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INTERVENÇÃO FEDERAL (1)

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FACULDADE ESTÁCIO 
GRADUAÇÃO 
 
 
 
ALAN DE SOUZA COSTA RA201701144107 
CIBELE NOVAIS DE BRITO RA201701143861 
ELLEN MIGUEL BARROS RA201702126501 
KLEBER IZIDORIO RA201701144115 
PAULA PIOVAN RA201703414454 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO FEDERAL 
Análise 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carapicuíba – São Paulo 
2018 
ALAN DE SOUZA COSTA RA201701144107 
CIBELE NOVAIS DE BRITO RA201701143861 
ELLEN MIGUEL BARROS RA201702126501 
KLEBER IZIDORIO RA201701144115 
PAULA PIOVAN RA201703414454 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO FEDERAL 
Análise 
 
 
Apresentado a Universidade Estácio, como parte das exigências para a obtenção do título de bacharel em Direito. 
 
 
 
Carapicuíba, 01 de setembro de 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
________________________________________ 
Prof. Rebecca Groterhorst 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO FEDERAL 
SUMÁRIO 
 
 
Intervenção federal Realizada pela União Federal............................................................pág. 4 
Possibilidades de Intervenção Federal...............................................................................pág. 4 
A diferença entre Intervenção Federal e Militar................................................................pág. 6 
Caracteres da Intervenção Federal.....................................................................................pág. 7 
Natureza Política................................................................................................................pág. 7 
Provisoriedade....................................................................................................................pág. 8 
Espécies de Intervenção.....................................................................................................pág. 8 
Decretar e Executar a Intervenção Federal........................................................................pág. 8 
Controle da Intervenção.....................................................................................................pág. 9 
Afastamento das Autoridades Envolvidas.........................................................................pág. 9 
A Legitimidade do Procurador-Geral da República na Requisição de Intervenção Federal Junto ao STF.........................pág. 10 
Conclusão..........................................................................................................................pág.10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intervenção federal Realizada pela União Federal, em nome da Federação, nos Estados e no Distrito Federal, nas hipóteses taxativamente previstas no artigo 34 da constituição, quais sejam: 
* Manter a Integridade Nacional 
* Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da federação em outra 
* pôr termo a grave comprometimento da ordem pública 
* garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação 
* reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
* suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; 
* deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; 
* prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
* assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
* forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
* direitos da pessoa humana; 
* autonomia municipal; 
* prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
* aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. O Presidente da República pode agir de ofício (Intervenção espontânea) para preservar a integridade nacional, repelir invasão estrangeira, pôr termo a grave comprometimento da ordem pública ou reorganizar as finanças das demais unidades da federação. 
 
Possibilidades de Intervenção Federal 
Segundo Alexandre de Morais (2008) a intervenção consiste em medida excepcional de supressão temporária da autonomia de determinado ente federativo, fundado em hipóteses taxativamente previstos no texto constitucional, e que visa à unidade e preservação da soberania do Estado e das autonomias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Em regra, a União somente poderá intervir nos Estados e no Distrito Federal, não podendo assim intervir nos municípios. 
A Constituição Federal de 1988 dispõe: 
“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: 
I - manter a integridade nacional; 
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; 
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; 
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição dentro dos prazos estabelecidos em lei; 
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta”. 
Roberto Gurgel, (Chefe da Procuradoria Feral da Republica), salienta que é certo que a decretação de medidas como a presente é feita em caráter absolutamente excepcional, quando demonstrada a ocorrência de um de seus pressupostos bem como evidenciada sua razoabilidade, adequação e proporcionalidade em sentido estrito. 
Não menos certo é, porém, que esgotadas as inúmeras medidas tendentes a recompor a ordem e a conferir legitimidade às decisões da Câmara Legislativa do Distrito Federal no curso da apuração das responsabilidades e a restaurar um mínimo de compostura numa administração distrital em que Governador, Vice- Governador e Secretários de Estado aparecem envolvidos nos crimes, alternativa não resta senão a intervenção da União no Distrito Federal, no intuito de assegurar a observância do princípio republicano. 
Reponta intuitivamente claro – a partir da mera dicção do texto constitucional – que o conceito de República não se equipara à reduzida idéia de prestar contas. Tanto é assim que o artigo 34, VII abriga um item próprio à “forma republicana” (“a”) e outro devotado à “prestação de contas” (“d”). 
O procurador cita James Madison, ainda nos idos de 1891, bem proclamava o conceito de República: “(...) - um governo que extrai todos os seus poderes direta ou indiretamente da grande maioria do povo e é administrado por pessoas que conservam seus cargos enquanto são aprovadas e por um período limitado, ou enquanto exibem bom comportamento (...)”. 
O chefe da Procuradoria-Geral da Republica, deixa claro que: “está em causa, portanto – para além de uma tributária exposição de planilhas contábeis – o dever de o agente público, em qualquer instância e circunstância, expor-se a um julgamento isento e eficaz de seus atos; a fortiori os relacionados a irregularidades financeiras, com perspectiva de apropriação do recurso público, em colisão frontal com a basilar 
concepção de poder exercido em nome do povo e sustentado num patrimônio comum, insuscetível de apropriação”. 
 
A diferença entre Intervenção Federal e Militar 
Sempre que a palavra intervir fizer parte de uma ação pública significa que algo não está sendo controlado como devia pelo órgão inicialmente responsável pelo setor e é preciso uma intervenção de outra entidade competente. As mais comuns são a intervenção federal e intervenção militar. Você sabe a diferença entre elas? 
Ambas se tratam de decisões emergenciaispara conter crises, mas são bem diferentes entre si. 
No Brasil, desde 1988, ano da promulgação da Constituição, nunca havíamos tido uma intervenção federal até que ela foi instaurada na cidade do Rio de Janeiro em fevereiro de 2018. 
Já a intervenção militar marcou o nosso país na época que ficou conhecida como a ditadura militar. Entenda agora as implicações dessas duas intervenções. 
A intervenção federal passa a valer após um decreto do presidente da república. 
A ideia é que o Governo Federal responda por um setor como, por exemplo, a segurança pública de um estado ou cidade, que compete normalmente ao governo estadual. 
Esse decreto também precisa ser votado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal que têm o poder de aprovar ou rejeitar a intervenção federal. Quando aprovada, o presidente nomeia uma pessoa que estará à frente das operações. 
Um exemplo claro disso foi o que aconteceu no Rio de Janeiro quando o setor de segurança foi tomado pelo Governo Federal. 
Para conduzir a intervenção foi designado um militar, o general Walter Braga Netto, que passou a chefiar as polícias civil e militar, bombeiros e a área de inteligência do Estado. 
Desta forma, a segurança pública do estado do Rio de Janeiro passou a não responder mais ao Governo do Estado, como acontece tradicionalmente, mas sim diretamente ao Presidente da República. 
Sobre a intervenção federal que aconteceu no Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou: “o cidadão perceberá sistema muito mais robusto de segurança. Haverá uma coordenação muito mais estreita, uma inteligência integrada”. 
A intervenção federal no estado do Rio de Janeiro teve como período de permanecia estipulado até o dia 31 de dezembro de 2018. 
O que é intervenção militar? 
A intervenção militar nada mais é do que o uso de fato das Forças Armadas para controlar algo incontrolável por outro órgão 
Já a intervenção militar é quando acontece o uso das forças do exército, marinha e aeronáutica para controlar uma situação que foge ao domínio de outro órgão, como o Estado. 
Ela pode ser comandada pelas próprias forças militares tomando o poder, o que é normalmente chamado de golpe militar ou ainda quando uma nação envia tropas militares para outros lugares para contornar conflitos armados ou com uma vulnerabilidade muito grande. 
CARACTERES DA INTERVENÇÃO FEDERAL 
A intervenção federal possui caracteres que devem ser mencionados. São eles: 
a) Natureza política; 
b) Provisoriedade. 
NATUREZA POLÍTICA 
Segundo Silva Neto (2009) quando se defende a natureza política do processo de intervenção, está-se a firmar, por outro prisma, o entendimento de que os critérios sobre os quais se movimenta a autoridade responsável pela expedição do decreto são essencialmente políticas. Utiliza-se, portanto, do juízo de conveniência e oportunidade da medida. 
A autoridade responsável pelo início da intervenção não usa um ou outro juízo, mas os dois. 
PROVISORIEDADE 
O artigo 36, § 4º da Constituição Federal dispõe: 
“§ 4º - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.” 
Essa é a característica referente à provisoriedade da intervenção. 
Medida excepcionalíssima que vulneram as autonomias estaduais e municipais, o procedimento interventivo deve durar rigorosamente o tempo apto ao retorno da normalidade institucional da entidade federativa atingida. 
ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO 
a) Espontânea: 
Por intervenção espontânea entende-se aquela a ser iniciada pelo Presidente da República sem que haja necessidade de provocação. 
Na intervenção espontânea o Presidente deve ouvir os Conselhos da República e o de Defesa Nacional e, após, poderá discricionariamente decretar a intervenção. 
b) Provocada: 
O presidente da República pode ser levado à expedição do decreto interventivo, quer porque houve solicitação dos poderes coactos no âmbito estadual, quer em virtude de requisição por parte do Supremo Tribunal Federal ou de outro Tribunal Superior. 
A intervenção Provocada assume duas feições: 
A) A provocada por solicitação: defesa dos Poderes Executiva e Legislativa local; e 
b) A provocada por requisição: nessa modalidade, também denominada de intervenção vinculada, o Presidente da República deverá atender à determinação de intervenção. Em tal situação o Poder Judiciário verificou a necessidade de se intervir em uma unidade da Federação por se encontrar desatendido a norma constitucional. 
DECRETAR E EXECUTAR A INTERVENÇÃO FEDERAL 
A intervenção será formalizada através de decreto presidencial, que uma vez publicado terá eficácia imediatamente, dando legitimidade a todos os atos concernentes a intervenção. 
No decreto interventivo constará: a sua amplitude, as condições e o prazo de execução. Se necessário, constará o afastamento das autoridades locais e a nomeação de um interventor, tal decisão deverá ser submetida à apreciação do Congresso Nacional, no prazo de 24 horas. O interventor será considerado servidor público federal e terá sua competência e funções moderadas pelos limites impostos no decreto interventivo. 
CONTROLE DA INTERVENÇÃO 
Segundo LENZA (2010), O Congresso Nacional realizará controle político sobre o decreto de intervenção expedido pelo Executivo no prazo de 24 horas. Assim, nos termos do art. 49, IV da Carta Maior, o Congresso Nacional ou aprovará a intervenção federal ou a rejeitará, sempre por meio de decreto legislativo, suspendendo a execução do decreto. 
Em caso de rejeição o Presidente da República deverá cessá-lo imediatamente, sob pena de cometer crime de responsabilidade. 
Em casos excepcionais não haverá o controle do Congresso Nacional. 
A Constituição Federal dispõe: 
“Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: 
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; 
II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; 
III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. 
§ 1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. 
§ 2º - Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. 
§ 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. 
§ 4º - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. 
AFASTAMENTO DAS AUTORIDADES ENVOLVIDAS 
Por meio do decreto interventivo, que especificará a amplitude, prazo e condições de execução, O presidente da República nomeará se necessário, interventor, afastando as autoridades envolvidas. 
Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos AM estes voltarão, salvo impedimento legal. 
A LEGITIMIDADE DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA NA REQUISIÇÃO DE INTERVENÇÃO FEDERAL JUNTO AO STF. 
A Constituição Federal de 1988 dispõe: 
“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: (...) 
VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático”. 
“Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: (...) 
III – de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geralda República, na hipótese do art. 34,VII, e no caso de recusa à execução de lei federal”. 
“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;” 
A luz do disposto na Constituição, não apenas há legitimidade do Procurador-Geral da República para ajuizar tal medida, mas também há competência da Suprema Corte para prover o pedido e requisitar ao Presidente da República a intervenção federal. 
CONCLUSÃO 
Conclui-se, é certo que a decretação de medidas de intervenção federal é feita em caráter absolutamente excepcional, quando demonstrada a ocorrência de um de seus pressupostos bem como evidenciada sua razoabilidade, adequação e proporcionalidade em sentido estrito. 
Entretanto presume-se que após a medida ser instalada devem-se apurar motivos que levaram o colapso do estado, afim de que sejam corrigidos os problemas e organizar as contas da união e melhorar o desemprenho das áreas mais precárias. 
Por fim conclui-se que tais medidas de intervenção sejam de caráter temporário e que após o estado recuperar-se bem como as contas da união, todos os envolvidos na intervenção deverão retornar a seus postos de direitos, como é o caso de militares, após isso a monitoração deve ser mantida como medida preliminar para evitar eventos conflitantes e, ou colapso. 
Quem decreta a intervenção? 
É o presidente da República, por iniciativa própria ou por solicitação do Poder Legislativo, de alguma instância superior do Judiciário, especificamente o Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou por solicitação da Procuradoria-Geral da República provida pelo STF. 
O decreto de intervenção deve passar pela Câmara e Senado, que decidem separadamente, se aprovam ou não. Nele, precisam estar explícitos a dimensão, o prazo e as exigências de execução da intervenção. Pode ainda constar o nome do interventor, se já escolhido. 
O Brasil já viveu um intervenção militar entre os anos de 1964 4 1985. Foram os anos da ditadura militar, quando o exército depôs o presidente João Goulart que havia assumido logo após a renúncia de Jânio Quadros. Veja também: Militarismo na América Latina 
Existem outros tipos de intervenções? 
Há vários tipos de intervenções de Estado 
Além da intervenção federal e militar, há ainda outros tipos de situações que o estado pode assumir. Conheça também essas modalidades. 
Estado de sítio 
Quando um país ou região está sob estado de sítio, os cidadãos têm o seu direito de ir e vir suspenso. Se essa determinação partir do Governo Federal, o Executivo também passa a comandar os demais poderes. Isso é comum durante as guerras ou conflitos. 
De acordo com a Faculdade Getúlio Vargas, o estado de sítio é a “suspensão temporária de certas garantias constitucionais determinada pela necessidade de defesa da ordem pública e em cuja vigência o Executivo assume poderes normalmente atribuídos ao Legislativo e ao Judiciário”. 
Toque de recolher 
Há situações em que o estado de sítio é determinado informalmente por regiões comandadas por milícias ou grupos terroristas. Chamada de “toque de recolher”, essa determinação parte de grupos dominantes que querem manter a população fora das ruas em determinados horários. 
Isso ocorre bastante no Brasil em regiões onde a criminalidade é alta e causa um verdadeiro temor nos moradores que ficam presos em suas próprias casas. 
Geralmente as escolas, postos de saúde e comércio também são fechados durante o toque de recolher. 
Estado de defesa 
O estado de defesa é um momento de exceção previsto pela Constituição. Ele é principalmente adotado quando acontecem calamidades naturais que precisam de intervenção urgente por parte dos poderes constituídos. 
Durante o estado de defesa é permitido ao governo da cidade ou estado tomar soluções emergenciais que envolvem recursos financeiros sem a necessidade de licitações ou prazos muitos longos. 
Estado de calamidade pública 
Essa situação ocorre quando o setor público não dá conta das suas responsabilidades, como por exemplo, na área da saúde. Quando faltam médicos nos hospitais, medicamentos ou leitos na UTI podemos dizer que a saúde está em calamidade pública. 
O mesmo acontece em outras áreas que são afetadas por crises. Como educação e segurança, por exemplo, que também podem decretar o estado de calamidade pública. 
Situação de emergência 
A situação de emergência é quando acontece um desastre natural que causa dados ao patrimônio público ou privado e que o Executivo local precisa tomar medidas emergenciais para conter os prejuízos. 
A legislação também permite em casos de decreto de situação de emergência que os governos locais recebam dinheiro e o apliquem para contornar as perdas. 
 
 Intervenção Federal no Rio de Janeiro em 2018  
A intervenção federal no Rio de Janeiro em 2018 foi a decisão do Governo Federal do Brasil de intervir na autonomia do estado do Rio de Janeiro. Foi a primeira aplicação do art. 34 da Constituição Federal de 1988.O objetivo é amenizar a situação da segurança interna e a previsão de término, contida no decreto que ordenou a intervenção, é o dia 31 de dezembro de 2018, mas a operação poderá ser prorrogada. A decisão foi instituída por meio do Decreto n.º 9.288, de 16 de fevereiro de 2018, outorgado pelo Presidente da República, com publicação no Diário Oficial da União no mesmo dia. O decreto de intervenção restringiu os efeitos à segurança pública do estado do Rio de Janeiro e foi assinado pelo Presidente da República, Michel Temer, em 16 de fevereiro de 2018. A assinatura foi antecedida por reunião de emergência no Palácio da Alvorada com ministros, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira, e o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Foi nomeado como interventor o general de exército Walter Souza Braga Netto, comandante do Comando Militar do Leste, que tem seu quartel-general localizado na cidade do Rio de Janeiro. O general Braga Netto foi um dos responsáveis pela segurança nos Jogos Olímpicos de Verão de 2016, sediado nessa mesma cidade. O general assumiu o comando da Polícia Militar do Rio de Janeiro, daPolícia Civil e do Corpo de Bombeiros, além de responder diretamente ao Presidente da República. 
A nomeação de um Oficial General como interventor gerou uma percepção falsa para parte da população, que se referiu a ela como Intervenção Militar. Apesar disso, a intervenção não tem caráter militar, no sentido que as Forças Armadas seriam responsáveis pela intervenção, e engloba todas as áreas atinentes à segurança pública. 
Em 2016, o estado do Rio de Janeiro passava por uma crise econômica, sofrendo até mesmo com falta de verbas para o pagamento de salários dos servidores públicos. Essa carência de recursos também afetou os investimentos em segurança pública, obrigando o governo estadual a declarar estado de calamidade pública. Contudo, a condição do Rio de Janeiro continuou piorando, houve um aumento significativo do número de assassinatos e de outros crimes, chegando ao nível de policiais militares sofrerem com a violência urbana. Em 2017, o problema se agravou mais, tendo o ano acabado com 134 policiais militares mortos por conta da criminalidade, numa escalada que aparentava continuar em 2018. Assim, desde 2017, o Rio de Janeiro é palco da Operação Furação (ou Operação Rio), que foi decretada pelo presidente e constitui uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Organizou-se um Estado-Maior conjunto, que conta com a participação das forças federais de segurança (Agência Brasileira de Inteligência, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública). 
Pouco após a edição do decreto de intervenção no Rio de janeiro, a medida foi questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). O mandado de segurança de número 35 534 (MS 35 534) alegava que o decretopresidencial foi editado sem ouvir previamente o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. A ação foi distribuída à ministra Rosa Weber, que negou seguimento em razão da impossibilidade de a parte interpor tal ação no STF. Alguns analistas compararam a intervenção federal com o Plano Cruzado, por entenderem ser uma ação paliativa, de efeito temporário, que não trata de medidas estruturais capazes de combater 
o crime no longo prazo. Um mês após intervenção no Rio, o governo federal ainda não havia definido quanto seria necessário para financiar as ações dos interventores, nem como os recursos seriam obtidos, reforçando a imagem de improviso da medida. 
Em 14 de março de 2018 o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) ajuizaram a Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI 5.915/DF, distribuída ao ministro Ricardo Lewandoviski, sustentando inicialmente que a medida adotada pelo Presidente da República, além de desproporcional e dispendiosa, possui nítido caráter eleitoral, em afronta ao que dispõe o art. 36, combinado com o art. 84, X, da Constituição Federal. Além disso, aponta, em síntese, vícios de formalidades essenciais, uma vez que, ante o princípio constitucional da não intervenção da União dos Estados (art. 4°, IV), o decreto interventivo foi editado sem justificativas e fundamentação suficientes, sem a prévia consulta aos Conselhos da República e da Defesa Nacional e sem especificar as medidas interventivas. Argumenta, ainda, que o ato questionado seria inconstitucional por ter natureza de uma intervenção militar, com as atribuições de poderes civis de Governador a um General de Exército. Devido à relevância da matéria e o seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, o ministro relator adotou o procedimento abreviado previsto no art. 12 da Lei 9.868/1999, e solicitou informações ao Presidente da República e a abertura de vistas, sucessivamente, à Advocacia-Geral da União e à Procuradoria-Geral da República. O feito tramitava nesta posição até à data de 17 de março de 2018. 
O Gabinete de Intervenção Federal apresentou em 29 de maio de 2018 um Plano Estratégico com a finalidade de “estabelecer as bases do planejamento estratégico e de gestão das atividades a serem desenvolvidas no âmbito do Gabinete de Intervenção Federal na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro – GIF/RJ”, segundo o próprio documento. 
O Plano vai além das iniciativas militares propriamente ditas, apresentando amplas estratégias de gestão, reestruturação e integração entre os OSP. 
Considerando o tempo da intervenção, a complexidade e a abrangência das ações a se realizarem, o Plano expõe ações que chama de “emergenciais”, que procuram resultados de curto prazo, e “ações estruturantes”, que visam resultados a médio e longo prazo. 
Dentro deste escopo, diz que os planejamentos e ações de segurança pública e de defesa devem ser subsidiados pelo conhecimento produzido pela inteligência sob coordenação e planejamento integrado com apoio de meios de Tecnologia da informação. 
Ao tratar sobre o contexto do Estado do Rio de Janeiro à época do decreto de intervenção, o Plano destaca que: 
“não há liberdade de ação para as ações da Intervenção Federal, questionada desde sua decretação, seja por questões politico eleitorais, ideológicas ou viabilidade técnica. Nesse sentido, há uma permanente demanda por informações, dos mais variados grupos de interesse (steakholders) sobre as atividades da Intervenção, ao mesmo tempo, em que os ‘grupos de interesse’ favoráveis à Intervenção Federal, precisam se organizar e unir esforços em torno de um discurso positivo e com a realização de ações complementares em apoio às atividades da 
Intervenção. As ações do GIF, qualquer que seja o estado final projetado, somente terão um legado estratégico se todas as instituições dos diversos níveis de governo participar em suas esferas de atribuição” 
A atuação do Gabinete de Intervenção tem gerado opiniões polêmicas. Por um lado, grupos com ideologia contra o militarismo, como Observatório da Intervenção e Anistia Internacional, tem criticado a atuação, destacando o aumento de mortes por intervenção policial. O MPRJ, por outro lado, afirma que isto é decorrência do maior aumento da presença policial aliado à reação dos criminosos. O Gabinete de intervenção, por outro lado, destaca as ações estruturantes e divulgou a redução de outros índices, como roubo de rua, roubo de veículos e roubo de carga. 
Objetivos Estratégicos 
O Gabinete tem 4 Objetivos Estratégicos apresentados no seu Plano Estratégico: 
- Diminuição dos índices de criminalidade 
- Recuperar a capacidade operativa dos Órgãos de Segurança Pública (OSP) do Estado do RJ e da SEAP 
- Articular, de forma coordenada, as instituições dos entes federativos 
- Fortalecer o caráter institucional da Segurança Pública e do Sistema Prisional 
Para isso, apresentou estratégias e ações emergenciais e estruturantes, das quais se destacam: 
Principais ações emergenciais 
- Ações de segurança comunitária 
- Planejamento de ações baseadas na “mancha criminal” 
- Capacitação de tropas da PMERJ 
- Incorporação de novos concursados 
Exemplos de intervenção federal 
A intervenção federal no estado do rio de janeiro é uma coisa inédita em nosso pais pós dês de que foi proclamada a constituição Brasileira em 1988 nunca avia tido uma intervenção federal no pais não confunda intervenção federal com militar são coisa diferentes. 
A intervenção militar ocorreu entre os anos de 1964 a 1985 quando os militares depuseram o presidente João Goulart que tinha acabado de assumir o poder logo após a renúncia de Jânio Quadro isso é intervenção militar muito diferente de intervenção federal. 
No parágrafo acima temos o exemplo de intervenção militar que é bem diferente da intervenção federal. 
Na intervenção federal os militares não toma o poder do presidente e nem do pais e sim de um estado para manter a paz para acontecer a intervenção é preciso a aprovação da câmara dos deputados e do senado assim os dois aprovam a intervenção em algum estado Brasileiro assim que aprovada a intervenção a segurança pública do rio de janeiro passa todinha para os militares na acaso o general Walter Braga neto passa a responder diretamente ao presidente da república a intervenção também é um forma de tentar aquecer a economia no RJ com o turismo que teve um queda considerável. 
A intervenção no RJ só ocorreu devido os autos números de violência contra cidadãos de bem e crianças então o RJ chegou a números orbitam-te de violência só tendo uma única saída a fazer para reduzir os números da violência a intervenção federal que é algo novo até então no Brasil. 
Bibliografia
Site Estudopratico.com.br 
Fonte Âmbito Jurídico.com.br 
Fonte site Futura.org

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