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CAPITALISMO Economia Política-Professora: Silvia Cangussu ECONOMIA POLÍTICA Ciência que estuda as relações sociais de produção, circulação e distribuição de bens materiais, definindo as leis que regem estas relações. ECONOMIA POLÍTICA Sobrevivência humana sociedade – necessidades – produção Produção: atividade humana (trabalho) – meios de produção Produção é social (cada vez mais) Modos de produção diferenciados Comunidade primitiva, Escravismo, Feudalismo e Capitalismo (socialismo) Mercantilismo Idade moderna – 1403/1789 A partir do século XVI observamos o nascimento da primeira escola econômica: o mercantilismo. Que tinha algumas preocupações explícitas sobre acumulação de riquezas de uma nação. Fomentar o comércio exterior e entesourar riquezas. O mercantilismo esteve presente no contexto político do Absolutismo Monárquico. Como um conjunto de medidas econômicas que garantia às monarquias acumular internamente grande quantia de metais preciosos. Tendo como base para isso os lucros com as atividades mercantis e principalmente pela exploração das colônias. Mercantilismo Idade moderna – 1403/1789 Teve inicio no século XV durante a expansão marítima e comercial, com o interesse de enriquecer a nação (principalmente a burguesia); e reforçar o poder real (Estado), o mercantilismo perdurou até o século XVIII, passando por varias transformações e adaptações para adequar-se à realidade e a conjuntura econômica de cada país. Mercantilismo Idade moderna – 1403/1789 No século XVII, vários Estados preocuparam-se com o comércio externo, com o desenvolvimento do mercado interno e a indústria manufatureira no intuito de evitar as importações, mantendo a balança comercial favorável; No século XVIII foi o momento em que as colônias passaram de apenas fornecedoras de matérias-primas para mercados consumidores, tornando-se extensão dos mercados nacionais. Mercantilismo Idade moderna – 1403/1789 Forte intervenção do Estado na economia: utilizado para proteger o mercado interno, os monopólios comerciais e a expansão dos mercados internacionais esta medida fortalecia o Estado e a burguesia comercial; Metalismo ou Bulionismo: idéia da época na qual a riqueza das nações era medida pela quantidade de metais preciosos presente em seu país; passou a ser criticado a partir do século XVII quando verificou-se que não bastava acumular metais sem preocupar-se em manter a balança comercial favorável. Principais características do mercantilismo Exemplo disso temos a Espanha, que era, no século XV, o país mais rico da Europa em consequência do ouro e da prata oriundos de suas colônias da América. O atraso do comércio das manufaturas e da agricultura espanholas, entretanto, obrigavam a Espanha a importar de outros países europeus a quase totalidade das mercadorias necessárias ao seu consumo. Como essas importações eram pagas em ouro e prata, os metais preciosos que chegavam à Espanha eram, em seguida, desviados para o resto da Europa. Principais características do mercantilismo Balança Comercial Favorável: basicamente é exportar mais do que importar, ou vender mais caro o que se comprou. Protecionismo: utilizado para proteger o mercado interno, consistia no aumento das taxas alfandegárias que acarretava em duplo objetivo; Principais características do mercantilismo Monopólio: a maioria dos Estados utilizava do monopólio para assegurar o domínio das atividades econômicas de seu país. Exploração da Colônias; Principais características do mercantilismo O desenvolvimento da indústria; O crescimento do comércio; A expansão do poderio naval. A meta era a obtenção da autossuficiência econômica e a produção de excedentes exportáveis. Principais objetivos da política mercantilista A aplicação das medidas mercantilistas dependiam da situação de cada nação. Em alguns casos a colonização foi utilizada, em outros o desenvolvimento industrial manufatureiro metropolitano é que foi decisivo na escolha da política econômica. O conjunto de políticas econômicas, o Mercantilismo, está diretamente vinculado com o processo de transição (Idade Moderna), que reforçou os Estados Nacionais, a burguesia comercial, a expansão marítima e o sistema colonial. Política mercantilista O conjunto de políticas econômicas, o Mercantilismo, está diretamente vinculado com o processo de transição (Idade Moderna), que reforçou: Os estados nacionais; A burguesia comercial; A expansão marítima; E o sistema colonial. Política mercantilista Considerava que o governo de um país seria mais forte e poderoso quanto maior fosse seu estoque de metais preciosos. O mercantilismo estimulou guerras, exacerbou o nacionalismo e manteve a poderosa e constante presença do Estado em assuntos econômicos. Mercantilismo Idade moderna – 1403/1789 Os mercantilistas procuravam maximizar o saldo da balança comercial pela expansão das exportações e compressão das importações. [...] tudo era feito para maximizar a acumulação de ouro e prata. Era uma política de elevada intervenção estatal na economia, principalmente na indústria e no comércio exterior, este último baseado na expansão dos mercados através das rotas marítimas e do comércio entre as metrópoles e as colônias. Mercantilismo Idade moderna – 1403/1789 O comércio entre as metrópoles as colônias era realizado, estabelecendo um “pacto colonial no qual “todo o comércio externo das colônias efetuava-se unicamente com a metrópole, que fixava os preços e as quantidades dos produtos comercializados. [...] política que consolidou as economias nacionais dos grandes países europeus, mas estabeleceu as raízes do subdesenvolvimento contemporâneo.” - O comércio internacional era a principal fonte de riqueza. Mercantilismo Idade moderna – 1403/1789 Mercantilismo Idade moderna – 1403/1789 Mercantilismo X liberalismo ORIGEM DO CAPITALISMO O capitalismo teve origem na Europa, nos séculos XV e XVI, e se expandiu para outros lugares do mundo ( Ásia, África, Oceania), que estava sendo incorporada na economia mundial. Seus principais mecanismos foram sendo alterados para se adaptar às novas formas de relações políticas e econômicas estabelecidas entre as nações ao longo do tempo. O QUE É O CAPITALISMO Capitalismo é o sistema econômico em que os meios de produção (terras, fábricas, máquinas, edifícios) e o capital (dinheiro) são propriedade privada, ou seja, tem um dono. COMO FUNCIONA O CAPITALISMO Tem como principal objetivo o lucro. Baseia-se na propriedade privada dos meios de produção. Tem no dinheiro ou seus similares(cartões de crédito, cheques) o seu principal meio de troca. Funciona conforme a lei da oferta e da demanda – economia de mercado Nas relações de trabalho predomina o trabalho assalariado. O trabalhador “vende” seu trabalho para os donos dos meios de produção. No sistema capitalista, a sociedade é baseada na divisão de classes. CAPITALISMO Para entender melhor a evolução do capitalismo, vamos considerar três fases principais nesse processo: 1- fase: Capitalismo comercial ou pré-capitalismo 2- fase: Capitalismo industrial 3- fase: Capitalismo financeiro ou monopolista 1ª. Fase: Capitalismo comercial (séc. XVI ao XVIII) Expansão Marítima Economia Mercantilista Metalismo Trabalho Escravo Lucro : exploração das colônias americanas. 1ª. Fase: Capitalismo comercial (séc. XVI ao XVIII) 1ª. Fase: Capitalismo comercial (séc. XVI ao XVIII) É o período das grandes navegações ou descobrimentos, quando novas terras – principalmente do continente americano chamado de “Novo Mundo” – passaram a fazer parte do mundo até então conhecido como Velho Mundo. Nessa época países da Europa ocidental (Portugal, Espanha, França e Inglaterra) obtiveram grandes conquistas territoriais no Novo Mundo e fizeram dos territórios recém-conquistados suas colônias. 1ª. Fase: Capitalismo comercial (séc. XVI ao XVIII) As regras das relações entre as metrópoles ecolônias foram estabelecidas pelo Pacto Colonial, segundo o qual a colônia só podia manter relações comerciais com a metrópole. Surgiu , assim, a primeira divisão internacional do trabalho (DIT). COLÔNIA METRÓPOLE metais preciosos e especiarias produtos manufaturados 1ª. Fase: Capitalismo comercial (séc. XVI ao XVIII) Inspirados na teoria mercantilista, os países colonizadores, através do comercio com suas colônias, geraram acúmulo de capital, que permitiu o desenvolvimento do que muitos consideram o inicio do verdadeiro capitalismo, isto é, a sua fase industrial. 2ª. Fase: Capitalismo Industrial(fim do séc. XVIII ao início do séc. XX) Revolução Industrial Expansão das redes de transporte Trabalho assalariado Liberalismo 2ª. Fase: Capitalismo Industrial(fim do séc. XVIII ao início do séc. XX) 2ª. Fase: Capitalismo Industrial(fim do séc. XVIII ao início do séc. XX) Essa fase se estendeu do século XVIII ao XX, foi marcada pela a Primeira e pela Segunda Revolução Industrial e pela partilha da África e da Ásia entre as potencias colonialistas europeias – o imperialismo. 2ª. Fase: Capitalismo Industrial(fim do séc. XVIII ao início do séc. XX) Mais valia 2ª. Fase: Capitalismo Industrial(fim do séc. XVIII ao início do séc. XX) A produção industrial tornou-se a maior fonte de lucro, e o trabalho assalariado passou a ser a relação típica do capitalismo. Quem recebia salário acabava consumindo os produtos que ajudava a fabricar. 2ª. Fase: Capitalismo Industrial(fim do séc. XVIII ao início do séc. XX) O trabalho tornou–se mercadoria. Aquele que não possuía meios de produção, nem capital, vendia a sua mercadoria, ou seja, a sua força de trabalho. 2ª. Fase: Capitalismo Industrial(fim do séc. XVIII ao início do séc. XX) A DIT da fase do capitalismo industrial, na realidade mudou muito pouco em relação à do capitalismo comercial. A diferença principal é que as metrópoles passaram a ser industrializadas. COLÔNIA matérias primas Produtos industrializados METRÓPOLE 2ª. Fase: Capitalismo Industrial(fim do séc. XVIII ao início do séc. XX) Especialização do trabalho Aumento dos lucros Novas tecnologias (máquinas) Aumento da produtividade e qualidade Diminuição dos custos Esquema do capitalismo industrial: 2ª. Fase: Capitalismo Industrial(fim do séc. XVIII ao início do séc. XX) Segunda Revolução Industrial (final do séc. XIX/início do séc. XX): Petróleo (energia) e aço (metalurgia). Indústrias de grande porte: siderúrgicas, metalúrgicas, petroquímicas, automobilísticas, navais e ferroviárias. Mecanização do campo. Busca por matérias-primas na África e na Ásia. 3ª. Fase: Capitalismo financeiro (a partir da 2ª.Guerra Mundial) Formação de Monopólios e oligopólios Introdução de novas tecnologias e fontes de energia Avanço na siderurgia Expansão Imperialista 3ª. Fase: Capitalismo financeiro (a partir da 2ª.Guerra Mundial) Desenvolveu-se após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). O capital acumulado nas etapas anteriores precisava de outras atividades, além da atividade industrial, para ser multiplicado. Foi quando se desenvolveu os bancos, as corretoras de valores e grandes grupos empresariais e se iniciou o processo de concentração de capital. O capital de financiamento é aquele fornecido pelos bancos. CAPITAL INDUSTRIAL CAPITAL DE FINANCIAMENTO CAPITAL FINANCEIRO + = 3ª. Fase: Capitalismo financeiro (a partir da 2ª.Guerra Mundial) A concentração de capital nas mãos de poucas pessoas ou empresas trouxe, como consequências, a monopolização e, depois, a oligopolização de vários setores da economia, que passaram a ser dominados por grandes grupos econômicos. 3ª. Fase: Capitalismo financeiro (a partir da 2ª.Guerra Mundial) O monopólio ocorre quando uma empresa domina a oferta ,de determinado produto ou serviço. Uma forma mais aprimorada de monopólio é o oligopólio, quando um grupo de empresa domina o mercado de determinado produto ou serviço. 3ª. Fase: Capitalismo financeiro (a partir da 2ª.Guerra Mundial) O Estado se tornou nesta terceira fase do capitalismo um empresário e planejador caracterizando o liberalismo econômico, porém esta pratica econômica foi perdendo terreno, até ser provisoriamente esquecido, após a crise de 1929, decorrente da queda da Bolsa de Valores da Nova York. A partir de então, o Estado assumiu duplo papel como agente econômico: o de empresário, como proprietário de empresas (estatais), e o planejador. Assim, passou na intervir diretamente na economia. 3ª. Fase: Capitalismo financeiro (a partir da 2ª.Guerra Mundial) O principal teórico e defensor da intervenção estatal na economia oligopolizada foi o inglês John Maynard Keynes (1883-1946). Sua teoria, que ficou conhecida como keynesianismo, propunha a intervenções do Estado na vida econômica com o objetivo de garantir o pleno emprego. Na década de 1980, as ideias do liberalismo clássico foram retomadas. Mas, depois da lição crise de 1929, foram vistas com um pouco mais de cautela. O neoliberalismo prega a não intervenção do Estado na economia, a não ser para controlar as crises. A política neoliberal cresceu e praticamente dominou a economia na década de 1990. CAPITALISMO v RESUMO DAS FASES DO CAPITALISMO Capitalismo DIT (DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO) Durante o capitalismo financeiro surgiu três DITs bem diferentes. DIT DO IMPERIALISMO DIT CLÁSSICA DIT DA NOVA ORDEM MUNDIAL DIT (DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO) DIT DO IMPERIALISMO: Entre período que vai do final da Primeira Guerra Mundial (1918) até o final da Segunda (1945), algumas potências ocidentais (Inglaterra, França e Holanda) ainda mantinham suas colônias na Ásia e na África. Portanto, a divisão internacional do trabalho permanece a mesma da fase do imperialismo ou capitalismo industrial. COLÔNIA matérias primas produtos industrializados METRÓPOLE DIT (DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO) DIT CLÁSSICA: Com a descolonização da Ásia e da África (1947-1975), os novos países surgidos nesses continentes passaram a fazer parte, ao lado das antigas colônias da América, do conjunto dos países subdesenvolvidos. Estabeleceu-se, então, o que dominamos de DIT clássica, que caracteriza as relações entre os países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos não industrializados. matérias primas PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS NÃO INDUSTRIALIZADOS PAÍSES DESENVOLVIDOS produtos industrializados, investimentos e concessão de empréstimos DIT (DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO) DIT DA NOVA ORDEM MUNDIAL: Nesse mesmo período, com a industrialização de alguns países subdesenvolvidos, uma outra DIT passou a conviver com a DIT clássica. É a que expressa o relacionamento entre os países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos industrializados. PAÍSES DESENVOLVIDOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO Produtos industrializados, tecnologia e capital – empréstimos e investimentos (produtivos e especulativos) Matéria-prima, produtos industrializados e capital – lucros das transnacionais e do capital especulativo, pagamento de juros e da dívida externa, royalties pela propriedade intelectual CAPITALISMO Um dos fenômenos do capitalismo é a globalização. A globalização é gerada pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países desenvolvidos. GLOBALIZAÇÃO GLOBALIZAÇÃO A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, que teria sido impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países desenvolvidos cujos mercados internos já estão saturados. O processo de Globalização diz respeito à forma comoos países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtêm-se como consequência o aumento acirrado da concorrência. Meios de comunicação + Meios de transporte + Multinacionais = GLOBALIZAÇÃO Multinacionais: empresas que atuam em muitos países, mas possuem uma única matriz. Transnacionais: multinacionais que agem como se não existissem fronteiras entre os países. Sobre as multinacionais: Origem: países desenvolvidos (maioria) = onde se originaram as grandes corporações na 1ª Revolução Industrial Empresas corporativas: adquirem outras empresas para terem acesso a todas as etapas do meio de produção (matéria-prima, fabricação, distribuição...) = fusões Formam conglomerados e holdings: Conglomerados: conjunto de empresas que atuam em vários setores da economia, mas fazem parte de uma empresa líder. Holding: empresa líder do conglomerado. Processo produtivo fragmentado (cada parte do produto é feita em um lugar) Na nova DIT filiais em países subdesenvolvidos que tivessem: mão-de-obra barata mercado consumidor matérias-primas abundantes incentivos fiscais e trabalhistas Nos países desenvolvidos tecnopólos e alta tecnologia e qualificação Fluxos da globalização (Fluxo: “qualquer movimento contínuo ou que se repete no tempo” - Aurélio) Fluxo de mercadorias Fluxo de pessoas Fluxo de capitais Fluxo de informações Meios de transporte: Rodoviário Ferroviário Aéreo Marítimo (75% das mercadorias) Meios de comunicação: Rádio e televisão Satélites orbitais Telefonia Internet EFEITOS COLATERAL: O SUBDESENVOLVIMENTO CAUSAS: Processo de Descolonização Dependência Econômica Dívida Externa Guerras civis Corrupção EFEITOS COLATERAL: O SUBDESENVOLVIMENTO CONSEQUÊNCIAS: Fome Falta de Moradia Desemprego Falta Saneamento Básico Baixa Expectativa de Vida EFEITOS COLATERAL: O SUBDESENVOLVIMENTO
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