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Concordância Nominal e Verbal na Língua Portuguesa

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LÍNGUA PORTUGUESA
AULA 3:
CONCORDÂNCIA
INTRODUÇÃO
Nesta aula, você reverá alguns conceitos gramaticais básicos para a boa e efetiva comunicação a partir da norma culta da língua.
Aqui, trataremos, especificamente, de concordância nominal e verbal. 
OBJEITIVOS
Ao fim desta aula, você deverá ser capaz de cumprir os objetivos abaixo descritos:
1. Reconhecer algumas regras de concordância verbal e nominal;
2. Refletir acerca dos usos da língua quanto à concordância;
3. Relacionar seus elementos aos usos cotidianos da língua;
4. Identificar diversas formas de comunicação dependentes da norma culta da língua.
Concordância = adequação da língua
Nesta segunda aula, vamos ampliar nosso saber linguístico com base no estudo das noções de concordância nominal e verbal.
Mas o que é concordância?
Exemplo 1
Parece que não existe mais pessoas interessadas neste assunto.
O que há de estranho nessa frase?
Se não há “mais pessoas interessadas neste assunto”, então, o verbo deveria estar no plural. Logo, o correto seria: 
Parece que não existem mais pessoas interessadas neste assunto.
Exemplo 2
Vou mandar anexo no e-mail os relatórios.
E nesta frase? O que lhe chamou a atenção?
Se o substantivo “relatórios” está no plural, o adjetivo “anexo” deve seguir essa categoria da língua. Logo, o correto seria: 
Vou mandar anexos no e-mail os relatórios.
Agora, as frases possuem CONCORDÂNCIA.
Mais adiante, vamos estudar um pouco de teoria  para que possamos compreender melhor esse tema. Mas, antes, teste seus conhecimentos através do exercício a seguir.
EXERCÍCIO
Com base no que vimos anteriormente, identifique os equívocos de concordância nas frases a seguir e reescreva-as corretamente:
Segue anexa as atas de registro de preço.
R: Seguem anexas as atas de registro de preço.
2. Todas as decisões tratadas na reunião e assinadas pelo chefe foi seguido.
R: Todas as decisões tratadas na reunião e assinadas pelo chefe foram seguidas.
Agora, vamos à análise teórica desses casos.
Um pouco de teoria
A) As duas alunas inteligentes já começaram a estudar para a prova de amanhã.
B) Já começaram a estudar para a prova de amanhã as duas alunas inteligentes.
C) Para a prova de amanhã, já começaram a estudar as duas alunas inteligentes.
No exemplo (a), a frase está na ordem direta, ou seja, na ordem padrão da língua: 
SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO
SUJEITO = “As duas alunas inteligentes”
VERBO = “começaram a estudar”
COMPLEMENTO = “para a prova de amanhã”
Mas por que isso é importante para a concordância? 
Vejamos...
Ordem direta e inversa
Vamos voltar ao exemplo que apresentamos no início da aula:
Parece que não existe mais pessoas interessadas neste assunto.
Esse tipo de erro ocorre, geralmente, devido à inversão dos elementos na frase, como vemos em:
Não veio à aula de matemática do turno da manhã ontem os nossos melhores alunos.
Mas há como evitar esses equívocos?
Sim, colocando a frase na ordem direta. Isso é importante para verificar a concordância do VERBO com o SUJEITO.
No caso dos exemplos em questão, o correto seria:
Parece que mais pessoas interessadas nesse assunto não existem.
Não vieram à aula de matemática do turno da manhã nossos melhores alunos.
Ordem direta e inversa
Não quer dizer que a ordem inversa não deva ser usada, mas, se voc~e a escolher, poderá correr o risco de se enganar quanto à concordância.
Ao menos na hora da revisão, procure utilizar a ordem direta.
EXERCÍCIO
Para testar seus conhecimentos e verificar se entendeu a diferença entre ordem direta e inversa da língua, coloque as frases a seguir na ordem direta, ajustando a concordância, quando necessário:
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante.
R: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.
Os dois irmãos, na hora do jantar, sem o menor constrangimento, comeu antes de lavar as mãos.
R: Os dois irmãos comeram antes de lavar as mãos na hora do jantar, sem o menor constrangimento.
Agora, vamos retomar alguns pontos sobre os quais já discutimos nas aulas anteriores e identificar sua relação com a concordância.
Adequação linguística
Como vimos na primeira aula, a maneira como falamos ou escrevemos revela muito do que somos e do que conhecemos. Em outras palavras:
O uso que fazemos da língua marca-nos socialmente.
Analise os seguintes exemplos:
As menina está pronta.
As meninas estão prontas. 
Frases desse tipo identificam a que comunidade linguística pertencem as pessoas que as proferem. E quando empregamos a língua adequadamente em contextos formais, de acordo com a norma culta, também somos marcados da mesma forma.
ATENÇÃO!
Você, que acaba de ingressar no Ensino Superior e que está prestes a entrar no mercado de trabalho, deve tomar bastante cuidado com essa adequação linguística, principalmente com relação à concordância. 
Adequação linguística
Para entender melhor a questão da adequação e da variação linguística, e a importância da concordância no dia a dia, assista ao vídeo a seguir com a canção Saudosa Maloca, de Demônios da Garoa. Observe que, na letra da música, a regra geral da gramática é violada e prevalece a linguagem coloquial.
Letra
Se o senhor não está lembrado d
Da licença lhe contar
Que aqui onde agora está,
Esse “ardifício” alto
Era uma casa velha, 
Um palacete abandonado
Foi aqui seu moço, que eu Mato
Grosso e Joca
Construímos nossa maloca
Mas um dia, nem quero me lembrar,
Veio os homens com as ferramentas,
O dono mandou, derrubar
“Peguemo” tudo a nossas coisas
E “fumos” pro meio da rua,
Apreciar a demolição
Que tristeza, que eu sentia
cada “tauba” que caía, doía no coração
Mato Grosso quis gritar, 
Mas em cima eu falei
Os homens “tá” com a razão
Nós “arranja” outro lugar
Só “se conformemos”, foi quando
Joca falou:
‘Deus dá o frio conforme o cobertor’
E hoje nós “pega” palha nas “grama” do 
Jardim, e pra esquecer nós “cantemos”
Assim:
Saudosa maloca
Maloca querida
Din din dón que nós passemos 
dias feliz de nossa vida
(x4)
ATIVIDADE
Antes de darmos continuidade a este estudo, vamos fazer uma atividade!
No exemplo a seguir, há um problema de concordância verbal no título da matéria. Veja:
Revelações de detalhes sobre tortura de Dilma intriga Brasil, diz 'NYT'
Detalhes das sessões de tortura sofridas por Dilma na ditadura militar têm intrigado os brasileiros, informa matéria publicada pelo 'New York Times' no sábado (4). [...]
Fonte: FOLHA.COM. Notícias. Publicação: 5 ago. 2012. 
Acesso em: 16 jul. 2015
Você consegue identificá-lo e corrigi-lo? Tente fazê-lo com base no que estudamos até o momento.
Gabarito
Nesse caso, o verbo “intrigar” não concorda com o sujeito da oração. O correto seria:
Revelações de detalhes sobre tortura de Dilma intrigam Brasil, diz ‘NYT’.
(SUJEITO)
Dúvidas frequentes de concordância verbal
Para evitar equívocos de concordância verbal, existe uma regra geral que deve ser sempre considerada:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito a que se refere em número – singular ou plural – e em pessoa – 1ª, 2ª ou 3ª.
Palavra principal que compõe o sujeito da oração – aquela que rege a concordância. Geralmente, esse vocábulo é um substantivo, mas também pode ser um pronome.
Nas próximas telas, veremos alguns casos comuns apresentados por Sautchuk (2011) de erros cometidos nesse sentido.
Dúvidas frequentes de concordância verbal
Sujeito colocado depois do verbo
Quando o sujeito aparece posposto ao verbo – isto é, depois dele –, costuma-se cometer o erro mencionado no início da aula. 
Observe:
INCORRETO - Parece que não existe mais pessoas interessadas neste assunto.
ESTRATÉGIA - Substituir o sujeito por um pronome = ELAS
Parece que elas não existem mais.
CORRETO - Parece que não existem mais pessoas interessadas nesse assunto.
Em frases em que o sujeito é muito extenso ou em que o núcleo do sujeito está distante do verbo, também se cometem alguns erros.
Você já deve ter percebido que, às vezes, o sujeito é tãolongo que perdemos o fio da meada não só quanto ao sentido da sentença como também quanto à gramática. Observe:
INCORRETO - O perigo de encontrarmos nas ruas ou nas cidades grandes um assaltante podem nos intimidar.
ESTRATÉGIA - Pergunte-se: O que “pode nos intimidar”? 
Resposta: “O perigo” = ELE
CORRETO - O perigo de encontrarmos nas ruas ou nas cidades grandes um assaltante pode nos intimidar.
Contaminação do verbo com a palavra mais próxima, sem concordar com o núcleo do sujeito de fato:
Outro erro muito comum ocorre quando o verbo é contaminado pela palavra mais próxima e deixa de concordar com o núcleo do sujeito de fato. Esse engano é corriqueiro em situações em que a expressão antes do verbo está no plural e o núcleo do sujeito, no singular ou vice-versa. Observe:
INCORRETO - Será que a incompetência por parte de diversos profissionais não poderiam ser evitados?
ESTRATÉGIA - Pergunte-se: O que “poderia ser evitado(a)”?
Resposta: “a incompetência”.
CORRETO - Será que a incompetência por parte de diversos profissionais não poderia ser evitada?
4) Muito CUIDADO com a concordância que envolve um pronome: O, OS, A, AS.
Observe como deduzimos a concordância adequada nesse tipo de construção:
INCORRETO - Todas aquelas promessas a fez esquecer a traição.
ESTRATÉGIA  - Pergunte-se: O que “a fez esquecer a traição”? 
Resposta: “Todas aquelas promessas”.
CORRETO - Todas aquelas promessas a fizeram esquecer a traição.
EXERCÍCIO
Antes de continuarmos, que tal um pequeno exercício? 
Corrija as frases a seguir, quando necessário:
Foi ao cinema Luiza e suas primas.
Solução: Foram ao cinema Luiza e suas primas.
Nunca antes na história da humanidade, foi tão comentada as ideias desse autor.
Solução: Nunca antes na história da humanidade, foram tão comentadas as ideias desse autor.
O problema apontado pelas pessoas em todas as reuniões foram resolvidos imediatamente. 
Solução: O problema apontado pelas pessoas em todas as reuniões foi resolvido imediatamente.
5) Núcleos ligados pela conjunção OU Quando aparecem nas sentenças núcleos ligados pela conjunção “ou”, devemos considerar duas situações – aquelas em que:
a) Há ideia de exclusão ou de retificação
Nesse caso, a ação ou o fato só pode ser atribuído a um dos núcleos. O verbo fica, então, no singular ou concorda com o núcleo do sujeito mais próximo.
Exemplos
Felipe Massa ou Lewis Hamilton será o piloto vencedor. (Ideia de exclusão)
Escultura ou pinturas eram do século XVIII. 
(Ideia de exclusão)
O professor ou os professores elaboraram as questões. (Ideia de retificação) 
b) Não há ideia de exclusão
Nesse caso, a ação ou o fato podem ser atribuídos a ambos os núcleos. O verbo vai, então, para o plural na pessoa gramatical predominante.
Exemplos
O álcool ou o cigarro são prejudiciais à saúde. 
Você ou a mãe dela serão sempre odiadas por todos.
6) Uso de expressões específicas
 Vamos, agora, aos casos de concordância a partir de usos de expressões específicas. São elas:
UM DOS QUE e UMA DAS QUE
Se você usar tais expressões, o verbo poderá ficar no singular ou no plural.
Exemplo
O segurança foi um dos que pediu/pediram demissão.
A MAIORIA DE, GRANDE PARTE DE, PARTE DE e A MAIOR PARTE DE
Se você usar tais expressões partitivas e equivalentes, o verbo poderá ficar no singular ou no plural.
Exemplo
A maioria das revistas não comentou/comentaram o caso.
Grande parte dos espectadores perdeu/perderam a estreia da nova novela.
MAIS DE UM
Se você usar esta expressão, o verbo ficará no singular – a não ser que ela esteja repetida ou indique reciprocidade.
Exemplo
Mais de um funcionário foi demitido.
Mais de uma escolha, mais de uma ação teriam de ser feitas. (Expressão repetida)
Mais de um convidado deram-se as mãos. (Ideia de reciprocidade)
Exercício
Vamos a mais um exercício? 
Corrija as frases a seguir, quando necessário:
A maioria dos entrevistados reprovam a administração municipal.
A frase está correta. Há duas possibilidades de escrevê-la: A maioria dos entrevistados reprova/reprovam a administração municipal.
Ou você ou eu teremos de resolver o problema.
A frase está correta, se a ideia é de inclusão. Mas, se for de exclusão, o verbo ficará no singular: Ou você ou eu terá de resolver o problema.
Mais de um aluno tiraram boa nota.
A frase está incorreta. O correto é: Mais de um aluno tirou boa nota.
O professor foi um dos que não aprovou aquele aluno.
A frase está correta. Há duas possibilidades de escrevê-la: O professor foi um dos que não aprovou/aprovaram aquele aluno.
7) Pronomes relativos QUE e QUEM
Veja, agora, como ocorre a concordância quando o sujeito é formado pelos seguintes pronomes relativos:
QUE
Nesse caso, o verbo concorda em número e pessoa com o antecedente do pronome.
Exemplos: 
Fui eu que liguei o aparelho. 
Foram eles que ligaram o aparelho.
QUEM
Nesse caso, o verbo fica na 3ª pessoa do singular.
Exemplos: 
Não sou eu quem paga o serviço.  
Fui eu quem pagou a serviço.
ATENÇÃO!
Na língua falada, é comum o verbo concordar com o antecedente do pronome QUEM e ouvirmos frases do tipo:
Não sou eu quem pago a conta.
No entanto, a prescrição gramatical condena esse uso, considerando-o um desvio da norma culta.
8) Verbos impessoais
Alguns casos de concordância com verbos impessoais são alvo de dúvidas por parte de muitos brasileiros. Aqueles que não podem ser flexionados em outras pessoas, mas sempre permanecem na 3ª pessoa do singular, pois não possuem sujeito. Você conhece esses verbos? São eles:
HAVER
“Tempo decorrido”
Exemplos
Não nos vemos há muito tempo.
Havia cinco anos que planejávamos essa viagem.
Não os vejo há três meses.
“Existir”
Exemplo
Havia 10 alunos na sala.
FAZER
Este verbo não varia quando indica tempo.
Exemplos
Faz muitos anos que não nos vemos.
Faz dois anos que viajamos à Espanha.
CHOVER, GEAR etc.
Estes verbos, que indicam fenômenos da natureza, não variam e formam orações sem sujeito.
Exemplos
Chove muito lá fora.
Chovia muito quando chegamos ao aeroporto.
ATENÇÃO!
Quando usados em sentido figurado, os verbos que exprimem fenômenos da natureza DEIXAM de ser impessoais.
Exemplos: Choviam lágrimas de seus olhos. (Sentido metafórico)
9) Partícula SE
Veja, agora, como ocorre a concordância de verbos acompanhados da partícula SE:
Partícula apassivadora SE
Neste caso (SE + VERBO TRANSITIVO DIRETO), o verbo normalmente concorda com o sujeito, porque a partícula SE torna a frase passiva, ou seja, o sujeito é quem sofre a ação do verbo.
Exemplos
Vende-se casa nova.   -   Casa nova é vendida.
Vendem-se casas novas.  -  Casas novas são vendidas.
Nesses exemplos, as expressões “casa nova” e “casas novas” ocupam a função de sujeito e, por isso, os verbos concordam com elas, ficando, respectivamente, no singular e no plural.
No exemplo a seguir, há um erro de concordância.
Você consegue identifica-lo?
Escreva, abaixo, a frase de maneira correta:
Não se faz hospital com copa do mundo
Solução: Nesse caso, o verbo “fazer” deveria concordar com o sujeito da frase (“hospitais”). O correto é:
Não se fazem hospitais com Copa do Mundo.
Hospitais não são feitos com Copa do Mundo.
SE+
Índice de indeterminação do sujeito
A partícula se tem a função de indeterminar o sujeito da oração quando aparece acompanhada dos seguintes verbos:
VERBO INTRANSITIVO
Exemplo:
Vive-se feliz naquela cidade.
VERBO TRANSITIVO INDIRETO
Exemplo: 
Precisa-se de ajudantes.
VERBO DE LIGAÇÃO
Aquele que indica um estado do sujeito, e não uma ação.
Exemplo:
Permanece-se feliz naquela casa.
ATENÇÃO!
Nessas situações, o verbo fica, OBRIGATORIAMETNE, na 3ª pessoa do singular.
EXERCÍCIO
Vamos a mais um exercício para fixação?
Corrija as frases a seguir, quando necessário:
Aluga-se apartamento.
Solução: A frase está correta. Se o sujeito fosse “apartamentos”, o verbo ficaria no plural: Alugam-se apartamentos.
Nesta competição, não existe titulares ou reservas.
Solução: A frase está incorreta. O correto é: 
Nesta competição, não existem titularesou reservas.
Já faziam anos que não nos víamos.
Solução: A frase está incorreta. O correto é: 
Já fazia anos que não nos víamos. 
10) Verbo SER
Seguindo a relação sintática que se estabelece entre o sujeito e o verbo, o mais comum é que o verbo SER concorde com o sujeito.
Exemplos
Ele era muito feliz.
Eles eram muito felizes.
No entanto, esse verbo adéqua-se à flexão do predicativo  nos seguintes caso do quadro. Quando usamos um verbo de ligação, completamos o sentido da frase com um predicativo do sujeito, como em:
A menina é/anda/permanece triste.
A palavra “triste” completa o sentido do sujeito “A menina”, e o verbo de ligação funciona como uma ponte de sentido entre o sujeito e sua característica: o predicativo, que, na maioria das vezes, é um adjetivo.
Quando o substantivo ou pronome designa pessoa.
Exemplos
Seu maior orgulho eram os alunos.
O grande merecedor foste tu.
Quando o predicativo é o pronome demonstrativo “o”. 
Nesse caso, o verbo SER fica no singular.
Exemplo
Problemas é o que não lhe falta.
Quando o predicativo é neutro, ou seja, quando se relaciona a horas, distâncias e datas.
Exemplos
É uma hora.
São dez horas. 
Hoje é primeiro de maio.
Hoje são 30 de maio.
Daqui à praia, será um quilômetro.
Daqui à praia, serão dois quilômetros.
Quando o sujeito é um dos pronomes – QUE, QUEM e O QUE. 
Nesse caso, o verbo SER concorda, obrigatoriamente, com o predicativo.
Exemplos
Que são homônimos? 
Quem foram os vencedores do campeonato? 
Quando o sujeito é um dos pronomes – TUDO, ISSO, AQUILO, ISTO, NINGUÉM, NENHUM – ou expressão do tipo O RESTO, O MAIS etc
Nesse caso, o verbo SER concorda, preferencialmente, com o predicativo.
Exemplos
Tudo são flores no início da relação. 
Isto são fenômenos da natureza. 
Quando usamos as expressões É MUITO, É POUCO, É BASTANTE. 
Nesse caso, o verbo SER ficará no singular se indicar quantidade, distância, medida. 
Exemplos
Quatro reais é pouco para irmos ao cinema. 
Seis quilos de feijão é mais do que pedi.
EXERCÍCIO
Antes de prosseguir com seu estudo, teste seus conhecimentos! Complete as lacunas com o verbo SER flexionado de forma adequada:
__ uma hora da tarde.
Solução: É uma hora da tarde.
___13 horas.
Solução: São 13 horas.
Esses dados ___ parte de um relatório.
Solução: Esses dados eram parte de um relatório.
O escolhido ___ eu.
Solução: O escolhido fui eu.
De acordo com Sautchuk (2011, p. 221), um texto sem concordância nominal pode impressionar, de forma negativa, o leitor ou ouvinte. Vamos analisar, agora, algumas dúvidas frequentes no que diz respeito a esse tipo de concordância.
A regra geral para evitar erros nesse sentido é a seguinte:
Os determinantes e modificadores concordam com o substantivo a que se referem.
O quadro a seguir apresenta esses termos:
Concordância nominal - Explicando o quadro e a regra geral
Regras especiais
Além do princípio básico apresentado anteriormente quanto à concordância nominal, temos de considerar algumas regras especiais importantes em nosso dia a dia, que envolvem o uso dos seguintes termos:
ANEXO, APENSO, INCLUSO, JUNTO, SEPARADO
Todas estas palavras são adjetivos e concordam em gênero e número com o substantivo ao qual se referem.
Exemplos
Seguem anexas às cartas as contas de telefone.
Anexo ao e-mail coloquei o arquivo de que você precisava.
Está incluso ao processo seu pedido.
Elas estão separadas há muito tempo.
As planilhas de custo estão apensas aos documentos.
A expressão EM ANEXO é invariável
Para saber mais sobre esse uso, leia os seguintes textos:
Em anexo, anexo ou anexa: qual é o certo?;
Anexo, em anexo ou no anexo? É só escolher. 
O(S) MAIS POSSÍVEL(IS) e O(S) MENOS POSSÍVEL(IS)
Quando empregar uma destas formas, basta ficar atento ao artigo:
Se ele estiver no singular, o adjetivo “possível” também ficará no singular;
Se ele estiver no plural, o adjetivo “possível” também ficará no plural.
Exemplos
Deixou o filho o mais pobre possível.
Deixou os parentes os mais pobres possíveis.
MESMO
Depois de um pronome reto
Neste caso, a palavra concorda com o pronome ou com a pessoa a quem se refere, reforçando a expressão.
Exemplos
Ela mesma disse isso.
Eles mesmos fizeram a pesquisa.
= DE FATO ou REALMENTE
Neste caso, a palavra NÃO varia.
Exemplos
Ela disse isso mesmo? Ela disse isso de fato?
Eles fizeram mesmo a pesquisa.  
Eles fizeram realmente a pesquisa.
O(S) MESMO(S), A(S) MESMA(S)
NÃO use estas expressões para substituir pronome ou substantivo!
Exemplos
O professor preparou a prova, e ‘o mesmo’ vai aplicá-la.
Correção: O professor preparou a prova, e ele mesmo vai aplicá-la.
É BOM, É NECESSÁRIO, É PROIBIDO
Estas expressões concordarão, obrigatoriamente, com o substantivo a que se referem quando este for precedido de artigo. Caso contrário, elas serão invariáveis.
Exemplos
É necessário ter paciência.  
A paciência é necessária ao homem.
Analise, agora, as frases a seguir retiradas de placas que podem ser encontradas, facilmente, pelas ruas:
O que há de errado com elas?
Reflita um pouco antes de saber a resposta...
Resposta
Em ambos os casos, há erro de concordância nominal, enfatizado pelo uso do artigo definido “a”. O correto, então, seria:
Proibida a entrada de pessoas não autorizadas.
Proibida a entrada de pessoas estranhas nesta área.
EXERCÍCIO
Vamos praticar?
Para testar seus conhecimentos quanto ao que estudamos sobre concordância, faça os exercícios a seguir propostos por Sautchuk (2011, p. 220-221).
1. Corrija os erros de concordância:
Supõe-se que, com a presença do bombeiro, as pessoas fiquem mais seguras e aguardem, com tranquilidade, que eles a ajudem.
Solução: Supõe-se que, com a presença do bombeiro, as pessoas fiquem mais seguras e aguardem, com tranquilidade, que eles as ajudem. (“pessoas” - “as”)
Sua justificativa a respeito dos elevados preços se baseiam na alta do dólar. Então, solicitamos que nos seja fornecido uma relação com itens que estejam mais em conta.
Solução: Sua justificativa a respeito dos elevados preços se baseia na alta do dólar. Então, solicitamos que nos seja fornecida uma relação com itens que estejam mais em conta. (Sujeito = “Sua justificativa” - verbo no singular; “uma relação” - “fornecida”)
2. Corrija os erros de concordância:
Foi solicitado junto à gerente de vendas a substituição das cortinas do escritório.
Solução: Foi solicitada junto à gerente de vendas a substituição das cortinas do escritório. (O que “foi solicitado”? Resposta: “a substituição” - concordância no feminino: “solicitada”)
Por vezes, o inconformismo de pacientes ou de familiares levam a atitudes menos cordiais para com os médicos.
Solução: Por vezes, o inconformismo de pacientes ou de familiares leva a atitudes menos cordiais para com os médicos. (Sujeito = “o inconformismo de pacientes ou de familiares” - verbo no singular)
3. Complete as lacunas com a forma verbal entre parênteses:
Os professores precisam voltar a ocupar lugar de destaque na sociedade, pois são aqueles que realmente a____________. (construir)
Solução: constroem
Sujeito = “Os professores”
Seu avô os ____. (amar)
Solução: ama
Sujeito = “Seu avô”
São roupas velhas que não têm mais valor para quem as _______. (comprar)
Solução: compra
Sujeito = “quem”
Todas aquelas pessoas o _____ pela rua abaixo.  (perseguir)
Solução: perseguiam
Sujeito = “Todas aquelas pessoas”
RESUMO DO CONTEÚDO
Nesta aula, estudamos:
• As noções de concordância nominal e verbal;
• As diversas formas de uso da língua;
• A amplitude do uso da norma culta para o cotidiano.
REFERÊNCIAS DESTA AULA
SAUTCHUK, I. Perca o medo de escrever: da frase ao texto. São Paulo: Saraiva, 2011.
EXPLORE +
Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, leia os seguintes textos:
• Concordância verbal e nominal;
• Veja os erros mais comuns de concordância verbal;
• Problemas da concordância entre nomes;
• Concordância verbal;
• A concordância sumiu ou evoluiu?;
• Concordância escorregadia.
Adicionais
Imagens:Shutterstock;
Tela 28 (Fonte da imagem): <http://www.livrosepessoas.com/wp-content/uploads/2013/07/145.jpg>.
Acesso em: 17 jul. 2015;
Vídeos: www.youtube.com

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