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Aula 04 Direito Administrativo p/ TCM-RJ - Técnico de Controle Externo (Com videoaulas) Professor: Daniel Mesquita Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita AULA 04: Serviços públicos. SUMÁRIO 1) INTRODUÇÃO À AULA 04 1 2) SERVIÇOS PÚBLICOS 2 2.1. INTRODUÇÃO E CONCEITO 2 2.2. COMPETÊNCIA 6 2.3. CLASSIFICAÇÃO 9 2.4. REGULAMENTAÇÃO E CONTROLE 14 2.5. REQUISITOS DO SERVIÇO PÚBLICO (PRINCÍPIOS) 16 2.6. FORMAS E MEIOS DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO 24 2.7. CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO 26 2.7.1. DEFINIÇÕES E ASPECTOS GERAIS 26 2.7.2. ENCARGOS E PODERES DO PODER CONCEDENTE 46 2.7.3. ENCARGOS DA CONCESSIONÁRIA 49 2.7.4. RESPONSABILIDADE 54 2.7.5. FORMALIDADES PARA A CELEBRAÇÃO DE UM CONTRATO DE CONCESSÃO 58 2.7.6. LICITAÇÃO PRÉVIA À CELEBRAÇÃO DOS CONTRATOS 60 2.7.7. CONTRATO DE CONCESSÃO OU PERMISSÃO 67 2.7.8. POLÍTICA TARIFÁRIA 70 2.7.9. DISTINÇÃO ENTRE CONCESSÃO E PERMISSÃO 73 2.7.10. DIREITOS E OBRIGAÇÕES DO USUÁRIO 76 2.7.11. EXTINÇÃO DA CONCESSÃO OU PERMISSÃO 79 3) RESUMO 101 4) QUESTÕES 107 5) REFERÊNCIAS 131 1) Introdução à aula 04 Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Que bom que você veio para nossa aula 04 de direito administrativo, do curso preparatório para TCM-RJ Técnico de Controle Externo. Nesta aula, abordaremos um assunto muito importante: ³Serviços Públicos: conceito, elementos e classificação�´�� Pessoal, é importante que você leia todos os tópicos para não ser surpreendido na hora da prova. E lembre-se teremos bateria de questões só da IBFC. Num concurso como este, a matéria é muito extensa. Não há como você ler a matéria hoje e apreender tudo até no dia da prova. Por isso, programe-se para ler os resumos na semana que antecede a prova. Lembre-se: o planejamento é fundamental. Chega de papo, vamos à luta! 2) Serviços Públicos 2.1. Introdução e conceito Para iniciar o estudo sobre serviços públicos, importante destacar que a Constituição Federal de 1988, em seu art. 175, atribui expressamente ao Poder Público a titularidade para a prestação de serviços públicos. Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre: I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II - os direitos dos usuários; III - política tarifária; IV - a obrigação de manter serviço adequado Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Note que a prestação do serviço público pode ser executada de maneira DIRETA (pela própria Administração Pública Direta ou Indireta) ou INDIRETA (por particulares, mediante delegação, por meio de concessão ou permissão). No caso da execução indireta, é obrigatória licitação prévia. ATENÇÃO!!! A titularidade na prestação de um serviço público é intransferível, ou seja, nunca sai das mãos da Administração Pública. O que pode ser transferido aos particulares é a execução do serviço público, mas nunca a titularidade. Sem prejuízo do disposto anteriormente, que descreve a regra geral dos serviços públicos no Brasil, há atividades que devem ser prestadas como serviços públicos pelo Estado, sem intuito de lucro, mas também podem ser exercidas complementarmente pelo setor privado por direito próprio, como serviços privados, sem adotar o regime de delegação. Essa situação peculiar é própria de atividades pertinentes aos direitos fundamentais sociais (exs: educação e saúde). Nesse caso, a titularidade dos serviços públicos não é exclusiva do poder público. A Lei nº 8.987/95 é o diploma normativo específico que regula a forma pela qual o Estado transfere a prestação de serviço público para o setor privado, mediante delegação (concessão e permissão). É possível a delegação de serviços públicos mediante autorização? Sim, em hipóteses excepcionais (ex: telecomunicações). Já podemos abordar, nesse momento, o conceito de serviço público. Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Apesar de não haver essa definição na Constituição ou nas leis, convém registrar, pUHOLPLQDUPHQWH�� TXH� D� H[SUHVVmR� ³VHUYLoR� S~EOLFR´� pode ser empregada em um sentido subjetivo, referindo-se ao conjunto de órgãos e entidades que desenvolvem atividades administrativas, ou em um sentido objetivo, quando trata de determinada coleção de atividades. Para o nosso estudo, interessa apenas o sentido objetivo. Os elementos são: Elemento formal e elemento material. Para o sentido objetivo, prevalece o conceito formal que considera serviço público qualquer atividade de oferecimento de utilidade material à coletividade, desde que, POR OPÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO, essa atividade deva ser desenvolvida sob regime de Direito Público. Segundo entendimento doutrinário dominante, o Brasil filia-se à corrente formalista. Conforme destaca Fernanda Marinela, como a noção de serviço público não permanece estática, mudando de acordo com as necessidades sociais em dado momento histórico e em certo espaço físico, o Estado, por meio da Constituição ou lei, escolhe quais as atividades que são consideradas de interesse geral e rotula como serviços públicos, dando-lhes um tratamento diferenciado. Assim, Marinela considera como serviço público toda atividade de oferecimento de utilidade e comodidade material, destinada à satisfação da coletividade, mas que pode ser utilizada singularmente pelos administrados, e que o Estado assume como pertinente a seus deveres e presta-a por si mesmo, ou por quem lhe faça as vezes, sob um regime de direito público, total ou parcialmente. Para entender melhor onde se localiza o serviço público na atividade estatal, veja o esquema abaixo: Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Como é possível perceber, os serviços públicos não podem ser confundidos com a exploração da atividade econômica. Esta última é a intervenção do Estado no domínio econômico, ou seja, é a interferência do Poder Público em segmento da atividade econômica exercida pelos particulares, no exercício da livre iniciativa, para fomentar ou assegurar o cumprimento da disciplina legal do setor (ex: exercício de atividade econômica pelo Banco do Brasil ou pela Petrobras não é prestação de serviço público). Igualmente, os serviços públicosdiferem das limitações administrativas, exercidas por meio do poder de polícia, restringindo, limitando atividades e interesses dos particulares ligados à propriedade e à liberdade, para a realização do bem-estar social. São distintos também das atividades que caracterizam sacrifícios de direito, realizadas por intermédio das formas de intervenção na propriedade, como as desapropriações, as requisições e as servidões administrativas. Por fim, importante diferenciar serviço público de obra pública. Serviço consiste em uma ação estatal que produz uma utilidade ou comodidade desfrutável individualmente, representando algo dinâmico, em movimento constante. Já a obra consiste em uma reparação, construção, edificação ou ampliação de um bem, sendo que, uma vez ESTADO Atividade LEGISLATIVA Atividade ADMINISTRATIVA Atividade JUDICIÁRIA SERVIÇOS PÚBLICOS (ativ. prestacionais) Fomento (estímulo no setor econômico) Polícia (restrição de direitos) Intervenção (restrição de propriedade) Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita realizada, independe de ação constante, por se tratar de produto estático, cristalizado por uma ação humana. 2.2. Competência Os três entes federativos são competentes para a prestação de serviços públicos, sendo essas competências discriminadas pela Constituição. Para a repartição de competências, adotou-se o As competências da União, matérias de interesse predominantemente geral, são exclusivas (indelegabilidade a outros entes federados) e taxativas. O art. 21 da Constituição prevê a competência da União para prestar diversos serviços públicos. Dentre os incisos desse artigo, destacam-se os seguintes: Art. 21. Compete à União: X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional; XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: Contudo, o inciso mais importante do art. 21 é o XII. Leia, com MUITA ATENÇÃO, esse dispositivo: Art. 21. Compete à União: Princípio da predominância do interesse. Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; Tenha sempre em mente que é a União quem tem a competência para prestar os seguintes serviços: x Postal; x Correio aéreo nacional; x Telecomunicações; x Radiodifusão sonora e de sons e imagens; x Instalações de energia elétrica; x Navegação aérea; x Transporte ferroviário e aquaviário entre portos; x Portos; x Transporte rodoviário interestadual e internacional. CUIDADO: transporte rodoviário entre municípios de um mesmo Estado não é de competência da União. Com relação aos serviços postais, o STF declarou que o monopólio dos Correios para prestar esses serviços foi recepcionado pela Constituição (ADPF 46). No tocante aos estados e ao DF, somente se encontra discriminada a competência para exploração dos serviços locais de gás canalizado. De resto, a eles pertence a competência remanescente ou residual, ou Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita seja, a realização de todos os serviços não atribuídos à União nem de interesse local dos municípios (matérias de interesse regional). O STF já teve oportunidade de decidir que é da competência dos Estados a exploração e a regulamentação do serviço de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros. Os municípios possuem as competências relacionadas a seus interesses locais, conforme preceitua o art. 30, CF. Exemplos: serviços de coleta de lixo, de transporte coletivo urbano, de promoção da proteção do patrimônio histórico-cultural, etc. O STF já decidiu que os serviços funerários constituem serviços municipais. Além disso, existem as competências comuns, arroladas no art. 23, CF, em que deve haver atuação paralela de todos os entes federativos. Exemplos: saúde, educação, assistência social, combate à pobreza e a calamidades, proteção do meio ambiente, etc. Segundo Marinela, a Constituição define algumas hipóteses de serviços públicos: a) Serviços de prestação obrigatória e exclusiva do Estado: atualmente, só o caso do serviço postal e do correio aéreo nacional b) Serviços de prestação obrigatória do Estado, sendo também obrigatório fazer sua concessão a terceiros: é o que ocorre, por exemplo, no serviço de rádio e televisão, em que o Estado e a concessionária prestam o serviço ao mesmo tempo c) Serviços de prestação obrigatória pelo Estado, mas sem exclusividade: serviços em que tanto o Estado quanto o particular são titulares em decorrência de previsão constitucional (denominados serviços não privativos); nesse caso, os particulares também prestam o serviço em nome Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita próprio e não em nome do Estado. Exs: educação, saúde, previdência social, assistência social d) Serviços de prestação não obrigatória pelo Estado, mas não os prestando é obrigado a promover-lhes a efetivação, por meio da concessão ou permissão de serviços: nesse caso, o particular presta o serviço em nome do Estado, tendo somente a sua execução e não a titularidade. Exs: energia elétrica, telefonia, transporte rodoviário e a maioria dos serviços Os serviços de educação, seja os prestados pelo Estado, seja os prestados por particulares, configuram serviço público não privativo, podendo ser desenvolvidos pelo setor privado independentemente de concessão, permissão ou autorização (ADI nº 1.007, STF ± Tribunal Pleno, Rel. Min. Eros Grau,, julg: 31.08.2005, DJ: 24.02.2006) 2.3. Classificação Utilizandoa natureza do serviço público como critério, não existe consenso na doutrina ou na jurisprudência no que concerne à adoção de uma classificação uniforme. A classificação mais aceita é a que adota por critério os destinatários do serviço público, classificando-o em: serviços gerais ou uti universi e serviços individuais ou uti singuli ou específicos. Essa distinção possui relevância principalmente no âmbito tributário, uma vez que somente os serviços prestados uti singuli podem ser fato gerador de taxas, enquanto que os serviços uti universi devem ser custeados por impostos e não por taxas nem tarifas. Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Vejamos as principais características de cada espécie: GERAIS OU UTI UNIVERSI INDIVIDUAIS OU UTI SINGULI Prestados à coletividade ou postos à sua disposição, em caráter geral e em condições de igualdade Prestados de forma individualizada a pessoas específicas Usuários indeterminados e indetermináveis Número determinado ou determinável de usuários Serviços indivisíveis (não é possível determinar-se quem os utiliza ou quanto é utilizado para cada um) Serviços divisíveis (passíveis de utilização, separadamente, por cada um dos usuários e essa utilização é mensurável) Normalmente, são gratuitos, ou seja, não são cobrados do usuário, pois são mantidos por toda a sociedade, pela receita geral do Estado, com a arrecadação dos impostos São divididos, medidos e cobrados do usuário na proporção de sua utilização. Podem ser remunerados por meio de taxa (prestação por ente público ± regime legal ± é tributo) ou de preços públicos (prestação por particular delegado do Estado ± regime contratual ± não é tributo) Não há, necessariamente, relação jurídica específica com o Estado Há relação jurídica entre o usuário e o prestador (ex: contrato) Exemplos: iluminação pública, limpeza urbana, conservação de logradouros públicos, policiamento urbano, garantia da segurança nacional, estradas, saúde, segurança Exemplos: coleta domiciliar de lixo, fornecimento domiciliar de água, gás, energia elétrica, serviço postal, telefônico, etc Por falar em impostos, taxas e tarifas, qual é a natureza jurídica do valor cobrado em sua conta de luz ou de água? Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita O entendimento consagrado no STJ e no STF é no sentido de que a sua conta de água ou luz cobra tarifa ou preço público. Vale ler o VHJXLQWH� WUHFKR� GH� MXOJDGR� GR� 67-�� ³Este Tribunal Superior, encampando entendimento sedimentado no Pretório Excelso, firmou posição no sentido de que a contraprestação cobrada por concessionárias de serviço público de água e esgoto detém natureza jurídica de tarifa ou preço público´��(5(63��������. 1) R� 67)� HGLWRX� D� 6~PXOD� Q� ����� TXH� GL]�� ³3UHoRV� GH� VHUYLoRV� públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à OHL�TXH�DV�LQVWLWXLX´� 2) Quanto à cobrança de assinatura no serviço de telefonia, já há Súmula do STJ (nº 356) reconhecendo a possibilidade da FREUDQoD�� ³e� OHJtWLPD�D�FREUDQoD�GD� WDULID�EiVLFD�SHOR�XVo dos VHUYLoRV� GH� WHOHIRQLD� IL[D´�� No que tange à competência para julgar as ações pertinentes a essa questão de cobrança de assinatura e de pulsos que excederem o valor cobrado a título de franquia, a definição é do STF em sede de repercussão geral com mérito já julgado, estabelecendo a competência dos Juizados para esses conflitos. 3) 6~PXOD� YLQFXODQWH� Q� ���� ³$� WD[D� FREUDGD� H[FOXVLYDPHQWH� HP� razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola R�DUW�������,,��GD�&RQVWLWXLomR�)HGHUDO�´ 4) ³,� - A Corte tem entendido como específicos e divisíveis os serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de outros serviços Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita públicos de limpeza realizados em benefício da população em geral (uti universi) e de forma indivisível. II ± Legitimidade da taxa de combate a sinistros, uma vez que instituída como contraprestação a serviço essHQFLDO��HVSHFtILFR�H�GLYLVtYHO�� �����´� (STF: RE 557.957 AgR/SP, STF ± Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julg: 26.05.2009, DJe: 25.06.2009). 5) 6~PXOD� Q� ���� GR� 67)�� ³2� VHUYLoR� GH� LOXPLQDomR� S~EOLFD� QmR� SRGH�VHU�UHPXQHUDGR�PHGLDQWH�WD[D�´ 6) Súmula n�����GR�67-��³e�OHJtWLPD�D�FREUDQoD�GD�WDULID�GH�iJXD�� fixada de acordo com as categorias de usuários e as faixas de FRQVXPR�´ Outra classificação também mencionada no estudo do serviço público é quanto à delegabilidade. O serviço público pode ser delegável ou indelegável. Em regra, os serviços são delegáveis, pois o Estado pode transferir a execução do serviço a um particular, por meio da concessão, permissão ou autorização. Há casos, contudo, que há a indelegabilidade, como nos serviços que se traduzem na manifestação do poder de polícia. CUIDADO! Essa ³autorização GH�VHUYLoR�S~EOLFR´�difere da abordada no estudo do poder de polícia. Aqui tratamos de uma autorização para o exercício de um serviço público, como o transporte público individual realizado por taxistas, por exemplo. Na autorização decorrente do exercício do poder de polícia estudamos aquela autorização que o cidadão realize algum ato que deve ser controlado pelo poder público. 1DTXHOH� FDVR� IDODPRV� GR� ³DOYDUi´�� TXH� p� GDGR�� QR� H[HUFtFLR� GR� poder de polícia, para que o sujeito construa (alvará de construção) ou abra uma empresa (alvará de funcionamento). Essas autorizações são dadas no exercício do poder de polícia, pois representam um controle prévio de legalidade (a loja só vai funcionar e a construção só poderá Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita ser realizada se preencherem todas as condições de segurança, de localização etc. estabelecidas previamente em lei pelo Município). O poder de polícia, administrativo ou judiciário, não pode ser delegado. A última classificação que por vezes é cobrada em concursos é a que subdivide o serviço público em próprio e impróprio. Os serviços públicos próprios são aqueles que atendem as necessidades básicas da sociedade e, por isso, o Estado presta esses serviços diretamente (pela administração direta ou indireta) ou por meio de empresas delegatárias (concessionárias e permissionárias). Ex: fornecimento de água, energia elétrica, tratamento de esgoto etc. Os impróprios são aqueles que atendem a necessidades da coletividade, mas não é o Estado quem osexecuta (nem direta nem indiretamente). Nesses serviços, o Estado apenas autoriza, fiscaliza e regulamenta a sua execução por entidades privadas (ex: instituições financeiras, seguradoras etc.). Classificam-se, ainda, os serviços públicos em serviços administrativos, comerciais ou industriais, sociais e de utilidade pública. Os serviços administrativos consistem nas atividades promovidas pelo Poder Público para satisfazer necessidades internas ou preparar outros serviços, como por exemplo a imprensa oficial, as estações experimentais. Os serviços comerciais ou industriais são aqueles que a Administração executa, direta ou indiretamente, para atender necessidades coletivas de ordem econômica, como por exmplo serviços Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita de transportes, energia elétrica, telecomunicações (orientação de Maria Sylvia Zanella Di Pietro). Os serviços sociais são aqueles que atendem às necessidades coletivas, sendo a atuação do Estado essencial; todavia, ele convive com a iniciativa privada, estando definidos na Constituição no capítulo da ordem social, como por exemplo a educação, a previdência e a saúde. Já os serviços de utilidade pública são aqueles que a Administração, reconhecendo sua conveniência para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce em que sejam prestados por terceiros (concessionários, permissionários ou autorizatários), nas condições regulamentadas e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos usuários. Ex.: os serviços de transporte coletivo, energia elétrica, gás, telefone. A classificação dos serviços públicos é tema muito cobrado em provas, por isso, estude-o com carinho. 2.4. Regulamentação e controle Vamos juntos, pois se você parar, você vai ser atropelado pelo caminhão de gente que está, nesse momento, estudando nas bibliotecas! Passemos agora ao estudo da regulamentação dos serviços públicos. Essa regulamentação é promovida pelo Estado com a edição das leis necessárias ao estabelecimento das condições e diretrizes gerais de sua prestação, bem como a edição dos atos administrativos infralegais destinados a regulamentar e dar fiel execução a essas leis. Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Veja bem: mesmo os serviços públicos delegados aos particulares são regulados pelo Estado, pois este não perde a titularidade do serviço. A competência para regulamentar é sempre do ente federado a que a Constituição atribui a titularidade do serviço. Já o controle dos serviços públicos deve ser exercido pela própria administração pública, pela população em geral, bem como pelos órgãos incumbidos de tutelar interesses coletivos e difusos (exs: MP, órgãos de defesa do consumidor). No caso dos serviços públicos, o dever de controle por parte da Administração é ainda mais necessário, uma vez que os serviços públicos devem ser adequados, eficientes e contínuos, por interessarem diretamente à população. Não podemos encerrar este ponto sem mencionar as modalidades de fiscalização (parágrafo único do art. 30 da Lei nº 8.987/95): 1. Fiscalização PERMANENTE: realizada por intermédio de órgão técnico do poder concedente ou por entidade com ele conveniada, nos moldes da ordinariamente prevista para os contratos administrativos em geral; e 2. Fiscalização PERIÓDICA: realizada periodicamente, de acordo com norma regulamentar, por comissão composta de representantes do poder concedente, da concessionária e dos usuários (comissão tripartite). Por fim, a lei informa que é assegurado a qualquer pessoa a obtenção de certidão sobre atos, contratos, decisões ou pareceres relativos à licitação ou às próprias concessões e permissões de serviços públicos. O dispositivo não exige que o requerente seja usuário nem que demonstre interesse pessoal (art. 22 da Lei 8.987/95). Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Lembre-se que as concessões e permissões são espécies de contratos administrativos, sujeitando-se, portanto, às cláusulas exorbitantes peculiares, que conferem à Administração uma posição de supremacia na relação contratual, com prerrogativas próprias de Direito Público, como a possibilidade de rescisão unilateral do contrato. Não se esqueça, também, que é possível o ato ou fato lesivo ser apreciado pelo Poder Judiciário, que anulará os atos ilegais ou ilegítimos e ainda determinará a reparação dos danos eventualmente suportados pelos usuários ou pela Administração. Por fim, vale mencionar que, atualmente, com o acréscimo do art. 23-A na Lei nº 8.987/95, em 2005, o contrato de concessão pode prever o emprego de mecanismos privados (p. ex: arbitragem, que deve ser realizada no Brasil e em língua portuguesa) para a solução de disputas relacionadas ao contrato. 2.5. Requisitos do serviço público (Princípios) Segundo prevê o art. 6º da Lei nº 8.987/95, toda prestação de serviço público deve assegurar aos usuários um serviço ADEQUADO. A lei estabeleceu alguns requisitos mínimos para que o serviço seja considerado adequado. Tão grande a importância desses requisitos que a doutrina os eleva à categoria de princípios da prestação dos serviços públicos. Vamos a eles: 1. Regularidade: Obediência a um padrão de qualidade. Os serviços públicos devem funcionar de acordo com um conjunto de normas previamente previsto Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita (controle de qualidade), que se encontram em lei ou contrato de prestação de serviços 2. Continuidade (ou permanência): A regra é que o serviço público não pode ser interrompido/paralisado sem justa causa, por visar a satisfação do bem- estar social. Marinela destaca alguns instrumentos utilizados para garantir a continuidade do serviço público: ł�/LPLWHV�HVWDEHOHFLGRV�SHOD�/HL�Q������������ �DSOLFDGD� WDPEpP� aos servidores públicos, por decisão do STF) ao direito de greve, evitando que o serviço pare completamente ł�6XSOrQFLD��GHOHJDomR�H�VXEVWLWXLomR�� LQVWLWXWRV�TXH�VHUYHP�SDUD� garantir a prestação das atividades administrativas em caso de funções públicas temporariamente vagas ł� $SOLFDomR� GD� FOiXVXOD� GD� exceptio non adimpleti contractus de forma diferenciada nos contratos administrativos: em caso de inadimplemento da Administração, o contratado deve continuar prestando o serviço pelo prazo de 90 dias, sendo permitida a sua suspensão após esse período ł� Ocupação provisória e reversão (instrumentos existentes nos contratos de delegação de serviços públicos): consistem na faculdade que tem a Administração Pública de utilizar os equipamentos e instalações da empresa, em caráter provisório ou definitivo, mediante indenização, para assegurar acontinuidade do serviço ł� (QFDPSDomR� H� FDGXFLGDGH� �IRUPDV� GH� H[WLQomR� GR� FRQWUDWR� GH� delegação de serviços públicos): permitem à Administração rescindir unilateralmente o contrato administrativo, por razões de interesse público ou por inadimplemento, respectivamente, objetivando proteger a manutenção do serviço Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Existem 3 formas de paralisação que não violam esse princípio: ł�6LWXDo}HV�emergenciais, independente de aviso prévio. Ex: caiu um raio e o serviço de energia foi interrompido ł� Necessidades técnicas ou de segurança das instalações, após aviso prévio. Ex: limpeza/manutenção de postes de energia elétrica ł�Falta de pagamento do usuário, após aviso prévio, considerando o interesse da coletividade �QR�FDVR�GH�VHUYLoRV�S~EOLFRV�³XWL�VLQJXOL´). O STJ autorizou a concessionária a interromper o fornecimento do serviço de energia elétrica em razão do não pagamento, mediante aviso prévio (AG 1200406 ± AgRg). A Corte Superior, contudo, observando o princípio da continuidade do serviço público, não autoriza o corte de energia elétrica em unidades públicas essenciais, como em escolas, hospitais, serviços de segurança pública, logradouros, repartições públicas, etc, em razão da possibilidade de causar um prejuízo irreparável (ERESP 845982). Quando há ação judicial discutindo o valor a ser pago pela prestação dos serviços, o serviço não pode ser interrompido, devendo ser mantido até o final da discussão, sem retaliação contra o usuário. Além disso, o STJ reconheceu a impossibilidade de interrupção do serviço público por falta de pagamento quando tratar-se de débitos Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita pretéritos, só sendo esta permitida quando o inadimplemento for referente ao mês de consumo. 1) ³������ ��� e� OHJtWLPR� R� DWR� DGPLQLVWUDWLYR� SUDWLFDGR� SHOD� empresa concessionária fornecedora de energia e consistente na interrupção de seus serviços em face de ausência de pagamento de fatura vencida. 4. A jurisprudência da Primeira Seção do STJ, pelo seu caráter uniformizador no trato das questões jurídicas em nosso país, é QR�VHQWLGR�GH�TXH�µp�OtFLWR�j�FRQFHVVLRQiULD�LQWHUURPSHU�R�IRUQHFLPHQWR� de energia elétrica, se, após aviso prévio, o consumidor de energia elétrica permanecer inadimplente no pagamento da respectiva conta (L. ���������� DUW�� ��� ��� ,,�¶�� (...) 6. A continuidade do serviço sem o efetivo pagamento quebra o princípio da isonomia e ocasiona o enriquecimento ilícito e sem causa de uma das partes (...) (REsp 860.383/RS, STJ ± Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, DJ: 11.12.2006). 2) ³������ ��� $� VXVSHQVmR� GR� VHUYLoR� GH� HQHUJLD� HOpWULFD�� SRU� empresa concessionária, em razão de inadimplemento de unidades públicas essenciais ± hospitais; pronto-socorros; escolas; creches; IRQWHV�GH�DEDVWHFLPHQWR�G¶iJXD�H�LOXPLQDomR�S~EOLFD��H�VHUYLoRV� de segurança pública -, como forma de compelir o usuário ao pagamento de tarifa ou multa, despreza o interesse da coletividade. 2. e� TXH� UHVWD� DVVHQWH� QHVWD� &RUWH� TXH�� µ2� SULQFípio da continuidade do serviço público assegurado pelo art. 22 do Código de Defesa do Consumidor deve ser obtemperado, ante a exegese do art. 6º, §3º, II da Lei nº 8.987/95 que prevê a possibilidade de interrupção do fornecimento de energia elétrica quando, após aviso, permanecer inadimplente o usuário, considerado o interesse da coletividade�� �����´� Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita (EREsp 845982/RJ, STJ ± Primeira Seção, Rel. Min. Luiz Fux, julg: 24.06.2009, DJe: 03.08.2009). 3) É cediço que a jurisprudência da Primeira Seção firmou-se no sentido de não se admitir a suspensão do fornecimento de energia elétrica em hospitais públicos inadimplentes, em razão do interesse da coletividade. No entanto, tal orientação não prospera na hipótese de hospital particular que funciona como empresa, isto é, com objetivo de auferir lucros, embutindo, inclusive, nos preços cobrados de seus clientes, o valor dos custos da energia elétrica consumida. Nesse sentido, já decidiu o STJ que não cabe indenização quando o corte do serviço foi precedido de todas as cautelas (REsp 771.853/MT, STJ ± Segunda Turma, Rel.ª Min.ª Eliana Calmon, julg: 02.02.2010, DJe: 10.02.2010). 4) ³������ &XLGD-se de dívida contestada em Juízo, apurada unilateralmente, e decorrente de suposta fraude no medidor de consumo de energia elétrica. 3. Há ilegalidade na interrupção no fornecimento de energia elétrica nos casos de dívidas contestadas em Juízo, decorrentes de suposta fraude no medidor de consumo de energia elétrica, pois o corte configura constrangimento ao consumidor que procura discutir no Judiciário débito que considera LQGHYLGR�´� �$J5J�QR�$J���������56��67-�± Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, julg: 23.02.2010, DJe: 08.03.2010). 5) ³������ ��� $� TXHVWmR� GRV� DXWRV� UHIHUH-se á suspensão do fornecimento de energia elétrica relativamente a débitos pretéritos. Neste particular, o STJ pacificou entendimento de que corte de fornecimento de energia pressupõe inadimplência de conta regular, isto é, a do mês de consumo. Em se tratando de débitos antigos, deve a concessionária utilizar-se dos meios ordinários de cobrança; caso contrário, há se ter por caracterizada infringência GR� DUW�� ��� GR� &yGLJR� GH� 'HIHVD� GR� &RQVXPLGRU�� �����´� �$J5J� QR� $J� Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 1258939/RS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julg: 05.08.2010, DJe: 16.08.2010). 6) ³������ ��� Os serviços públicos essenciais devem ser mantidos no curso de uma greve, reconhecendo-se tal direito como constitucionalmente garantido, desde que a paralisação não afete a FRQWLQXLGDGH� GR� VHUYLoR�� TXDQGR� HVVHQFLDO�� �����´� �5(VS� ��������0*�� STJ ± Segunda Turma, Rel.ª Min.ª Eliana Calmon, julg: 15.08.2013, DJe: 22.08.2013). 7) ³���A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no sentido da impossibilidade de suspensão de serviços essenciais, tais como o fornecimento de energia elétrica e água, em função da cobrança de débitos de antigo proprietário. 2. A interrupção da prestação, ainda que decorrente do inadimplemento, só é legítima se não afetar o direito à saúde e à integridade física do usuário. Seria inversão da ordem constitucional conferir maior proteção ao direito de crédito da concessionária que aos direitos fundamentais à saúde e à integridade física do consumidor. (...) (REsp 1.245.812/RS, STJ ± Segunda Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, julg: 21.06.2011, DJe: 01.09.2011). Visto esse rol de jurisprudência, vamos continuar nas requisitos (princípios do serviço público). 3. Eficiência: O serviço público deve funcionar segundo padrões mínimos de eficiência, tanto na quantidadecomo na qualidade, ou seja, a atividade administrativa deve ser exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional, evitando qualquer tipo de desperdício. 4. Segurança: O serviço público deve ser prestado de modo a não oferecer riscos ou prejuízos à coletividade Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 5. Atualidade (ou atualização ou adaptabilidade): O serviço público deve ser prestado com equipamentos e técnicas modernas/atualizadas e por pessoal devidamente habilitado. Esse princípio está conceituado no art. 6º, §2º, da Lei nº 8.987/95, que HVWDEHOHFH�TXH�D�³DWXDOLGDGH�FRPSUHHQGH�D�PRGHUQLGDGH�GDV�WpFQLFDV�� do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a PHOKRULD�H�H[SDQVmR�GR�VHUYLoR´� 6. Generalidade (ou universalidade): Deve ser assegurado o atendimento sem discriminação a todos os que se situem na área abrangida pelo serviço, efetivamente ou potencialmente, desde que atendam a requisitos gerais e isonômicos. Assim, o serviço público deverá ser prestado à coletividade como um todo, sendo uma atividade erga omnes e de forma indistinta. Para isso, é preciso observar o princípio da impessoalidade, o qual determina a prestação do serviço de forma impessoal, sendo vedada a discriminação entre os usuários, assim como o princípio da isonomia no tratamento dos usuários dos serviços, porque, desde que satisfaçam as condições legais, todos fazem jus à sua prestação, sem qualquer distinção de caráter pessoal. 7. Cortesia na prestação: Deve-se tratar as pessoas com urbanidade durante a prestação do serviço público 8. Modicidade das tarifas: Quando o serviço público é prestado por particular, ele precisa ser remunerado mediante tarifa. A tarifa deve ser equilibrada/razoável (remuneração/satisfação do prestador dos serviços e não exorbitante para o usuário), vedada a obtenção de lucros extraordinários. Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Assim, exige-se a cobrança das menores tarifas possíveis por parte da Administração, condizente com as possibilidades econômicas do povo brasileiro. Além disso, os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro. Marinela traz outros princípios relacionados aos serviços públicos: 1. Princípio do dever inescusável do Estado de promover a prestação dos serviços públicos, seja de forma direta ou indireta O Estado não pode se recusar a promover a prestação dos serviços rotulados como públicos, conquanto nada impeça que ele o faça por intermédio de seus representantes, utilizando-se da concessão ou permissão de serviços. A omissão do Estado pode dar causa à ação judicial para provocar a sua atuação, constituindo, inclusive, direito à indenização, quando a ausência da atividade causar danos. 2. Princípio da supremacia do interesse público Como princípio que está na gênese do desenvolvimento do direito administrativo, é óbvio que ele também integra o rol dos serviços públicos. Deve ser observado desde o momento em que o Estado seleciona, por meio da Constituição ou da lei, quais são as utilidades materiais que representam um interesse geral e que merecem esse tratamento próprio. Também deve ser observado para a definição das regras de organização e funcionamento, não se admitindo que o interesse coletivo seja subestimado em face de qualquer outro interesse. 3. Princípio da transparência Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Exige total clarividência nas decisões tomadas, bem como no funcionamento e na aplicação dos recursos públicos. 4. Princípio da publicidade Permite o conhecimento do titular do direito ± o povo, configurando-se exigência para que os atos administrativos comecem a produzir efeitos e, com isso, a possibilidade de contagem dos prazos, além de permitir o controle pelos administrados. 5. Princípio da motivação Estabelece que o administrador apresente a correlação lógica entre os fatos e fundamentos jurídicos, a regra legal e o resultado do ato praticado, a fim de que os administrados conheçam as razões que os levaram à prática do ato. 6. Princípio do controle Consiste na possibilidade de fiscalização efetiva dos serviços prestados, no que tange à qualidade, à eficiência, à aplicação de recursos públicos e demais aspectos. Esse controle pode ser realizado por outros órgãos da própria Administração, pelos demais Poderes do Estado, assim como pelo cidadão. 7. Princípio da mutabilidade do regime Visa à adequação dos diversos serviços públicos às necessidades mutantes dos administrados, consentindo a flexibilidade dos meios e fins dos serviços. Autoriza a mudança no regime de execução do serviço para adaptá-lo ao interesse público, que está em constante alteração com a evolução do tempo. 2.6. Formas e meios de prestação do serviço público Os serviços públicos podem ser prestados de forma: (a) DIRETA: a própria Administração presta; Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita (b) INDIRETA: o serviço é prestado por particulares, que, mediante delegação do poder público, são responsáveis por sua mera execução; (c) CENTRALIZADA: o serviço é prestado pela Administração Direta, ex: Delegacia da Polícia Federal; (d) DESCENTRALIZADA: o serviço é prestado por pessoa diferente do ente federado a que a Constituição atribui a titularidade do serviço, seja por entidade da Administração Indireta, seja por particular, mediante concessão, p.ex.. Por fim, fala-se, ainda, em prestação (e) DESCONCENTRADA, hipótese em que o serviço é executado por órgão, com competência específica para prestá-lo, integrante da estrutura da pessoa jurídica que detém a titularidade do serviço. Segundo Marinela, a titularidade do serviço pode pertencer à Administração ou, excepcionalmente, ao particular. Este último caso excepcional ocorre quando a própria Constituição atribui ao particular a competência para prestar o serviço público, ou seja, a Constituição não atribui ao Poder Público a competência exclusiva da titularidade desse serviço. Nesses serviços não há que se falar em transferência para o particular porque este já recebe tal titularidade por meio de previsão constitucional. Todavia, nas hipóteses em que a titularidade do serviço é exclusiva do Estado, a sua prestação pode ser realizada por ele ou por alguém em seu nome, admitindo-se a transferência da titularidade de sua prestação para os entes da Administração Indireta e para particulares (concessão, permissão e autorização). Nesse caso, o Estado conserva a titularidade do serviço, transferindo somente sua prestação, por meio da delegação de serviços. Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícioscomentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita A competência para legislar sobre delegações de serviços é da União, no caso de normas gerais, com abrangência nacional, e do restante dos entes, no caso de normas específicas, com abrangência tão só em face do próprio ente que legislou. Agora vamos entrar em um importante e interessante tema, não só dos serviços públicos, mas do direito administrativo como um todo. Vamos em frente! 2.7. Concessão e permissão de serviço público 2.7.1. Definições e aspectos gerais A concessão e a permissão de serviço público têm como fundamento o art. 175 da CF, que define que os serviços públicos devem ser prestados pelo Poder Público, diretamente ou sob o regime de concessão e permissão, sempre por meio de licitação. Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre: I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II - os direitos dos usuários; III - política tarifária; IV - a obrigação de manter serviço adequado. Aqui estamos falando, portanto, de prestação indireta e descentralizada de serviços públicos. Se o Estado acha mais eficiente conceder o serviço de manutenção de uma rodovia para o particular ele Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita vai fazer a concessão desse serviço público a uma empresa particular. Se o Município não quer se dar ao trabalho de gerir a distribuição de água da cidade, ele vai promover a concessão desse serviço público. Como já visto anteriormente, a Lei nº 8.987/95 é a lei de normas gerais sobre os regimes de concessão e permissão de serviços públicos. Ela é um ato normativo de caráter nacional, ou seja, aplicável à União, aos estados, ao DF e aos municípios. Os diversos entes federados podem editar leis próprias acerca de concessões e permissões pertinentes a suas esferas de competência, desde que não contrarie as normas gerais. A concessão e a permissão são formas de delegação de serviço público, ou seja, o poder concedente transfere para o particular somente a possibilidade de execução do serviço, retendo para si a titularidade, o que lhe permite controlar e retomar o serviço, se for relevante para o interesse público. ATENÇÃO!!! O instituto da delegação não pode ser confundido com o da outorga, que permite ao Poder Público transferir não apenas a execução, mas também a titularidade do serviço. Conforme conceitua o art. 2º, I, da Lei nº 8.987/95, o poder concedente é a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não de execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão. Ou seja, são os entes políticos que têm a possibilidade de realização concessão, devendo ser observada a órbita de competência definida no texto constitucional, para a exploração do serviço. Para os serviços que não estão expressamente enumerados no texto constitucional, a competência deve respeitar a órbita de interesse (nacional ± União; regional ± Estado; local ± Município). Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Apesar da definição legal de poder concedente (União, Estados, DF e Municípios), a possibilidade de celebração de contrato de concessão vem sendo delegada por leis específicas a algumas autarquias (e não a União ou a administração direta), notadamente, às agências reguladoras, como ocorreu com a ANEEL (Lei nº 9.427/96) e ANATEL (Lei nº 9.472/97). São essas agências que concedem os serviços públicos de energia e telefonia, por exemplo. Além disso, com a edição da Lei nº 11.107/05 (art. 2º, §3º), os consórcios públicos poderão outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicos mediante autorização prevista no contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma específica o objeto da concessão, permissão ou autorização e as condições a que deverá atender, observada a legislação de normas gerais em vigor. Existem alguns institutos que não podem ser confundidos com o contrato de concessão de serviço, quais sejam: a) Contrato de prestação de serviços: nesse caso, o prestador é um mero executor material contratado pelo Poder Público que continua diretamente relacionado com os usuários, não havendo transferência de poderes. O contrato de prestação de serviço é celebrado, tão somente, nos moldes da Lei n. 8.666/93 enquanto a concessão de serviços é feita nos moldes daquela e da Lei n. 8.987/95. b) Contrato de concessão de uso de bem público: nesse caso, pressupõe-se um bem de propriedade do Poder Público, cuja utilização ou exploração não se preordena a satisfazer necessidades ou conveniências da coletividade, mas as do próprio interessado ou de Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita alguns singulares indivíduos. O objeto da relação não é a prestação de serviço à universalidade do público, mas tão somente o uso do bem. Vamos ver como isso cai em concurso? 1. (FCC ± 2014 ± TRT 2ª Região ± Analista Judiciário) Os serviços públicos podem ser prestados direta ou indiretamente pelo Poder Público, respeitadas a titularidade e competência previstas na legislação pertinente. Dentre a possibilidade de execução indireta do serviço público por determinado ente está a outorga de: a) permissão de serviço público, contrato que delega ao privado execução do serviço público e, caso também tenha transferido a titularidade, permite o exercício do poder de polícia antes competência do Poder Público. b) permissão de serviço público, cuja natureza contratual permite a delegação de titularidade e execução das atribuições típicas do ente político. c) concessão de serviço público, contrato que estabelece as atribuições e condições da prestação do serviço, cabendo ao contratado o desempenho adequado do mesmo e a responsabilidade pelo risco do negócio. d) concessão de serviço público, ato que transfere ao privado a competência para o adequado desempenho das atribuições, responsabilizando-se o Poder Público, no entanto, integralmente pelo risco do negócio. Questões de concurso Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita e) autorização de serviço público, contrato que delega ao privado execução do serviço público e, caso também tenha transferidoa titularidade, permite o exercício do poder de polícia antes competência do poder público. Pessoal, com base no art. 2º, II, da Lei nº 8.987/95, concessão de serviço público é o contrato administrativo por meio do qual o Estado transfere a uma pessoa jurídica ou a um consórcio de empresas, mediante licitação na modalidade de concorrência, a prestação de um serviço público e o contratado aceita prestá-lo em seu nome, por sua conta e risco e por prazo determinado, sendo remunerado por tarifa paga pelo usuário final. Gabarito: C 2. (VUNESP - 2014 - EMPLASA - Analista Jurídico ± Direito) Levando-se em conta a essencialidade, adequação, finalidade e os destinatários dos serviços públicos, é possível classificar como serviços de utilidade pública os que a) a Administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade de sobrevivência de um grupo social e do próprio Estado. b) se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público e para a execução dos quais a Administração usa da sua supremacia sobre os administrados. c) satisfazem interesses de parte da coletividade e, por isso, a Administração os presta remuneradamente, por seus próprios órgãos ou entidades descentralizadas. d) a Administração, reconhecendo sua conveniência para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce que sejam prestados por terceiros, nas condições regulamentadas e sob seu Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos usuários. e) a Administração presta sem ter usuários determinados, para atender indiscriminadamente à coletividade. Pessoal, os serviços públicos são prestados à coletividade (usuários indeterminados e indetermináveis); normalmente são gratuitos; não necessariamente relação jurídica com o Estado; e podem ser prestados diretamente ou por terceiros. A Letra D está em perfeita harmonia com a classificação dos serviços de utilidade pública. Gabarito: D 3. (VUNESP - 2013 - ITESP ± Advogado) Assinale a alternativa correta sobre a concessão de serviço público. a) O concessionário executa o serviço em seu próprio nome e corre os riscos normais do empreendimento. b) A inalterabilidade do objeto não é uma das prerrogativas da concessão, exceto se houver desequilíbrio econômico. c) Pode ser concedida atividade que não seja própria da Administração, transferindo-se a titularidade da concessão ao concessionário. d) A tarifa, quando cabível, tem natureza de tributo e é fixada no contrato, conforme determinado no edital de licitação. e) A responsabilidade do concessionário a danos provocados a terceiros é subjetiva e objetiva em relação ao concedente. Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Como vimos, concessão de serviço público é o contrato administrativo por meio do qual o Estado transfere a uma pessoa jurídica ou a um consórcio de empresas, mediante licitação na modalidade de concorrência, a prestação de um serviço público e o contratado aceita prestá-lo em seu nome, por sua conta e risco e por prazo determinado, sendo remunerado por tarifa paga pelo usuário final. Gabarito: A 4. (VUNESP - 2013 - TJ-RJ ± Juiz) Com relação à Permissão e Concessão de Serviços Públicos, é correto afirmar que a) a permissão de serviço público não exige prévia licitação, sendo formalizada por meio de contrato de adesão. b) o Estado poderá instituir imposto pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. c) com exceção dos serviços de utilidade pública, todos os demais poderão ser delegados. d) toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será objeto de prévia licitação. Essa é bem tranquila, não é mesmo? Pessoal, toda concessão de serviço público será objeto de prévia licitação. Quanto ao item B, aproveito para fazer uma observação importante. Não confundam taxa e imposto, ok? A banca adora tentar confundir o candidato. Não caiam nessa pegadinha! Gabarito: D Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 5. (VUNESP - 2013 - MPE-ES - Promotor de Justiça) Assinale a alternativa que corretamente descreve característica(s) fundamental(is) do serviço público. a) Ao contrário do poder de polícia, o serviço público não representa limitação ou restrição imposta ao particular, sendo, portanto, uma atuação ampliativa da esfera de interesses do particular e uma prestação em favor deste, oferecendo-lhe utilidade e comodidade material. b) Os serviços públicos têm sua disciplina normativa baseada em princípios e regras do direito administrativo, não sendo admitida, expressamente, a aplicação das regras do Código de Defesa do Consumidor em relação aos direitos do usuário, ainda que subsidiariamente. c) A relevância social deve ser condição suficiente e necessária para que determinada atividade seja considerada serviço público, não podendo o legislador livremente definir quais devam ser os serviços públicos. d) A definição de quais atividades serão serviços públicos se dá por dois critérios: pelo critério formal, que pode repousar na vontade do constituinte ou do legislador, e pelo critério material, em que a Administração avalia se atividade é ou não essencial para a sociedade. e) A prestação de serviços públicos é, por regra, realizada diretamente pelo Estado, havendo, no entanto, previsões legais que permitem a delegação aos particulares, que assumem a responsabilidade de forma direta e subjetiva por danos eventualmente causados aos usuários. Vamos a algumas observações. O Código de Defesa do Consumidor pode e deve ser aplicado quando se tratar de serviços públicos Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita remunerados. A definição dos critérios de quais atividades serão serviços públicos se dá pelos critérios formal, material e orgânico. Por fim, a responsabilidade do concessionário é objetiva, e não subjetiva. Assim, temos a letra A como o gabarito. Gabarito: A 6. (VUNESP - 2013 - MPE-ES - Agente Especializado - Analista de Banco de Dados) Assinale a alternativa correta a respeito da concessão dos serviços públicos. a) O poder concedente transfere ao concessionário a execução do serviço e a sua titularidade. b) A concessão, em regra, é feita por meio de licitação, podendo ser nas modalidades da concorrência ou tomada de preços, admitindo- se ainda, em alguns casos, a dispensa de licitação. c) A remuneração do serviço público é feita por meio da tarifa e tem a natureza de preço público. d) A responsabilidade do concessionáriopor prejuízos causados a terceiros em decorrência da execução do serviço público é subjetiva. e) Quando a concessão revelar-se contrária ao interesse público, ela deverá ser rescindida unilateralmente pelo poder concedente sem indenização ao concessionário. Vamos aos itens? A- Transfere a execução e não a titularidade! B- A concessão é feita por meio de licitação na modalidade concorrência. C- Perfeito. Isso mesmo! Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita D- A responsabilidade é objetiva E- Não! Haverá sim indenização. Gabarito: C 7. (FCC- 2013- TRT 1 Região- Analista Judiciário- Área Judiciária) Não dispondo de recursos financeiros, o Poder Público pretende delegar a execução material de serviço público de sua titularidade a particular para que ele possa explorá-lo e dele se remunerar. De acordo com o ordenamento jurídico vigente, o poder público pode a) firmar contrato de concessão de serviço público, precedido de licitação. b) outorgar a titularidade do serviço público por meio de ato normativo, precedido de licitação. c) editar decreto transferindo a concessão do serviço público ao particular, independentemente de licitação. d) celebrar convênio para trespasse da exploração do serviço público, precedido de licitação. e) celebrar contrato de permissão de serviço público, declarando-se prévia inexigibilidade de licitação. Vejamos, item por item: $� DOWHUQDWLYD� ³D´� HVWi� FRUUHWD�� XPD� YH]� TXH� R� (VWDGR� SRVVXL� D� titularidade do serviço público, podendo delegá-lo por meio de concessão, sempre pela modalidade licitatória de concorrência. $� DOWHUQDWLYD� ³E´� HVWi� HUUDGD� SHOR� IDWR� GH� D� GHVFHQWUDOL]DomR� SRU� outorga legal só poder ocorrer por lei que institua a entidade ou autorize sua criação, não podendo ser por licitação. Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita $� DOWHUQDWLYD� ³F´� HVWi� LQFRUUHWD� SRU� IDODU� ³LQGHSHQGHQWHPHQWH� GH� OLFLWDomR´��VHQGR�TXH��FRPR�YLPRV��HVWD�p�REULJDWyULD� 1D�DOWHUQDWLYD�³G´�R�HUUR�HVWi�QR�IDWR�GH�TXH�D�GHVFHQWUDOL]DomR�SRU� colaboração poder se dar por concessão, permissão ou autorização para prestação do serviço. 3RU�ILP��D�DOWHUQDWLYD�³H´�IDOD�GD�LQH[LJLELOLGDGH�GH�OLFLWDomR��SRUpP� vimos que está sempre deverá ocorrer em se tratando de contrato de permissão de serviço público. *DEDULWR��/HWUD�³D´. 8. (VUNESP - 2012 - SPTrans - Advogado Pleno ± Administrativo) Sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos adotado pela Lei n.º 8.987/95, é correto afirmar que a) considera-se permissão de serviço público a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. b) as concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, nos Estados e no Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do mês de vencimento, o mínimo de cinco datas opcionais para escolherem os dias de vencimento de seus débitos. c) a tarifa do serviço público concedido será subordinada à legislação específica anterior e sua cobrança não poderá ser condicionada à existência de serviço público alternativo e gratuito para o usuário. Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita d) a outorga de concessão ou permissão terá caráter de exclusividade, salvo no caso de inviabilidade técnica ou econômica. e) ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos legais, após a apresentação da proposta, mesmo que comprovado seu impacto, não implicará a revisão da tarifa. Acabamos de estudar que permissão de serviço público é a delegação feita a pessoa jurídica ou pessoa física que demonstre condições de prestação em licitação pública (não há exigência legal de uma modalidade específica), formalizada mediante contrato de adesão, precário e revogável unilateralmente pelo Poder Público. Gabarito: A 9. (VUNESP - 2012 - TJ-RJ ± Juiz) Considerando as normas jurídicas sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos no direito brasileiro, assinale a alternativa correta. a) Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, respondendo pelos prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização do órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade. b) É expressamente vedada a subconcessão do serviço contratado, sob pena de nulidade do respectivo contrato, sem prejuízo das responsabilidades civil, criminal e administrativa da concessionária. c) As concessionárias poderão obter recursos financeiros por meio de contratos de financiamento, mas não poderão oferecer em garantia os direitos emergentes da concessão, sob pena de extinção da concessão. Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita d) A encampação do serviço concedido pelo poder concedente não implicará na extinção da concessão. Como vimos, a concessionária responderá pelos prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros. Tal responsabilidade é objetiva. Gabarito: A 10. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) A concessão de serviço público, disciplinada pela Lei Federal no 8.987/95, constitui a) ato do Poder Público que transfere à pessoa jurídica distinta a titularidade de determinado serviço público, que passará a executá-lo em seu próprio nome. b) contrato administrativo por meio do qual a Administração Pública, mantendo-se titular de determinado serviço público, delega ao concessionário a execução do mesmo, compreendendo a remuneração paga diretamente pelo usuário, por meio da cobrança de tarifa. c) contrato administrativo do Poder Público que transfe- re a pessoa jurídica de direito público ou privado a titularidade de determinado serviço público, que passará a executá-lo em seu próprio nome. d) ato administrativo de delegação de titularidade e execução de serviço público, compreendendo a remuneração paga diretamente pelo usuário, por meio da cobrança de tarifa. e) contrato administrativo que transfere à pessoa jurídica de direito público distinta a titularidade de determinado serviço público, que Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita passará a executá-lo remunerando-se diretamente da tarifa paga pelo usuário. Com base no art. 2º, II, da Lei nº 8.987/95, concessão deserviço público é o contrato administrativo por meio do qual o Estado transfere a uma pessoa jurídica ou a um consórcio de empresas, mediante licitação na modalidade de concorrência, a prestação de um serviço público e o contratado aceita prestá-lo em seu nome, por sua conta e risco e por prazo determinado, sendo remunerado por tarifa paga pelo usuário final. *DEDULWR��/HWUD�³E´�� 11. (FCC- 2012- TST- Analista Judiciário- Área Judiciária) De acordo com a legislação federal em vigor (Lei no 8.987/95), é uma diferença entre concessão e permissão de serviço público a) ser obrigatória a licitação para a primeira; e facultativa, para a segunda. b) ser a primeira contrato; e a segunda, ato unilateral. c) ter a primeira prazo determinado; e a segunda, não comportar prazo. d) voltar-se a primeira a serviços de caráter social; e a segunda, a serviços de caráter econômico. e) poder a primeira ser celebrada com pessoa jurídica ou consórcio de empresas; e a segunda, com pessoa física ou jurídica. Conforme visto na tabela acima, no decorrer da aula, a concessão pode ocorrer entre pessoa jurídica e consórcio de empresas, enquanto a permissão pode ocorrer entre pessoa física ou jurídica, logo a alteUQDWLYD�FRUUHWD�p�D�³H´� *DEDULWR��/HWUD�³H´� Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 12. (FCC- 2012- PGM/João Pessoa/PB- Procurador Municipal) No tocante ao regime das concessões comuns de serviços públicos, a Lei Federal no 8.987/95 a) assegura, em igualdade de condições, preferência à proposta apresentada por empresa brasileira. b) admite a interrupção dos serviços a cargo da concessionária, apenas em caso de situação de emergência motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações. c) exige que, para concessão de um serviço tarifado, haja a existência de serviço público alternativo e gratuito para o usuário. d) impõe o reajuste da tarifa, sempre que houver alteração unilateral do contrato que onere o concessionário. e) estabelece como critérios mutuamente excludentes para julgamento da licitação o menor valor da tarifa e a maior oferta pela outorga da concessão. Dentre as alternativas acima, temos que nos atentar ao disposto no artigo 15, parágrafo 4º, da Lei 8.987/95, na qual afirma que será dada preferência à proposta apresentada por empresa brasileira, quando em igualdade de condições. *DEDULWR��/HWUD�³D´� ATENÇÃO! A Lei nº 9.074/95, em seu art. 2º, tornou obrigatória a edição de lei autorizativa para a execução indireta de serviços públicos mediante concessão ou permissão, sendo aplicável a todos os entes federativos. Ressalva-se dessa obrigação os serviços de saneamento básico e limpeza urbana, bem como os serviços públicos que a CF, as Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas do DF e dos municípios, desde logo, indiquem como passíveis de ser prestados mediante delegação. Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita O disposto no parágrafo 2º desse dispositivo é que pode derrubar muita gente num concurso. Ele afirma que o transporte de cargas pelos meios rodoviário e aquaviário independe de concessão, permissão ou autorização. Também o parágrafo 3º contém previsão que representa uma ³SRoD�GH�yOHR�QR�SHUFXUVR�GR�FRQFXUVDQGR´�± CUIDADO! Ele prevê que independem de concessão ou permissão os seguintes transportes: aquaviário de passageiros, que não seja realizado entre portos organizados; rodoviário e aquaviário de pessoas, realizado por operadoras de turismo no exercício dessa atividade; e de pessoas, em caráter privativo de organizações públicas ou privadas, ainda que em forma regular. 13. (FCC/2013/TCE-SP/Auditor do Tribunal de Contas) Determinado município pretende outorgar à iniciativa privada a prestação de serviço público de transporte de passageiros em linhas de ônibus. Considerando a disciplina legal da matéria, a prestação do serviço por entidades privadas a) somente é admitida sob regime de concessão, com prazo determinado, precedida de lei específica e licitação na modalidade concorrência. b) depende de lei específica, autorizando a transferência da titularidade do serviço à iniciativa privada. c) é admitida sob o regime de concessão, em caráter precário, ou por permissão, quando ensejar subsídio do poder concedente. d) somente é admitida em caráter subsidiário e precário, mediante permissão ou autorização. e) é admitida sob o regime de concessão ou permissão, precedida, em qualquer caso, de licitação. Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 'H� DFRUGR� FRP� R� DUW�� ���� GD� &RQVWLWXLomR� )HGHUDO�� ³Lncumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos´. *DEDULWR��/HWUD�³H´� 14. (FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário - Área Judiciária) Entende-se por permissão de serviço público a a) expedição de ato unilateral, discricionário e precário, em favor de pessoa jurídica ou física que comprove formalmente perante o poder concedente, a sua plena capacidade para a prestação do serviço. b) transferência através de contrato por prazo determinado e prévia licitação, na modalidade concorrência, celebrado pelo poder concedente com a pessoa jurídica ou consórcio de empresas, que tenha demonstrado capacidade para a sua prestação, por sua conta e risco. c) outorga mediante ato unilateral e precário, expedido pelo poder público à pessoa física ou jurídica que tenha demonstrado no decorrer do procedimento licitatório, capacidade para a prestação do serviço, por sua conta e risco. d) contratação mediante ato administrativo discricionário e precário, sem necessidade de realização do certame licitatório, de pessoa jurídica que comprove plena capacidade para a execução do serviço. e) delegação a título precário, mediante contrato de adesão e prévia licitação, objetivando a prestação de serviço público, formalizado entre o poder público e a pessoa física ou jurídica que tenha demonstrado, no procedimento licitatório, capacidade para a sua prestação. Como estudamos, a permissão de serviço público é a delegação feita a pessoa jurídica ou pessoa física que demonstre condições de Direito Administrativo p/ TCM-RJ. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 166 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita prestação em licitação pública (não há exigência legal de uma modalidade específica), formalizada mediante contrato de adesão, precário e revogável unilateralmente pelo Poder Público. Gabarito: E 15. (VUNESP - 2010 - MPE-SP - Analista de Promotoria I) A respeito da concessão de serviço público, pode-se afirmar que a) não admite em seu contrato a presença de cláusulas exorbitantes. b) o
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