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Aplicação do Direito - Esquema de Aula

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1 
 
FATEB – DIREITO – IED – II 
Aplicação do Direito 
Profª. Gilmara 
 Conceito: Enquadrar o caso concreto na norma – Kelsen moldura 
 
 Sistemas de aplicação: Lei omissa ou obscura – artigo 4º e 5º da 
LINDB 
 
 Princípios, costumes, jurisprudência e precedentes são modos de 
expressão da norma jurídica; já a analogia é método de aplicação do 
direito. 
 
 Meio normal de aplicação (ou integração do Direito): é a aplicação das 
regras de hermenêutica à interpretação da lei e sua adequação ao caso 
concreto. 
 
Silogismo: 
Premissa maior: lei 
Premissa menor: fato 
Síntese ou conclusão: sentença 
 
 De modo suplementar: costume, jurisprudência, etc.... 
 A equidade é sinônimo de justiça – deve ser sempre buscado na 
aplicação do Direito. 
 
 Meios especiais de aplicação: Analogia e equidade. 
 
 Analogia: 
 Conceito: Aplicação de um certo princípio jurídico que a lei estabelece, 
para um certo fato, aplicando a um outro fato não regulado, mas 
semelhante ao primeiro. 
 
 Fatos de natureza igual devem possuir mesmo regulamento; requer 
semelhança. 
 
 É diferente de indução porque é válido para um caso específico e não 
para todos. 
 
 É diferente de interpretação extensiva porque deve haver 
necessariamente lacuna e a analogia vem para superá-la. 
 
 Duas modalidades: legal e jurídica 
2 
 
 Legal: analogia legis – extrai a igualdade da própria norma existente. 
Ex: RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO 
C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. TELEFONIA. 
COBRANÇA APÓS O CANCELAMENTO. CALL CENTER 
INEFICIENTE. ENUNCIADO 1.4 E 1.6 DAS TRs/PR. DANO MORAL 
CONFIGURADO. QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO 
(R$5.000,00). SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. Recurso 
conhecido e provido. Por analogia, aplica-se o Enunciado N.º 1.4- 
Solicitação de cancelamento de linha telefônica ? cobrança de dívida 
com origem em data posterior ? inscrição indevida ? : A inscrição, em 
órgãos de restrição ao crédito, de dívida com origem emdano moral 
data posterior à solicitação de encerramento da linha telefônica 
acarreta dano moral. Neste caso, inverte-se o ônus da prova (art. 6º, 
VIII, do CDC), sem prejuízo da análise da verossimilhança da 
alegação do consumidor. Enunciado N.º 1.6- Configura dano moral 
aC ineficiente ? dano moral: all center obstacularização, pela 
precariedade e/ou ineficiência do serviço de porcall center, parte da 
empresa de telefonia, como estratégia para não dar o devido 
atendimento aos reclamos do consumidor. Com relação à fixação do 
indenizatório resta consolidado, tanto na doutrina,quantum como na 
jurisprudência pátria o entendimento de que a fixação do valor da 
indenização por dano moral deve observar o princípio da 
razoabilidade, levando-se em conta as peculiaridades do caso 
concreto, como a situação econômica do autor, o porte econômico da 
ré, o grau de culpa e a atribuição do efeito sancionatório e seu caráter 
pedagógico. Por tais razões, conclui-se que o valor dos danos morais 
deve ser fixado em R$5.000,00, levando-se em consideração o caso 
descrito nos autos, aliado aos critérios acima mencionados e aos 
parâmetros desta Colenda Turma Recursal. Por fim, acerca dos juros 
e correção monetária, conforme o Enunciado N.º 12.13 da TRU/PR 
?nas indenizações por danos morais, a correção monetária incide a 
partir da decisão condenatória e os juros moratórios desde a citação? 
Ante o exposto, esta 3ª Turma Recursal - DM92 resolve, por 
unanimidade dos votos, em relação ao recurso de JOECI 
BARCELLOS DRASZEWSKI, julgar pelo (a) Com Resolução do 
Mérito – Provimento nos exatos termos do voto. (TJPR - 3ª Turma 
Recursal - DM92 - 0007140-18.2016.8.16.0030/0 - Foz do Iguaçu - 
Rel.: FERNANDA DE QUADROS JORGENSEN GERONASSO - - J. 
07.10.2016). 
 
 Jurídica: analogia iuris – implica na ausência total de norma, deve partir 
de outros elementos que não a lei. 
 
 Requisitos – ver no material de apoio – p. 47 e 48 – caso não previsto 
em lei, ao menos um elemento de identidade e a ratio legis deve ter 
identidade. 
 
 Limites: Crimes (salvo para beneficiar o réu) e nos casos de direito 
singular e execepcional. 
 
 Equidade: 
 
3 
 
 Conceito: Justiça (dar a cada um o que seu), uma regra maleável, o 
dever do magistrado de distribuir justiça, o ato de julgar e forma 
supletiva do direito. 
 
 Princípio, virtude e direito. 
 
 Requisitos: Autorização expressa em lei, inexistência de texto legal, 
defeito na norma ou obscuridade, omissão. 
 
 Não deve ser uma aplicação sentimental ou arbitrária, mas fruto de uma 
elaboração científica. 
 
 Espécies: legal e judicial 
 
 Legal: é aquela que se contem no próprio texto da lei, a possibilidade de 
soluções – equidade – observância da palavra – ex: artigo 8º da CLT. 
 
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na 
falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, 
pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e 
normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, 
ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas 
sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular 
prevaleça sobre o interesse público. 
Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do 
trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios 
fundamentais deste. 
 
 Judicial: é quando o legislador incumbe o magistrado de levar a efeito a 
equidade – “prudente arbítrio do juiz” – Ex: art. 1740, II, 402 e 1140 do 
Código Civil. 
 
Efeitos da interpretação jurídica 
 Declarativa – Reflete exatamente as expressões do dispositivo legal – 
declara a vontade do legislador expressa na norma. Ex: Art. 5º e 40º do 
CC. 
 
 Extensiva – Ampliativa. Adapta a intenção do legislador à realidade e 
novas exigências da realidade social. Não pode ser aplicada no Direito 
penal, salvo para benefício do réu. Ex: Art. 1º da CF de 88. 
 
 Restritiva – Utilizada quando o legislador usou de expressão mais 
ampla do que sua intenção gostaria. Ex: Art. 5º do CC.

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