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Noções de Direito Constitucional

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1 Material disponível no site: www.assimpassei.com.br – Direito e outras coisas 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
Conceito de Constituição: 
Conforme Alexandre de Moraes é: ―a lei fundamental e 
suprema de um Estado, que contém normas referentes à 
estruturação do Estado, à formação dos poderes públicos, 
forma de governo e aquisição do poder de governar, 
distribuição de competências, direitos, garantias e deveres 
dos cidadãos - (MORAES, Alexandre de. Direito 
constitucional, p. 6). 
 
Pode-se dizer, também, “que em sentido amplo, genérico, é a própria 
organização estatal. Todos os países possuem suas Constituições, que lhes são próprias. Em 
sentido restrito, define-se a Constituição como o conjunto de normas jurídicas necessárias e 
básicas à estruturação de uma sociedade política, geralmente agrupadas em uma única Lei 
Fundamental.” (MASCARENHAS, Paulo, Manual de Direito Constitucional, 2010, p. 16) 
Portanto, podem ser consideradas normas constitucionais as que tratam sobre: 
a) Estruturação do Estado; 
b) Formação dos poderes públicos; 
c) Forma de governo e aquisição do poder de governar; 
d) Distribuição de competências; 
e) Direitos, garantias e deveres dos cidadãos. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 
 
Este tema é MUITO exigido em provas, estude com bastante atenção: 
 
1. Quanto ao conteúdo: 
 
Constituição material, real, substancial ou de conteúdo – é aquela que trata 
especificamente sobre divisão do poder político, distribuição de competência e direitos 
fundamentais. 
 
Constituição formal - abrange todas as normas jurídicas que tem como fonte o 
poder constituinte, gozando da prerrogativa de supremacia perante as outras normas 
jurídicas. 
 
Figura 1 Projetado por Freepik.com 
 
2 Material disponível no site: www.assimpassei.com.br – Direito e outras coisas 
 
2. Quanto à forma: 
 
Constituição escrita – É aquela que está reunida em um único texto, como todas 
as Constituições brasileiras desde 1824. 
 
Constituição não escrita, consuetudinária ou costumeira – Nesta hipótese as 
normas não são reunidas em um único documento, não são codificadas em um texto solene. 
Estão previstas em leis esparsas, costumes, jurisprudência e convenções. O Exemplo mais 
famoso é a Constituição inglesa. 
 
3. Quanto ao modo de elaboração: 
 
Constituição dogmática - Se materializam em um único momento, agregando ao 
texto constitucional os valores políticos e ideológicos predominantes de dado momento 
histórico. 
Constituição histórica – É fruto de lenta evolução histórica, representa a síntese 
da evolução da sociedade, engloba costumes, precedentes, convenções, jurisprudências e 
textos esparsos, como na Constituição inglesa. 
 
4. Quanto ao objeto ou ideologia: 
 
Constituição liberal ou negativa – É exteriorização do triunfo da ideologia 
burguesa do século XVIII, onde tinha por objetivo a não intervenção do Estado v.g. não há 
previsão sobre ordem econômica. 
 
Constituição social ou positiva – Correspondem a momento posterior da 
evolução do constitucionalismo, em que passou a se exigir a intervenção do Estado atuando 
de forma positiva, como implementação dos direitos sociais e da ordem econômica. 
 
5.Quanto a estabilidade: 
 
Constituição rígida – Só poderão ser alteradas atendendo a um processo mais 
rigoroso que as normas infraconstitucionais. Ex: art.60, §2 CF/88. 
 
Constituição flexível ou plástica – Não exigem nenhum procedimento especial 
para sua alteração, podendo ser alterada pelo processo legislativo ordinário, eventuais 
colisões entre normas constitucionais e normas legais são solucionadas pelo critério 
cronológico, v.g. Constituição da França, Noruega e da Itália de 1848. 
 
Constituição semi-rígida ou semi-flexíveis – Contém uma parte flexível e outra 
rígida, assim, alguns dispositivos exigem procedimento especial para alteração, outros não, 
v.g., Constituição brasileira de 1824: ―Art. 178. É só constitucional o que diz respeito aos 
limites, e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos Direitos Políticos, e individuais 
dos Cidadãos. Tudo o que não é Constitucional pode ser alterado sem as formalidades 
referidas pela atividade legiferante ordinária. 
 
Constituição relativamente pétrea ou super-rígida – Estas além de exigirem 
quorum diferenciado para sua modificação, é, em alguns pontos, imutável. Para os que 
seguem esta posição seria o caso da Constituição brasileira de 1988 em razão do art.60, §4. 
 
Constituição imutável ou pétrea – essa denominação criada por Hans Kelsen, 
 
3 Material disponível no site: www.assimpassei.com.br – Direito e outras coisas 
significa afirmar que estas seriam Constituições que não admitem alteração alguma, nem 
mesmo por processo solene. 
 
6. Quanto à origem: 
 
Constituição promulgada, democrática, popular ou votada – elaboradas pela 
Assembléia Nacional Constituinte, composta por representantes legitimamente eleitos pelo 
povo, com a finalidade de sua elaboração. P.ex. Constituições brasileiras de 1891, 1934, 1946 
e 1988. 
Constituição outorgada – Elaboradas sem a participação popular, estas são 
impostas pelo poder da época. v.g. Constituição de 1824, (outorgada pelo Imperador Dom 
Pedro I), a Constituição de 1937 (imposta por Getúlio Vargas), A Carta Política de 1967 
(instituída pelo regime militar) e Emenda Constitucional nº 1/69 que alterou 
substancialmente a Constituição de 1967 (outorgada por uma junta militar). Constituição 
cesarista5– formada por plebiscito popular sobre um projeto elaborado por um imperador 
(plebiscito napoleônico) ou por um ditador (plebiscito de Pinochet, no Chile). A participação 
popular, neste caso, não é democrática, pois visa apenas ratificar a vontade do detentor do 
poder. 
Constituição pactuada – formada por um compromisso instável de duas forças 
políticas rivais. 
Ex. as Constituições francesa de 1791, da Espanha de 1845 e 1876, Constituição 
da Grécia de 1844. 
 
7. Quanto ao sistema 
 
Constituição principiológica - Nela há predominância de princípios, sendo, assim, 
necessária a ação concretizadora do legislador ordinário. Ex: CRFB/88. 
 
Constituição preceitual – Nesta prevalecem às regras v.g. Constituição mexicana 
8. Quanto ao modelo ou finalidade: 
 
Constituição-garantia – É a Constituição que tem por fim a limitação do poder 
estatal. É a chamada Constituição negativa, porque estabelece limites sobre a atuação do 
Estado na vida do cidadão, um non facere. Ex: Constituição dos E.U.A. 
 
Constituição dirigente, plano, diretiva, programática, ideológico-programática, 
positiva, doutrinal ou prospectiva - Além de estruturar e delimitar o poder do Estado, prevê 
um plano de metas e programas a serem atingidos pelo Estado. Este tipo de Constituição é 
recheada de normas programáticas, carecendo da atuação do legislador para torná-la efetiva, 
o que, para muitos, é temeroso. 
 
A título de exemplo, a Constituição de 1988, que é dirigente, possui diversos 
dispositivos programáticos, sendo o mais emblemático o art. 3 onde prevê desenvolvimento 
nacional, diminuição das desigualdades sociais, dentre outras previsões. 
 
Constituição-balanço – Registra o estágio onde se encontra as relações de poder 
no Estado. A constituição registra a ordem política econômica e social existente, refletindo a 
luta de classes no Estado. A Constituição soviética adotava este modelo, a cada novo estágio 
rumo a construção do comunismo, uma nova Constituição era promulgada, por isso a URSS 
possuiu Constituições em 1924, 1936, 1977. 
 
 
 
4 Material disponível no site: www.assimpassei.com.br – Direito e outras coisas 
9. Quanto ao tamanho ou extensão. 
 
Constituição sintética, breve, sumária, básica ou concisa – Dispõe sobre aspectos 
fundamentais de organização do Estado em poucos artigos.Ex: Constituição norte-americana. 
 
Constituição analítica, inchada, ampla, minuciosa, detalhista, desenvolvida ou 
prolixa – Não se atém aos aspectos fundamentais, dispõe sobre diversos outros assuntos ou 
até mesmo dispondo demasiadamente sobre aspectos políticos, devido sua extensão, contém 
normas que não são materialmente constitucionais. Ex. Constituição do Brasil de 1988 e a 
Constituição da indiana de 1950. 
 
10. Quanto à dogmática: 
 
Constituição ortodoxa ou ideológica – Quando formada por uma única ideologia, 
v.g. 
Constituição soviética de 1936 e Constituição brasileira de 1937. 
 
Constituição eclética, pragmática, utilitária ou compromissória – Formada por 
diferentes ideologias conciliatórias. Dentre as quais podemos citar a Constituição brasileira de 
1988, que p.ex. teve a aprovação do sistema de governo (presidencialismo) com 344 votos a 
favor e 212 contra. 
 
11.Quanto à correspondência com a realidade política: 
 
Constituições nominativas ou nominal – Embora tenham sido criadas com o 
intuito de regulamentar a vida política do Estado, não conseguem implementar este papel, 
pois estão em descompasso com a realidade política, tal qual aconteceu com as Cartas 
Políticas brasileiras de 1824 e 1934. 
 
Constituição normativa – são as Cartas políticas que conseguem estar alinhada 
com a realidade política, como a Constituição de 1988. 
 
Constituição semântica – Não tem por fim regular a vida política do Estado, 
buscam somente formalizar e manter o poder político 
vigente, como as Constituições de 1937, 1967/69. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CF/88 É PRAFED(ê) 
 
P = Promulgada 
R = Rígida 
A = Analítica 
F = Formal 
E = Escrita 
D = Dogmática 
 
 
5 Material disponível no site: www.assimpassei.com.br – Direito e outras coisas 
Legenda 
Destaque 
Combinação de informações 
Pegadinhas recorrentes 
Memorizar

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