Buscar

Preparatorio OAB Copmpleto

Prévia do material em texto

Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes 
 
 
 
Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: ALEXANDRE MAZZA 
 Data: 06/05/2009 
 Aula: 1° 
 
- 1 – 
 
TEMAS TRATADOS EM SALA 
 
Indicação bibliográfica: Manual de Direito Administrativo – José do Santos Carvalho Filho 
 
1. CONCEITO 
É o ramo do direito público que estuda princípios e normas reguladoras dos agentes órgãos, bens e 
atividades da administração pública. 
 
Direito Público � atividades estatais 
Princípios e normas � regime jurídico administrativo 
Agentes órgãos, bens e atividades � função administrativa 
 
Competência Para Legislar 
 
A competência é concorrente, ou seja, a União, Estados e DF legislam sobre o tema. Os Municípios 
tratam de temas de interesse local. 
Em alguns temas a competência é privativa da União (criação de leis sobre desapropriação - art. 24 
inciso II CF). 
 
2. FUNÇÃO ADMINISTRATIVA (Art. 2º, CF). 
Objetiva realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado, que são aqueles 
expressos em lei, ou seja, frutos da atividade legislativa. 
Não inova o ordenamento jurídico, trata da relação dos poderes. 
 
2.1.Funções Típicas 
 
 
 
 
 
 
 
Inovar a ordem Solução de Aplicar de ofício 
 jurídica Conflitos a lei 
* Miguel Seabra Fagundes 
 
�Tanto o Judiciário quanto o Executivo aplicam a lei, mas o Judiciário só pode aplicar a lei mediante 
provocação enquanto o Executivo pode aplicá-la de ofício. Portanto, processos administrativos podem 
ser instaurados de ofício. 
�A atividade do Poder Judiciário é estática enquanto a atuação do Executivo é dinâmica. O núcleo da 
função típica do legislativo é a decisão sobre criação da lei e o núcleo da função típica do poder 
judiciário é a coisa julgada. 
 
2.2. Função Atípica. 
São poderes exercidos, mas que são característicos de outro poder. Ex: Medida Provisória � função 
legislativa do poder executivo. 
 
Quem pode exercer função administrativa? 
R: 
- Poder Executivo (função típica) 
 
PODER 
LEGISLATIVO 
PODER 
JUDICIÁRIO 
PODER 
EXECUTIVO 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: ALEXANDRE MAZZA 
 Data: 06/05/2009 
 Aula: 1° 
 
- 2 – 
- Legislativo e Judiciário (função atípica). Ex: abertura de concurso público, licitação no âmbito legislativo 
para compra de papel. 
 
- Ministério Público 
 
- Tribunais de Contas (São órgãos auxiliares do Poder Legislativo. Exerce um controle externo da 
administração. Quais são: Tribunal de Contas da União composto por ministros e Tribunais de Contas do 
Estados compostos por conselheiros. Existem no Brasil 2 TCMs: TCM de São Paulo; TCM do Rio de 
Janeiro. A CF proibiu a criação de novos TCMs. Obs: o STF entende que os Estados podem criar um 
tribunal de contas do Município, que fiscaliza as contas municipais. 
 
- Alguns particulares (por delegação do Estado). Ex: concessionários (delegação por contrato) e 
permissionários (delegação por ato administrativo). 
 
 Conceito de Função Administrativa 
 
 
É exercida com caráter mediante prerrogativas 
preponderantemente infralegal 1 instrumentais 2 
pelo Poder Executivo 
 
 
 
1. A característica mais importante da função administrativa é sua absoluta submissão à lei. 
 
 
 CF 
 
 Leis 
 
 Atos administrativos 
 
 
Por essa razão, sempre que o ato administrativo violar a lei, ele será nulo (Princípio da Legalidade). 
 
2 Para adequada defesa do interesse público, a lei confere ao agente poderes especiais (prerrogativas). 
 
Muito importante: se o agente público usar os poderes do cargo em benefício próprio, o ato será nulo 
por desvio de finalidade, tresdestinação ou desvio de poder � favorecer amigos ou parentes, perseguir 
inimigos (desapropriar casa do candidato na eleição, governador que transfere para o interior um policial 
militar a fim de terminar o romance dele com a filha do governador). 
 
♫Desvio de finalidade ou tresdetinação 
 Anulam o ato se o agente que o praticou 
 Usa os poderes do cargo em benefício pessoal 
 
Teoria do Desvio de Finalidade 
Não é defeito de competência, não há desvio de finalidade se o ato foi praticado por quem não tinha 
competência para isso. 
O desvio de finalidade é um defeito objetivo. Atualmente considera-se que o desvio de finalidade é um 
defeito de comportamento (teoria objetiva) e não apenas um vício de intenção, mas sim de conduta, de 
comportamento. 
 
Desvio de finalidade = intenção viciada + violação concreta do interesse público 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: ALEXANDRE MAZZA 
 Data: 06/05/2009 
 Aula: 1° 
 
- 3 – 
 
Assim, a intenção viciada é necessária, mas não suficiente para tornar o ato nulo. 
 
3. PRINCIPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
Noções Gerais 
Também chamadas de supra princípios. Tais princípios não são absolutos e sofrem algumas restrições. 
 
a) Supremacia do interesse público sobre privado 
É o interesse primário, o verdadeiro interesse da coletividade. 
Interesse público secundário é o interesse do Estado como pessoa jurídica, interesse patrimonial, o qual 
não tem supremacia. 
 
b) Indisponibilidade do interesse público 
Atenção: Algumas leis recentes tem relativizado a idéia de indisponibilidade do interesse público. 
Ex: o art. 23-A da Lei de Concessões (Lei 8987/95) autoriza o uso de arbitragem e outros meios 
privados para a solução de conflitos contratuais 
 
3.1. Princípios Constitucionais do Direito Administrativo 
Art. 37, CF 
 
L egalidade 
I mpessoalidade 
M oralidade 
P ublicidade 
E ficiência 
 
+ 
Celeridade Processual (duração razoável dos processos administrativos). 
Princípio da Participação (a lei deve garantir instrumentos de participação do usuário na administração). 
 
1) Princípio da Legalidade 
 
A administração só pode praticar condutas autorizadas por lei. 
 
♫ Só se a lei autorizar 
 Pode o agente autorizar a conduta 
 Se o agente silenciar 
 A conduta está proibida 
 
Legalidade Pública = Legalidade Privada 
 
 
Agentes Públicos Particulares 
 
 
Só podem fazer Pode fazer tudo 
o que a lei autorizar exceto o que a lei proíbe 
 
 
 O silêncio da lei O silêncio da lei 
 representa uma representa uma 
 proibição permissão 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: ALEXANDRE MAZZAData: 06/05/2009 
 Aula: 1° 
 
- 4 – 
 
Importante: ver art. 2º, parágrafo único da Lei 9784/99 � atuação conforme a lei e o direito. � bloco da 
legalidade, ou seja, respeitar a legalidade é cumprir Lei Ordinária, Lei Complementar, a CF, Medidas 
Provisórias, Tratados e Convenções Internacionais e Atos Normativos (Ex: decretos, portarias, 
regimentos internos e instruções normativas). 
 
3 fundamentos: 
- Art. 37, caput 
- Art. 5º, II, CF (Atos Administrativos não podem criar deveres e proibições) 
- Art. 84, IV, CF (Decretos e regulamentos para dar fiel execução à lei 
 
2. Princípio da Impessoalidade 
 
Lei 9.784/99: prevê o tratamento objetivo na defesa do interesse público (relacionado com a isonomia, 
igualdade e a imparcialidade). 
 
Consiste numa dupla proibição ao tratamento discriminatório e ao tratamento privilegiado. 
Ex: art. 37, §1º, CF – Trata-se de uma norma de impessoalidade. A publicidade de obras do governo 
deverá ter caráter informativo, não podendo conter nomes, símbolos ou imagens que caráter político ou 
de autoridade pública. Ex: não pode haver a inauguração de um viaduto contendo uma placa com o 
nome do governador. 
 
3. Moralidade 
Ver lei 9.784/99: tal princípio obriga o agente a respeitar a ética, o decoro, a probidade, a lealdade e a 
boa-fé vigentes na sociedade. Quanto à boa-fé, trata-se daquela objetiva, onde o que interessa é a 
conduta e não a intenção do agente. 
Obs.: o melhor exemplo de violação da moralidade é o chamado nepotismo (contratação de parentes 
para cargos em comissão - Súmula Vinculante 13). 
Para o STF: a Súmula Vinculante 13 não vale para agentes públicos, ministros de estado e secretários 
estaduais e municipais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: ALEXANDRE MAZZA 
 Data: 06/05/2009 
 Aula: 1° 
 
- 5 – 
QUESTÕES SOBRE O TEMA 
 
1 (OAB.CESPE.SP/2008.2) Assinale a opção correta com relação aos princípios que regem a 
administração pública. 
A) Não ofende o princípio da moralidade administrativa a nomeação de servidora pública do Poder 
Executivo para cargo em comissão em tribunal de justiça no qual o vice-presidente seja parente da 
nomeada. 
B) A administração pública pode, sob a invocação do princípio da isonomia, estender benefício 
ilegalmente concedido a um grupo de servidores a outro grupo que esteja em situação idêntica. 
C) Ato administrativo não pode restringir, em razão da idade do candidato, inscrição em concurso para 
cargo público. 
D) O Poder Judiciário pode dispensar a realização de exame psicotécnico em concurso para investidura 
em cargo público, por ofensa ao princípio da razoabilidade, ainda quando tal exigência esteja prevista 
em lei. 
 
 
2) (OAB.CESPE.SP/2008.1) Com relação aos diversos aspectos que regem os atos administrativos, 
assinale a opção correta. 
a) Motivo e motivação do ato administrativo são conceitos equivalentes no direito administrativo. 
b) Nos atos administrativos discricionários, todos os requisitos são vinculados. 
c) A presunção de legitimidade dos atos administrativos é uma presunção jure et de jure, ou seja, uma 
presunção absoluta. 
d) Segundo a teoria dos motivos determinantes do ato administrativo, o motivo do ato deve sempre 
guardar compatibilidade com a situação de fato que gerou a 
manifestação de vontade, pois, se o interessado comprovar que inexiste a realidade fática mencionada 
no ato como determinante da vontade, estará ele irremediavelmente inquinado de vício de legalidade. 
 
 
3) (OAB/CESPE – 2007.3.PR) Assinale a opção correta acerca dos princípios da administração pública. 
A) O princípio da eficiência não constava expressamente do texto original da CF, tendo sido inserido 
posteriormente, por meio de emenda constitucional. 
B) O princípio da motivação determina que os motivos do ato praticado devam ser determinados pelo 
mesmo órgão que tenha tomado a decisão. 
C) Embora seja consagrado pela jurisprudência e pela doutrina, o princípio da impessoalidade não foi 
consagrado expressamente na CF. 
D) Em virtude do princípio da legalidade, a administração pública somente pode impor obrigações em 
virtude de lei; direitos, por sua vez, podem ser concedidos por atos administrativos. 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: 1. C; 2. D; 3. A. 
 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: ALEXANDRE MAZZA 
 Data: 20/05/2009 
 Aula: 2° 
 
- 1 – 
 
TEMAS TRATADOS EM SALA 
 
1. LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (Lei 8.429/92) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sanções 
• Perda do cargo 
• Devolução dos valores 
• Multa civil 
• Suspensão dos direitos políticos 
• Suspensão do direito de contratar 
 
- São penas civis, políticas e administrativas. 
- A Lei nº. 8.429/92 elenca os atos de improbidade praticados por agente público, servidor ou não, contra 
a administração direta ou indireta, nas três esferas de governo. 
 
- Existem 3 modalidades de improbidade: 
• Enriquecimento ilícito. 
• Prejuízo ao erário. 
• Atos que atentem contra princípios da administração (não precisa causar prejuízo ao erário). Ex: 
negar publicidade a ato oficial. 
 
- Entendimentos Jurisprudenciais 
STF1: O juiz pode aplicar as penas separadamente, selecionando as mais apropriadas diante do caso 
concreto. 
 
STJ: O princípio da insignificância não se aplica a lei da improbidade. 
STF 2: O STF para evitar a ocorrência de dupla punição (bis in idem) tem entendido que a lei de 
improbidade não se aplica aos servidores federais punidos pela lei dos crimes de responsabilidade. 
 
- Agentes políticos federais não se sujeitam a lei de improbidade (Presidente da República, Vice- 
Presidente e Ministros de Estado). 
 
- Obs.: É cabível a indisponibilidade dos bens do indiciado quando o ato de improbidade causar lesão ao 
patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito. 
 
DEFESA DA MORALIDADE 
AP ACP 
Cidadão MP PJ interessada 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: ALEXANDRE MAZZA 
 Data: 20/05/2009 
 Aula: 2° 
 
- 2 – 
- Muito importante: A Súmula Vinculante 13 do STF proíbe a contratação de parente para cargos em 
comissão (Súmula Antinepotismo). Porém, a proibição ascendente, descendentes e colaterais até 3º 
grau. 
 
2. Princípios (Continuação) 
 
2.1. Publicidade 
 
� Divulgação dos atos administrativos. 
A publicidade é uma proibição de conduta sigilosa. 
 
- Exceções: 
a) Segurança da coletividade. Ex: informações militares. 
b) Intimidade dos envolvidos. Ex: prontuário de pacientes. 
 
2.2. Eficiência 
- Acrescentado pela EC 19/98 
- Obriga a administração a atingir os melhores resultados na sua atuação. 
- Institutos que revelam preocupação com idéia de eficiência: concurso público*, estágio probatório* 
*A validade do concurso público é de até 02 anos. 
*O estágio probatório tem duração de 03 anos. São cargos vitalícios com estágio probatório de 02anos 
o de magistrado, promotor e membros dos tribunais de contas. 
 
 
3. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS OU IMPLÍCITOS 
 
3.1. Autotutela 
 
- Obriga a administração a anular atos defeituosos e revogar atos inconvenientes 
 
♫Princípio da autotutela 
 Obriga a administração 
 Anular atos com defeito 
 Para os inconvenientes a revogação. 
 
3.2. Razoabilidade ou proporcionalidade 
- Refere-se a uma proibição de exageros �dever de adequação em meios e fins. Ex: ordena demolir 
casa que tem pintura das paredes descascadas. 
 
“Não se usam canhões para matar pardais”. 
 
♫Eu andei errado, eu pisei na bola 
 Matei um pardalzinho usando um canhão 
 Mas o exagero é sempre ilegal 
 É inválida a conduta desproporcional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: ALEXANDRE MAZZA 
 Data: 20/05/2009 
 Aula: 2° 
 
- 3 – 
 
 
 
 
3.3. Obrigatória Motivação 
- Todo ato administrativo deve ser acompanhado de uma explicação por escrito das razões que levaram 
à sua prática (motivação). 
 
 
Motivo = Motivação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- A motivação é necessária para atos vinculados e discricionários. 
 
3.4. Finalidade 
- Todo ato deve ser praticado para defesa do interesse público. Se o ato for praticado para interesse 
alheio ao interesse público, será nulo (Teoria do Desvio de Finalidade ou Tresdestinação). Ex: remoção 
de servidor para perseguição pessoal. 
- Desvio de finalidade não é defeito de competência. Só existe desvio de finalidade se o ato foi praticado 
por servidor competente. 
 
3.5. Outros Princípios 
- Além dos princípios já mencionados vigoram também no direito administrativo: segurança jurídica, 
hierarquia, contraditório e devido processo legal. 
 
4. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
Estuda a estrutura da administração pública. 
 
Técnicas de desempenho: 
 
Desconcentração Descentralização 
Órgãos Entidades 
Não tem personalidade Pessoas autônomas 
Ex: Ministérios, Secretarias, Ex: autarquias, fundações, empresas 
públicas 
Administração pública direta ou centralizada Administração indireta ou 
descentralizada 
Não podem ser acionadas no judiciário* São acionadas no judiciário 
 
*Perigo: apesar de não serem pessoas jurídicas alguns órgãos são dotados de capacidade processual 
especial (basicamente para responder Mandado de Segurança). Ex: Presidência da República e Mesa 
do Senado. 
Situação de 
fato que 
autoriza a 
prática do 
ato, Ex: 
multa 
Explicação 
por escrito. 
Ex: 
notificação 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: ALEXANDRE MAZZA 
 Data: 20/05/2009 
 Aula: 2° 
 
- 4 – 
 
4.1. Administração Pública Indireta 
 
Formada por pessoas jurídicas de direito público e pessoas jurídicas de direito privado. 
 
♫ As autarquias e as fundações 
Tem natureza de direito público 
Empresas Públicas e Sociedades Mistas 
São de Direito Privado 
São de direito público: Associações Públicas e Agências Reguladoras 
São de direito privado: Fundações Governamentais. 
 
 
4.2. Autarquias e Fundações Públicas 
 
- Ex: INSS, Banco Central (BACEN), CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico, 
Universidades Públicas (UNB), IBAMA, INCRA, FUNAI. 
 
- Fundações Públicas são tipos de autarquias. 
Conceito de Fundações Públicas: pessoa jurídica de direito público. Criadas e extintas por leis 
específicas. 
- Serviços autônomos (DL 200/67) 
 
Características: 
• Autonomia Gerencial e Orçamentária: capacidade de alto governo. Não se confunde com 
independência nem subordinação hierárquica. 
 
 
Graus de liberdade: 75 
 
 
 0 50 100 
Subordinação hierárquica Autonomia Independência 
Ex: órgão Ex: adm indireta Ex: Poderes 
 
 Agências 
 
- As autarquias não estão subordinadas a ministérios, mas vinculadas a eles (Supervisão Ministerial) 
 
- Autarquias e Fundações: 
• Imunes a impostos (Art. 150,0§2º, CF). 
• Possuem privilégios da Fazenda Pública (prazo em dobro para contestar e em quádruplo para 
recorrer, execução por precatórios). 
• Nunca exploram atividade econômica. 
• Praticam atos administrativos e celebram contratos administrativos. 
 
Fundações Públicas = Fundações Governamentais (polêmica*) 
 
*Fundações governamentais � alguns autores não admitem sua existência 
 
 
 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: ALEXANDRE MAZZA 
 Data: 20/05/2009 
 Aula: 2° 
 
- 5 – 
 
Fundações Públicas: 
- Natureza direito público. Ex: FUNAI e PROCON. 
- Criada por lei específica. 
 
Fundações Governamentais: 
- Natureza direito privado. Ex: Fundação Padre Anchieta. 
- Autorização legislativa � três etapas: 1ª lei autorizando; 2º decreto regulamentando a lei; 3º: registro 
dos atos constitutivos em cartório. 
 
Agências Reguladoras: 
Ex: Anatel, Aneil, Anac. 
 
� Autarquias com regime especial. 
Regime especial é formado por duas características: 
• Dirigentes estáveis e com mandatos fixos; 
• Não são demissíveis “ad nutum” (sem razão/motivo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: ALEXANDRE MAZZA 
 Data: 20/05/2009 
 Aula: 2° 
 
- 6 – 
 
QUESTÕES SOBRE O TEMA 
 
1.(OAB/CESPE – 2007.3) O diretor-geral de determinado órgão público federal exarou despacho 
concessivo de aposentadoria a um servidor em cuja contagem do tempo de serviço fora utilizada 
certidão de tempo de contribuição do INSS, falsificada pelo próprio beneficiário. Descoberta a 
fraude alguns meses mais tarde, a referida autoridade tornou sem efeito o ato de aposentadoria. 
Na situação hipotética considerada, o princípio administrativo aplicável ao ato que tornou sem 
efeito o ato de aposentadoria praticado é o da 
A) autotutela. 
B) indisponibilidade dos bens públicos. 
C) segurança jurídica. 
D) razoabilidade das decisões administrativas. 
 
2. (OAB/CESPE – 2007.3.SP) A Lei Complementar n.o 1.025, de 7 de dezembro de 2007, do estado 
de São Paulo, ao criar a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo 
(ARSESP), dispôs que essa agência, no desempenho de suas atividades, deveria obedecer, entre 
outras, às diretrizes de “adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, 
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do 
interesse público” (art. 2.º, III) e de “indicação dos pressupostosde fato e de direito que 
determinem as suas decisões” (art. 2.º, V). Tais diretrizes dizem respeito aos seguintes 
princípios: 
A) eficiência e devido processo legal. 
B) razoabilidade e objetividade. 
C) proporcionalidade e motivação. 
D) legalidade e formalidade. 
 
3. (OAB/CESPE – 2007.3.PR) Assinale a opção correta acerca dos princípios da administração 
pública. 
A) O princípio da eficiência não constava expressamente do texto original da CF, tendo sido inserido 
posteriormente, por meio de emenda constitucional. 
B) O princípio da motivação determina que os motivos do ato praticado devam ser determinados pelo 
mesmo órgão que tenha tomado a decisão. 
C) Embora seja consagrado pela jurisprudência e pela doutrina, o princípio da impessoalidade não foi 
consagrado expressamente na CF. 
D) Em virtude do princípio da legalidade, a administração pública somente pode impor obrigações em 
virtude de lei; direitos, por sua vez, podem ser concedidos por atos administrativos. 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: 1. A; 2.C; 3. A. 
 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: Eduardo Pereira 
 Data: 28/05/2009 
 Aula: 3° 
 
- 1 – 
 
TEMAS TRATADOS EM SALA 
 
 
1.ATO ADMINISTRATIVO 
 
1.1 CONCEITO � é toda declaração jurídica realizada pelo Estado ou por quem lhe faça às vezes no 
exercício de prerrogativas públicas, com a finalidade de atender ao interesse público e controlada pelo 
Poder Judiciário. 
 
1.2 CARACTERÍSTICAS: 
1. Declaração jurídica = extrai-se que por ser uma declaração jurídica e sua conseqüência é que gera 
efeitos no direito (cria, modifica, extingue). A administração pode fazer diversos atos jurídicos, porém 
para ser ato tem que ser no exercício de prerrogativa pública. 
 
 
Não confundir ato administrativo com ato material 
 
 
Ato material é o mero desenvolvimento de uma atividade profissional. 
 
2. No exercício de prerrogativa pública = administração está sendo regida por normas de direito público, 
que lhe concedem supremacia da relação jurídica, porém impõem restrições pelo princípio da 
indisponibilidade do interesse público. 
 
 
Não confundir ato administrativo com ato da administração 
 
 
 
Ato da administração é aquilo realizado pelo Estado, porém no regime jurídico de direito privado sem 
prerrogativas públicas. Ex: compra e venda, locação, permuta, doação, dação em pagamento, 
comodato. 
 
1.3 PRIVILÉGIOS – ATRIBUTOS DO ATO 
 
a) Presunção de legitimidade: decorre do princípio da legalidade estrita (nada pode a não ser o que a 
lei autoriza ou determina e por isso presumem-se legítimos e verdadeiros). 
A Administração tem o dever de praticar atos legais, no entanto, quando erra e pratica um ato ilegal, 
este continua gozando de presunção de legitimidade, portanto deve ser cumprido com o cidadão. 
A presunção de legitimidade é um atributo relativo? O atributo é relativo (pode ser através de recurso 
ao Poder Executivo ou através de ação judicial). 
 
b) Imperatividade ou Poder Extroverso do Estado: é a faculdade que goza o Poder Público de criar 
obrigações aos administrados sem necessitar do consentimento dos administrados. 
 
c) Exigibilidade: é o poder que goza o Estado aplicar medida coativa visando incentivar o cumprimento 
dos atos imperativos. Ex: multa, apreensão de bens, inscrição na dívida ativa, cassação de licenças 
e alvarás. 
 
 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: Eduardo Pereira 
 Data: 28/05/2009 
 Aula: 3° 
 
- 2 – 
d) Executoriedade: é o poder que goza o Estado de executar seus atos de forma direta e imediata, 
sem precisar de ordem judicial. A administração somente pode aplicar a executoriedade se a lei 
expressamente permitir. 
Obs: o ato somente será executório se não esbarrar em direito fundamental do cidadão. Ex: 
desapropriação da residência – domicílio inviolável. 
 
 
1.4 REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO 
 
A restrição do ato administrativo é o cumprimento do princípio da legalidade 
 
 
 
a) Forma 
É a exteriorização do ato (em regra, o ato é escrito). Ex: decreto, licença, autorização, concessão. 
Exceção: em caso de urgência, o ato poderá ser verbal. Ex: prisão em flagrante. 
 
b) Finalidade 
O objetivo é atender ao interesse público especificado em lei com a prática do ato. Ex: finalidade da 
desapropriação é transformar uma propriedade que só tem interesse privado em algo de interesse 
público. 
Desvio de finalidade: ocorre quando ato administrativo atende a finalidade diversa daquela prevista em 
lei. 
 
c) Competência 
É a medida do poder atribuído ao agente, e para que o ato exista validamente o sujeito deve ser não 
apenas competente, mas também capaz. 
“Não é competente quem quer e sim quem pode” – Caio Tácito 
 
d) Objeto 
É a alteração no mundo jurídico que ocorre com a prática deste ato . Ex: o objeto da desapropriação é 
“pegar” a propriedade do bem. 
Atenção: o objeto do ato deverá ser sempre lícito. 
 
e) Motivo 
É o fato que justifica a prática do ato. Ex: ando com o carro a 100km/h na zona urbana e recebo uma 
multa. O fato andar acima do limite justifica a prática do ato. 
 
1.5 CLASSIFICAÇÃO DO ATO 
 
Quanto ao regramento: 
 
a) Vinculado 
É aquele que a lei estabelece todas as condições para sua realização. Ex: trilho do trem – não tem 
opções, nenhuma margem de liberdade. Inexiste margem de liberdade ao agente público. Ex:multa, 
licença, alvará de funcionamento. 
 
b) Discricionário 
É aquele que a lei estabelece condições para sua prática, porém outorga ao agente público certa 
margem de liberdade para escolher ato que melhor atende ao interesse público com base, em critérios 
de conveniência e oportunidade (também chamados de mérito administrativo). 
Ex: art. 48, §3º, lei 8.666/93. 
FFCOM 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: Eduardo Pereira 
 Data: 28/05/2009 
 Aula: 3° 
 
- 3 – 
Obs: o ato discricionário passa por exame judicial de legalidade com exceção do mérito administrativo 
(conveniência e oportunidade da decisão do agente público) haja vista se ele exclusivo da 
administração. 
 
�Anulação: aplica-se a atos ilegais. Administração (de ofício) pode anular e o Judiciário (mediante 
provocação). Os efeitos são ex tunc, ou seja retroage no tempo. 
 
�Revogação: aplica-se ao ato legal. O Judiciário não poderá revogar o ato administrativo, apenas a 
Administração Pública. Efeito ex nunc. 
 
2. LICITAÇÃO PÚBLICA 
 
É um procedimento administrativo (sucessão de atos) que tem por finalidade encontrar a melhor 
proposta para celebração de um contrato, nos termos da Lei nº 8.666/93. 
 
Melhor proposta nem sempre é a corresponde ao menor preço e sim aquela que atende a duas 
condições: objeto de qualidade e melhor preço. 
 
A Lei 8.666/93 é uma norma de direito público, portanto se aplica ao Estado (administração pública = 
administração direta + indireta). 
 
Quem está obrigado a licitar? 
Administração Direta: entes políticos federados no âmbito dos três poderes. 
Administração Indireta: autarquia, fundação, empresa públicae sociedade de economia mista e 
agências. 
 
A administração licita para contratar: 
1. Obras 
2. Serviços 
3. Compras 
4. Alienações 
5. Locação 
6. Permissão de serviço 
7. Concessão de serviço 
 
Os quarto primeiros itens de encontram no art. 37, XXI da CF. 
Locação está no art. 2º da Lei 8.666/93 
Os dois últimos estão no art. 175, caput, CF 
 
Finalidade da licitação pública segundo a OAB: 
Obter uma vantagem para o Estado sem se descuidar da isonomia. 
 
2.1 MODALIDADES DE LICITAÇÃO 
 
Concorrência Grupo da concorrência 
Tomada de preços Se aplica a todas as espécies contratuais. Critério residual 
Convite 
 
Concurso Grupo dos contratos específicos 
Leilão Utiliza critério material 
Pregão (Lei nº 10.520/02) 
 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: Eduardo Pereira 
 Data: 28/05/2009 
 Aula: 3° 
 
- 4 – 
Pregão é a modalidade usada para contratação de serviços considerados comuns ou para compra de 
bens considerados comuns. 
Serviço comum é aquele que independe de capacitação intelectual para sua prestação. 
Bem comum é aquele padronizado no mercado, de fácil substituição sem relevante prejuízo de validade. 
 
a) Concorrência Pública 
É a modalidade de maior vulto (maior valor contratual), onde todos os interessados podem participar 
(muita gente participa) visto que não é exigido qualquer pré-requisito para participação. 
Características: 
- Ampla publicidade (publicação em diário oficial e jornal de grande circulação) 
- Universalidade 
-Para obras e serviços de engenharia com valores acima de 1.500.000,00 e 
-Para compras e demais serviços valores acima de 650.000,00 
Se muita gente participa, aumenta a competição entre os participantes, aumenta a possibilidade de 
surgir uma boa proposta, o que atende ao interesse público. 
 
b) Tomada de preços 
Modalidade de vulto intermediário que exige pré-requisito para participação, denominado CRC 
(certificado de registro cadastral). 
-Para obras e serviços de engenharia com valores até 1.500.000,00 e 
-Para compras e demais serviços com valores até 650.000,00 
 
Características: 
- Ampla publicidade. 
- Só participam os interessados inscritos e devidamente cadastrados. 
 
c) Convite 
Modalidade de menor vulto que não exige a publicação de edital. Basta que a administração envie o 
número mínimo de três convites para empresas da área objeto da licitação 
Características: 
- Publicidade simples 
- Apenas para convidados 
 
Por ser de menor vulto, o risco para a administração é bastante reduzida, o que possibilita a 
flexibilização das regras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Administrativo 
 Prof: Eduardo Pereira 
 Data: 28/05/2009 
 Aula: 3° 
 
- 5 – 
 
QUESTÕES SOBRE O TEMA 
 
 
1. (OAB/CESPE – 2007.3) Considerando que há evidentes elementos de identidade entre ato 
jurídico e ato administrativo, e que este é espécie do gênero ato jurídico, assinale a opção 
correta. 
A Existem atos praticados pelos administradores públicos que não se enquadram como atos 
administrativos típicos, como é o caso dos contratos disciplinados pelo direito privado. 
B Atos administrativos, atos da administração e atos de gestão administrativa são expressões 
sinônimas. 
C O exercício de cargo público em caráter efetivo é conditio sine quae non para prática do ato 
administrativo. 
D Mesmo nos casos em que o administrador público contrata com o particular em igualdade de 
condições, está caracterizado o ato administrativo, pois a administração pública está sendo 
representada por seu agente. 
 
 
2. (OAB/CESPE – 2006.1) Os atos administrativos possuem atributos que os diferenciam dos atos 
privados. Assinale a opção que não configura atributo exclusivo do ato administrativo. 
A presunção de legitimidade 
B imperatividade 
C auto-executoriedade 
D legalidade 
 
3.(OAB/CESPE – 2007.3.PR) É a qualidade pela qual os atos administrativos se impõem a 
terceiros, independentemente de sua concordância. Decorre do que Renato Alessi chama de 
“poder extroverso”, que permite ao poder público editar provimentos que vão além da esfera 
jurídica do sujeito emitente, ou seja, que interferem na esfera jurídica de outras pessoas, 
constituindo-as unilateralmente em obrigações. Celso Antônio Bandeira de Mello. Curso de 
Direito Administrativo. 13.ª ed. São Paulo: Malheiros, 2000, p. 373 (com adaptações). O texto 
acima descreve o seguinte atributo do ato administrativo: 
A exigibilidade. 
B executoriedade. 
C presunção de legitimidade. 
D imperatividade. 
 
 
 
Gabarito: 1.A ; 2.D ; 3.D 
OAB 1ª FASE EXTENSIVO 
Direito Administrativo 
Prof.ª: Flávia Cristina 
Data = 08/06/2009 
Aula = 4 
 
 
 1
TEMAS TRATADOS EM SALA 
 
1. LICITAÇÃO 
 
O objetivo é selecionar a proposta mais vantajosa, que não necessariamente será a de menor preço, 
devendo ser respeitado o principio da isonomia. 
 
1.1 Competência Legislativa: 
A União tem competência para legislar sobre normas gerais (art. 22, XXVII, CF) 
 
1.2 Princípios (Art. 3º da Lei 8.666/93) 
 
1.2.1 Principio da vinculação Instrumento convocatório (edital e a carta convite). Todos estão 
vinculados e devem seguir o instrumento convocatório (está previsto no art. 41 da Lei de Licitações) 
 
1.2.2 Adjudicação compulsória do licitante vencedor é uma das fases da licitação, ou seja, é a 
atribuição do objeto ao licitante vencedor. Por este princípio, fica vedado à Administração atribuir o 
objeto a outra pessoa que não o vencedor da licitação (art. 50 da Lei de Licitações). 
 
Fases da Licitação 
����Publicação do edital / carta convite 
����Habilitação (nesta fase analisa-se a qualificação técnica, jurídica, financeira dos participantes). 
����Julgamento e classificação das propostas (menor preço, melhor técnica, técnica e preço, menor 
lance e oferta). 
����Homologação A autoridade competente declara que o procedimento transcorreu de forma regular. 
Caso tenha algum problema a autoridade devolve o procedimento para a comissão de licitação. 
����Adjudicação: É a atribuição do objeto ao licitante vencedor. 
 
Obs.: O contrato não faz parte da fase de licitação, pois contratar ou não fica ao critério da 
administração. 
 
Regra: Todos devem licitar – Art. 1º, parágrafo único da lei 8666/93. 
 
Obs.: Entidades parestatais / Entes de cooperação: Serviços sociais autônomos, organizações 
sociais e as OSCIP’s (organização da sociedade civil de interesse público), não precisam licitar, mas 
devem observar os princípios da licitação. 
 
1.3 Exceções ao dever de Licitar: 
 
-Inexigibilidade e Dispensa 
���� Inexigibilidade: ocorrerá quando a competição for inviável (Art. 25 da lei 8.666/93 - rol 
exemplificativo). 
Inciso I – Fornecedor ou revendedor exclusivo. 
Inciso II – Serviços técnicos profissionais especializados “notória especialização” (Art. 13 da Lei de 
Licitações). 
Inciso III – Contratação de artista conhecido pelo público ou pela crítica. 
 
Na Dispensa: 
���� Dispensável – Art. 24 da lei: De fato é possível licitar, mas o administrador tem discricionariedade 
(rol taxativo). 
���� Dispensada – Art. 17 da lei: Não existe discricionariedade, a lei prevê as hipóteses. O rol é 
taxativo. 
OAB 1ª FASE EXTENSIVO 
Direito AdministrativoProf.ª: Flávia Cristina 
Data = 08/06/2009 
Aula = 4 
 
 
 2
 
1.4 Modalidades de Licitação 
 
� Concorrência: é utilizada para valores de maior vulto 
*Obras e serviços de engenharia acima de R$1.500.000,00. 
*Demais serviços e compras acima de R$ 650.000,00 
É precedido de ampla publicidade e todos poderão participar (vigora neste caso o principio da 
universalidade). 
 
����Tomada de preços 
É utilizada para transações de valores médios. 
*Obras e serviços de engenharia até R$ 1.500.000,00. 
*Demais serviços e compras até de R$ 650.000,00 
Participam desta modalidade os interessados cadastrados. Quem não for cadastrado poderá participar 
desde que preencha requisitos para o cadastro em até 03 dias antes do recebimento das propostas. 
 
���� Convite 
É utilizada para valores baixos. 
*Obras e serviços de engenharia até R$ 150.000,00. 
*Demais serviços e compras até de R$ 80.000,00 
Participam os convidados, cadastrados ou não. Os não convidados e não cadastrados não poderão 
participar. No entanto, os cadastrados não convidados poderão participar desde que demonstrem 
interesse em até 24 horas da apresentação das propostas. 
Não é necessária a ampla publicidade (a publicidade se dá com o envio da carta convite e com a 
fixação da carta em um lugar público adequado). 
-Não é necessária a publicação. 
 
���� Concurso 
É a modalidade de licitação para selecionar um trabalho artístico, técnico, cientifico ou artístico. 
 
���� Leilão 
É utilizado para alienar bens móveis e imóveis. 
-Bens móveis: inservíveis e aqueles penhorados ou apreendidos legalmente. 
-Bens imóveis os oriundos de procedimentos judiciais e os em dação de pagamento. 
 
���� Pregão – Lei 10.520/2002 
É utilizado para a compra de bens e serviços comuns. É aquele que é possível especificar facilmente 
no edital com palavras usuais. 
- Não tem limite de valor. 
- O critério no Pregão será o de menor preço. 
- Não há comissão de licitação, mas sim um pregoeiro. 
- É vedada a exigência de garantia da proposta. 
- Há a inversão da ordem procedimental, ou seja, ele troca a fase da habilitação com a fase de 
julgamento das propostas. Analisa-se primeiramente a proposta mais vantajosa e após verifica-se a 
documentação. 
- Aquele que apresentou o menor preço e aqueles que apresentaram um preço até 10% acima do 
menor preço irão dar lances verbais e sucessivos até que se encontre o menor preço. 
 
 
 
 
 
OAB 1ª FASE EXTENSIVO 
Direito Administrativo 
Prof.ª: Flávia Cristina 
Data = 08/06/2009 
Aula = 4 
 
 
 3
 
Principais Leis 
 
Constituição Federal – Arts. 37 ao 41. 
Lei 8.666/93 – Licitação e Contrato 
Lei 9.784/99 – Procedimento Administrativo 
Lei 8.987/95 – Concessões e Permissões 
Lei 8.112//90 – Estatuto dos servidores civis da União (provimento a partir do Art.8º). 
Lei 8.429/92 – Lei de Improbidade Administrativa 
 
2. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
 
2.1 Contrato Administrativo 
É um acordo de vontades que possui características diferentes tais como a presença das cláusulas 
exorbitantes. Visa atender o interesse público - Art. 58 da Lei 8.666/93. 
 
Principais cláusulas exorbitantes: 
 
Palavra para memorização FARAÓ 
Fiscalizar 
Alterar o contrato unilateralmente 
Rescindir unilateralmente 
Aplicar sanções 
Ocupar bens 
 
Objetiva a manutenção do equilíbrio econômico e financeiro. 
Obs.: Nos contratos administrativos não se aplica à cláusula da exceção do contrato não cumprida 
“exceptio nos adimpleti contratus”. 
 
2.2 Teoria da Imprevisão: são situações imprevisíveis que podem acontecer durante a execução do 
contrato, atrapalhando a execução e causando um desequilíbrio para o contrato, podendo o particular 
contratado pedir a revisão do contrato. 
 
Situações da Teoria da Imprevisão: 
���� Fato do Principie: é um fato geral da administração não dirigido ao contrato mas que o afeta 
substancialmente. Ex: proibição de importação de produto fundamental para o cumprimento do objeto. 
���� Fato da administração: é toda ação ou omissão da administração dirigida ao contrato, que incide 
sobre o contrato. 
���� Interferência ou sujeições imprevistas: é a descoberta de um óbice natural que atrapalha a 
execução de um contrato. 
���� Caso fortuito ou força maior: é um obstáculo natural. O contrato estará sujeito à revisão quando 
essas condições onerarem demasiadamente o pacto inicial. 
 
2.3 Formas de extinção do contrato 
 
� Advento do termo (não necessariamente o contrato deve ser escrito) 
� Conclusão do objeto 
� Rescisão unilateral (só o poder público pode fazer – Art. 78 da Lei de licitação) 
� Rescisão bilateral (a administração e o particular acordam) 
� Rescisão judicial 
 
2.4 Tipos de Contratos Administrativos 
OAB 1ª FASE EXTENSIVO 
Direito Administrativo 
Prof.ª: Flávia Cristina 
Data = 08/06/2009 
Aula = 4 
 
 
 4
Consórcios Públicos Lei nº. 11.107/05. 
� As partes somente podem ser entes da federação (União, Estados, DF e Municípios). 
� A assinatura do contrato depende da previamente de um protocolo de intenções. 
� Possui personalidade jurídica que pode ser de direito público ou de direito privado – Art. 6º, § 1º. 
 
3. PODERES ADMINISTRATIVOS 
São prerrogativas que a administração possui para atingir a sua finalidade (interesse público). 
São também instrumentos colocados a disposição da administração. São poderes–deveres. 
 
3.1 Poder Vinculado: aquele que não permite ao administrador margem de atuação. A administração 
o utiliza para produzir atos vinculados. Ex. Concessão de aposentadoria. 
 
3.2 Poder Discricionário: o agente público pode fazer um juízo de conveniência e oportunidade. 
Obs.: Diferença entre estes é a margem de liberdade, pois ambos estão previstos em lei. 
 
3.3. Poder Hierárquico: é utilizado para que a administração possa se estruturar, se organizar para 
estabelecer relações de coordenação e subordinação. 
� Conseqüências / Efeitos: 
*O superior hierárquico pode dar ordens ao subordinado e este tem que obedecer, salvo quando as 
ordens forem manifestamente ilegais. 
*Fiscalizar a atuação de seus subordinados. 
* O superior hierárquico pode rever a atuação do subordinado. 
*Poderá repassar (delegar) as suas atribuições para o seu subordinado, salvo as exceções previstas 
no Art. 13 da lei 9784/99. 
*Avocar: pega as atribuições do subordinado. 
 
3.4 Poder Disciplinar 
É utilizado pela administração para que ela possa punir, sancionar os agentes públicos e pessoas 
submetidas à disciplina da administração. 
 
Penas administrativas – Art. 127 Lei 8112/90: 
Ex.: 
Advertência 
Suspensão 
 
3.5 Poder normativo é utilizado para expedir atos normativos em geral – Art. 84 da CF. 
 
3.6 Poder de Policia 
É utilizado para limitar, condicionar, restringir e frenar de Direitos de liberdade de propriedade e 
exercício de atividades dos particulares adequando-os ao interesse coletivo. 
� Ele limita, mas não aniquila o direito. 
� Atributos do poder de policia: discricionariedade (é a regra, mas não é absoluta), coercibilidade e 
autoexecutoriedade. 
 
4. Abuso de Poder / Abuso de Autoridade 
As autoridades precisam atuar sem abusos, devem respeitar a lei, a moral, a finalidade para o qual 
cada ato foi criado. 
 
Espécie: 
� Excesso de Poder: a autoridade é competente, mas atua além da sua competência. 
���� Desvio de poder / Desvio de finalidades: a autoridade é competente, atua dentro da sua 
competência, mas pratica o ato com finalidade diferente da prevista para aquele ato. 
OAB 1ª FASE EXTENSIVO 
Direito Administrativo 
Prof.ª: Flávia Cristina 
Data = 08/06/2009 
Aula = 4 
 
 
 5
 
QUESTÕES SOBRE O TEMA 
 
1.(OAB/CESPE – 2006.3) Assinale a opção correta quanto aos poderes e deveres dos 
administradores públicos. 
A O poder de delegação e o de avocação decorrem dopoder hierárquico. 
B A possibilidade de o chefe do Poder Executivo emitir decretos regulamentares com vistas a regular 
uma lei penal deriva do poder de polícia. 
C O poder discricionário não comporta nenhuma possibilidade de controle por parte do Poder 
Judiciário. 
D O poder regulamentar é exercido apenas por meio de decreto. 
 
2. (OAB/CESPE – 2007.3.SP) São modalidades de licitação 
A a concorrência, a tomada de preço, o convite, o concurso e o leilão. 
B apenas a concorrência, a tomada de preço e o convite. 
C apenas a concorrência e a tomada de preços. 
D apenas a concorrência. 
 
3. (OAB/CESPE – 2007.3) O conselho diretor de uma autarquia federal baixou resolução 
disciplinando que todas as compras de material permanente acima de cinqüenta mil reais só 
poderiam ser feitas pela própria sede. Ainda assim, um dos superintendentes estaduais abriu 
licitação para compra de microcomputadores no valor de trezentos mil reais. A licitação acabou 
sendo feita sem incidentes, e o citado superintendente homologou o resultado e adjudicou o 
objeto da licitação à empresa vencedora. Nessa situação, o superintendente 
A agiu com excesso de poder. 
B agiu com desvio de poder. 
C cometeu mera irregularidade administrativa, haja vista a necessidade da compra e o atendimento 
aos requisitos de validez expressos na Lei de Licitações. 
D cometeu o crime de prevaricação, que consiste em praticar ato de ofício (a licitação) contra expressa 
ordem de superior hierárquico (a resolução do conselho diretor). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: 1.A ; 2. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Extensivo – Noturno 
Prof. Flávia 
Aula: 5º 
 
- 1 – 
Temas Tratados em aula: 
 
1. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (continuação) 
São prerrogativas da administração pública, para que possa agir e atingir o interesse público. 
 
1.1 Poder Normativo / Regulamentar 
Para alguns doutrinadores, estes poderes seriam da seguinte forma: 
(para outros estes são sinônimos) 
 
 Poder Normativo: Portarias, Resoluções Circulares, Instruções, Normativos. 
 
 Poder Regulamentar: Regulamentos que são veiculados por decreto. 
 
 Decreto de Execução: É um ato normativo, pois é abstrato, geral e expedido pelo chefe de 
governo. Existe para detalhar a lei – Art. 84, IV, CF/88. 
 
 Decreto Autônomo: Encontra sua validade na própria Constituição – Art. 84, VI, CF/88. 
 
1.2 Poder de Polícia 
- Será utilizado para que a administração pública possa limitar, condicionar, restringir, frenar, direitos 
de liberdade de propriedade e o exercício de atividades dos particulares adequando-os ao interesse 
coletivo. 
 
� Limita, mas não aniquila direitos. 
� Em regra ele é discricionário. 
Exceção: licença para construir (é fruto do poder de policia, mas é um ato vinculado). 
 
2. ABUSO DE PODER OU ABUSO DE AUTORIDADE 
-Lei 
-Moral 
-Finalidade 
 
2.1 Espécies: 
���� Excesso de poder: Uma autoridade age com excesso de poder, atuando fora dos limites da sua 
competência. Ocorre quando ela possui competência para a pratica de determinados atos, mas 
extrapola os seus limites. 
 
����Desvio de poder / Desvio de finalidade: A autoridade é competente age nos limites da sua 
competência, mas pratica o ato com finalidade diferente da prevista para aquele ato. 
 
3. BENS PÚBLICOS 
São aqueles que pertencem a uma pessoa de direito público ou estão afetados à prestação dos 
serviços públicos. 
 
Os bens públicos possuem regime jurídico (é um conjunto de leis e princípios que regem o instituto dos 
bens públicos) diferenciado, caracterizado pela: 
� Imprescritibilidade 
� Impenhorabilidade 
� Inalienabilidade 
 
3.1 Classificação - Destinação 
� Quanto a titularidade do bem: 
a) Uso comum do povo: é usado indiscriminadamente a qualquer um do povo. Uso gratuito. 
b) Uso especial: serve como estabelecimento dos entes públicos ou está afetado à prestação 
do serviço público. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Extensivo – Noturno 
Prof. Flávia 
Aula: 5º 
 
- 2 – 
c) Dominial / dominical: é o um bem desafetado (pertencem ao poder público, mas sem 
finalidade específica). 
 
3.2 Regime Jurídico dos Bens públicos: 
���� Imprescritibilidade: o bem público não pode ser objeto de usucapião. Porém, o poder 
público poderá adquirir bens por usucapião. 
���� Impenhorabilidade: o bem público não pode ser dado em garantia. A garantia é feita pelo 
regime dos precatórios – Art. 100, CF/88. 
 
Súmula Nº 655 
A exceção prevista no art. 100, "caput", da constituição, em favor dos créditos de natureza 
alimentícia, não dispensa a expedição de precatório, limitando-se a isentá-los da 
observância da ordem cronológica dos precatórios decorrentes de condenações de outra 
natureza. 
 
���� Inalienabilidade: é relativa, ou seja, cumprindo alguns requisitos é possível a alienação de bem 
público. Para isso, é preciso desafetar o bem. 
- A regra é a Inalienabilidade. 
O bem Dominial / dominical é o único bem que não precisa ser desafetado. 
 
Alienação dos Bens Públicos – Art. 17 da Lei 8.666/90 
 
Imóvel: interesse público devidamente justificado e avaliação prévia + autorização legislativa, caso o 
bem pertença a autarquias ou fundações. Licitação na modalidade Concorrência. 
 
Móvel: interesse público devidamente justificado e avaliação prévia – Licitação, não exige modalidade. 
 
3.4. Formas De Uso Do Bem Público Por Particulares 
���� Autorização é uma forma de uso concedida por um ato. Existe a título precário, ou seja, a 
pessoa que recebeu a autorização não tem direito de manutenção. Ele poderá ser concedida 
por tempo determinado ou indeterminado. 
���� Permissão: é uma forma de uso concedida por um ato. Existe a título precário, ou seja, a 
pessoa que recebeu a autorização não tem direito de manutenção. Deverá fazer licitação, 
poderá ser concedida por tempo determinado ou indeterminado. 
���� Concessão: É um contrato. É um título não precário, caso a administração resolva extinguir 
a concessão antes do prazo deverá indenizar. Modalidade de licitação concorrência. Deverá 
ser realizada por prazo determinado. 
 
4. SERVIÇOS PÚBLICOS 
4.1 Conceito: 
Para a Teoria formalista: É o que a lei determina que seja serviço público. 
 
4.2 Princípios: 
a) Continuidade: a prestação do serviço público não pode parar. 
� Direito de greve restrito dos servidores – Art. 37, VII, CF/88. Como não há a lei de greve os 
servidores se utilizam da Lei de greve do setor privado n.º 7.783/89. 
� Delegação, suplência 
� “Exceptio non adimpleti contratus” – não se aplica aos serviços públicos, pois estes não podem 
parar. 
 
Exceções: O serviço público pode parar, sem implicar na violação ao princípio da continuidade por: 
� Urgência 
� Após prévio aviso, por razões de segurança ou por razões técnicas. 
� Após prévio aviso, por razões do inadimplemento do usuário. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Extensivo – Noturno 
Prof. Flávia 
Aula: 5º 
 
- 3 – 
 
Serviços essenciais: 
 
PERGUNTA: Pode ser suspenso em caso de inadimplemento do usuário? 
RESPOSTAS: 
Não, em virtude do principio da dignidade da pessoa humana. 
Sim, em virtude do principio da supremacia do interesse público sobre o particular e do principio da 
isonomia – Art. 6º, §3º da lei 8987/95. 
 
b) Eficiência 
O serviço deve ser quantitativa e qualitativamente eficiente. 
 
c) Universalidade / generalidade 
O serviço é colocado a disposição de todos. 
 
d) Modicidade 
O serviço público não precisa ser de graça, mas os valores devem ser razoáveis, acessíveis. 
 
e) Principio da cortesia 
Os usuários devem ser tratados com respeito,urbanidade, educação e atenção. 
 
4.3 Classificação de serviços públicos 
 
a) Obrigatoriedade de uso 
���� Compulsório – utilização obrigatória: Ex. serviço de coleta de lixo, tratamento de esgoto. 
���� Facultativo – utilização facultativa: Ex. telefone. 
 
b) Destinatários 
� “uti singuli”: destinatários determinados e serviços divisíveis – É possível saber quem usou e quanto 
usou. 
� “uti universo”: os destinatários são indeterminados – Não é possível saber quem usou e quanto 
usou. Ex. iluminação pública, recapeamento asfáltico. 
 
4.4 Formas de prestação de serviço por particulares 
 
���� Autorização – Art. 21, XI, CF/88: 
-É um ato unilateral. 
-É um instituto precário. 
-Não precisa de licitação. 
-Prazo determinado, ou não. 
-Pode ser concedida para pessoa física ou jurídica. 
 
���� Permissão – Lei 8.987/95: 
- Alguns dizem que é ato unilateral, mas a maioria entende que é um contrato de adesão, conforme a 
lei 8987/95 – Art. 40. 
-É um instituto precário. 
-Precisa de licitação. 
-Prazo determinado ou não. 
-Pode ser concedida para pessoa física ou jurídica. 
 
���� Concessão simples - Lei 8.987/95 e Concessão Especial Lei 11.079/04 (PPP – Parceria 
público privada): 
-É um contrato. 
-É um não instituto precário. 
-Precisa de licitação na modalidade concorrência. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Extensivo – Noturno 
Prof. Flávia 
Aula: 5º 
 
- 4 – 
-É obrigatório o prazo determinado. 
-Pode ser concedida para pessoa jurídica ou consórcio de empresas. 
 
-Formas de extinção de uma concessão: 
1º Advento do termo 
2º Rescisão judiciária (sempre será por solicitação do particular) 
3º Rescisão consensual 
4º Falência ou extinção da concessionária, morte ou incapacidade do titular, no caso de 
empresa individual. 
5º rescisão por ato unilateral do poder concedente: 
-Encampação: são razões de interesse público – o interesse público resolve ele mesmo prestar o 
serviço. 
-Caducidade: ocorre quando há o inadimplemento total ou parcial do concessionário. 
-Anulação: quando a administração identifica a ilegalidade. 
 
���� Concessão Especial Lei 11.079/04 (PPP – Parceria público privada): 
Características especiais: 
1º Possui compartilhamento de riscos (entre o concessionário e o concedente) 
2º Contraprestação do parceiro público para o parceiro privado. 
 
*Sociedade de propósito específico 
 
*Modalidades de PPP’s – Art. 2, § 1º da Lei 11.079/04: 
1º PPP Concessão patrocinada: é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de 
que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada 
dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. 
Ex. Pedágio. Art. 2º, § 1o, da Lei 11.079/04. 
 
2º PPP Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a 
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou 
fornecimento e instalação de bens. 
Ex. presídios e hospitais. Art. 2º, § 2o da Lei 11.079/04. 
 
Obs1.: As PPP’s podem ser realizadas pelos: órgãos da Administração Pública direta, os 
fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de 
economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios. 
 
Obs2.: Licitação � Modalidade Concorrência + requisitos do Art. 10 da Lei 11.079/04. 
 
Obs3.: Contratos: Art. 23 da Lei 8987/95 + Art. 5º da Lei 11.079/04. 
 
Obs4.: É Vedado a PPP nas seguintes situações: 
a) Se o valor do contrato for inferior a 20 milhões de reais; 
b) Se o prazo é inferior a 05 anos ou superior a 35 anos; 
c) Objeto único do contrato: contratação de mão de obra; 
d) Objeto único do contrato: fornecimento ou instalação de bens – Art. 2º, §4º da Lei 11.079/04; 
e) Objeto único do contrato: for execução de obras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Extensivo – Noturno 
Prof. Flávia 
Aula: 5º 
 
- 5 – 
 
QUESTÕES SOBRE O TEMA: 
 
1. (OAB/CESPE – 2007.3.SP) Ato ou contrato formal pelo qual a administração pública confere a 
um particular (pessoa física ou jurídica), normalmente sem prévia licitação, a prerrogativa de 
exercer certas atividades materiais ou técnicas, em caráter instrumental ou de colaboração com 
o poder público, a título oneroso, remuneradas, na maioria das vezes, diretamente pelos 
interessados, configura, tipicamente, 
A autorização não-precária. 
B parceria público-privada. 
C credenciamento. 
D licença remunerada. 
 
 
2. (OAB/CESPE – 2007.3.PR) Com relação aos bens públicos, assinale a opção correta. 
A Pelo atributo da inalienabilidade, os bens públicos são insuscetíveis de aquisição por usucapião, 
independentemente da categoria a que pertençam. 
B São classificados como bens dominicais os mercados e cemitérios públicos, as terras devolutas e os 
bens públicos que estejam sendo utilizados por particulares sob regime de delegação. 
C Os bens das autarquias não podem ser considerados bens de uso especial, em razão da acentuada 
autonomia administrativa e financeira de que estas dispõem. 
D Os bens de uso especial, sejam móveis ou imóveis, na condição de instrumentos de ação da 
administração pública, são considerados bens patrimoniais indisponíveis. 
 
 
3. (OAB/CESPE – 2007.3.SP) Suponha-se que, em um contrato de concessão de manutenção de 
rodovia, o poder concedente tenha aumentado o prazo contratual, sob o fundamento de que 
teria havido alterações nos deveres contratuais da concessionária, o que teria causado 
desbalanceamento do equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Nessa situação, o 
procedimento do poder concedente 
A é irregular, visto que o contrato de concessão está sempre vinculado ao que foi determinado no 
edital da licitação prévia. 
B é regular, visto que o aumento do prazo, além de repor o equilíbrio de contrato, pode evitar que se 
fira, com o aumento de tarifa, o princípio da modicidade da tarifa. 
C só pode ser considerado regular no caso de a alteração dos deveres contratuais ser decorrente de 
força maior ou caso fortuito. 
D pode ser considerado regular, desde que o aumento do prazo contratual não ultrapasse o percentual 
de 25% em relação ao prazo estabelecido originariamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito. 
1.C; 2.D; 3.B. 
 
 
 
Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Ambiental 
 Profª.: Juliana Lettiere 
 Data: 15.04.2009 
 Aula: 1° 
 
- 1 – 
Temas tratados em aula 
 
1. Introdução 
 
1972 – Em Estocolmo ocorreu o primeiro grande marco da preocupação com o meio ambiente, a 
Conferência mundial sobre o meio ambiente, neste momento foi firmado a Declaração sobre o Meio 
Ambiente. 
 
1992 – O Brasil sediou no Rio de Janeiro a segunda Conferência Mundial sobre o meio ambiente, 
conhecida como Rio 92 / Eco 92. 
 
A Declaração do Rio reforçou as informações firmadas na primeira conferência. Na ocasião ficou 
acordada a aprovação de um documento com compromissos para um futuro sustentável, a agenda 
21, a qual fixa projetos, programas e datas que devem ser adotadas mundialmente sobre o meio 
ambiente. 
 
2002 – Na África do Sul ocorreu a terceira Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente (Rio + 10). 
Dela resultou uma declaração política, “O compromissode Joanesburgo sobre Desenvolvimento 
Sustentável”, e um plano de implementação, cujos objetivos maiores são erradicar a pobreza, mudar 
os padrões insustentáveis de produção e consumo, e proteger os recursos naturais. 
 
 
2. Brasil 
Na década de 60 já existia a legislação que regulava a caça, a pesca. Após surgiu a Política Nacional 
do Meio Ambiente – Lei n° 6.938/81 e em 1988 houve também previsão na Constituição Federal. 
 
Conceito de Meio Ambiente – Art. 3º, I, Lei 6038/81: é o conjunto de condições, leis, influências e 
interações e ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em todas as suas 
formas. 
 
3. Espécies de Meio Ambiente 
a) Meio Ambiente Natural – Art. 225, CF/88 (físico): consiste nos elementos que existem mesmo 
sem influência do homem. Ex. Solo, água, solo, ar, fauna e flora. 
b) Meio Ambiente Artificial – Art. 182, CF/88 e Estatuto da Cidade: consiste no espaço construído 
pelo homem, na interação com a natureza. Ex. Edificações e espaços públicos abertos. 
c) Meio Ambiente Cultural – Art. 216, CF/88: consiste no espaço construído pelo homem, na 
interação com a natureza, mas que detém um valor agregado especial, por ser referência ligada à 
memória, aos costumes ou aos marcos da vida humana. Ex. patrimônio histórico, arqueológico. 
d) Meio Ambiente Trabalho – Art. 200, VIII: é o lugar onde o homem exerce suas atividades 
laborais. 
 
4. Patrimônio Cultural 
São os bens materiais e imateriais portadores de referência especial para a sociedade - Art. 216 da 
CF/88. 
Nos quais se incluem: 
� Formas de expressão (música, dança, teatro, cinema). 
� Modo criar, fazer e viver. 
� Criações científicas, artísticas e tecnológicas. 
� Obras, objetos, documentos, espaço destinados a manifestação artística cultural. 
� Conjuntos Urbanos, Sítios. 
 
-Instrumentos de proteção ao patrimônio cultural – Art. 216, § 1º 
- Inventário – Rol o estado dos bens que se encontram os bens. 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Ambiental 
 Profª.: Juliana Lettiere 
 Data: 15.04.2009 
 Aula: 1° 
 
- 2 – 
- Registros 
- Vigilância 
- Tombamento e desapropriação (é declarar que determinado bem material ou imaterial é importante 
para o patrimônio cultural). Qualquer ente, qualquer poder, poderá fazer mediante pagamento de 
indenização prévia (STJ), Limitação. 
 
5. Competência 
 
� Competência Material – Art. 23 – Comum – União, Estado, DF e Municipal. 
� Competência Legislativa – Art. 24, CF/88 – é a Competência concorrente que a União, Estado, 
Município, Distrito Federal possuem para legislar e atender suas peculiaridades . 
� Competência Município – Art. 30, I, II – Legisla sobre interesse local, suplementar e específico. 
 
6. Princípios 
 
a) Desenvolvimento Sustentável: Este princípio impõe uma harmonização entre o desenvolvimento 
social e econômico e a proteção do meio ambiente. Este princípio tem como antecedente a chamada 
CARTA DE ESTOCOLMO (1972), que trazia a Declaração do Meio Ambiente, a qual, apesar de 
reconhecer o direito de desfrutar do meio ambiente, declarava o dever de sua proteção. A ECO-92, 
por sua vez, que formulou a Declaração do Rio, deixa claro que a proteção do meio ambiente deve 
ser parte integrante do processo de desenvolvimento e não algo isolado dele. 
 
b) Poluidor Pagador: Objetiva o dever de prevenir a ocorrência do dano ambiental. Esse se 
manifesta de forma preventiva (se dá através com as “internalização das externalidades negativas”) e 
repressiva (significa reparar o dano ou realizar a compensação, não sendo possível estas duas 
hipóteses será então cabível a indenização). Sua principal característica não permite e a poluição, 
conduta absolutamente vedada e passível de diversas e severas sanções. Tal princípio apenas 
reafirma, faz lembrar, o dever de prevenção e de reparação integral por parte de quem pratica 
atividade que possa poluir. 
 
c) Usuário Pagador: É a pratica de um ato lícito. Ex. Água (o pagamento se dá para que a água seja 
tratada). Esse princípio difere do princípio do poluidor-pagador, pois diz respeito a condutas ilícitas 
ambientalmente, ao passo que o usuário pagador é uma conduta lícita ambientalmente. Assim, aquele 
que polui, deve reparar o dano, já o que usufrui deve pagar pelo uso. 
 
d) Função Ambiental da propriedade: A propriedade no Brasil deve ser utilizada de forma sustentável, 
ou seja, ela visa o bem estar da coletividade. É aquele pelo qual a propriedade deve ser utilizada de 
modo sustentável, com vistas não só ao bem-estar do proprietário, mas também da coletividade como 
um todo. 
 
e) Prevenção X Precaução 
 
Prevenção e precaução � preservação = impõe a coletividade e ao Poder Público medidas que 
garantam o meio ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações. Existem 
atividades que geram uma certeza de dano ambiental e outras que geram duvidas quanto a 
possibilidade do dano ambiental. A idéia é que se existe a certeza trabalha-se com a prevenção, se 
existe uma dúvida quanto a possibilidade de dano, trabalha-se com a precaução. A idéia básica é de 
prevenir para que não ocorra o dano ou que de alguma forma esse dano seja mitigado. 
No direito ambiental se existe a duvida do dano também tem que gerar essa preservação adotando o 
princípio do in dúbio pro natura (na dúvida preserva-se a natureza). 
 
 
 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Ambiental 
 Profª.: Juliana Lettiere 
 Data: 15.04.2009 
 Aula: 1° 
 
- 3 – 
 
7. Natureza jurídica do meio ambiente 
 
a) bem ambiental (Art. 23 e 225, CF): tem natureza difusa. Realmente, o direito do meio ambiente 
ecologicamente equilibrado pertence a um número indeterminado de pessoas ligadas por mera 
circunstância de fato, e não pode ser dividido entre cada um de nós. 
 
b) fins processuais conforme é feita a ação vai ter outras naturezas, ou seja, usa-se a regra do 
CDC art. 81, § 1º, para que haja uma defesa individual, homogênea, coletiva, difusa, em 
relação aos fatos. Por ex.: poluição de intensa de um determinado rio. 
 
c) titularidade: bem público e privado. 
 
d) Bem ambiental ecologicamente equilibrado por determinação constitucional, tem natureza de 
bem público: uso comum do povo. 
 
e) Poluição sonora: causa dano, se for determinado � coletivo; indeterminado � difuso; 
indivíduo � individual. 
 
8. Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81 
 
Conceito: é a política que tem por objetivo a preservação, a melhoria e a recuperação da qualidade 
ambiental propiciada à vida, visando assegurar no país as condições ao desenvolvimento sócio-
econômico, ao interesses da segurança nacional e a proteção da dignidade da pessoa humana. (Art. 
2º). 
 
a) SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) = cria o sistema nacional de meio ambiente. 
Conceito: É o conjunto articulado de órgãos e entidades os entes públicos responsáveis pela proteção 
do meio ambiente. 
 
8.1 Estrutura 
-Órgão Superior – Conselho de Governo: assessora o presidente 
-Órgão Consultivo e deliberativo – CONAMA: Assessorar o Conselho de Governo, Expedir Normas 
ambientais, analisar Recursos (IBAMA). 
 
Composição: Representantes 
 
Entes federais + a Sociedade civil organizada. 
 
- Órgão central é o ministério do Meio Ambiente 
- Órgão executor é o IBAMA (Instituto Nacional do meio Ambiente e dos RecursosRenováveis), este é 
uma autarquia federal e a sua função é supervisionar e verificar se as normas e resoluções estão 
sendo cumpridas não sendo este aplica as multas. 
 
- Órgãos Seccionais 
Estado Membros possuem secretarias do meio ambiente 
Distrito Federal possuem secretarias do meio ambiente 
Municípios possuem secretarias do meio ambiente 
 
9. Instrumentos de Política Nacional do Meio Ambiente 
 
9.1 Licenciamento ambiental: É um procedimento administrativo obrigatório para as atividades que 
puderem causar um dano ambiental. É ato unilateral do poder público que faculta previamente ao 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Ambiental 
 Profª.: Juliana Lettiere 
 Data: 15.04.2009 
 Aula: 1° 
 
- 4 – 
interessado a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades 
utilizadoras de recursos ambientais, considerados capazes de causar degradação ambiental. Deverá 
ser requerido toda vez que for realizar uma obra. 
 
9.2 Competência 
Nacional/ Região – IBAMA 
2 ou + Municípios – O Estado fará o licenciamento 
Local – Município 
 
9.3 Fases: 
1º Licença prévia - Prazo de duração das licenças 05 anos 
2 º Licença de instalação- Prazo de duração das licenças até 06 anos 
3º Licença de Operação - Prazo de duração das licenças de 04 a 10 anos 
 
* A licença ambiental será sempre temporária e nunca gera direito adquirido. 
 
1º Licença prévia: O objetivo da licença é aprovar o local e o projeto ou adequar o projeto a obra. 
Trata-se de licença ligada à fase preliminar de planejamento da atividade, já que traça diretrizes 
relacionadas à localização e instalação do empreendimento. 
2 º Licença de instalação: é a verificação constante da execução da obra com a apresentação do 
projeto. Dependendo da demonstração de possibilidade de efetivação do empreendimento, 
analisando o projeto executivo e eventual estudo de impacto ambiental. Essa licença autoriza as 
intervenções no local. Permite que as obras se desenvolvam. 
3º Licença de Operação: é a análise dos requisitos apresentados no projeto para que se inicie a 
operação. Aqui, o empreendimento está pronto e pode funcionar. A licença de operação só é 
concedida se for constatado o respeito às licenças anteriores, bem como se não houver perigo de 
dano ambiental, independentemente das licenças anteriores. 
 
9.4 Avaliação de Impacto Ambiental – AIA 
 
� RIMA - Relatório de Impacto ao Meio Ambiente. O órgão ambiental competente, verificando que a 
atividade ou empreendimento não é potencialmente causador de significativa degradação do meio 
ambiente, definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento. 
���� EIA - Estudo de Impacto ao Meio Ambiente: é o estudo do comprometimento ao meio ambiente. 
Este estudo é multidisciplinar e obrigatório para as atividades capazes de causar significativos 
impactos ao meio ambiente. Destina-se a averiguar as alterações nas propriedades do local e de que 
forma tais alterações podem afetar as pessoas e o meio ambiente, o que permitirá ter uma idéia 
acerca da viabilidade da obra ou atividade que se deseja realizar. 
 
Ler Resolução – nº 1/86 do Conama – Rol exemplificativo. 
 
10. Unidades de Conservação – Lei 9.985/00 
 
Conceito = é o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com 
características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivo de 
conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias 
adequadas de proteção. 
-Proteção integral: permite o uso indireto; 
-Uso sustentável: uso direto 
 
Criação por lei / Decreto 
 
 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Ambiental 
 Profª.: Juliana Lettiere 
 Data: 15.04.2009 
 Aula: 1° 
 
- 5 – 
 
11. Reparação do Dano ambiental 
-Cível (Responsabilidade objetiva). 
*Subjetiva se o poder público foi omisso na fiscalização. 
*Art. 3º da Lei 9605/98 (Desconsideração da personalidade jurídica). 
*Solidária 
 
-Penal 
Pessoa física 
Pessoa Jurídica: Tipo penal, ordem poder comando (representante legal) e beneficio para a pessoa 
jurídica – É uma ação penal pública condicionada. A competência será da Justiça Comum – Art. 109 
da CF/88. 
 
Transação – Suspensão Condicional = Pena / Processo 
 
-Administrativa 
Há a possibilidade de realizar paralelo com a responsabilidade penal. 
Poderá ser responsabilizada tanto a pessoa física quanto a jurídica e no caso desta última deverá 
obedecer os requisitos: Infração administrativa, ordem poder comando (representante legal) e 
beneficio para a pessoa jurídica. 
*Art. 70 da lei 9605/98. 
*Decreto 3.179/99 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OAB 1ª FASE – EXTENSIVO - NOTURNO 
 Disciplina: Direito Ambiental 
 Profª.: Juliana Lettiere 
 Data: 15.04.2009 
 Aula: 1° 
 
- 6 – 
 
QUESTÕES SOBRE O TEMA 
 
1. (OAB/CESPE – 2007.3.PR) Quanto ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e sua relação com o 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), assinale a opção correta. 
A O EIA deve ser elaborado posteriormente à autorização da obra ou atividade potencialmente 
poluidora, desde que o licenciamento prévio tenha sido autorizado pelo órgão ambiental competente. 
B Em respeito ao segredo industrial e comercial, a Constituição Federal de 1988 (CF) estabeleceu 
como uma das características centrais do EIA o sigilo, sendo, portanto, vedada a sua publicidade. 
C O EIA e o RIMA apresentam algumas diferenças: o primeiro compreende o levantamento da 
literatura científica e legal pertinente, trabalhos de campo, análises de laboratório e a própria redação 
do relatório. É, portanto, mais abrangente que o segundo e o engloba em si mesmo. 
D O EIA divide-se em três etapas bem distintas: a análise da dinâmica dos sistemas socio-ambientais, 
a diagnose das interferências ecossistêmicas e a avaliação progressiva das ações antrópicas, sendo 
estes os elementos que darão suporte à redação do RIMA. 
 
2. (OAB/CESPE – 2007.2) Considerando aspectos relativos à proteção administrativa do meio 
ambiente, assinale a opção correta. 
A A legislação brasileira estabelece, em enumeração taxativa, todos os casos em que a administração 
pública deve exigir do empreendedor a elaboração de estudo prévio de impacto ambiental, o qual 
nunca poderá ser dispensado pelo órgão ambiental. 
B O EIA/RIMA é uma das fases do procedimento de licenciamento ambiental, devendo ser elaborado 
por equipe técnica multidisciplinar indicada pelo órgão ambiental competente, cabendo ao 
empreendedor recolher à administração pública o valor correspondente aos seus custos. 
C São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, entre outros, o zoneamento ambiental, a 
avaliação de impactos ambientais e a criação de espaços territoriais especialmente protegidos, em 
áreas públicas ou particulares. 
D A legislação brasileira estabelece, em rol exemplificativo, os casos em que a administração pública 
deve solicitar ao empreendedor estudo de impacto ambiental (EIA). A exigência, ou não, do EIA

Continue navegando