para além das leis, dos planos, dos equipamentos sociais destinados ao 
atendimento da mulher, necessitamos de uma educação para a emancipação 
feminina, para a convivência pacífica entre os sexos, para o respeito mútuo do 
seres humanos, homens e mulheres, independentemente de sua posição social, 
racial e de sua opção sexual.
Embora ainda haja muitos problemas em relação aos direitos da mulher e de 
sua condição social, seja no trabalho, na família ou na saúde sexual e reprodutiva, 
houve avanços dos anos 1990 aos dias atuais no Brasil. 
Há ainda muitas disparidades no Brasil, quer porque ainda faltem espaços 
que possam atender adequadamente à mulher, quer porque persistem políticas 
inadequadas e preconceitos em relação ao papel desempenhado pela mulher. 
Verificamos que já estão mais consolidados os direitos do ponto de vista jurídico 
e das políticas mais universais dos governos federal, estaduais e municipais no 
Brasil. Contudo, a existência real destas políticas, no cotidiano familiar, na vida 
das mulheres pelo território brasileiro ainda requer mais atenção dos Conselhos da 
Mulher e outras entidades de cidadania existentes nos estados e municípios. 
Por fim, falta também uma atenção maior na educação de homens e mulheres, 
uma educação que busque tratar dos direitos humanos e da importância do respeito 
entre sexos, respeito pelas diferenças, em busca de maior igualdade de acesso aos 
direitos e à cidadania. 
A Mulher e o Trabalho no Brasil
No Brasil a maioria da população é formada por mulheres, e o número de 
domicílios chefiados por mulheres vem aumentando, concomitantemente à 
ampliação do nível de escolaridade das mulheres, que é maior do que dos homens. 
Verifica-se, percentualmente, que este número aumentou em todas as regiões do 
Brasil de 1991, 2000 e 2010. Como demonstra dados do IBGE:
No Brasil, as mulheres são maioria da população, passaram a viver mais, 
têm tido menos filhos, ocupam cada vez mais espaço no mercado de 
trabalho e, atualmente, são responsáveis pelo sustento de 37,3% das 
famílias. Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, 
divulgada pelo IBGE em 2013, indicam que viviam no Brasil 103,5 
milhões de mulheres, o equivalente a 51,4% da população.
14
15
Cabe ressaltar tratar-se de chefia por domicílio, não de família propriamente 
dita, já que o Censo é feito por domicílio e não por unidade familiar. Os arranjos 
familiares nos domicílios são bastante diversos, sendo comum em áreas mais pobres 
que existam mais de uma geração no mesmo domicílio, com mães mais velhas que 
sustentam toda a família, filhos e netos.
Esta situação ocorre por causa da maior inserção da mulher no mercado de 
trabalho, bem como devido ao fato do aumento do número de mulheres que vivem 
sozinhas com seus filhos, ou seja, são famílias monoparentais femininas, situação 
comum em todas as classes sociais.
Figura 4 – Mulher no mercado de trabalho brasileiro
Fonte: Wikimedia Commons
No caso das mulheres mais pobres, com filhos, a vulnerabilidade social ocorre 
porque estas necessitam ter emprego e nem sempre há com quem deixar os seus 
filhos, faltam creches. Se de um lado há emancipação da mulher e sua maior 
inserção no mercado de trabalho, de outro lado, há uma dupla jornada da mulher 
que trabalha fora e ainda precisa cuidar de seus filhos, não havendo muitas vezes 
condições sociais e de infraestrutura para existência adequada desta dupla função. 
No Brasil há legislação sobre a necessidade de pais pagarem pensão alimentícia 
para o provimento dos filhos ao se separarem, mas nas áreas mais pobres estes 
direitos comumente são negligenciados.
 Conforme aponta estudo do IBGE:
As estatísticas mais recentes sobre as mulheres brasileiras mostram que, 
cada vez mais, elas estão presentes no mercado de trabalho e com níveis 
de escolaridade mais elevados do que os homens. Estas mudanças influen-
ciam o comportamento social das mulheres tanto no âmbito público como 
no privado. Independentemente de se tratar de casal sem filhos ou casal 
com filhos, houve um aumento considerável da proporção de mulheres 
responsáveis pelos núcleos familiares entre 2002 e 2012. No caso dos 
núcleos formados por casal sem filhos, a proporção de mulheres passou 
de 6,1% para 18,9%, nos casais com filhos de 4,6 % passou para 19,4%. 
Nas monoparentais, as mulheres sempre foram maioria, proporção que 
se mantém no período. (IBGE, 2013, p.73)
15
UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade
Segundo dados do Ministério do Trabalho a inserção das mulheres no mercado 
de trabalho tem aumentado, chegando a 42,7% no total da população em 2013. 
Os fatores para a menor inserção das mulheres em relação aos homens no 
mercado de trabalho são bastante variados, desde a opção de não quererem 
participar do mercado de trabalho, até mesmo a proibição por parte do cônjuge, 
além da necessidade de cuidarem de seus filhos, entre outros motivos. 
As mulheres que trabalham formal ou informalmente apresentam salários que 
são menores do que dos homens. Dados (IBGE, 2013) apontam que o rendimento 
das mulheres continua mais baixo do que o dos homens que exercem a mesma 
função. Afirma o relatório:
Na perspectiva de gênero, na última década se mantiveram as características 
da desigualdade de rendimento em relação à escolaridade, visto que a 
distância entre o rendimento-hora de homens e mulheres aumenta à 
medida que avança a escolaridade. No grupo dos mais escolarizados (12 
anos ou mais de estudo), as mulheres recebiam em média por hora, 66% 
do rendimento dos homens, o mesmo percentual observado em 2002 
(IBGE, 2013, p. 152).
Há uma diferença marcante quando comparamos a proporção de ocupação dos 
homens e das mulheres. As mulheres entram no mercado de trabalho mais tarde, 
têm salários menores e trabalhos mais precários segundo os dados de variadas 
fontes (IPEA, 2009; IBGE, 2008; 2012;2013).
É fundamental a emancipação da mulher, seja a que tem emprego formal ou 
não. Para isso é importante que toda a sociedade brasileira incorpore os avanços 
nas leis para refletir, reivindicar e lutar por melhores condições sociais para as 
mulheres no Brasil.
Os Grupos Etários no Brasil e sua Condição Social
A sociedade brasileiravem envelhecendo, característica comum em países 
desenvolvidos e em países subdesenvolvidos industrializados como o Brasil. 
Se comparamos a população no início do século XX, esta era formada 
primordialmente por crianças e jovens, visto que a taxa de natalidade era alta, a taxa 
de fecundidade também (número de filhos por mulher), bem como a expectativa de 
vida era baixa, devido às precárias condições de vida, principalmente em áreas rurais. 
Atualmente, em nossa sociedade eminentemente urbana, as pessoas vivem mais 
devido a diversos fatores, como acesso a serviços básicos de saúde, vacinação, 
alimentação. Tal fenômeno acarreta uma nova constituição familiar e social no Brasil. 
Os dados da estrutura etária brasileira, entre os anos de 2000 e 2010, mostram 
uma mudança no perfil etário brasileiro, já que a participação do grupo com até 24 
anos de idade passou de 48,2%, em 2001, para 40,2%, em 2011. Ocorreu ainda 
16
17
um aumento da participação do grupo com 45 anos ou mais de idade. Isto significa 
uma transição demográfica de uma população que, no passado, era formada por 
maioria de crianças e adolescentes, mas que atualmente está envelhecendo.
Este envelhecimento da população brasileira requer políticas públicas para os 
idosos, já que além do aumento da porcentagem de idosos no Brasil há também 
ampliação da esperança de vida no Brasil nas últimas décadas. 
Figura 5 – O envelhecimento da população brasileira
Fonte: iStock / Getty Images
No Brasil, em 2003, foi criado o Estatuto do Idoso com a Lei n˚ 10.741/2003, 
que em seu Art. 3º expõe:
É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público 
assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, 
à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao 
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência 
familiar e comunitária. (BRASIL, 2003, p. 1)
Vivemos numa sociedade na qual o apelo a ser jovem é muito grande, em que 
a aparência tem ganho cada vez mais notoriedade, o que torna árdua a tarefa de 
ser idoso. Reconhecer os idosos, em sua totalidade, observando-se as necessidades 
especiais de cuidado, atenção, na saúde, de lazer etc. seja da família ou por parte 
do governo, é fundamental, especialmente à medida em que a população desta 
faixa etária tende a aumentar.
Já em relação aos jovens no Brasil, algumas Regiões Metropolitanas apresentam 
alto número de homicídios entre jovens, principalmente envolvidos em crimes 
ou acidentes de trânsito, ou que estão vulneráveis e moram em lugares onde a 
criminalidade é alta. 
Entre 1998-2008 a taxa de homicídio cresceu de 232% para 258%, entre 
jovens de 15 a 24 anos. Isso reflete situação de calamidade pública, de países que 
se encontram em guerra, mas nossa sociedade trata como se fosse algo normal, 
corriqueiro, e assim vamos nos acostumando com a violência.
17
UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade
É fundamental estabelecer condições sociais que permitam a todos terem acesso 
a uma boa educação, prevenção à saúde, respeito mútuo - independente da classe 
social, raça, cultura, sexo e idade, garantindo a todos o acesso básico aos direitos 
fundamentais do ser humano.
Este processo passa, necessariamente, pela valorização do ensino e do 
conhecimento como forma de progresso para a sociedade. Os paradigmas atuais 
da sociedade fazem com que muitos jovens não vejam a educação como uma 
possibilidade de melhorar na vida, não somente do ponto de vista socioeconômico, 
mas como ideal de vida, como possibilidade de ampliação de seus conhecimentos.
Observe dados da tabela a seguir, que evidencia que muitos jovens, principalmente 
depois de 18 anos param de estudar, sendo maior os que desistem de estudar entre 
os jovens do sexo masculino.
Tabela 2 – Proporção de Jovens que estudam (2013)
15 a 17 anos 18 a 24 anos 25 a 29 anos Total
Feminino 84,9% 32,8% 12,6% 35,9%
Masculino 84,3% 29,0% 10,5%
Fonte: Microdados da PNAD/IBGE, 2013. 
Os mais pobres têm ainda muitos problemas de inserção social e na educação 
até o Ensino Superior. Muitos jovens ainda param de estudar, principalmente no 
Ensino Médio, eventualmente por necessidade de trabalhar para sustentar suas 
famílias. Apesar disso, vem melhorando os dados de escolaridade dos jovens 
brasileiros: de 1992 a 2013 a proporção de jovens que estudavam de 15 a 17 
anos passou de 59,7% para 84,4%, bem como de 2004 a 2013, na mesma faixa 
etária que frequentava o Ensino Médio aumentou de 44,2% para 55,2%.
Por outro lado, muitos jovens preocupados numa sociedade de consumo em “Ter” 
mais do que “Ser”, envolvem-se na “cultura da ostentação”, numa demonstração 
de autoafirmação por meio de usos de roupas de marcas famosas, da aparência - 
como dita a ordem capitalista global.
Mas há também jovens comprometidos com a coletividade, buscando mediante 
participação política, formal ou não, reivindicar melhorias sociais para o país. Caso 
dos movimentos estudantis secundaristas que no começo deste século vem lutando 
por mudanças na escola básica, por mobilidade urbana, entre outros. 
Deve-se ter o cuidado de não encarar a separação entre jovens pobres e 
ricos apenas pelo viés econômico, mas também pelos diferentes pontos de vista 
originários de seus ambientes familiares, suas redes de relações, que denotam a 
riqueza do universo dos jovens. 
Como explica a socióloga Mary Garcia Castro: 
Adverte-se, portanto sobre o cuidado com análises comparativas que abs-
traem história, mentalidades, modelação de subjetividades, tempos e es-
paços, ou seja, da relativa distância a ser mantida de expressões comuns 
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como “quando eu era jovem”, “no meu tempo”, “nós da heróica geração 
dos 60 com um projeto de transformação social e esta juventude alienada, 
individualista, narcísica”, etc.’. Mas que juventude, que juventudes, em que 
tempos, a que cenários estamos nos referindo? Que perspectivas apresen-
tam estes tempos, para estas juventudes? (CASTRO, 2014, p. 27)
Logo, há diversidade social, cultural no que chamamos de juventude. Assim, 
não podemos tipificar toda a juventude como alienada, como individualista. Há 
diferentes segmentos e grupos em condições bastantes distintas no Brasil. 
Figura 6 – Jovens em movimentos sociais
Fonte: iStock / Getty Images
Há jovens que formam grupos religiosos, de diferentes religiões; há outros que 
formam microgrupos nas grandes metrópoles brasileiras, baseados em afinidades 
comuns culturais, étnicas ou de ideologias; há aqueles que tem acesso a uma boa 
educação e outros que não. Existe muita desigualdade, sobretudo se compararmos 
as periferias urbanas com áreas de segregação de alto status social. 
É comum que a juventude busque sempre transgredir, questionar, pertencer a 
um grupo, contestando o modo de vida vigente das gerações anteriores, buscando 
autonomia e autoafirmação. 
Se por um lado é necessário estabelecer limites na vida social dos jovens, ao 
mesmo tempo é importante a renovação nas formas de encarar o mundo que a 
juventude proporciona. 
É essencial garantir a existência uma rede de apoio social e familiar, seja na 
educação formal, na proteção à saúde para o jovem e adolescente principalmente 
em relação à sexualidade e prevenção à saúde em geral, bem como equipamentos 
sociais, de cultura e lazer. 
Em relação ao mercado de trabalho, tanto no Brasil quanto em outros países, 
vem se disseminando a ideia de discutir o que é a “juventude” bem como políticas 
públicas que tratem deste grupo em relação à sua inserção no mercado de trabalho.
Neste caso, é necessário considerar a Convenção da Organização das Nações 
Unidas (ONU), em 1989, que proibiu a exploração econômica de crianças até 18 
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UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade
anos, bem como da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em1999, que 
aprovou a Convenção n. 182 sobre as piores formas de trabalho infantil, para as 
demais faixas etárias é importante considerar as legislações vigentes no Brasil. 
Os reflexos destas políticas internacionais se fizeram sentir no Brasil, com a 
criação do “Estatuto da Criança e do Adolescente” (ECA) pela Lei n˚ 8.069/1990. 
Cabe ressaltar que tal norma ocorre de diferentes modos, conforme os grupos sociais 
e raciais, bem como mediante uma análise espacial. Verificamos que há contradições 
entre leis e a análise empírica de sua concretização no território brasileiro. 
Em relação aos jovens que moram no campo, muitos pensam em migrar para 
a cidade em virtude da maior possibilidade de ter uma formação, emprego, por 
conta do menor acesso à infraestrutura no campo. Muitos gostariam de ter uma 
vida no campo, mas acabam migrando em alguns casos pela falta de condições de 
permanecer e ampliar seu horizonte social e econômico nas áreas rurais. 
Em relação aos jovens negros, estabelecem-se inúmeros problemas, que refletem 
as desigualdades de acesso aos negros no Brasil. Como explica a pesquisadora:
As desigualdades raciais marcam profundamente a sociedade brasileira, 
reproduzindo-se ao longo do tempo por meio de mecanismos presentes 
em vários campos da vida social. São os negros os mais pobres, os menos 
escolarizados e os que padecem com o racismo estrutural, o que redunda, 
sobretudo, na ocupação de espaços mais precários no mundo do trabalho. 
Este ciclo vicioso perpassa diversos espaços da vida social e sua continui-
dade permite, além de perpetuar a exclusão dos negros, a naturalização 
e a invisibilidade deste fenômeno. Este mecanismo, por conseguinte, cria 
obstáculos para o avanço da temática racial nas agendas pública e gover-
namental. É imprescindível interromper o ciclo perverso da exclusão social 
com base na raça, e, para isto, a juventude tem papel fundamental.
Os negros ganham menos que os brancos no Brasil, estudam menos e tem 
menor renda. Programas do governo federal instituídos no começo do século XXI, 
caso do Programa Universidade Para Todos (Prouni), e as Cotas Raciais instituídas 
em algumas universidades vêm desempenhando um papel para inserir alguns 
jovens pobres no Ensino Superior e permitir que alguns jovens negros alcancem a 
mesma condição.
 Embora tenha havido políticas públicas buscando inserir os jovens por meio da 
educação e do trabalho, há ainda muito a ser feito no Brasil, tanto em relação aos 
jovens, quanto aos idosos. 
Uma sociedade que não valoriza o professor, o idoso, a mulher, e na qual a 
educação é concebida como algo menos importante, não pode diminuir as 
desigualdades existentes. 
É importante repensar nossas práticas cotidianas, na escola, no trabalho 
buscando diminuir o preconceito, dando oportunidades a todos de terem acesso 
a uma boa educação e à melhores condições de trabalho. É essencial também 
políticas públicas visando minimizar os efeitos da exclusão social no Brasil. 
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Notícias do Censo 2010
https://goo.gl/GrbjW
https://goo.gl/3zUiT
 Vídeos
Seminário sobre população produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
https://youtu.be/8GkpvLvIfhs
Eu, idoso (Documentário)
https://youtu.be/y-YZxSWv9U0
 Leitura
Anuários estatísticos 1991 e 2000
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Anuários estatísticos 
1991 e 2000. Rio de Janeiro, 2000.
https://goo.gl/2v6ctr
Dimensões da Experiência Juvenil Brasileira e Novos Desafios às Políticas Públicas
SILVA, Enid Rocha Andrade da Silva; BOTELHO, Rosana Ulhôa (orgs.). Dimensões da 
experiência juvenil brasileira e novos desafios às políticas públicas. Brasília: IPEA, 2016
https://goo.gl/I9QEOM
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UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade
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