Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sociologia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Vivian Fiori Revisão Textual: Profa. Ms. Natalia Conti Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade • A Mulher e a Sociedade; • Violência contra a Mulher no Brasil; • A Mulher e o Trabalho no Brasil; • Os Grupos Etários no Brasil e sua Condição Social. · Tratar da questão da mulher e sua participação em algumas socieda- des e políticas no mundo. · Dar ênfase ao papel da mulher, de jovens e idosos na sociedade brasileira. OBJETIVO DE APRENDIZADO Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo. No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade Introdução Nesta unidade vamos tratar da situação das populações de mulheres, jovens e idosos no mundo, dando ênfase às condições existentes na sociedade brasileira. A Mulher e a Sociedade Ao longo da história humana as mulheres tiveram diferentes papeis sociais e na divisão do trabalho, variando essa condição conforme o lugar, o povo e a classe social na qual estavam inseridas. Segundo alguns historiadores (MUMFORD, 1998) entre os povos primitivos era comum um trabalho em comunidade. Em geral cabia às mulheres a coleta de vegetais e aos homens a caça e pesca, bem como, com decorrer das transformações empreendidas, coube principalmente às mulheres, num primeiro momento, as atividades de agricultura. Contudo, muitas civilizações ao longo da história submeteram as mulheres a um papel secundário na sociedade, tendo algumas sofrido todo tipo de violência psicológica, mental ou física. Para muitas sociedades além de mãe, cuidadora da família, do lar, a mulher ainda tem de submeter-se à vontade e decisão dos homens. Em relação ao voto, por exemplo: somente no século XX alguns países passaram a dar o direito ao voto às mulheres. Mesmo em países centrais como França e Inglaterra, a mulher não podia votar até o começo do século XX. No final do século XIX e começo do século XX, houve movimentos feministas que lutaram pelo direito ao voto das mulheres, e ficaram conhecidas como sufragistas. A Nova Zelândia foi um dos primeiros países a reconhecer o direito das mulheres ao voto, em 1893. Na Inglaterra um grupo de mulheres fundou um movimento social chamado de “União Política e Social das Mulheres”, que usou estratégias de militância política, propaganda e desobediência civil, que acabaram servindo de referência para outras mulheres no mundo. Esta situação foi retratada no filme “As sufragistas”, que conta a história das mulheres que lutaram pelo voto na Inglaterra, evidenciando o papel social delas na época do começo do século XX. 8 9 Figura 1 – Passeata pelo voto feminino em Nova York, 1912 Fonte: Wikimedia Commons A Conquista do Direito ao Voto Feminino - https://goo.gl/uSW6xq Ex pl or No Brasil este direito foi definido por lei em 1932; na África do Sul somente em 1994, com final do Apartheid; e na Arábia Saudita somente em 2011. Mesmo com o advento da escolarização universal, em muitos países a mulher não era incentivada a estudar, mas sim a constituir família e cuidar do lar, sendo que mesmo em alguns lugares e sociedades atuais isto ainda acontece. Há grupos em que ainda é comum que se escolha o casamento da mulher, bem como muitas tornam-se esposas ainda muito novas. Tal situação está relacionada às condições de pobreza e ignorância, ou a costumes ancestrais e religiosos de alguns povos, que coagem mulheres ainda crianças (menores de quinze anos) a casamentos forçados, muitas ficando à mercê de violência, escravidão e abusos sexuais. Há ainda casos de pais que “vendem” suas filhas para pagar dívidas, ou para auferirem alguma renda. Tais práticas de violência com a criança do sexo feminino ocorrem mais comumente em países do Sul do continente asiático, do sul da África Subsaariana (ao Sul do deserto do Saara), sendo grande em países como Bangladesh, Índia, Níger, Afeganistão, Paquistão, entre outros, principalmente entre os mais pobres. O hábito de casamentos no período da puberdade, ocorre também por fatores culturais, de maneira a preservar a virgindade até o casamento, o que para algumas sociedades é considerado fundamental. A maioria dos países do mundo é signatária de tratados internacionais que proí- bem casamentos deste tipo. Estas normas, contudo, nem sempre são cumpridas, ou porque há brechas em algumas legislações permitindo que os pais decidam sobre o assunto, ou porque prevalecem fatores culturais que impedem sua plena aplicação. 9 UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade Assim sendo, em pleno século XXI existem ainda práticas de violência de variados tipos em relação às mulheres, atingindo duplamente as mais pobres. As interações humanas estabelecem-se por meio de relações de poder e de violência, de diversos tipos e ordens: entre sexos, entre gêneros, no mundo do trabalho, por questões raciais e étnicas, por preconceito religioso, por perseguição política, entre outras. Para tentar equilibrar tais discrepâncias e estabelecer um padrão mínimo de civilização, foi estabelecida, em 1948, no âmbito das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Como diz Hannah Arendt (2005, p. 213): “O único fator material indispensável para a geração de poder é a convivência entre os homens. Estes só retêm poder quando vivem tão próximos um aos outros que as potencialidades da ação estão presentes [...]”. Desse modo, não há poder de só um indivíduo, o poder se manifesta no grupo e também pelas instituições e organizações existentes no mundo. A “Declaração Universal dos Direitos Humanos”, estabelecida em comum acordo entre as nações, é um marco importante no entendimento da busca da cidadania, da igualdade e da fraternidade no mundo, embora concretamente ainda há muito a ser feito em diversos países. No Brasil, mediante as políticas de Direitos Humanos mais recentes do governofederal, houve a criação em 1997 da “Secretaria Especial dos Direitos Humanos” (SEDH), bem como da “Secretaria de Políticas das Mulheres” (SPM), em 2003, pela qual formularem-se políticas específicas para as mulheres no âmbito do governo federal. Figura 2 – Livro sobre a IV Conferência Mundial sobre a Mulher Fonte: Foto Divulgação No entanto, ao tratar da questão de gênero é fundamental conceitua-la. As bibliografias, artigos e documentos (BRASIL, 2006; UNIFEM, 2006) sobre a questão dizem que falar de gênero não é a mesma coisa que tratar de sexo, pois o gênero representa o papel social desempenhado ou defi- nido pelos sexos e dele decorrem alguns precon- ceitos sobre qual seria este papel, sobretudo das mulheres. Gênero é, portanto, um conceito rela- cional de poder, que exprime a relação do mascu- lino e do feminino. A questão de gênero como política pública vem, por conseguinte, dessa mundialização e globaliza- ção da sociedade humana, adquirindo visibilidade nas Conferências Mundiais de Mulheres no México (1975), em Nairóbi (1985) e em Pequim (1995). No Brasil, as políticas em prol da igualdade de direitos de gênero são definidas principalmente na nova Constituição brasileira de 1988, e também pós anos 1990, período no qual há várias normatizações sobre a questão dos direitos da mulher e políticas de assistência e de saúde específicas. Com a criação da “Secretaria das 10 11 Políticas das Mulheres”, em nível federal, em 2003, realizou-se a “I Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres” no Brasil, em 2004, evento que subsidiou a elaboração do “Plano Nacional de Políticas para as Mulheres”, assim como as demais políticas desenvolvidas pelos governos estaduais e municipais. Além das condições socioeconômicas e de trabalho, que são importantes para a emancipação feminina, há também as condições relativas à saúde, ao direito reprodutivo e à assistência a mulher como aspectos fundamentais no entendimento da condição de gênero, da mulher, e de suas transformações. Segundo Miriam Ventura (2006), na Conferência Internacional de População e Desenvolvimento, em 1994, no Cairo, foi incorporado o conceito de direito reprodutivo. O direito reprodutivo tem como premissa o direito à dignidade, à integridade psicológica e física, assim como o direito à definição da liberdade da escolha de como o planejamento familiar ocorrerá pelo casal. Direito que necessita, portanto, de acessos à informação sobre o assunto, acesso ao conhecimento sobre assistência ginecológica, saúde sexual e saúde reprodutiva, assim como assistência à maternidade. A mortalidade materna é um dos grandes problemas que ainda assolam a humanidade. É mais um indicador originado das políticas que são universais e atualmente sua redução faz parte das “Metas do Milênio” da ONU. As maiores dificuldades no uso de dados de mortalidade materna são as defini- ções da causa da morte, principalmente nos países subdesenvolvidos. Ao analisar os casos de mortalidade materna, por macrorregiões do mundo, verifica-se uma diferença grande entre os países de regiões desenvolvidas, onde as condições de infraestrutura de saúde, bem como as políticas de assistência à mulher são melhores, ao contrário dos países da África Subsaariana, por exemplo, nos quais as condições gerais da saúde da população são piores entre vários indicadores, não apenas na saúde da mulher. Este é o caso também do Sudeste da Ásia, incluindo-se nos dados a Índia, Bangladesh, Vietnã etc. A pobreza de boa parte da população, a deficiência de infraestrutura básica e das políticas públicas de saúde fazem desta parte da África uma das regiões onde a falta da prática dos direitos humanos é mais acentuada. Contudo, cabe lembrar que há também variações nestes dados se compararmos diferentes países e ou regiões africanas (vide tabela 1): Tabela 1 – Razão de Mortalidade Materna por Regiões no Mundo Região 1995 2000 2005 2013 África Subsaariana 930 830 680 510 África do Norte e Oriente Médio 180 160 140 110 Sul da Ásia 460 370 280 190 Leste da Ásia 150 130 100 74 América Latina 120 110 93 85 Países Desenvolvidos 10 10 11 15 Fonte: UNICEF, UNFPA. The World Bank and the United Nations Population Division Estimates, 2014 11 UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade Para analisar esta sociedade tão desigual é preciso opor o modo de vida capitalista e a maneira dominante de viver, não vendo tais situações como acaso, como acidentais, tanto em relação ao sexo, gênero ou condição de classe social. Como afirma a socióloga Mary Garcia Castro: Ora se as ciências sociais que pretendemos, afasta-se de individualismos metodológicos, podemos afirmar que o outro no caso da corrente feminista emancipacionista, não é o homem, mas o patriarcado e o capitalismo, se o foco não são algumas mulheres na classe. Assim também o outro, em correntes emancipacionistas que estão na luta antirracista, não é o branco, mas a supremacia política-econômico-cultural da identidade branca, seus privilégios, ou seja, o conjunto não disjunto entre raça-e-classe. Correntes emancipacionistas anti-sexistas focalizam como o outro a ser combatido é o poder hegemônico da heteronormatividade, e não os indivíduos com práticas diferentes dos grupos LGBT. (CASTRO, 2014, p. 22) Assim, na visão da autora tais situações não podem ser dissociadas da cultura e concepção do mundo global, capitalista, individualista a que todos estão cada vez mais expostos. Contudo, isso não significa que devamos ser meros expectadores num mundo tão desigual, machista, intolerante e preconceituoso. É necessário refletir sobre nossa conduta em relação às outras pessoas. Violência contra a Mulher no Brasil No Brasil os casos de violência contra a mulher ainda persistem, embora venham caindo. A fidedignidade das informações que são levantadas como estatística, no entanto, representa um problema, já que há muitos casos não registrados, seja por falta de acesso ao poder público ou por medo de represálias por parte das vítimas. A Lei 11.340/06 (BRASIL, 2006), conhecida como lei Maria da Penha, no Brasil foi um marco na questão sobre violência contra a mulher. Segundo a lei: Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. (BRASIL, 2006, s.p) 12 13 Com a promulgação de tal Lei, pela primeira vez no Brasil há uma legislação específica sobre a violência contra a mulher, garantindo que o agressor(a) seja julgado(a) por um juizado especial que cuida especificamente sobre crimes e violências familiar e doméstica contra a mulher, que podem ser tipificadas como violência física, patrimonial, moral, psicológica e sexual. O atendimento policial será feito preferencialmente nas delegacias da mulher. Nos últimos anos houve vários casos ocorridos no Brasil, de repercussão na mídia, sobretudo de ex-casais, cujos maridos ou namorados não aceitam o fim do relacionamento e começam a ameaçar as mulheres. Alguns destes casos culminam em homicídios, sem que a vítima tenha tido a chance de ser protegida, porque só a denúncia não as protege, já que muitas vezes suas moradias ou locais de trabalho são conhecidos. No Brasil há “Delegacias, Seções, Postos de AtendimentoEspecializados da Mulher” (Deam), conhecidas como “Delegacias das Mulheres”. Trata-se de uma iniciativa importante na busca dos direitos da mulher, sobretudo as que sofrem violência. Há muitos relatos de mulheres que buscam delegacias de polícia comuns em casos de violência, principalmente estupro, e não são atendidas adequadamente. Figura 3 – DDM - Delegacia de Defesa da Mulher Fonte: Wikimedia Commons Além das delegacias temos também no Brasil outras instituições que atendem mulheres, algumas destas desenvolvem-se por parceria público-privada, são organizações não governamentais que se utilizam de verba pública. Destacam-se as seguintes instituições: Centros de Referência de Atendimento à Mulher, Casas de Abrigo, Serviços de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual, Pastorais da Mulher Marginalizada, entre outras entidades. São instituições fundamentais na garantia da defesa dos direitos da mulher, mas suas atuações ainda ocorrem pontualmente em algumas comunidades, o que não diminui sua relevância social. Faltam ainda políticas públicas mais efetivas que cumpram os planos e leis existentes. 13 UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade Os direitos das mulheres, inseridos na temática dos direitos humanos como um todo, representam uma temática que precisa ser disseminada de uma forma mais ampla para toda a população e território brasileiro, cabendo à educação um importante papel nesta questão. Não uma educação como existe hoje, que se preocupa mais em informar do que formar para a vida, mas um modelo em que esta questão seja discutida de forma transversal em sala de aula. Para além das leis, dos planos, dos equipamentos sociais destinados ao atendimento da mulher, necessitamos de uma educação para a emancipação feminina, para a convivência pacífica entre os sexos, para o respeito mútuo do seres humanos, homens e mulheres, independentemente de sua posição social, racial e de sua opção sexual. Embora ainda haja muitos problemas em relação aos direitos da mulher e de sua condição social, seja no trabalho, na família ou na saúde sexual e reprodutiva, houve avanços dos anos 1990 aos dias atuais no Brasil. Há ainda muitas disparidades no Brasil, quer porque ainda faltem espaços que possam atender adequadamente à mulher, quer porque persistem políticas inadequadas e preconceitos em relação ao papel desempenhado pela mulher. Verificamos que já estão mais consolidados os direitos do ponto de vista jurídico e das políticas mais universais dos governos federal, estaduais e municipais no Brasil. Contudo, a existência real destas políticas, no cotidiano familiar, na vida das mulheres pelo território brasileiro ainda requer mais atenção dos Conselhos da Mulher e outras entidades de cidadania existentes nos estados e municípios. Por fim, falta também uma atenção maior na educação de homens e mulheres, uma educação que busque tratar dos direitos humanos e da importância do respeito entre sexos, respeito pelas diferenças, em busca de maior igualdade de acesso aos direitos e à cidadania. A Mulher e o Trabalho no Brasil No Brasil a maioria da população é formada por mulheres, e o número de domicílios chefiados por mulheres vem aumentando, concomitantemente à ampliação do nível de escolaridade das mulheres, que é maior do que dos homens. Verifica-se, percentualmente, que este número aumentou em todas as regiões do Brasil de 1991, 2000 e 2010. Como demonstra dados do IBGE: No Brasil, as mulheres são maioria da população, passaram a viver mais, têm tido menos filhos, ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho e, atualmente, são responsáveis pelo sustento de 37,3% das famílias. Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, divulgada pelo IBGE em 2013, indicam que viviam no Brasil 103,5 milhões de mulheres, o equivalente a 51,4% da população. 14 15 Cabe ressaltar tratar-se de chefia por domicílio, não de família propriamente dita, já que o Censo é feito por domicílio e não por unidade familiar. Os arranjos familiares nos domicílios são bastante diversos, sendo comum em áreas mais pobres que existam mais de uma geração no mesmo domicílio, com mães mais velhas que sustentam toda a família, filhos e netos. Esta situação ocorre por causa da maior inserção da mulher no mercado de trabalho, bem como devido ao fato do aumento do número de mulheres que vivem sozinhas com seus filhos, ou seja, são famílias monoparentais femininas, situação comum em todas as classes sociais. Figura 4 – Mulher no mercado de trabalho brasileiro Fonte: Wikimedia Commons No caso das mulheres mais pobres, com filhos, a vulnerabilidade social ocorre porque estas necessitam ter emprego e nem sempre há com quem deixar os seus filhos, faltam creches. Se de um lado há emancipação da mulher e sua maior inserção no mercado de trabalho, de outro lado, há uma dupla jornada da mulher que trabalha fora e ainda precisa cuidar de seus filhos, não havendo muitas vezes condições sociais e de infraestrutura para existência adequada desta dupla função. No Brasil há legislação sobre a necessidade de pais pagarem pensão alimentícia para o provimento dos filhos ao se separarem, mas nas áreas mais pobres estes direitos comumente são negligenciados. Conforme aponta estudo do IBGE: As estatísticas mais recentes sobre as mulheres brasileiras mostram que, cada vez mais, elas estão presentes no mercado de trabalho e com níveis de escolaridade mais elevados do que os homens. Estas mudanças influen- ciam o comportamento social das mulheres tanto no âmbito público como no privado. Independentemente de se tratar de casal sem filhos ou casal com filhos, houve um aumento considerável da proporção de mulheres responsáveis pelos núcleos familiares entre 2002 e 2012. No caso dos núcleos formados por casal sem filhos, a proporção de mulheres passou de 6,1% para 18,9%, nos casais com filhos de 4,6 % passou para 19,4%. Nas monoparentais, as mulheres sempre foram maioria, proporção que se mantém no período. (IBGE, 2013, p.73) 15 UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade Segundo dados do Ministério do Trabalho a inserção das mulheres no mercado de trabalho tem aumentado, chegando a 42,7% no total da população em 2013. Os fatores para a menor inserção das mulheres em relação aos homens no mercado de trabalho são bastante variados, desde a opção de não quererem participar do mercado de trabalho, até mesmo a proibição por parte do cônjuge, além da necessidade de cuidarem de seus filhos, entre outros motivos. As mulheres que trabalham formal ou informalmente apresentam salários que são menores do que dos homens. Dados (IBGE, 2013) apontam que o rendimento das mulheres continua mais baixo do que o dos homens que exercem a mesma função. Afirma o relatório: Na perspectiva de gênero, na última década se mantiveram as características da desigualdade de rendimento em relação à escolaridade, visto que a distância entre o rendimento-hora de homens e mulheres aumenta à medida que avança a escolaridade. No grupo dos mais escolarizados (12 anos ou mais de estudo), as mulheres recebiam em média por hora, 66% do rendimento dos homens, o mesmo percentual observado em 2002 (IBGE, 2013, p. 152). Há uma diferença marcante quando comparamos a proporção de ocupação dos homens e das mulheres. As mulheres entram no mercado de trabalho mais tarde, têm salários menores e trabalhos mais precários segundo os dados de variadas fontes (IPEA, 2009; IBGE, 2008; 2012;2013). É fundamental a emancipação da mulher, seja a que tem emprego formal ou não. Para isso é importante que toda a sociedade brasileira incorpore os avanços nas leis para refletir, reivindicar e lutar por melhores condições sociais para as mulheres no Brasil. Os Grupos Etários no Brasil e sua Condição Social A sociedade brasileiravem envelhecendo, característica comum em países desenvolvidos e em países subdesenvolvidos industrializados como o Brasil. Se comparamos a população no início do século XX, esta era formada primordialmente por crianças e jovens, visto que a taxa de natalidade era alta, a taxa de fecundidade também (número de filhos por mulher), bem como a expectativa de vida era baixa, devido às precárias condições de vida, principalmente em áreas rurais. Atualmente, em nossa sociedade eminentemente urbana, as pessoas vivem mais devido a diversos fatores, como acesso a serviços básicos de saúde, vacinação, alimentação. Tal fenômeno acarreta uma nova constituição familiar e social no Brasil. Os dados da estrutura etária brasileira, entre os anos de 2000 e 2010, mostram uma mudança no perfil etário brasileiro, já que a participação do grupo com até 24 anos de idade passou de 48,2%, em 2001, para 40,2%, em 2011. Ocorreu ainda 16 17 um aumento da participação do grupo com 45 anos ou mais de idade. Isto significa uma transição demográfica de uma população que, no passado, era formada por maioria de crianças e adolescentes, mas que atualmente está envelhecendo. Este envelhecimento da população brasileira requer políticas públicas para os idosos, já que além do aumento da porcentagem de idosos no Brasil há também ampliação da esperança de vida no Brasil nas últimas décadas. Figura 5 – O envelhecimento da população brasileira Fonte: iStock / Getty Images No Brasil, em 2003, foi criado o Estatuto do Idoso com a Lei n˚ 10.741/2003, que em seu Art. 3º expõe: É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. (BRASIL, 2003, p. 1) Vivemos numa sociedade na qual o apelo a ser jovem é muito grande, em que a aparência tem ganho cada vez mais notoriedade, o que torna árdua a tarefa de ser idoso. Reconhecer os idosos, em sua totalidade, observando-se as necessidades especiais de cuidado, atenção, na saúde, de lazer etc. seja da família ou por parte do governo, é fundamental, especialmente à medida em que a população desta faixa etária tende a aumentar. Já em relação aos jovens no Brasil, algumas Regiões Metropolitanas apresentam alto número de homicídios entre jovens, principalmente envolvidos em crimes ou acidentes de trânsito, ou que estão vulneráveis e moram em lugares onde a criminalidade é alta. Entre 1998-2008 a taxa de homicídio cresceu de 232% para 258%, entre jovens de 15 a 24 anos. Isso reflete situação de calamidade pública, de países que se encontram em guerra, mas nossa sociedade trata como se fosse algo normal, corriqueiro, e assim vamos nos acostumando com a violência. 17 UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade É fundamental estabelecer condições sociais que permitam a todos terem acesso a uma boa educação, prevenção à saúde, respeito mútuo - independente da classe social, raça, cultura, sexo e idade, garantindo a todos o acesso básico aos direitos fundamentais do ser humano. Este processo passa, necessariamente, pela valorização do ensino e do conhecimento como forma de progresso para a sociedade. Os paradigmas atuais da sociedade fazem com que muitos jovens não vejam a educação como uma possibilidade de melhorar na vida, não somente do ponto de vista socioeconômico, mas como ideal de vida, como possibilidade de ampliação de seus conhecimentos. Observe dados da tabela a seguir, que evidencia que muitos jovens, principalmente depois de 18 anos param de estudar, sendo maior os que desistem de estudar entre os jovens do sexo masculino. Tabela 2 – Proporção de Jovens que estudam (2013) 15 a 17 anos 18 a 24 anos 25 a 29 anos Total Feminino 84,9% 32,8% 12,6% 35,9% Masculino 84,3% 29,0% 10,5% Fonte: Microdados da PNAD/IBGE, 2013. Os mais pobres têm ainda muitos problemas de inserção social e na educação até o Ensino Superior. Muitos jovens ainda param de estudar, principalmente no Ensino Médio, eventualmente por necessidade de trabalhar para sustentar suas famílias. Apesar disso, vem melhorando os dados de escolaridade dos jovens brasileiros: de 1992 a 2013 a proporção de jovens que estudavam de 15 a 17 anos passou de 59,7% para 84,4%, bem como de 2004 a 2013, na mesma faixa etária que frequentava o Ensino Médio aumentou de 44,2% para 55,2%. Por outro lado, muitos jovens preocupados numa sociedade de consumo em “Ter” mais do que “Ser”, envolvem-se na “cultura da ostentação”, numa demonstração de autoafirmação por meio de usos de roupas de marcas famosas, da aparência - como dita a ordem capitalista global. Mas há também jovens comprometidos com a coletividade, buscando mediante participação política, formal ou não, reivindicar melhorias sociais para o país. Caso dos movimentos estudantis secundaristas que no começo deste século vem lutando por mudanças na escola básica, por mobilidade urbana, entre outros. Deve-se ter o cuidado de não encarar a separação entre jovens pobres e ricos apenas pelo viés econômico, mas também pelos diferentes pontos de vista originários de seus ambientes familiares, suas redes de relações, que denotam a riqueza do universo dos jovens. Como explica a socióloga Mary Garcia Castro: Adverte-se, portanto sobre o cuidado com análises comparativas que abs- traem história, mentalidades, modelação de subjetividades, tempos e es- paços, ou seja, da relativa distância a ser mantida de expressões comuns 18 19 como “quando eu era jovem”, “no meu tempo”, “nós da heróica geração dos 60 com um projeto de transformação social e esta juventude alienada, individualista, narcísica”, etc.’. Mas que juventude, que juventudes, em que tempos, a que cenários estamos nos referindo? Que perspectivas apresen- tam estes tempos, para estas juventudes? (CASTRO, 2014, p. 27) Logo, há diversidade social, cultural no que chamamos de juventude. Assim, não podemos tipificar toda a juventude como alienada, como individualista. Há diferentes segmentos e grupos em condições bastantes distintas no Brasil. Figura 6 – Jovens em movimentos sociais Fonte: iStock / Getty Images Há jovens que formam grupos religiosos, de diferentes religiões; há outros que formam microgrupos nas grandes metrópoles brasileiras, baseados em afinidades comuns culturais, étnicas ou de ideologias; há aqueles que tem acesso a uma boa educação e outros que não. Existe muita desigualdade, sobretudo se compararmos as periferias urbanas com áreas de segregação de alto status social. É comum que a juventude busque sempre transgredir, questionar, pertencer a um grupo, contestando o modo de vida vigente das gerações anteriores, buscando autonomia e autoafirmação. Se por um lado é necessário estabelecer limites na vida social dos jovens, ao mesmo tempo é importante a renovação nas formas de encarar o mundo que a juventude proporciona. É essencial garantir a existência uma rede de apoio social e familiar, seja na educação formal, na proteção à saúde para o jovem e adolescente principalmente em relação à sexualidade e prevenção à saúde em geral, bem como equipamentos sociais, de cultura e lazer. Em relação ao mercado de trabalho, tanto no Brasil quanto em outros países, vem se disseminando a ideia de discutir o que é a “juventude” bem como políticas públicas que tratem deste grupo em relação à sua inserção no mercado de trabalho. Neste caso, é necessário considerar a Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1989, que proibiu a exploração econômica de crianças até 18 19 UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade anos, bem como da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em1999, que aprovou a Convenção n. 182 sobre as piores formas de trabalho infantil, para as demais faixas etárias é importante considerar as legislações vigentes no Brasil. Os reflexos destas políticas internacionais se fizeram sentir no Brasil, com a criação do “Estatuto da Criança e do Adolescente” (ECA) pela Lei n˚ 8.069/1990. Cabe ressaltar que tal norma ocorre de diferentes modos, conforme os grupos sociais e raciais, bem como mediante uma análise espacial. Verificamos que há contradições entre leis e a análise empírica de sua concretização no território brasileiro. Em relação aos jovens que moram no campo, muitos pensam em migrar para a cidade em virtude da maior possibilidade de ter uma formação, emprego, por conta do menor acesso à infraestrutura no campo. Muitos gostariam de ter uma vida no campo, mas acabam migrando em alguns casos pela falta de condições de permanecer e ampliar seu horizonte social e econômico nas áreas rurais. Em relação aos jovens negros, estabelecem-se inúmeros problemas, que refletem as desigualdades de acesso aos negros no Brasil. Como explica a pesquisadora: As desigualdades raciais marcam profundamente a sociedade brasileira, reproduzindo-se ao longo do tempo por meio de mecanismos presentes em vários campos da vida social. São os negros os mais pobres, os menos escolarizados e os que padecem com o racismo estrutural, o que redunda, sobretudo, na ocupação de espaços mais precários no mundo do trabalho. Este ciclo vicioso perpassa diversos espaços da vida social e sua continui- dade permite, além de perpetuar a exclusão dos negros, a naturalização e a invisibilidade deste fenômeno. Este mecanismo, por conseguinte, cria obstáculos para o avanço da temática racial nas agendas pública e gover- namental. É imprescindível interromper o ciclo perverso da exclusão social com base na raça, e, para isto, a juventude tem papel fundamental. Os negros ganham menos que os brancos no Brasil, estudam menos e tem menor renda. Programas do governo federal instituídos no começo do século XXI, caso do Programa Universidade Para Todos (Prouni), e as Cotas Raciais instituídas em algumas universidades vêm desempenhando um papel para inserir alguns jovens pobres no Ensino Superior e permitir que alguns jovens negros alcancem a mesma condição. Embora tenha havido políticas públicas buscando inserir os jovens por meio da educação e do trabalho, há ainda muito a ser feito no Brasil, tanto em relação aos jovens, quanto aos idosos. Uma sociedade que não valoriza o professor, o idoso, a mulher, e na qual a educação é concebida como algo menos importante, não pode diminuir as desigualdades existentes. É importante repensar nossas práticas cotidianas, na escola, no trabalho buscando diminuir o preconceito, dando oportunidades a todos de terem acesso a uma boa educação e à melhores condições de trabalho. É essencial também políticas públicas visando minimizar os efeitos da exclusão social no Brasil. 20 21 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Notícias do Censo 2010 https://goo.gl/GrbjW https://goo.gl/3zUiT Vídeos Seminário sobre população produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) https://youtu.be/8GkpvLvIfhs Eu, idoso (Documentário) https://youtu.be/y-YZxSWv9U0 Leitura Anuários estatísticos 1991 e 2000 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Anuários estatísticos 1991 e 2000. Rio de Janeiro, 2000. https://goo.gl/2v6ctr Dimensões da Experiência Juvenil Brasileira e Novos Desafios às Políticas Públicas SILVA, Enid Rocha Andrade da Silva; BOTELHO, Rosana Ulhôa (orgs.). Dimensões da experiência juvenil brasileira e novos desafios às políticas públicas. Brasília: IPEA, 2016 https://goo.gl/I9QEOM 21 UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade Referências ANDRADE, Francisca Rejane B.; AMARAL, Marcelo Parreira do. Educação e trabalho no século XXI: as condições sociais dos jovens no processo de transição escola-emprego na Alemanha e no Brasil. Revista O público e o privado (online) - Nº 20 - Julho/ Dezembro, 2012, p. 29-54. ARENDT, Hannah. A condição humana. Tradução de Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005. p. 188-338. BRASIL. Portaria nº 1.119 de 5 de junho de 2008. Regulamento de óbitos mater- nos. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2008 /GM/ GM-1119.htm. Acesso em 28/06/2010. BRASIL. SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS. Estatuto da Criança e do Adolescente. (Lei n˚ 8.069/1990). Brasília, Conanda, 2004. Disponível em: http:// www1.direitoshumanos.gov.br/spdca/publicacoes/.arquivos/.spdca/eca.pdf. CAMARANO, Ana Amélia. Mecanismos de proteção social para a população idosa. In: RIOS-NETO, Eduardo L.G (org.). População nas políticas públicas: gênero, geração e raça. Brasília, Comissão Nacional de População e Desenvolvimento, 2006, p. 67-72. CASTRO, Mary Garcia. Emancipação, cidadania e juventudes: estes tempos. Rio de Janeiro: Série Cadernos, n. 11, Flacso, Maio, 2014. COMISSÃO DE CIDADANIA E REPRODUÇÃO. Mortalidade materna e direitos humanos no Brasil. Relatório do Seminário. São Paulo: Centro Brasileiro de Análise e Planejamento - CEBRAP, maio de 2009. FUNDO DE DESENVOLVIMENTO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A MULHER (UNI- FEM); FUNDAÇÃO FORD; CIDADANIA, ESTUDO, PESQUISA, INFORMAÇÃO E AÇÃO (CEPIA). O progresso das mulheres no Brasil. Brasília, 2006. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Anuários es- tatísticos 1991 e 2.000. Rio de Janeiro, 2000. Dados disponíveis em: http://www. ibge.com.br/servidor_arquivos_est/. Acesso em 20/06/2010. _______________. Censo Demográfico 2010: educação e deslocamento. Rio de Janei- ro, 2010. Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/545/ cd_2010_educacao _e_deslocamento.pdf. Acesso em 12/05/2014. _______________. Mulher no mercado de trabalho: perguntas e respostas. Pesquisa Mensal de Emprego - PME. Rio de Janeiro, IBGE, 08/03/2012. Disponível em: http:// www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/Mul- her_Mercado_Trabalho_Perg_Resp_2012.pdf. Acesso em 11/05/2014. 22 23 _______________. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Estudos e Pesquisas – Informação Demográfica e Socioeconômica, 26, Rio de Janeiro, 2009, p. 200-230. _______________. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Estudos e Pesquisas – Informação Demográfica e Socioeconômica, n. 32, Rio de Janeiro, 2013. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). PNDA 2008. Pri- meiras análises: Educação. Gênero. Migração. Brasília, 2009. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/comunicado_presidencia/09_10_01_Co- municaPresi_31_PNAD2008_trabalho.pdf. Acesso em 10/06/2010. MATIJASCIC. Milko; SILVA, Tatiana Dias. Jovens negros: panorama da situação social no Brasil segundo indicadores selecionados entre 1992 e 2012. In: SILVA, Enid Rocha Andrade da Silva; BOTELHO, Rosana Ulhôa (orgs.). Dimensões da experiência juvenil brasileira e novos desafios às políticas públicas. Brasília: IPEA, 2016, p. 269-292. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção humanizada ao abortamento. Norma técni- ca. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Série Direitos sexuais e direitos reprodutivos. Brasília, Cad. 4, Secretaria de Atenção à Saúde, 2005. MUMFORD, Lewis. A cidade na história: suas origens, transformações e per- spectivas. São Paulo: Martins Fontes, 1998. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇOES UNIDAS (ONU). Declaração Universal dos Di- reitos Humanos. Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. Disponível em: http:// portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm.Acesso em 08/05/2014. REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÕES PARA A SAÚDE (RIPSA). Razão de mortalidade materna - 2006. Dados disponíveis em: http://tabnet.datasus. gov.br/cgi/idb2008/C03b.htm. Acesso em 20/06/2010. SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. São Paulo: Edusp, 2002. SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICA PARA AS MULHERES. PRESIDÊN- CIA DA REPÚBLICA. Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Brasília, 2005. Disponível em http://200.130.7.5/spmu/docs/planinho.pdf. Acesso em 28/07/2010. SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICA PARA AS MULHERES. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Sistema nacional de informações de gênero. Brasília. Dis- ponível em: http://200.130.7.5/snig/informacao/snig_indicadores.pdf. Acesso em 20/06/2010. 23 UNIDADE Mulheres, Jovens e Idosos na Sociedade SHAH, Igbal H. Mortalidade materna e atenção à maternidade de 1990 a 2005: conquistas desiguais, porém importantes. 2008, 3(3), pp.22-34. Questões de saúde reprodutiva. Disponível em: http://www.mulheres.org.br/rhm3/ revista3/22-mortalidade.pdf. Acesso em 10/05/2012. SILVA, Enid Rocha Andrade da; OLIVEIRA, Raissa Menezes de Os jovens adolescentes no Brasil: a situação socioeconômica, a violência e o sistema de justiça juvenil. In: SILVA, Enid Rocha Andrade da Silva; BOTELHO, Rosana Ulhôa (orgs.). Dimensões da experiência juvenil brasileira e novos desafios às políticas públicas. Brasília: IPEA, 2016, p. 293-326. Disponível em: http:// www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/livros/livros/livro_dimensoes_ miolo_cap10.pdf. VENTURA, Miriam. Saúde feminina e o pleno exercício da sexualidade e dos direitos reprodutivos. In: FUNDO DE DESENVOLVIMENTO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A MULHER (UNIFEM); FUNDAÇÃO FORD; Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação (CEPIA). O progresso das mulheres no Brasil. Brasília, 2006. p.212-239. WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da violência 2011: os jovens do Brasil. São Paulo: Instituto Sangari/Ministério da Justiça, 2011. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Maternal mortality in 2005. Estimates developed by WHO, UNICEF, UNFPA, and the World Bank. Disponível em: http:// www.who.int/whosis/mme_2005.pdf. Acesso em 10/05/2014. _______________. Trends in maternal mortality: 1990 to 2013. Estimates by WHO, UNICEF, UNFPA, The World Bank and the United Nations Population Division, 2014. Acesso em 10/05/2014. 24
Compartilhar