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PENAL IV - Caso Conreto 3

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DIREITO PENAL IV
Caso concreto – Semana 03
Caso concreto. ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo automotor, procura seu amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro guardado em sua casa por um tempo. LAURO aceita a incumbência e age conforme o combinado, unicamente com a intenção de ajudar ARNALDO. Contudo, a autoria do roubo é descoberta, pois a Polícia Civil consegue recuperar o veículo que ainda estava com LAURO. Dos fatos, ARNALDO e LAURO são denunciados em processo-crime pelo delito de roubo, sendo LAURO, considerado partícipe do delito. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
	Resposta: Não. Trata-se de crime de favorecimento real (art. 349 do CP), pois Lauro apenas deu guarda ao proveito do crime de roubo cometido por Arnaldo. Sendo assim, não há que se falar em participação e muito menos em coautoria, pois Lauro não teve nenhuma ação na realização do crime de roubo, não auxiliou no mesmo e nem tinha conhecimento prévio deste.
b) O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de LAURO? 
	Resposta: Não, conforme art. 108 do CP. A inimputabilidade de Arnaldo é irrelevante para a aplicação tipificação da conduta de Lauro. Ademais apesar de menor não praticar crime, mas sim ato infracional, o ECA define ato infracional como a conduta descrita como crime ou contravenção penal, logo o fato crime subsiste.
Questão objetiva. Xisto, Vereador de um determinado município do Estado de Sergipe, com o escopo de vingar-se do seu desafeto Tácito, também Vereador do mesmo município, faz uma denúncia escrita de crime eleitoral perante a Autoridade Policial contra Tácito, sabendo da inocência deste, apresentando-se como Moisés para não ser identificado. O Inquérito Policial é instaurado pela Autoridade Policial. Neste caso Xisto cometeu crime de 
a) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos, aumentada de um terço. 
b) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, aumentada de um terço. 
c) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos e multa, aumentada da sexta parte.
d) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, sem qualquer majoração.
e) denunciação caluniosa, com pena de 2 a 8 anos, sem qualquer majoração.

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