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INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS PARA O PROJETO DE FUNDAÇÕES Prof. Luciene Lima Para projetos de fundações, se faz necessário estudos geológicos e geotécnicos, empregando diversos métodos de investigação de campo e laboratório, considerando a ampla diversidade de materiais que podem ocorrer. As obras civis só podem ser convenientemente projetadas, depois de um estudo adequado da natureza e estrutura do terreno em que vão ser implantadas. A história registra casos em que a inobservância de certos princípios de investigação ou mesmo a negligência diante da obtenção de informações, acerca do subsolo tem conduzido a ruínas totais ou parciais e, consequentemente, a prejuízos de ordem econômica e de tempo. Investigação Geotécnica Desabamento na obra da Estação de Metrô Pinheiros São Paulo (2007) Consequências... 8 BR 470 – Santa Catarina (2008) Consequências... 9 Investigação Geotécnica Solos e Rochas – Materiais Naturais Reconhecimento das Condições do Subsolo Investigação 2 Definição Conjunto de atividades de campo e/ou laboratório que permitem a obtenção de informações a cerca do subsolo, necessárias ao desenvolvimento adequado de um projeto geotécnico Objetivos Identificação do tipo de solo; disposição e espessura das camadas/estratos; posição do nível de água; propriedades de compressibilidade, resistência ao cisalhamento, expansibilidade, permeabilidade Investigação Geotécnica Uma prospecção geotécnica adequada exige um Programa de Investigação. Esse programa definirá as etapas de investigação e os objetivos a ser alcançados. Segue as etapas de investigação: Investigação Preliminar Tem por objetivo conhecer as principais características do subsolo. Normalmente, utiliza-se apenas Sondagens a Percussão. Caso ocorra rocha, se faz necessário o uso da Sondagem Rotativa. Investigação Complementar ou de Projeto Tem por objetivo esclarecer as feições relevantes do subsolo e caracterizar as propriedades mais importantes. Comumente, realizam-se mais sondagens a percussão e outros métodos, como CPT, CPTU, Prova de Carga e coleta de Amostras Indeformadas para a realização de Ensaios de Laboratório. Investigação Geotécnica Investigação para a fase de Execução Tem por objetivo confirmar as condições de projeto em áreas críticas da obra, assim, consideradas pela grande variação de solos envolvidos. Outra necessidade dessa investigação ocorre em função da dificuldade de se executar o tipo de fundação inicialmente previsto. As informações básicas exigidas em um programa de investigação são: -Área em planta, profundidade e espessura de cada camada de solo identificado; -A compacidade de solos não coesivos e consistência de solos coesivos; Investigação Geotécnica -A profundidade do topo rochoso e suas principais características (litologia, espessura, mergulho e direção das camadas, espaçamento de juntas, planos de acamamento, presença de falhas, estado de decomposição) ; -Localização do nível de água e a quantificação de artesianismo se houver; -A coleta de amostras indeformadas que permitem a realização de ensaios para quantificar propriedades mecânicas e hidráulicas do solo (compressibilidade, resistência ao cisalhamento, expansibilidade e permeabilidade). Investigação Geotécnica Métodos de Investigação Investigação de Superfície Investigação de Subsuperfície Métodos Indiretos Métodos Diretos e Semidiretos 11 Investigação Mecânica Métodos Diretos Manuais e Mecanizados Permitem o reconhecimento do solo prospectado, mediante a análise de amostras provenientes de furos executados no terreno, por processos de perfuração. As amostras deformadas fornecem subsídios para exame táctil- visual e a condução dos ensaios de caracterização e teor de umidade. Pode-se obter também amostras indeformadas para a realização de ensaios especiais. Há o inconveniente de oferecer uma visão pontual do subsolo Métodos Diretos Poços São perfurados manualmente, com o auxílio de pás e picaretas. Podem, apresentar seção circular, quadrada e retangular. A profundidade a ser atingida fica condicionada a presença do nível de água ou desmoronamento das paredes. Permitem um exame visual das camadas do subsolo e a coleta de amostras deformadas e indeformadas Trincheiras São valas feitas mecanicamente com o auxílio de escavadeiras. Permitem um exame visual contínuo do subsolo, segundo uma direção. Como nos poços, a profundidade a ser atingida fica condicionada a presença do nível de água ou desmoronamento das paredes. Permitem um exame visual das camadas do subsolo e a coleta de amostras deformadas e indeformadas Poços e Trincheiras de Inspeção 21 Poços e Trincheiras de Inspeção - Escavações que permitem o acesso direto ao terreno - Análise dos horizontes de solo - Retirada de amostra indeformadas - Rochas – marteletes e explosivos Poços: escavação circular ou quadrada, com dimensões mínimas para acesso do observador. Trincheira: menor prof. Verificação contínua horizontal. 20 Sondagem à Trado Concha metálica dupla ou espiral que permite guardar o solo ao perfurar Rápido e Econômico Identificação de camadas superficiais Amostra Deformada Sondagem a Trado A prospecção por trado é de simples execução, rápida e econômica. No entanto, as informações obtidas são apenas do tipo de solo, espessura da camada e posição do nível de água. As amostras obtidas são do tipo deformadas. Esse procedimento é comumente empregado em estudos de reconhecimento preliminar e áreas de empréstimos. Sondagem à Trado Sondagem a Percussão. Sondagem de Simples Reconhecimento. (Standard Penetration Test - SPT) NBR/ABNT 6484 É o método mais utilizado no Brasil, principalmente para fins de fundação. Dentre as vantagens que apresenta, pode-se enumerar o seu baixo custo, a simplicidade de execução, a possibilidade de colher amostras, a determinação do nível de água, informações da compacidade e consistência dos solos e a experiência acumulada. A sondagem a percussão é uma ferramenta de investigação do subsolo que associada ao ensaio de penetração padronizado (SPT), mede a resistência do solo. Resumidamente, o ensaio consiste na cravação de 45 cm do amostrador padrão a cada metro perfurado, mediante impacto de um martelo de 65 kgf, caindo livremente de uma altura de 75 cm sobre a composição das hastes que possui conectada em sua extremidade o amostrador. Após o término da cada ensaio a composição de hastes é retirada do subsolo para a coleta da amostra do interior do amostrador. De modo a avançar em profundidade o amostrador padrão é substituído pelo trado quando não há NA ou pelo trépano quando atingir o NA, para dar continuidade a sondagem. Sondagem a Percussão. Sondagem de Simples Reconhecimento. (Standard Penetration Test - SPT) Após o posicionamento do amostrador padrão em cada cota de ensaio, são marcados sobre uma haste (3) três segmentos de 15 cm, contando-se o número de golpes para cravação de cada trecho de 15 cm, empregando um peso de 65 kgf que cai de uma altura de queda de 75 cm, sobre a cabeça de bater. O valor da resistência à penetração (SPT) consistirá no número de golpes necessários para a cravação dos últimos 30 cm do amostrador padrão, desprezando-se os golpes correspondentes à cravação dos 15 cm iniciais. O resultadodo ensaio é apresentado na forma de gráfico, indicando o valor de SPT a cada metro, descrição do tipo de solo, nível de água quando houver. Equipamentos Amostrador padrão D interno = 34,9 mm D externo = 50,8 mm Amostrador Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) 24 Esquema do ensaio: Retirada de amostras deformadas a cada metro; Classificação táctil-visual do solo; Identificação de camadas Nível d´água; Índice de resistência do solo, “N” Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) 23 1. Perfuração é iniciada com trado até a profundidade de 1 m. Não há amostragem e nem determinação de SPT; - 2. Coloca-se, então, o primeiro segmento de tubo de revestimento de 2 1/2”, dotado de sapata cortante em sua ponta; 3. Posteriormente, a cada metro perfurado, são colhidas amostras de solo por meio do amostrador padrão (45 cm), mediante aplicação de golpes padronizados (P=65 kgf; Hq=75 cm), complementada por trado ou trépano com circulação de água (55 cm). 4. Repete-se o processo dos itens 2 (colocação de tubo de revestimento rosqueável) e 3 (penetração do amostrador padrão) para avançar em profundidade Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) Sondagem a Percussão. Sondagem de Simples Reconhecimento. (Standard Penetration Test - SPT) I (Perfuração) II (Amostragem) III (Penetração dinâmica) Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) Fatores que influenciam os resultados da sondagem a percussão relacionados ao processo executivo: Erro na contagem do número de golpes; Variação da energia de cravação; Emprego da técnica de avanço por circulação de água, acima do nível de água. Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) Critérios de paralisação da sondagem: item 6.4.1 da NBR 6484:2001 a) quando, em 3 m sucessivos, se obtiver 30 golpes para penetração dos 15 cm iniciais do amostrador-padrão; b) quando, em 4 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetração dos 30 cm iniciais do amostrador-padrão; c) quando, em 5 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para a penetração dos 45 cm do amostrador-padrão. Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) Fatores que influenciam os resultados da sondagem a percussão relacionados ao equipamento: Dimensões e estado de conservação do amostrador padrão (principalmente a ponta); Estado de conservação das hastes e uso de hastes de diferentes pesos; Martelo não calibrado e/ou sem coxim de madeira. Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) 75 cm 45 cm Deixa-se cair em queda livre Conta-se o número de golpes a cada intervalo de 15cm Anota-se os valores correspondentes aos três intervalos Soma-se os números de golpes referentes aos dois últimos intervalos Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) 25 NBR 6484/2001 0 (m) - 1.0 - 1.45 - 2.00 NSPT - 2.45 - 3.00 NSPT 0.55 0.55 ENSAIO PENETROMÉTRICO ENSAIO PENETROMÉTRICO Execução: Abertura do Furo (acima do NA) Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) 26 Execução: Abertura do Furo (abaixo do NA) Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) 27 Execução: Abertura do Furo (abaixo do NA) 29 Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) Execução: Abertura do Furo (abaixo do NA) Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) 30 Índice de Resistência à Penetração (NSPT) N1 N2 N3 NSPT= N2+N3 Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) 31 Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) 33 Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) 34 SP 01 SP 02 SP 03 Perfil longitudinal do subsolo Argila arenosa Areia argilosa Argila siltosa Areia fina Identificação das Camadas Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) 35 SP 01 SP 02 SP 03 Perfil longitudinal do subsolo Argila arenosa Areia argilosa Argila siltosa Areia fina Nível d’água Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) 36 Classificação dos Solos: Compacidade Relativa das Areias (NBR 6484/01) 4Fofa 8Pouco compacta 18Medianamente compacta 40Compacta Muito compacta Consistência das Argilas (NBR 6484/01) 2Muito mole 5Mole 10Média 19Rija Dura Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) 38 Relatório de Sondagem: Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) 39 Perfil Individual Sondagem Medidor de NA Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) Número mínimo de furos Área construída (m2) 2 200 3 200 a 400 4 400 a 600 5 600 a 800 6 800 a 1000 7 1000 a 1200 8 1200 a 1600 9 1600 a 2000 10 2000 a 2400 A critério > 2400 Sondagem de Simples Reconhecimento (SPT) Sondagem Rotativa - Testemunhos da rocha perfurada e/ou investigada; - Realização de ensaios “in situ”, como perda d´água devido a falhas e fendas na rocha; 41 O método de sondagem rotativa é empregado na perfuração de rochas, solos de elevada resistência e matacões. Tem como objetivo principal a obtenção de testemunho, isto é, de amostras de rocha, que permitam a identificação das descontinuidades do maciço rochoso e a realização no interior da perfuração de ensaios, como por exemplo, o ensaio de perda d’água, quando se deseja conhecer a permeabilidade da rocha ou a localização de fendas, falhas e fraturas. Sondagem Rotativa O equipamento compõe-se essencialmente de sonda (motor-bomba), hastes de perfuração, tubos de revestimentos metálicos, barrilete dotado de coroa, ferramentas e acessórios. Consiste, basicamente na realização de manobras consecutivas, isto é, a sonda imprime as hastes os movimentos rotativos e de avanço e recuo na direção do furo e essas as transfere ao barrilete. A qualidade do maciço rochoso é avaliada pelo RQD. Sondagem Rotativa O RQD (Rock Quality Designation) envolve os critérios de fraturação e estado de alteração da rocha. RQD = (Testemunhos ( ≥10 cm) / Manobra)*100 Diâmetro do testemunho NX (54 mm) ou superior Classificação da rocha RQD (%) Qualidade do maciço rochoso 0 a 25 Muito fraco 25 a 50 Fraco 50 a 75 Regular 75 a 90 Bom 90 a 100 Excelente Sondagem Rotativa Fornecem apenas características mecânicas dos solos prospectados. Os valores obtidos possibilitam informações sobre a natureza dos solos. Cone (CPT) Piezocone (CPTU) Vane Test (Palheta) Métodos Semidiretos Os ensaios de cone e piezocone, conhecidos pelas siglas CPT (Cone Penetration Test) e CPTU (Piezocone Penetration Test), respectivamente, vêm se caracterizando internacionalmente como uma das mais importantes ferramentas de prospecção geotécnica. Resultados de ensaios podem ser utilizados para determinação estratigráfica de perfis de solos, determinação de propriedades dos materiais prospectados, particularmente em depósitos de argilas moles, e previsão da capacidade de carga de fundações. CPT e CPTU Consiste o ensaio de CPT e de CPTU na cravação no terreno de uma sonda cônica acoplada a hastes a uma velocidade constante de (20±5) mm/s, através de um sistema hidráulico. Um sistema automático de aquisição de dados é empregado nesses ensaios para obter as propriedades geotécnicas, não havendo interferência do operador nos resultados. CPT e CPTU 44 Resistência de Ponta e Atrito Lateral Célula de Carga CPT e CPTUEmpregado para a determinação da resistência de ponta (qc) e atrito lateral (fs) de solos. Obtém-se, a partir desses a razão de atrito (Rf). Areias: qc 10 a 20 MPa e Rf ~1% Argilas: qc ≤1,5 MPa e Rf >5% Parâmetro derivado, empregado na classificação de solos: Razão de Atrito (Rf) = (fs / qc) *100 CPT Além, das propriedades geotécnicas mediadas no ensaio de Cone (CPT), qc e fs, medem-se as pressões neutras geradas durante o processo de cravação. Possibilita, ainda, obter o coeficiente de adensamento horizontal do solo (Ch) através do ensaio de dissipação. CPTU Equipamentos CPT e CPTU 2 cm/!!br0ken!! Hasteamento Piezocone 650 mm Ensaio de Piezocone (CPTU) 45 Poropressão (u) Transdutor de Pressão Resultados: 0 2 4 6 8 10 R F (M Pa) 16 12 8 4 0 Pr of un di da de (m ) 0 2 4 6 8 10 q T (M Pa) qT RF Ensaio de Piezocone (CPTU) 46 Determinação estratigráfica do perfil Parâmetros de resistência dos solos Condições do nível d’água Características do adensamento Aplicação dos Resultados CPT e CPTU 47 Vantagens – CPTU Comportamento drenado e não drenado Características de fluxo e consolidação Melhor avaliação do Perfil Melhor avaliação dos parâmetros geotécnicos A ponteira é cravada utilizando-se um sistema duplo de hastes, visando eliminar qualquer atrito da haste da palheta de teste com o solo, eliminando interferências nas medidas de resistência. Uma vez posicionada, aplica-se torque à ponteira por meio de unidade de medição, com velocidade de 6 graus / minuto. O torque máximo permite a obtenção do valor de resistência não drenada do terreno, nas condições de solo natural indeformado. Ensaio de Palheta (Vane Test) Ensaio de Palheta (Vane Test) 54 1 – 5 min 6⁰/ min Torque Ensaio de Palheta (Vane Test) Ensaio de Palheta (Vane Test) 56 O ensaio é tradicionalmente empregado para a determinação da resistência ao cisalhamento não drenada (Su) de depósitos sedimentares de argilas moles. Sendo necessário, o conhecimento prévio do subsolo, de modo a se verificar a aplicabilidade do ensaio. Utiliza-se um equipamento de aplicação e medição de torque, capaz de imprimir uma velocidade de (6±0,6)º/min, a um sistema constituído por uma palheta de aço (D = 65 mm e H = 130 mm) de alta resistência e hastes de aço de um metro de comprimento e diâmetro de 13 mm, capaz de suportar os torques. Devido ao sistema automatizado não há interferência do operador na aquisição de dados. Ensaio de Palheta (Vane Test) Insere-se a o conjunto hastes e palheta na argila mole e promove a medição do torque com a velocidade padronizada. Ao término do ensaio para a obtenção da resistência não drenada indeformada (Su), efetua-se 10 giros rápidos na haste, e inicia-se novo ensaio com o intuito de se obter a resistência não drenada amolgada (Sur), esses ensaios ocorrem para diversas profundidades, conforme projeto. A resistência não drenada é calculada pela fórmula: Su = 0,86*Tmax / *D3 Em que: Su (kPa), Tmax (kNm) e D (m) Ensaio de Palheta (Vane Test) Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59
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