Buscar

TRABALHO do Grupo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SUMÁRIO 
 
1 - INTRODUÇÃO........................................................................................................​3 
 
2 - DESENVOLVIMENTO............................................................................................​4 
 
 
2.1 – AS RAÍZES HISTÓRICAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO 
BRASIL........................................................................................................................4 
 
2.1.1 – AS RAÍZES HISTÓRICAS DO SURGIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO 
BRASIL..................................................................................................6 
1 2.1.1.1 - A PARTICIPAÇÃO DOS MOVIEMNTOS SOCIAS NA 
IMPLANTAÇAO E IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS SOCIAIS E A 
ORGANIZAÇÃO E A MOBILIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO 
PROCESSO DE CONQUISTA DE 
DIREITOS....................................................................................................................9 
2 2.1.1.1.1 – POLÍTICA SETORIAL DA 
SAÚDE......;..................................................11 
3. CONCLUSÃO........................................................................................................13 
 
4 - REFERÊNCIAS....................................................................................................14 
 
 
 
 
 
 
 
3 
INTRODUÇÃO 
Neste referido trabalho tem pretensão de apresentar uma reflexão 
sobre as políticas públicas, especialmente “ A Relação entre os Movimentos Sociais 
e Políticas Sociais” visto que na história dos os ​movimentos sociais​ no Brasil têm 
uma história marcada por grandes lutas e embates realizados contra governos 
autoritários e luta pela liberdade e ​democracia​, no Brasil, contribuíram 
decisivamente, via demandas e pressões organizadas, para a conquista de vários 
direitos sociais, que foram inscritos em leis na nova ​Constituição Federal de 1988​” a 
formulação de políticas sociais em que o desenvolvimento e transformações quer 
nos Movimentos Sociais, quer nas Políticas Sociais, podendo inferir-se que 
influenciam o próprio processo de formulação/elaboração e implementação de 
políticas sociais, como também a definição do que são os problemas, as prioridades 
políticas, os destinatários, entre outros. Nesta questão surge a necessidades de 
abordamos o tema, a fim de aprimorar nossa política em pró da população. 
 
 
 
 
 
4 
DESENVOLVIMENTO 
4.1 – ​AS RAÍZES HISTÓRICAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS DO NO BRASIL 
 
Percebemos que os ​movimentos sociais​ no Brasil têm uma história 
marcada por grandes lutas e embates realizados contra governos autoritários e luta 
pela liberdade e ​democracia​. Mas aqui vamos nos deter aos ​movimentos sociais​ que 
marcaram o Brasil a partir da segunda metade do século XX. 
Os ​movimentos sociais ​ no Brasil passaram a intensificar-se a partir 
da década de 70, com fortes movimentos de oposição ao regime militar que então se 
encontrava em vigência, mantendo uma luta social e uma forte resistência, como 
afirma Ilse Scherer-Warren: “o movimento social mais significativo pós-golpe militar 
de 1964 foi o de resistência à ditadura e ao autoritarismo estatal” (2008, p. 09 - ver 
também: SCHERER-WARREN, 2005). 
A história do Brasil é marcada por lutas e revoltas populares, desde 
o século XVI com a Confederação dos Tamoios (1562), passando pela Insurreição 
Pernambucana (1645), até a Inconfidência Mineira (1789), a Guerra de Canudos 
(1896), a Revolução Constitucionalista de 1932 e o Impeachment do ex-presidente 
Fernando Collor em 1992 a população Brasileira se manteve forte para com a 
ditadura que havia no país e dentro desse contexto ditatorial foram prevalecidas a 
força e a organização dos movimentos estudantis e da classe operária em seus 
sindicatos (CARVALHO, 2004), comunidades eclesiais de base (CEBs) e pastorais, 
que ganhou força com a participação dos demais setores da sociedade que sofriam 
as consequências desta forma de governo. 
O período da Ditadura Militar no Brasil provocou um tempo propício 
para a efervescência dos ​movimentos sociais uma vez que, dentro das 
Universidades, as inserções e consolidação dos cursos de Ciências Sociais com a 
reforma pedagógica dos cursos propiciaram um pensamento mais crítico frente à 
interpretação de nossa realidade os estudantes, com um entendimento da situação 
junto a indignação dos demais indivíduos que não aceitavam esse modelo de 
governo ditatorial, formaram uma massa de combate organizada. 
Sobre o papel dos sociais neste contexto, Gohn (2011, p. 23) 
pondera o quanto é inegável “que os movimentos sociais dos anos 1970/1980, no 
Brasil, contribuíram decisivamente, via demandas e pressões organizadas, para a 
conquista de vários direitos sociais, que foram inscritos em leis na nova ​Constituição 
Federal de 1988​”. 
O movimento de oposição e contestação ao regime militar tinha um 
propósito claro: defesa dos valores do ​Estado democrático​ e crítica a toda forma de 
autoritarismo estatal um bom exemplo de organização e luta podemos encontrar 
através do movimento indígena no século XX na luta pelos seus direitos e 
reconhecimento de seus valores, cultura e tradição, a dissertação de mestrado de 
Evangelista (2004 - (veja mais em: ​Direitos indígenas: o debate na Constituinte de 
1988​) nos fornece um amplo debate em torno da defesa dos ​direitos indígenas​ que 
culmina com a promulgação da Constituição de 1988. 
 
Entretanto, foram grupos que construíram uma nova forma de fazer política e politizaram novos temas 
ainda não discutidos e pensados como constituintes do campo político. 
"Foram grupos que construíram uma nova forma de fazer política e 
politizaram novos temas ainda não discutidos e pensados como 
constituintes do campo político. Nesse processo ampliam o sentido de 
política e o espaço de se fazer política" (EVANGELISTA, 2004, p. 35). 
Nesse período a sociedade civil organizada, por meio 
dos ​movimentos sociais ​ e populares, irá buscar espaço para influenciar nas decisões 
políticas e na construção da Constituinte de 1988. É uma participação efetiva de 
cidadãos e cidadãs, na busca por direitos e por políticas que os afetam diretamente; 
a transição política para o ​Estado Democrático​ que ganhou força na década de 1980 
culminou com a promulgação da ​Constituição Federal de1988​, as duas grandes 
mobilizações nacionais deste período foram o Movimento pelas Diretas Já 
(1983-1984) e a mobilização da sociedade civil organizada [...] para a inclusão de 
novos direitos na Constituição brasileira, a qual veio a ser denominada de 
“Constituição Cidadã” (SCHERER-WARREN, 2008, p. 11-12). 
Os novos movimentos sociais que emergiram durante os anos 90 até 
os atuais são como os de décadas anteriores também frutos de demandas sociais 
como o “​Movimento de Mulheres​” (com suas lutas contra uma sociedade patriarcal e 
o autoritarismo do Estado), o “Movimento LGBT”, o ​Movimento Negro​ (ALBERTI; 
PEREIRA, 2006). 
Guimarães (2009) identifica pelo menos cinco tradições e 
movimentosque contribuíram com o que ele chama de “ciclo democrático de auto 
formação do povo brasileiro”. São eles: comunitarismo cristão 
nacional-desenvolvimentismo, socialismo democrático, liberalismo republicano e a 
cultura popular. Ressalta também a criação da ​CNBB – Conferência Nacional dos 
Bispos do Brasil​ em1952, liderada por Dom Helder Câmara e o desenvolvimento, de 
uma “ala esquerda do catolicismo brasileiro”. 
Um período de crescimento e consolidação de vários movimentos 
sociais rurais, com o Movimento dos Sem-Terra (MST), o Movimento dos Atingidos 
por Barragens (MAB), Movimento das Mulheres Agricultoras (MMA), Movimento dos 
Pequenos Agricultores (MPA), dentre outros; 
No século XXI observamos o surgimento de uma “rede de 
movimentos sociais”, com o objetivo claro de fortalecer o papel da sociedade na 
esfera pública e defesa radical dos valores democráticos, com total autonomia 
dos ​movimentos sociais​ em relação ao poder público e de certo modo até mesmo 
dos ​Partidos Políticos​, o que não significa dizer que não seja uma forma organizada 
de articulação polícia. 
 
Merece destaque nesse cenário os Conselhos Gestores de Políticas 
Públicas, como um importante local de atuação destes movimentos (veja 
mais em: ​Movimentos Sociais e Conselhos de Políticas Públicas​). Como 
ressalta Gohn (2006, p. 7) 
 
 Os conselhos de políticas públicas tornam-se um amparo para que 
as classes menores sejam ouvidas e possam contribuir na criação de ​políticas 
públicas​ que atendam às necessidades destes grupos sociais, logo tendo a atuação 
desses indivíduos pertencentes destes grupos materializando e fortificando a 
participação social da população. 
4.2 - AS RAÍZES HISTÓRICAS DO SURGIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO 
BRASIL 
 
Assim a política social é um termo que se refere à política de ação 
que visa, mediante esforço organizado, atender necessidades sociais cuja resolução 
ultrapassa a iniciativa privada, individual e espontânea, requerendo deliberada 
decisão coletiva regida por princípios de justiça social, que, por sua vez, devem ser 
amparados por leis que efetivem direitos. Ao contemplar todas as forças e sujeitos 
sociais, a política social se configura como política pública. 
De acordo com Montão e Duriguetto (2010) os movimentos sociais 
são expressões do processo de organização da classe trabalhadora, da luta de 
classes e lutas sociais. Na proposta de analisar o papel dos movimentos sociais no 
âmbito da configuração das políticas sociais, iremos abordar brevemente a 
historicidade destes movimentos no cenário brasileiro do século XX e início do 
século XXI. 
No Brasil, o movimento operário é influenciado pelas ideias 
anarquistas trazidas pelos imigrantes europeus. Na luta pela emancipação, a classe 
operária começou a organizar sindicatos nos primeiros anos do século XX, sendo 
este período caracterizado por mobilizações sociais e greves por melhores salários e 
condições de trabalho. 
A redemocratização brasileira, a partir da segunda metade da 
década de setenta, teve como uma de suas características a inserção de novos 
atores sociais na esfera política, que desencadearam ao longo dos anos de 1980 e 
1990 à proliferação de espaços públicos de participação da sociedade civil como 
fóruns, conselhos e comitês. 
Os movimentos sociais desse período contribuíram para o avanço e 
conquista de vários direitos sociais e da elaboração da Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988, que assegurou diversas garantias constitucionais, com 
o objetivo de dar maior efetividade aos direitos fundamentais, permitindo a 
participação do Poder Judiciário sempre que houver lesão ou ameaça de lesão a 
direitos. 
Houve um deslocamento da visibilidade do campo das 
manifestações e reivindicações para a ação propositiva de organizações não 
governamentais. As identidades coletivas dos movimentos populares deixaram as 
contestações de lado, dando ênfase a um nível mais operacional e propositivo. 
Segundo Gohn (2007): 
Os movimentos sociais sempre foram heterogêneos no que se refere 
às temáticas e demandas, porém na década de 1990 se constituem redes dentro do 
próprio movimento social e redes com outros sujeitos sociais. O perfil dos 
movimentos sociais se alterou em função da mudança da conjuntura política. 
 
Se os movimentos sociais da década de 70 e início dos anos 80 tiveram sua 
relevância na constituição de novos atores sociais e na redefinição dos 
espaços de cidadania (social e política), as redes de movimentos tendem a 
atuar no sentido da formação de novos sistemas de valores, sobretudo em 
relação ao binômio Liberdade (e democracia) e Sobrevivência (com direito a 
uma vida digna e ecologicamente saudável). Esta dimensão ética se 
expressa através do apelo a uma sensibilidade coletiva (em nome da paz, 
da democracia e da vida e contra a fome, a miséria, a discriminação etc.) e 
por uma responsabilidade pessoal em relação ao futuro coletivo em nível 
local, nacional e planetário. (p. 121) 
 
 
Nesse sentido, a “nova cidadania” supõe a difusão de uma cultura de 
direitos e uma proposta de sociabilidade das relações sociais, considerando a 
cidadania como uma estratégia para a efetivação da democracia. Ou seja, o conceito 
de cidadania implica na concepção de um cidadão “sujeito ativo” como portador de 
direitos e deveres e, principalmente, como alguém que participa dos novos espaços 
de participação política e assim ressaltamos ainda que a ideologia dos novos 
movimentos sociais, das redes sociais e participação cidadã ocultam e respaldam a 
propagação do ideário neoliberal de configuração de um Estado Mínimo, que 
implementa políticas públicas focalizadas e seletivas, tendo como parceria estas 
instâncias da sociedade civil. 
Nesse contexto de relação entre o Estado e a Sociedade Civil 
caracterizada pela atuação dos movimentos sociais e dos processos de controle 
social são desenhadas as políticas públicas no cenário brasileiro, os movimentos 
sociais como expressões dos movimentos de luta de classes e lutas sociais são 
atores políticos do processo de configuração das políticas sociais, onde as 
necessidades dos sujeitos transformam-se em demandas que serão reivindicadas 
através das mobilizações, pressões e lutas sociais, este processo de lutas de 
classes e lutas sociais leva a uma instância de negociação e outorgamento. 
Isso não caracteriza que toda implantação de política pública é 
antecedida por processos de lutas. Ou seja, em alguns momentos o Estado para 
evitar as lutas sociais se antecipa às eventuais demandas dos segmentos populares, 
este fato de antecipação às reivindicações e pressões sociais caracteriza que 
implicitamente e de forma tática as demandas e lutas sociais estão presentes no 
processo de gênese de determinada política pública. 
A tese “O ProUni como política pública em suas instânciasmacroestruturais, mesmo institucionais e microssociais” revela que atores sociais 
vinculados aos movimentos sociais, especificamente do Movimento dos sem 
universidade, que mobilizaram ações e reivindicações voltadas a democratização da 
educação. Frente a esta demanda e necessidade, o MEC desenha o ProUni como 
uma medida provisória, iniciando um “jogo de negociações e barganhas políticas” 
entre os movimentos sociais, o próprio MEC e as representações das instituições de 
ensino superior privadas e comunitárias. 
Nesse sentido, as políticas públicas são implementadas 
fundamentalmente através de redes de agentes públicos e, cada vez mais 
frequentemente, também por agentes não governamentais, sendo constituídas no 
processo de interação e relação, perpassado por tensões e conflitos, entre as 
instâncias governamentais e não governamentais; Considerando o ProUni nesse 
cenário, a pesquisa destaca três representantes dos movimentos sociais que 
participaram desse processo de pressões sociais e negociações políticas: 1) o 
Movimento dos Sem Universidade (MSU); 2) os Pré-vestibulares para Negros e 
Carentes (PVNC); e 3) a Educação e Cidadania de Afro-descendentes e Carentes. É 
relevante descrever brevemente a constituição e proposta ideologica desses 
movimentos. 
Com tudo o ProUni foi implementado e instituído pela Medida 
Provisória 176 de 13/09/04 e regulamentado pelo decreto nº 5.245 de 15/10/04, se 
caracterizando como um programa destinado à concessão de bolsas de estudo 
integrais e bolsas de estudo parciais de cinquenta por cento (meia-bolsa) para 
cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas 
de ensino superior, com ou sem fins lucrativos. 
 
 
4.2.1 - A PARTICIPAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NA IMPLANTAÇÃO E 
IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS SOCIAIS E A ORGANIZAÇÃO E A 
MOBILIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO PROCESSO DE CONQUISTA 
DE DIREITOS 
 
Bem como texto constitucional de 1988 é um marco na 
democratização e no reconhecimento dos direitos sociais. Articulada com tais 
princípios, a Constituição alargou o projeto de democracia, compatibilizando 
princípios da democracia representativa e da democracia participativa, e 
reconhecendo a participação social como um dos elementos-chave na organização 
das políticas públicas. 
De fato, com a Constituição de 1988 a participação social passa a 
ser valorizada não apenas quanto ao controle do Estado, mas também no processo 
de decisão das políticas sociais e na sua implementação, em caráter complementar 
à ação estatal. Desde então, a participação social tem sido reafirmada no Brasil 
como um fundamento dos mecanismos institucionais que visam garantir a efetiva 
proteção social contra riscos e vulnerabilidades, assim como a vigência dos direitos 
sociais. 
A garantia de direitos sociais nos campos da educação, saúde, 
assistência social, previdência social e trabalho foi acompanhada da consolidação 
de uma nova institucionalidade objetivando assegurar a presença de múltiplos atores 
sociais, seja na formulação, na gestão, na implementação ou no controle das 
políticas sociais, a consolidação desta participação, na última década, efetuou-se 
principalmente por meio dos diversos formatos de conselhos e dos diferentes 
mecanismos de parceria colocados em prática nas políticas sociais. 
A constituição de conselhos e parcerias no interior destas políticas 
responde a impulsos diversos que atuaram sobre sua criação e desenvolvimento. Os 
conselhos emergem, sobretudo, das demandas de democratização da sociedade em 
face do processo decisório que permeia as políticas sociais. As parcerias, por sua 
vez, inspiram-se em uma demanda de reorganização da intervenção do Estado no 
campo social, em busca de maior igualdade, eqüidade ou eficiência. 
Buscou-se, assim, por intermédio dos conselhos, oferecer canais 
para a participação da população nas decisões sobre os rumos das políticas sociais. 
Mas no processo de constituição de uma esfera pública democrática para o debate e 
a deliberação, os conselhos incorporaram, além dos movimentos sociais, vários 
outros grupos e interesses presentes no debate público setorial. 
A partir de 1988, a construção ou reconstrução dos conselhos 
nacionais de políticas sociais baseou-se nas críticas ao padrão de relação 
predominante entre Estado e sociedade no Brasil, que seria marcado pela falta de 
democratização do processo decisório e à ineficiência da máquina pública. 
No Sistema Brasileiro de Proteção Social (SBPS),7 existem 
atualmente nove conselhos nacionais que contam com a participação da sociedade, 
cobrindo as seguintes políticas setoriais: educação, saúde, trabalho, previdência 
social, assistência social, segurança alimentar, cidades e desenvolvimento rural; de 
forma sintética, os conselhos são instâncias públicas, localizadas junto à 
administração federal, com competências definidas e podendo influenciar ou 
deliberar sobre a agenda setorial, sendo também capazes, em muitos casos, de 
estabelecer a normatividade pública e a alocação de recursos dos seus programas e 
ações, essas instituições estavam presentes em muitas destas políticas, em alguns 
casos desde a sua constituição, como é o caso do Conselho Nacional de Educação, 
do Conselho Nacional de Assistência Social e do Conselho Nacional de Saúde. 
 
 
4.2.1.1 POLÍTICA SETORIAL DA SAÚDE 
 
A saúde foi instituída pela Constituição Federal de 1988 com o um 
direito social conforme art.196. “ A saúde é direito de todos e dever do Estado, 
garantir mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de 
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário as ações e serviços 
para sua promoção, proteção e recuperação” para conceituar saúde, emprestamos a 
definição da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2011 p. 100) que define como 
“[..] estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência 
de enfermidade ou invalidez”. Sendo assim considera-se que ter saúde vai além de 
não ser ou estar doente, trata-se de um conjunto de atitudes, hábitos e condições 
que proporcionam o bem-estar humano e aprimoram a qualidade de vida. Como 
pode ser observado, a OMS buscou definir saúde da maneira mais ampla e positiva, 
incluindo fatores como alimentação, exercícios, acesso da população ao sistema de 
saúde, aspectos como o ambiente social, econômico, o físico e as características e 
comportamentos individuais das pessoas, que também são determinantes para uma 
vida saudável. 
No que tange às políticas públicas de saúde, Rocha (2008,p.1) 
afirma que o sistema Único de Saúde (SUS) [..] vem ampliando as responsabilidade 
municipais na garantia de acesso aos serviços de saúde com base na sua 
descentralização (regionalização) e reorganização funcional”. Foi criado com a 
incumbência de promover justiça e diminuir as desigualdades sociais. 
Neste Programa de Saúde da Família(PSF) que, de acordo com o 
autor possibilitou maior visibilidade às novas formas de se produzir saúde 
particularmente, na atenção básica. 
O SUS é um dos maiores sistemas público de saúde do mundo. 
Abrange desde o simples atendimento ambulatório até o transplante de órgãos, 
garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país, onde 
foi criando, em 1988 pela Constituição Federal Brasileira. 
Além do PSF, há outras políticas de Estado, a saber: Programa 
Crack; Programa de Mais Médicos; Saúde conte com a Gente (saúde Mental); 
Saúde Mais perto de Você (atenção Básica); Saúde não tem Preço (assistência 
farmacêutica); Saúde Toda hora (atenção às urgências) e viver sem limites. Ainda há 
ações voltadas ao combate a Aids, malária e outras doenças, melhorias para saúde 
da gestante e redução da mortalidade infantil. 
Com a publicação da portaria nº3124 de 28 de dezembro de 2012 o 
Ministério da Saúde criou uma terceira modalidade de conformação de que: o NASF 
3 abrindo a possibilidade de qualquer município do Brasil faça implantação de 
equipe NASF, desde que tenha ao menos uma equipe de Saúde da Família 
(BRASIL, 2017). 
Bom as políticas públicas específicas estão a da saúde que integra o 
campo de social do Estado orientado para a melhoria das condições de saúde da 
população e dos ambientes natural, social e do trabalho, sua missão consiste em 
organizar as funções públicas governamentais para a promoção, proteção e 
recuperação da saúde dos indivíduos e da coletividade, no Brasil, as políticas 
públicas de Saúde orientam-se conforme CF/1988. 
 
 
5 
CONCLUSÃO 
 
Relatamos que os ​movimentos sociais​ no Brasil têm uma história 
marcada por grandes lutas e embates realizados contra governos autoritários e luta 
pela liberdade e ​democracia onde a história do Brasil é marcada por lutas e revoltas 
populares, visto que a política social é um termo que se refere à política de ação 
que visa, mediante esforço organizado, atender necessidades sociais cuja resolução 
ultrapassa a iniciativa privada, individual e espontânea, requerendo deliberada 
decisão coletiva regida por princípios de justiça social, que, por sua vez, devem ser 
amparados por leis que efetivem direitos, onde os movimentos sociais desse 
período contribuíram para o avanço e conquista de vários direitos sociais e da 
elaboração da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que 
assegurou diversas garantias constitucionais, com o objetivo de dar maior 
efetividade aos direitos fundamentais, permitindo a participação do Poder Judiciário 
sempre que houver lesão ou ameaça de lesão a direitos. Nesse sentido, as políticas 
públicas são implementadas fundamentalmente através de redes de agentes 
públicos e, cada vez mais frequentemente, também por agentes não 
governamentais, sendo constituídas no processo de interação e relação, perpassado 
por tensões e conflitos, entre as instâncias governamentais e não governamentais. 
Tendo em vista que a CF de 1988, participação social passa a ser valorizada não 
apenas quanto ao controle do Estado, mas também no processo de decisão das 
políticas sociais e na sua implementação, em caráter complementar à ação estatal. 
Desde então, a participação social tem sido reafirmada no Brasil como um 
fundamento dos mecanismos institucionais que visam garantir a efetiva proteção 
social contra riscos e vulnerabilidades, assim como a vigência dos direitos sociais. 
Então podemos relatar que através de grandes lutas de direito às políticas públicas 
veio a construir um país com menos desigualdades sociais com mais direitos 
garantindo pela Constituição Federal de 1988. Podemos sim mudar o Brasil para 
melhor se cada um fazer suas partes. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
http://www.unoparead.com.br/sites/bibliotecadigital/​. 
www.google.com.br 
Movimentos sociais e política – releituras contemporâneas disponível em 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-49792008000300001 
acessado em 18/04/2018 
As Políticas Sociais no Contexto Brasileiro: natureza e desenvolvimento 
http://books.scielo.org/id/vwc8g/pdf/piana-9788579830389-02.pdf acessado em 
18/04/2018 
Breve Histórico dos Movimentos Sociais no Brasil 
http://www.portalconscienciapolitica.com.br/products/breve-historia-dos-movimentos-
sociaisno-brasil/ 
://www.portalconscienciapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/movimentos-sociais/ 
acessado em 19/07/2018 
ZAMBOM E PEREIRA, Rodrigo Eduardo e Maria Lucimar. ​Políticas Setoriais e 
Políticas Setoriais Contemporâneas.​ 2018 - UNOPAR

Continue navegando