Buscar

Produtividade na construção civil

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

PRODUTIVIDADE 
NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL
FACCI - FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS DE ITABIRA
 Engenharia de Produção
Prof: Tancredo Augusto
Alunos: Alan Rocha
 Débora Ferreira
 Jamerson Matos 
 Marllon Gonçalves 
 
 Itabira
 2012
INTRODUÇÃO
A produtividade pode ser definida como a quantidade do trabalho realizado em uma unidade de tempo, normalmente horas, e é basicamente caracterizada como a relação entre os resultados obtidos e os recursos utilizados.
O principal a ser considerado é a relação existente entre recursos utilizados e resultados obtidos, minimizando o uso de recursos naturais, máquinas, mão de obra e equipamentos, obtendo redução dos custos de produção, expandindo-se no mercado com possibilidades de geração de empregos, melhores salários, mais qualidade de vida, favorecendo os interesses de todos os cidadãos envolvidos neste processo. 
INTRODUÇÃO
Não é fácil, mas é possível. 
EX: Para executar determinada tarefa no prazo determinado pode-se aumentar a produção contratando mais operários e equipamentos, ou otimizar recursos produtivos já existentes. 
Na segunda hipótese tem-se mais produção sem aumento de custos, que é sinônimo de produtividade na construção civil.
FATORES QUE 
GERAM 
PRODUTIVIDADE
Mão de obra qualificada e treinada; 
Metodologia para a execução do trabalho;
Gerenciamento de controle atuante; 
Layout no local de trabalho; 
Insumos bem utilizados;
Processos para a produção e 
uma boa estrutura de organização da empresa. 
FATORES QUE GERAM 
PRODUTIVIDADE
São estes os principais fatores que influenciam diretamente sobre a produtividade na construção civil.
É um engano acreditar que a mão de obra não qualificada por ser mais barata, vá trazer retorno financeiro em um canteiro de obras, pois o possível desperdício de material e de tempo é um preço muito alto a ser pago.
A NATUREZA 
DA 
OBRA CIVIL
A obra civil tradicional caracteriza-se pela modelagem ou montagem final numa posição prefixada.
As condições que caracterizam essa modalidade de construção ainda preponderam na maioria das aplicações, envolvendo principalmente moradias sob encomenda, edificações comerciais, e industriais e outras de natureza semelhante. 
A NATUREZA DA 
 OBRA CIVIL
Os projetos são geralmente executados por encomenda, para uma única e peculiar aplicação, sujeitos ás condições locais de implantação e, geralmente, executados de forma artesanal. 
Em outra escala, e fora dos objetivos deste trabalho , encontram-se as obras ferroviárias e as Chamadas ‘’obras de arte’’, como pontes e viadutos, as enormes barragens e hidroelétricas, etc. 
Em Outro extremo, as edificações que já vêm da fábrica premontadas, que são apenas unidas no local da 
 implantação, mediante parafusos, argamassas ou outros meios.
O PROJETO
Grande parte dos problemas que ocorrem na construção civil tradicional é proveniente de deficiências estruturais da informação técnica. Essas deficiências envolvem todos os aspectos da organização da obra, estendendo-se da especificação e qualificação de materiais até a fixação de importantes detalhes e sequências construtivas, e prejudicam até mesmo o arranjo físico correto do canteiro. 
Os problemas apresentados a seguir atingem a maioria dos casos da construção civil tradicional, embora já estejam 
 parcialmente superados em obras que envolvem pré-fabricação de componentes ou utilizam processos 
 de industrialização no canteiro:
O PROJETO
MÉTODO IMPLÍCITO:
 O projeto mostra o que se pretende construir, mas não como construir. Executando-se alguns desenhos relativos à estrutura 
 (em concreto ou aço ), os processos e sequências da construção são considerados do conhecimento geral ou óbvios, de modo que geralmente só são apresentados conjuntos ou detalhes da
 edificação pronta. 
 
 EX: mesmo projetos importantes de instalações elétricas e hidráulicas costumam ser incompletos, indicando apenas as interligações ponto a ponto desejadas, e deixando aos executores a responsabilidade pela fixação dos trajetos dos canos e conduítes.
O PROJETO
TOLERÂNCIA DIMENSIONAL:
 Os projetistas não especificam tolerâncias dimensionais, o que impede que muitos subconjuntos sejam premontados fora e ajustados corretamente em suas posições definitivas.
 EX: A locação da obra e os prumos, alinhamentos e ângulos são executados por instrumentos primitivos, que introduzem 
 erros inevitáveis no alinhamento, na verticalidade e nos ângulos das estruturas e vedos. 
 Por esse motivo, várias etapas da obra dependem de medidas que só podem ser confirmadas após o término das etapas anteriores. Torna-se difícil, se não impossível, encurtar os prazos realizando certas tarefas em paralelo, como, por exemplo, o corte prévio de tubos e conduítes e a pré-montagem de kits Hidráulicos e elétricos.
NECESSIDADE DE RETRABALHO
 
Devido a imprecisão dimensional, cada profissional deixa imperfeições no seu trabalho, que têm que ser corrigidas nas operações seguintes, até o acabamento final. 
 EX: Na impossibilidade de fixar dimensões precisas em cada etapa, é necessário deixar folgas na alvenaria para a colocação de portas, caixilhos e caixas; a montagem final das instalações elétricas e hidráulicas tem que ser executada no local e, em geral, depende da abertura de rasgos na alvenaria pronta. 
 Em todos esses casos é necessário enchimento posterior com argamassa, gerando imperfeições inaceitáveis que precisam ser corrigidas posteriormente.
O PROJETO
O PROJETO
IMPRECISÃO QUANTITATIVA
 Os projetos não são estruturados de forma a dividir o ‘’sistema obra’’ nos seus subsistemas lógicos, e os desenhos não apresentam as listas dos materiais necessários para compor cada subsistema, como no caso de um produto manufaturado, assim, é difícil prever com acerto as necessidades efetivas, ajustar os prazos das compras com a cronologia da obra e controlar as quantidades de materiais consumidos em cada subsistema e, mais difícil ainda, recalcular as quantidades quando é efetuada a modificação de um projeto já pronto, especialmente no decurso da obra.
DIRETRIZES PARA MELHORAR A INFORMAÇÃO TÉCNICA
As seguintes recomendações devem ser postas em prática pelos projetistas de obras civis no que diz respeito à estrutura dos desenhos e as especificações técnicas:
O projeto de qualquer obra civil deve incorporar às informações arquitetônicas um conjunto de:
Desenhos;
Diagramas e especificações técnicas relativas aos processos de construção, apresentando os materiais necessários;
Sequência de operações;
Recursos e tempos relativos a cada fase; 
Evolução do arranjo físico do canteiro da obra e 
Cronograma físico-financeiro do empreendimento;
 A estrutura dos desenhos técnicos e de toda documentação relativa á obra tem que ser compatível com a estrutura das fases e processos da construção, assim como com a divisão dos trabalhos e a organização dos recursos físicos, humanos e financeiros empregados na construção;
Em projetos de significativa complexidade logística
 EX: centenas de casas idênticas ;
 
DIRETRIZES PARA MELHORAR A INFORMAÇÃO TÉCNICA
DIRETRIZES PARA MELHORAR A INFORMAÇÃO TÉCNICA
Recomenda-se que, desde a fase de concepção básica, o projeto de arquitetura seja acompanhado por engenheiros civis e de produção, especializados, respectivamente, em tecnologias dos processos de construção e no planejamento da logística de empreendimentos.
DIRETRIZES PARA MELHORAR A INFORMAÇÃO TÉCNICA
Somente o aperfeiçoamento da informação técnica permitirá o planejamento, a execução e o controle corretos da obra, cujas bases têm que apoiar-se, necessariamente, sobre quatro suportes operacionais:
A quantificação e a qualificação do pessoal indicado para cada especialidade;
O abastecimento dos materiais na qualidade, preço e prazos adequados;
A disponibilidade oportuna dos equipamentos de apoio à obra;
A contratação adequada dos serviços de terceiros, quando necessário.
A organização racional da obra deverá reduzir exposição do pessoal empregado às adversas condições geralmente presentes na construção civil, de forma a propiciar o seu ingresso mais rápido nos benefícios da nova sociedade industrial.
O PROCESSO
DIRETRIZES PARA ESCOLHA DO PROCESSO
De uma forma geral, o arranjo físico dos canteiros de obras civis pode ser classificado segundo três tipos principais, condicionados pelas características próprias do empreendimento.
OBRA CONVENCIONAL (com modelagem predominante): 
Incluem-se, nessa classe, projetos únicos, especiais ou sob encomenda, que podem abranger desde edificações monumentais até prédios de muitos pavimentos; ou mesmo conjuntos de casas populares, construídas segundo métodos tradicionais;
O PROCESSO
Caracteriza-se pela modelagem local a partir de:
Matérias primas (pedra, areia, etc.); 
Materiais básicos (cimento, ferro, tábuas, etc.)
Componentes manufaturados (portas, e esquadrias, louça e metais sanitários, tubos e conduítes, azulejos, telhas, etc.). 
Os equipamentos utilizados reduzem-se em geral, a dispositivos simples para movimentação de materiais, preparo de concreto, escavação e nivelamento do terreno, ferramentas manuais, etc. 
As atividades no canteiro e por conseguinte, os arranjos físicos, alteram-se progressivamente com a evolução da obra.
Obra convencional 
O PROCESSO
 VANTAGENS: 
Essa modalidade representa imensa maioria das iniciativas no campo da construção civil no nosso país, e já conta com ampla cobertura de profissionais qualificados, em todos os níveis. 
Respeitadas as características e o porte das obras, não há necessidade de alterar significativamente as estruturas tecnológicas disponíveis.
 
Obra convencional 
DESVANTAGENS: 
Baixa eficiência operacional; 
Perdas e sobras significativas de materiais;
Qualidade aleatória;
Falta de segurança no trabalho;
Alto nível de imprevistos; 
Controle precário de desempenho e dos custos parciais e finais.
O PROCESSO
Obra convencional 
O PROCESSO
Obra convencional
Em resumo, as dificuldades decorrem de deficiências das informações técnicas, que são aceitas com naturalidade pelos responsáveis e executores das obras, o que gera um círculo vicioso que torna difícil a superação de problemas existentes.
O processo
OBRA PRÉ-FABRICADA (com montagem predominante):
Essa classe inclui obras de características formais uniformes e repetitivas, que são construídas pela combinação e justaposição de componentes padronizados. 
Prestam-se a edificações de uso universal, que aceitam variações limitadas na modulação e nas configurações finais.
A montagem é feita a partir de componentes industrializados fora do canteiro, que podem ser executados em aço, concreto, madeira, plásticos e outros materiais, com o apoio de equipamentos universais ou especiais de transporte e manuseio.
Obra pré-fabricada
O canteiro se reduz a uma área de depósito temporário de componentes, com pouca ou nenhuma atividade de preparação, a não ser fundações, concretagem de pisos, muros e outras partes que têm que ser modeladas no local.
Vantagens: 
A empresa que pré-fabrica e monta os componentes assume a responsabilidade pela qualidade da tecnologia utilizada, possui os equipamentos e as práticas adequadas à montagem, e tem maior probabilidade de cumprir os prazos compromissados.
O processo
O processo
Desvantagens: 
Os investimentos necessários à instalação das indústrias de pré-fabricação são elevados, de modo que as usinas têm que ser localizadas próximo aos mercados, para que possam atingir uma economia de escala satisfatória. Por causa do peso e /ou volume dos componentes, que geram altos custos dos transportes, torna-se difícil servir regiões distantes.
O aspecto das edificações construídas por esse processo é característico de cada fornecedor, o que dificulta a personalização dos projetos. No caso de ampliação ou modificação nas edificações existentes, o cliente que quiser manter a uniformidade da concepção original do sistema fica comprometido com o primeiro fornecedor.
Obra pré-fabricada
 Edificações pré-fabricadas
O processo
O processo
OBRA INDUSTRIALIZADA ( com pré-montagem predominante):
Presta-se à construção de uma quantidade significativa de edificações padronizadas, de preferência próximas, como grandes conjuntos habitacionais; ou ainda edificações grandes, com módulos repetitivos idênticos. 
O sistema pode ser comparado a uma linha de montagem às avessas: 
O processo
O produto final fica parado e os equipamentos e entregas de materiais vão sendo deslocados pelo canteiro segundo a sequência prefixada para a construção das unidades. 
São adotados moldes ou gabaritos para garantir a precisão dimensional e a intercambiabilidade de componentes e/ou Kits, que podem ser preparados no canteiro.
Obra industrializada
O processo
Os procedimentos de preparação e montagem são estabelecidos em cartas de processo, com o rigor de uma atividade manufatureira . 
O abastecimento de materiais, como numa linha de montagem, deve ser preparado de acordo com um esquema logístico preciso.
VANTAGENS: 
Residem, principalmente, na ausência quase completa de desperdícios e na rapidez com que a unidades vão sendo progressivamente liberadas para o uso, o que resulta na alta rentabilidade do processo, proporcionando economias de até 75% na mão de obra e até 25% nos materiais.
Obra industrializada
Obra industrializada
A maioria das obras podem ser executadas com materiais tradicionais disponíveis no mercado e, por isso, a obra terminada pode ter a mesma aparência de uma edificação construída.
O processo
EDIFICAÇÕES INDUSTRIALIZADAS ( com pré-montagem predominante) 
Executadas como produtos industriais, mediante a utilização de moldes e gabaritos, destinados a garantir a precisão dimensional na montagem e a intercambialidade dos componentes.
 O PROCESSO
CANTEIRO DE OBRAS
 
Canteiro de obras é a denominação genérica dada ao local onde serão desenvolvidas as diversas atividades necessárias à realização de uma obra de construção civil.
A NBR - 12.284 define canteiro de obras como “conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência”.
A NR-18 (Norma Regulamentadora nº18) define canteiro de obras como “área de trabalho fixa e temporária onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra”.
Canteiro de Obras
CANTEIRO DE OBRAS
O planejamento e a organização do canteiro de obras devem preceder à realização dos serviços de cada etapa da obra a fim de serem evitadas:
Improvisações que fatalmente levam a desorganização da obra;
Ociosidade e subutilização dos equipamentos e mão de obra;
 Transporte desnecessário e armazenamento inadequado dos materiais;
 Desperdícios;
 Perdas de produtividade;
Perdas de tempo e de qualidade, levando a perdas financeiras irrecuperáveis.
A logística aplicada ao planejamento e organização do canteiro de obras de edificação constitui-se em um processo de ações multidisciplinares voltadas para:
Otimização;
Racionalização;
Eficácia do suprimento;
Recebimento;
Armazenamento; 
Movimentação;
Disponibilização e uso dos insumos;
Materiais;
Ferramentas;
Equipamentos;
Mão de obra e 
Informações nas frentes de trabalho.
CANTEIRO DE OBRAS
CANTEIRO DE OBRAS
A organização do canteiro consiste no uso racional do terreno não ocupado pela edificação para instalação da “fábrica” que vai produzir a edificação .
São fatores condicionantes do planejamento e organização do canteiro:
O tipo, natureza e complexidade da obra;
Topografia e condições ambientais;
As características dos materiais empregados;
Os processos e métodos construtivos empregados;
Os
tipos de equipamentos empregados;
 Os prazos de execução de cada etapa e da obra total;
A quantificação e tipificação da mão de obra a ser utilizada em cada etapa.
CANTEIRO DE OBRAS
CONCLUSÃO
Para que se possa ter produtividade, é necessário que se tenha um processo de execução, desenvolvido dentro de uma metodologia de trabalho, para que se possa monitorar a produtividade da mão de obra e acumular os seguintes dados:
Número de funcionários envolvidos no serviço;
Tempo de execução do serviço;
Tempo de transporte do material;
Fatores externos;
Definição do material usado;
Definição e uso de equipamentos empregados. 
 
Esses dados são calculados em função da mão de obra, que é o fator mais importante dentro do sistema produtivo. 
Esses fatores são os indicadores de medição da produtividade, portanto conhecer esses indicadores de medição é simplesmente calcular índices de produtividade, que serão avaliados e comparados de forma corretiva ou não.
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS
http://www.ecivilnet.com/artigos/medir_produtividade_na_construcao_civil.htm
http://www.gerenciamento.ufba.br/Disciplinas/Produtividade
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1998_ART308.pdf
Gestão de Operações - 2ª Edição José Celso Contador

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais

Outros materiais