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Modalidades de Gestão Empresarial

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32
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
OSMAIR BATISTA DO NASCIMENTO
MODALIDADES DE FINANCIAMENTO EMPRESARIAL
MANAUS AM
JANEIRO 2017
OSMAIR BATISTA DO NASCIMENTO 
MODALIDADES DE FINANCIAMENTO EMPRESARIAL
Trabalho apresentado à Faculdade de Estudos Sociais da Universidade Federal do Amazonas - Administração Financeira II, sob a coordenação do Professor Aristides para obtenção de nota parcial na disciplina. 
MANAUS AM
JANEIRO 2017
 
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo mapear as informações sobre as opções atuais das empresas brasileiras no que se refere a financiamentos de atividades e projetos à curto e a longo prazos.
 
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 4
2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................5
2.1. Empréstimos de longo prazo para capital fixo + giro ................................................. 5 
2.2. Títulos privados de dívida ........................................................................................... 8
2.3. Ações ordinárias e preferenciais ..................................................................................14
2.4. Leasing (Arrendamento Mercantil) .............................................................................16
2.5. Empréstimos a curto prazo para capital de giro ..........................................................17
2.6. Desconto comercial de títulos e recebíveis em bancos comerciais.............................19
2.7. Factoring (Fomento Mercantil) ...................................................................................20
2.8. Bancos de Investimentos .............................................................................................21
2.9. Project Finance ............................................................................................................25
2.10. Financiamentos privados e públicos para inovação e empreendedorismo .............26
3. CONCLUSÃO...............................................................................................................31
4. BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................32
1. Introdução
Toda e qualquer empresa no desenvolvimento de seus negócios necessitam de investimentos e parte do capital tem como fonte alguma modalidade de financiamento.
Financiamentos são decisões que visam obter recursos para a gestão empresarial e sua origem pode ser próprio ou de terceiros (interno ou externo). Sua utilização ou não estão intimamente ligadas às decisões de investimento da organização. Os capitais próprios não necessitam de contrapartida fixa de remuneração, ao passo que os capitais de terceiros exige uma contrapartida de remuneração mínima que pode ser fixa ou variável, reguladas pelo mercado.
Tavares (1988) fiz que crédito significa “confiar” ou “acreditar”, e este é o significado do crédito. Alguém ou alguma instituição o disponibiliza na esperança de que a dívida seja posteriormente quitada, logicamente com as devidas formalidades financeiras. É também um fator essencial nas políticas de financiamento empresarial, com o intuito de alavancar as vendas, manter as necessidades de caixas para realizar as aquisições diversas, aumentando assim a sua capacidade de produção.
Para Silva (2008) a função do crédito visa verificar/avaliar a capacidade de pagamento do tomador, assegurando a reputação e a solidez do emprestador. 
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Empréstimos de longo prazo para capital fixo + giro 
Os Financiamentos de Longo Prazo são dívidas contraídas pelo segmento empresarial, com duração superior a um ano. Esta modalidade é contraída junto às instituições financeiras como um empréstimo a prazo ou através da venda de títulos que podem ser negociáveis e vendidos a credores institucionais e individuais. Os financiamentos ou empréstimos em longo prazo levam à alavancagem financeira da empresa, sendo um componente na estrutura de capital, desde que seja de menor custo de capital. De maneira geral, os financiamentos de longo prazo possuem um tempo de vencimento entre cinco e vinte anos. Este modalidade de financiamento quando estiver a um ano de seu término, os contadores passarão o empréstimo de longo prazo para o passivo circulante, tornando-se assim uma obrigação em curto prazo.
Várias são as modalidades e dentre elas destacam-se: Cartão BNDES, CDC, Capital de Giro, Finame, Lesing, Financiamento de Importação, FCO Empresarial e Financiamento de Exportação.
2.1.1. Principais características
- Prazo de utilização do credito, dependente do tipo de destino que a empresa propõe ao Banco ou Instituição; montante a contratar, acertado entre as partes; taxa de juros geralmente inferior ao crédito de curto prazo; garantias apresentadas pela empresa: (hipoteca) ou pessoal (aval).
2.1.2. Restrições
a) Aos tomadores são vedados a venda de contas a receber com a finalidade de gerar caixa, pois essa medida geram em longo prazo problemas de caixa; cabe ao tomador a manutenção de um nível mínimo de capital circulante líquido, garantindo ao Credor um nível satisfatório de liquidez para honrar seus compromissos; os tomadores podem ser proibidos de efetuar certos tipos contratos de leasing para limitando obrigações adicionais com pagamentos fixos; 
As medidas restritivas abaixo são adotadas pelo credor com a finalidade de proteção ao seu investimento:
1) Controle do ativo permanente da empresa;
2) Limitações de investimentos em títulos;
3) Limitação de aumento salarial de funcionários;
4) Proibição de combinações, exigindo que o tomador concorde em não se aliar a outras empresas;
2.1.3. Condições de acesso:
As principais instituições financeiras que operam com esses recursos (empréstimos de longo prazo) em nosso país são o Banco do Brasil, CEF, BNDES, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e a maioria dos bancos privados.
2.1.3.1. Quem Pode Financiar em longo prazo
• Pessoa Física
- Caminhoneiro autônomo e Produtor rural assíduo na atividade agropecuária, por exemplo.
• Pessoas Jurídicas: microempresas, empresas de pequeno e médio porte, dentro dos limites estabelecidos em legislação específica. 
2.1.3.2. O que pode ser financiado
Os financiamentos de longo prazo envolvem atividades como:
 - Aquisição de bens de produção; máquinas ou equipamentos, implementos agrícolas novos, aquisição de caminhões, bens e serviços para exportação, construção, ampliação e reforma de instalações empresariais, etc.
2.1.3.3. O que não pode ser financiado
- aquisições de terrenos e de benfeitorias já existentes, capital de giro de forma isolada, pagamento de débitos junto a fornecedores, instituições financeiras e governos, impostos.
2.1.3.4. O montante dos empréstimos
O total do empréstimo que cada tomador necessita, precisa ser avaliado para que se determine a função custo líquido X risco, desta forma, quanto maior o montante, menor os juros. O risco do credor aumenta quanto maior for o empréstimo, em função do risco.
2.1.3.5. Prazos
- De até 12 anos, com até 4 anos de carência, na maioria dos planos de financiamentos.
- Algumas modalidades de financiamento disponibilizam um prazo que pode chegar a 20 anos, com até 5 anos de carência.
2.1.3.6. Riscos Financeiros enfrentados pelo Tomador
A necessidade de uma maior alavancagem operacional do tomador eleva o grau de risco operacional. Quanto maior o seu grau de endividamento maior o seu risco financeiro. O credor tem como preocupação a capacidade do tomador para reembolsar o empréstimo solicitado.
2.1.3.7. Habilitação
O interessado deverá estar em dia comobrigações fiscais, tributárias e sociais (impostos, taxas, contribuições, etc), demonstrar capacidade de pagamento, não apresentar restrições cadastrais, protestos de títulos, execuções fiscais e trabalhistas, não estar em regime de concordata e/ou falência. 
2.1.3.8. Concessão
- Todos os bancos mencionados disponibilizam seus recursos para financiamento utilizando critérios técnicos. 
2.1.3.9. Destinação do Financiamento
O dinheiro liberado pelas instituições financeiras são sempre destinado a um fim específico. Se for para gastar na execução de um projeto, só poderá ser utilizado na aquisição de bens e serviços previstos naquele projeto.
2.1.4. Custos do financiamento de longo prazo
	
O custo do financiamento em longo prazo são sempre maiores que o de curto prazo. O Sistema Financeiro Nacional e o Banco Central do Brasil são os órgãos governamentais responsáveis por regular os financiamentos de longo prazo.
2.1.4.1. Taxas de juros
- A partir de 6,5% ao ano para bens de capital
- A partir de 7,5% ao ano para capital de giro
2.1.5. Tramitação e documentos
De modo geral são exigidos os seguintes documentos: (Contrato Social, CNPJ, Inscrição Estadual, Alvará de Funcionamento, Certidões, etc.) bem como informações técnicas, econômicas e financeiras da empresa e sua projeções. Para a efetivação do cadastro normalmente a documentação exigida é:
Pessoa Jurídica
- Cadastro de todos os sócios e cônjuges e comprovação do pagamento da Tarifa Cadastral; CNPJ atualizado; Alvará de funcionamento; Contrato Social; Ata de constituição e estatuto ou declaração de empresário, devidamente registrados na Junta Comercial; Todas as alterações contratuais, ata ou aditivo do último aumento de capital devidamente registrados na Junta Comercial; Ata de eleição da atual diretoria devidamente registrada na Junta Comercial; Atas ou aditivos de outras alterações devidamente registrados na Junta Comercial e assinados pelos sócios e por um advogado; Alteração de Declaração de Empresário; Balanço Patrimonial e demonstração do resultado do exercício com assinaturas do contador e administrador(es) da empresa,  referente aos 03 (três) últimos exercícios com indicação do nº das folhas e do livro diário em que foram transcritos; Balanço de abertura e Previsão de Faturamento nos primeiros 12 meses (empresa em implantação); Relação de vendas assinada pelo contador da empresa referente ao último exercício social, ou do período decorrido, quando a empresa não houver encerrado seu primeiro exercício social; Recibo de entrega de Declaração de Imposto de Renda para empresa dispensada de apresentar balanço ao fisco federal, ou declaração de isenção, conforme o caso; Autorização para consulta aos sistemas restritivos e à central de risco de crédito do SISBACEN; Escrituras dos Bens Imóveis, Certificados de Registros de Veículos – CRV´s. Para os imóveis que venham ser vinculados aos financiamentos, será necessária a apresentação dos seguintes documentos: Escritura devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis; Certidão de Inteiro Teor; Certidão Negativa de Ônus (atual); Certidão Quinzenária, Certidão de quitação de débitos de tributos e contribuições municipais. Em todos os documentos anexar cópia autenticada ou levar original junto.
Pessoa Física
· Carteira de Identidade e CPF; Se estrangeiro, Cédula de Identidade de Estrangeiro (CIE), emitida pela Polícia Federal (verificar validade); Título de eleitor e comprovantes de votação da última eleição, se casado, certidão de casamento; Comprovante de residência (água e esgoto, gás, luz ou telefone, com vencimento no máximo 60 dias antes da data da sua entrega ao banco; contrato de aluguel em vigor em nome do cadastrando, juntamente com qualquer uma das contas de que comprove o endereço indicado no contrato; extrato ou fatura de cartão de crédito, devidamente paga, referente ao mês em que seja entregue ao banco); Comprovante de renda do último salário, não podendo ser posterior há 30 dias; Declaração de Imposto de Renda (Receita Federal); Escritura dos bens imóveis; Certificados de Registros de Veículos – CRV´s; Autorização de consulta SISBACEN devidamente datada e assinada; Comprovação do pagamento da Tarifa Cadastral. Para os imóveis que venham a ser vinculados aos financiamentos, será necessária a apresentação dos seguintes documentos: escritura devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis; Certidão Negativa de Ônus (atual); Certidão Quinzenária de Inteiro Teor (atual); certidão de quitação de débitos de tributos e contribuições municipais. Em todos os documentos anexar cópia autenticada ou levar original junto.
2.1.6. Garantias e colaterais: 
Geralmente as instituições financeiras utilizam como garantias do empréstimo o seguinte: penhor de bens, hipoteca de imóveis, próprios ou de terceiros; fiança, propriedade fiduciária de máquinas e equipamentos; avalistas.
2.1.7. Cuidados que o gestor deve ter no financiamento de longo prazo 
(1) elaboração um bom plano de negócios, dimensionando o investimento adequado; (2) levantamento da questão ambiental, com investimento em tratamento de resíduos, por exemplo; (3) dimensionamento do capital de giro; (4) avaliação da capacidade da equipe na operação da ampliação ou do novo negócio; (5) avaliação da necessidade de implantar novos controles internos.
2.2. Títulos privados de dívida
2.2.1. Debentures
Quem emite: qualquer sociedade comercial constituída sob forma de sociedade por ações. (com exceção das Instituições Financeiras – não é o caso da Sociedade Arrendamento Mercantil).
Finalidade: captação de recursos de terceiros a médio e longo prazo para capital de giro e capital fixo. Debênture é um título privado não financeiro de dívida, de médio e longo prazo, que confere a seu detentor um direito de crédito contra a companhia emissora. Consiste em um instrumento de captação de recursos no mercado de capitais, que as empresas utilizam para financiar seus projetos. Quem investe em debêntures se torna credor dessas companhias. No Brasil, as debêntures constituem em uma das formas mais antigas de captação de recursos por meio de títulos. Também entende-se por debênture um valor mobiliário emitido por sociedades por ações, representativo de dívida, que assegura a seus detentores o direito de crédito contra a companhia emissora. Consiste em um instrumento de captação de recursos no mercado de capitais, que as empresas utilizam para financiar seus projetos. É uma forma também de melhor gerenciar suas dívidas. Seus recursos podem ser utilizados para: investimentos em novas instalações, alongamento do perfil das dívidas, financiamento de capital de giro etc. 
Em regra, a competência para deliberar sobre a emissão de debêntures é privativa da assembleia geral de acionistas, que deverá fixar as condições e critérios da emissão.
Os maiores compradores das debêntures no mercado brasileiro são os chamados investidores institucionais, tais como grandes bancos, fundos de pensão e seguradoras, os investidores estrangeiros, além dos investidores individuais.
Condições
Na emissão de debêntures, é obrigatória a elaboração de um documento chamado "Escritura de Emissão", onde são especificados os direitos e deveres dos debenturistas e da emissora. A escritura de emissão de debêntures distribuídas ou admitidas à negociação no mercado terá obrigatoriamente a intervenção de um "Agente Fiduciário dos debenturistas", que poderá ser uma pessoa física que atenda aos requisitos para o exercício de cargo em órgão de administração da companhia, ou instituição financeira que tenham por objeto social a administração ou a custódia de bens de terceiros.
O Agente Fiduciário representa os interesses dos debenturistas, verificando o cumprimento das condições pactuadas na Escritura, além de ser responsável pela elaboração de relatórios de acompanhamento. Outros agentes também participam da emissão e distribuição das debêntures, tais como a instituição líder, os intermediários contratados, um banco mandatário e escriturador, auditoresindependentes e consultores legais. 
Direitos e resgate
Nas condições e prazos definidos na Escritura, além da quantia relativa ao valor investido, que pode ser recebida no vencimento, ou antes, mediante amortização do valor nominal da debênture. 
O vencimento da debênture ocorre na data fixada na Escritura, que pode variar conforme as condições de emissão, podendo a companhia estipular amortizações parciais de cada série, bem como se reservar o direito de resgate antecipado, parcial ou total, dos títulos de mesma série. 
Garantias
A emissão da debênture poderá ser efetuada com ou sem garantias. No caso da emissão com garantia, temos: 
Garantia Real - envolvendo o comprometimento de bens ou direitos que não poderão ser negociados sem a aprovação dos debenturistas, para que a garantia não fique comprometida.
Garantia Flutuante - assegura privilégio geral sobre o ativo da emissora, mas não impede a negociação dos bens que compõe esse ativo.
Existem dois tipos de emissões sem garantia: as Quirografárias (debênture sem privilégio) e as Subordinadas. Em ambos os casos, o debenturista não terá nenhuma garantia ou preferência no caso de liquidação da companhia. Ressalte-se ainda que, em caso de liquidação da companhia, no pagamento de suas obrigações com os credores, as Quirografárias precedem às Subordinadas.
Conversibilidade
É a possibilidade das debêntures serem convertidas em ações, podendo ser classificadas como: Simples - não podem ser convertidas em ações da companhia emissora; e Conversíveis - possuem cláusula permitindo que sejam convertidas em ações ao término de prazo determinado ou a qualquer tempo, conforme estabelecido na escritura de emissão. 
Precauções
Antes de investir em debêntures o investidor deve requisitar o Prospecto à instituição intermediária da qual é cliente e analisar os seguintes aspectos: Fatores de Risco; Discussão e Análise da Administração sobre as Demonstrações Financeiras; Escritura de Emissão; Relatório de Classificação de Risco. 
As debêntures podem ser negociadas na BM&FBOVESPA, em mercado de bolsa ou de balcão organizado, ou na CETIP. 
2.2.2. CDB
O CDB (certificado de depósito bancário) é um título que os bancos emitem para se capitalizar - ou seja, conseguir dinheiro para financiar suas atividades de crédito. Portanto, ao adquirir um CDB, o investidor está efetuando uma espécie de “empréstimo” para a instituição bancária em troca de uma rentabilidade diária. Existem três tipos principais de CDB: o prefixado, o pós-fixado e os que pagam juros mais um índice de inflação. No primeiro, o investidor negocia com o banco uma taxa predefinida e, durante a vigência daquele título, receberá sempre a remuneração que foi acordada. Outro tipo de CDB é aquele cuja remuneração varia de acordo com um índice de inflação (principalmente o IPCA) e uma taxa de juros prefixada. 
O tipo mais comum de CDB, no entanto, é o pós-fixado. Neste caso, a rentabilidade do investimento é baseada em alguma taxa de referência. A principal delas é o CDI (certificado de depósito interbancário), que está sempre muito próxima da Selic (taxa básica de juros). 
Outro ponto importante e que deve ser levado em consideração na hora de optar por um CDB é o fato de esta aplicação ser garantida pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até o limite de R$ 250 mil. Caso o banco emissor do CDB quebre, o investidor tem a segurança de ter até este valor garantido pelo fundo. 
Como investir em CDB/Condições de acesso
- Escolher um banco emissor do CDB; pesquisar o título que vai comprar, negociar a taxa e respeitar o limite de R$ 250.000,00.
Custos envolvidos/prazos
Uma das principais vantagens do CDB é que não é cobrada nenhuma taxa para essa aplicação, ao contrário de fundos DI ou Tesouro Direto, por exemplo. Mas o investidor terá de pagar IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para aplicações de menos de 30 dias. Outro tributo, este obrigatório para todos os casos de investimento em CDB, é o Imposto de Renda. A alíquota varia de acordo com o prazo da aplicação: 22,5% do lucro para investimentos de até 180 dias; 20% para 181 a 360 dias; 17,5% para 361 a 720 dias e 15% para 721 dias ou mais.
Riscos/cuidados
Um dos principais riscos do CDB é o de crédito, ou seja, de a instituição bancária “quebrar” e ficar sem recursos para pagar o valor aplicado ao investidor. Entretanto, esse tipo de aplicação é garantido pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até o limite de R$ 250 mil. Ou seja, para aplicações de até este valor, o investidor pode aplicar sem grandes receios.
Documentação necessário para financiamento CDB
- Contrato Social e última alteração, para Ltda; Estatuto Social e ata de Assembleia Geral Extraordinária elegendo os diretores / representantes, para S.A; Ficha Cadastral Pessoa Jurídica, preenchida e assinada; Ficha Cadastral Pessoa Física dos sócios administradores e procuradores, preenchida e assinada; Cópia do RG e CPF dos sócios administradores e procuradores; Cópia do RG e CPF dos cônjuges dos sócios administradores; Cartão de assinatura dos sócios administradores, procuradores e cônjuges com firma reconhecida por autenticidade; Procuração pública ou privada dos representantes da empresa, se houver; Última Declaração de Imposto de Renda dos sócios majoritários e administradores; Comprovante de endereço (água, luz ou telefone de até 45 dias) dos sócios; dentre outros.
Garantias
	O Fundo Garantidor de Créditos, é a instituição que garante o CDB até o limite de R$ 250.000,00.
2.2.3. Letras Hipotecárias
As letras hipotecárias são títulos de renda fixa emitida pelas instituições financeiras autorizadas a conceder créditos hipotecários. São emitidas com base em lastro de créditos garantidos por hipoteca de primeiro grau de bens imóveis. A maior emissora desses títulos hoje é a Caixa Econômica Federal. Não são muitos os bancos que emitem LHs, pois a maioria deles não precisa de recursos para conceder financiamentos imobiliários, visto que já captam através da poupança. 
Prazos
O prazo mínimo de aplicação é de 180 dias (6 meses). O prazo máximo pode variar, mas o mais comum são 24 meses. É possível resgatar o título antes do vencimento, porém não terá rentabilidade. Quanto maior o prazo, maior será a rentabilidade.
Valores a aplicar
A aplicação mínima para investir em letras hipotecárias é alta. Antigamente esse investimento era somente para investidores qualificados. Hoje em dia podemos encontrar valores mais acessíveis, mas mesmo assim o investimento ainda é alto. O mínimo para aplicação varia de acordo com a instituição, mas para termos uma ideia, o valor mínimo de algumas LHs da Caixa Econômica é de R$ 20 mil. 
Rentabilidade
A rentabilidade deste tipo de aplicação pode ser pré-fixada, pós fixada ou atrelado a algum índice, como o CDI, taxa referencial (TR) ou taxa de juros de longo prazo (TJLP). Quanto maior o prazo de aplicação, maior a rentabilidade. 
Riscos
A letra hipotecária representa um título de renda fixa com risco do emissor, ou seja, caso a instituição emissora quebre, o investidor que tiver o título deverá recorrer a seus direitos com a massa falida. Mas, caso os mutuários que tenham recebido os créditos hipotecários não honrarem seus compromissos com a instituição emissora (bancos), estes deverão efetuar os pagamentos ao investidor. Existe uma circular (nº 1.393, de 7/12/1988), que determina que a garantia da operação seja a caução de créditos hipotecários de que sejam titulares, garantidos por primeira hipoteca. Como a Caixa Econômica Federal é o maior emissor, o risco dela quebrar é muito baixo, pois ela representa o próprio governo. Além disso, as LHs tem garantia real, isto é, o próprio imóvel financiado com seus recursos. Se isso já não bastasse, as aplicações em letras hipotecárias são garantidas pelo fundo garantidor de crédito – FGC.
Garantias
     A letra hipotecária é um título lastreado em crédito imobiliário. São poucos os bancos que a emitem, pois a maioria deles não precisa de recursos, além dos captados por meio da caderneta de poupança,para conceder financiamentos imobiliários.
Tributação
As letras hipotecárias são isentas de IOF, pois o prazo mínimo de aplicação é de 6 meses. 
Funcionamento
Para se investir em letras hipotecárias, você deverá abrir uma conta no banco emissor. Depois, você poderá, através do seu gerente da conta ou através da Internet Banking, investir em letras hipotecárias. Todas as letras hipotecárias são registradas na CETIP. Vale ressaltar que as letras hipotecárias são múltiplos R$ 1.000,00, ou seja, o preço unitário de emissão é de R$ 1.000,00. Entretanto, o valor mínimo de investimento é alto, cerca de R$ 20.000 a R$ 50.000. Depois de 6 meses, é possível resgatar o dinheiro. O resgate mínimo é de R$ 5.000. 
Vantagens
Isenção de imposto de renda; Permite fazer um contrato de SWAP; Garantida pelo fundo garantidor de crédito (FGC).
Desvantagens
Investimento inicial alto (mínimo em torno de R$ 20 mil);
Baixa liquidez;
Investimento de médio para longo prazo.
2.2.4. Letras de Câmbio
A letra de câmbio é uma espécie de título de crédito, ou seja, representa uma obrigação pecuniária, sendo desta autônoma. A emissão da letra de câmbio é denominada saque; por meio dele, o sacador (quem emite o título), expede uma ordem de pagamento ao sacado (pessoa que deverá paga-la), que fica obrigado, havendo aceite, a pagar ao tomador (um credor específico), o valor determinado no título. Apesar de atribuir ao sacado a obrigação de pagar o tomador, o sacador permanece subsidiariamente responsável pelo pagamento da letra. Não sendo pago o título no seu vencimento, poderá ser efetuado o protesto e a cobrança judicial do crédito, que se dá por meio da ação cambial. 
Prazos
A Letra de Câmbio tem vários prazos, podendo ser um investimento de curto ou de longo prazo. Não há um prazo mínimo para a emissão deste título, porém vale ressaltar que quanto mais longo for o prazo estabelecido maior será o seu rendimento e mais interessante será investir na Letra de Cambio, até porque os impostos pagos irão diminuindo gradativamente ao longo do tempo de acordo com a tabela de IR, que você verá mais à frente.
Como funciona
As cartas de câmbio são utilizadas como uma forma de captação, e que são emitidas pelas principais sociedades de crédito, e por instituições financeiras ao redor do mundo, com base na transação comercial estabelecida. Elas vão funcionar na prática como um empréstimo que determinado investidor realiza à instituição, e que no final do período pré-estabelecido gera uma remuneração para esse investidor, em um sistema pré ou pós-fixado. Mas a maioria das cartas de câmbio funciona como uma remuneração pós-fixada, indexada ao certificado de depósito interbancário (CDI).
O risco
O nível de segurança desse investimento é relativo, já que todo investidor corre o risco de que a instituição financeira não honre com o valor acordado, quebrando o compromisso gerado pela carta de câmbio. No entanto, esse investimento em particular conta com uma garantia adicional do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), até um valor máximo de 250 mil reais por cadastro. 
Liquidez
A liquidez desse investimento é relativamente baixa, já que o investidor só pode resgatar o valor aplicado na data do vencimento, que normalmente é fixada em até 60 dias. 
Para quem serve
Esse é um investimento comum e que é destinado a pequenos e médios investidores, já que na maioria das vezes o valor inicial para aporte da transação é relativamente baixo. Hoje ele é um dos investimentos mais populares do mercado.
Vantagens
- Liquidez diária; rendimento maior que a poupança; resgate antes do prazo de vencimento; garantia pelo FGC; quantia inicial de aplicação de 100 (cem) reais.
Desvantagens
- Prazo de investimento acima de um ano; pagamento de IR; maior risco que outros financiamentos.
2.2.5. Bônus
São títulos de créditos de longos prazos, emitidos por governos, bancos ou empresas privadas interessadas em alongar o perfil de sua dívida. Uma empresa brasileira pode captar recursos no mercado exterior emitindo, por exemplo, EUROBONDS, ou BONDS no mercado europeu. Os bônus são emitidos com um valor nominal ou valor de face (no caso do EUROBONDS, geralmente, esse valor é igual a US$ 1.000,00, US$ 10.000,00, US$ 50.000,00 ou US$ 100.000), pagando juros semestrais ou anuais (cupons) calculados linearmente sobre o valor de face, o que quer dizer que o tomador pagará somente os juros a cada período, mas nenhuma parcela do principal (valor de face) será paga até o final do empréstimo. É um mecanismo de financiamento relativamente simples, com um jargão associado muito rico.
            Geralmente, são negociados com deságio ou desconto, garantindo ao investidor uma rentabilidade anual de “ tantos pontos base” acima da remuneração paga pelos títulos dos Tesouros norte-americano, alemão, inglês, etc. Por exemplo, se a remuneração de um BOND é de 400 pontos base superior a um título que paga 5% a.a., significa que a rentabilidade anual oferecida é de 90% a.a..
            O cálculo da rentabilidade desses títulos pode ser feito nas seguintes bases: Número real de dias do período/ número real de dias do ano; número real de dias do período/ ano de 360 dias;
Número real de dias do período/ ano de 365 dias; mês de 30 dias/ano de 360 dias. 
Os bônus se subdividem em três grupos: os globais, que são emitidos em dólar para todo o mercado internacional; os eurobônus, que são lançados no mercado europeu (em euro);  e os samurais, emitidos no Japão (em ienes).
2.3. Ações ordinárias e preferenciais - Base legal: Lei 6.404 (lei das S.A.)
Ações ordinárias significam ações comum. Quando as pessoas falam sobre ações, geralmente elas se referem a este tipo de papel. De fato, a maioria das ações são desta forma. Ações ordinárias representam direitos de propriedade e lucros (dividendos) sobre uma empresa. Elas também garantem voto por ação aos investidores para elegerem membros do conselho de administração (supervisor das principais decisões corporativas). A longo prazo, as ações ordinárias, através do crescimento do capital da empresa, geram retornos mais elevados que quase a outra totalidade de investimentos. Isso acontece pelo maior risco desse ativo. Se uma empresa falir e ser liquidada, os detentores de ações ordinárias não receberão o dinheiro até que os credores e detentores de ações preferenciais sejam pagos.
As ações preferenciais representam um grau diferenciado de direito de recebimento de dinheiro de uma empresa, mas geralmente não vem com os mesmos direitos de voto (porém isso pode variar de acordo com a empresa). Os investidores geralmente tem uma garantia de dividendo fixo para sempre com as ações preferenciais. Isso é diferente de ações ordinárias, que tem dividendos variáveis e ​​que nunca são garantidos. Outra vantagem é que, em caso de liquidação, os acionistas preferenciais são pagos antes do acionista ordinarista (mas ainda depois dos detentores de dívida). As ações preferenciais também podem ser exigíveis, o que significa que a empresa tem a opção de comprar as ações dos acionistas a qualquer momento, por qualquer razão.
Algumas pessoas consideram as ações preferenciais como sendo dinheiro emprestado a empresa, mais do que como capital. Uma boa maneira de pensar esses tipos de ações é vê-las como sendo diferente de outros títulos e ações ordinárias.
2.3.1. Subscrição
É o direito de preferência do acionista para adquirir novas ações ou ativos conversíveis em ações de uma companhia em decorrência da proporção das ações que possui quando há aumento de capital desta. Este ativo pode ser negociado no mercado secundário e tem um período de validade que, quando atingido, implica na extinção dos Direitos.
2.3.2. Compra e Venda de Ações
Como investir em ações
As ações são negociadas nas Bolsas de Valores. No Brasil, a compra e venda de ações acontece na BM&FBovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Essas negociações são feitas por meio das corretoras habilitas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Para começar a comprar e vender ações, é necessáriofazer um cadastro na corretora (informando nome, profissão, endereço e entregando cópias de RG, CPF e comprovante de residência). 
Como comprar ações
As ações podem ser compradas de três maneiras: Fundos de Investimento;Clubes de Investimento; e Individualmente. 
Taxas
- Taxa de administração - cobrada nos fundos e clubes;
- Taxa de corretagem - cobrada cada vez que é emitida uma ordem de compra ou venda;
- Taxa de custódia - cobrada mensalmente pela guarda das ações (a corretora pode escolher não cobra-lá nos meses em que o investidor comprou ou vendeu ações);
- Taxa de emolumentos - paga à BM&FBovespa e calculada em relação ao valor que envolve a compra ou venda de ações;
- Taxa de performance - cobrada quando o fundo supera a rentabilidade esperada.
Custos/Valor mínimo para investir em ações
Não há valores mínimos para se investir em ações, eles variam de acordo com a corretora e o preço das ações que serão compradas. 
Prazos
	Ações são um investimento para longo prazo. Ao tentar obter ganhos com as ações no curto prazo, você fica exposto aos efeitos dos ruídos de mercado. Oscilações bruscas acontecem, e podem levá-lo a perder parte considerável do seu patrimônio
Riscos
A compra de ações é considerada um investimento de alto risco. Por causa das variações nos preços das ações, não há garantia de retorno do que foi investido.
2.4. Leasing (Arrendamento Mercantil)
O leasing, ou arrendamento mercantil, é uma operação com características legais próprias, em que o proprietário de um bem o arrenda a um terceiro, que terá a posse e poderá usufruir dele enquanto vigorar o contrato, com a opção de adquiri-lo ou não definitivamente no final. Para isso, o cliente paga uma espécie de aluguel mensal e deve cumprir as obrigações específicas assumidas. O objeto do contrato é a aquisição, por parte do arrendador, do bem escolhido pelo arrendatário para sua utilização. Podem ser objeto do arrendamento bens móveis ou imóveis de fabricação nacional, bem como aqueles produzidos no exterior e autorizados pelo Conselho Monetário Nacional.
O contrato de arrendamento mercantil pode prever ou não a opção de compra, pelo arrendatário, do bem de propriedade do arrendador. Outra característica do leasing é a cobrança do VRG (Valor Residual Garantido), que é pago independentemente do valor das prestações mensais e dos juros e se constitui em uma garantia da empresa arrendadora, para a eventualidade de o arrendatário não exercer sua opção de compra. Neste caso, o bem é leiloado para terceiros, vendido pela melhor oferta sem avaliação prévia e sem preço mínimo, e o VRG serviria para garantir a lucratividade e excluir qualquer possibilidade de risco empresarial no negócio.
Tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem contratar o leasing. Os contratos de arrendamento mercantil devem ter um prazo mínimo de 24 meses para bens com vida útil de até cinco anos e de 36 meses para os demais. 
Prazos
O prazo mínimo para pagamento é de 24 ou 36 meses, de acordo com a vida útil fiscal do bem arrendado, e é você quem escolhe a forma de pagamento mais adequada ao fluxo de caixa da sua empresa.
Características
- Arrendamento de até 100% do valor dos bens novos; pagamento ao fornecedor à vista, permitindo a negociação do melhor preço para a sua empresa; não compromete o capital de giro da empresa; possibilidade de redução da base de cálculo do Imposto de Renda se a empresa for tributada no lucro real; não há incidência de IOF, dentre outras. 
Taxas
A taxa de juros é definida de acordo com o percentual de Valor Residual Garantido (VRG) pago antecipadamente, diluído ou no final da operação.
Documentos necessários
- Cadastro atualizado da empresa; limite de crédito disponível; proposta de aquisição do bem a ser arrendado; e outros documentos, a critério do estabelecimento financiador.
Vantagens
- O processamento dos documentos são rápidos e fáceis.
- Oferece benefícios tributários como a diminuição no valor dos impostos a pagar.
- Financiamento do valor total do investimento.
- Financiamento de bens nacionais e importados.
- O Leasing é flexível nos prazos, nas quantidades e acesso a serviços.
- Operações de Leasing não encontram-se sujeitas a incidência de Imposto de Operações Financeiras (IOF).
Desvantagens
- O cliente somente se torna proprietário do bem no final do contrato.
- Não pode devolver o bem até que termine o contrato.
- Existem cláusulas penais, caso você não cumpra com as suas obrigações contratuais. 
- Tem um custo financeiro mais alto comparado com outros opções de financiamento.
- É um compromisso que não pode ser interrompido por qualquer uma das partes.
- Não se obtém os benefícios e poderes que proporciona a propriedade de um bem.
2.5. Empréstimos a curto prazo para capital de giro
Financiamento de capital de giro é sempre necessário. Quem possui empresa sabe da necessidade constante de movimentação financeira e, que uma vez ou outra precisa de dinheiro para capitalizar. Nessa hora é bom pegar um capital de giro, um tipo de financiamento para empresas de curto, médio ou longo prazo destinado a suprir carências de caixa, normalmente é utilizado para reorganizar o fluxo financeiro ou muito usado para desenvolvimento de novos projetos e empreendimentos. 
No financiamento para capital de giro, as formas de pagamento são diversas.
Prazos	
- 1, 2, 6, 12, 24, 48 parcelas.
Garantias
- O tomador ou empresa pode oferecer como garantia, máquinas, equipamentos e veículos através da alienação fiduciária, hipoteca, penhor de recebíveis, penhor mercantil, cessão de crédito, penhor de ações, penhor de títulos, duplicatas, cheques pré-datados etc.
2.5.1. Conta corrente garantida
Tipo de Capital de Giro, onde a instituição financeira disponibiliza um limite de crédito, mediante abertura de uma conta corrente, com garantia de recebíveis ou até mesmo garantia real. 
Vantagens
Pode-se utilizar o limite de crédito para cumprir as obrigações por período curto, com isso, pagando menos juros e, consequentemente, diminuir os custos financeiros. Como as duplicatas estão em garantia, a empresa pagará uma tarifa menor pela cobrança da mesma, fato este que, geralmente, não ocorre no desconto de duplicata.
Desvantagens
Um dos grandes vilões desta operação é o IOF, pois cada vez que o cliente realiza um saque na conta garantida, está tomando um empréstimo, e será tributado com uma alíquota de IOF de 0,38% sobre o valor da operação. 
2.5.2. Crédito Direto ao Consumidor - CDC
O CDC - Crédito Direto ao Consumidor é uma linha de financiamento destinada à aquisição de veículos, máquinas e equipamentos. Diferente do que acontece no capital de giro, onde a empresa pode utilizar o recurso como melhor lhe convier, no CDC as instituições financeiras financiam o bem que se pretende adquirir.
Onde obter
- Em bancos ou financeiras, ou por intermédio de lojas de departamento.
Prazo
- Até 60 meses
Juros e encargos
- As taxas de juros variam conforme a instituição financeira, o prazo de pagamento e o valor do empréstimo. 
Garantias
- Quase sempre o bem financiado constitui a garantia da operação. Em outros casos, a instituição financeira pode exigir a garantia de um avalista pessoa física ou jurídica.
Vantagens
- Linha de crédito adequada para financiamento de máquinas e equipamentos; a empresa efetua o pagamento do bem à vista; possibilidade de pagamento antecipado com redução de juros; etc.
Desvantagens
- Dependendo da forma de tributação a qual a empresa está submetida (Lucro Real, Lucro Presumido, Simples Nacional), o CDC pode não ser a linha de crédito mais viável, pois a parcela não é dedutível como despesa.
2.5.3. Cartão de Crédito Empresarial
O cartão de crédito empresarial é um serviço que bancos e instituições financeiras oferecem aos seus clientes empresariais e corporativos para um fidelização destes e também para dar a oportunidade do acesso a cartões de crédito com melhores condições. Como é um serviço voltado para pessoas jurídicas, muitos desconhecem o funcionamento deste tipo decartão até receberem um de suas empresas ou abrirem uma conta de pessoa jurídica em algum banco.
Características 
Possibilidade de parcelamento das compras, até 40 dias para pagar, limites de crédito e de saque, função débito e outros. Alguns cartões não tem função débito. As taxas destes cartões são, geralmente, menores do que as dos cartões de pessoa física. As anuidades são também diferenciadas e a participação de programas de relacionamentos tem bônus e diferenciais atrativos. Os cartões de empresa podem ser do tipo Empresarial ou Corporativo, variando de acordo com o faturamento da empresa. 
Quem paga o cartão de crédito da empresa
O cartão de crédito da empresa pode ser centralizado ou individualizado. No primeiro caso, todos os gastos de portadores de cartão de crédito compartilham de um mesmo limite e fatura. No segundo, cada portador se responsabiliza pelo pagamento da fatura, tendo também um limite individual. 
Vantagens/Desvantagens
Tanto para a empresa quanto para o funcionário o cartão de crédito empresarial ou corporativo pode ser um bom negócio. É um benefício que, se a empresa optar por não pagar os gastos, não tem custo nenhum para ela. Já na opção em que ela arca com os gastos de seus funcionários, o cartão é uma forma de centralizar as finanças e organizá-las, sabendo exatamente onde e como o funcionário gastou o dinheiro
2.6. Desconto comercial de títulos e recebíveis em bancos comerciais
Operação bancária de entrega do valor de um título ao seu detentor, antes do prazo do vencimento, e mediante o pagamento de determinada quantia por parte deste. O desconto de títulos ou duplicatas é um adiantamento de recursos, feito pelo banco, sobre os valores dos respectivos títulos (duplicatas ou notas promissórias). Neste tipo de operação, o cliente recebe antecipadamente valor correspondente às suas vendas a prazo. Ao apresentar um título de vencimento futuro para desconto no presente, entretanto, o cliente não recebe seu valor total. Sobre esse valor o banco deduz a chamada taxa de desconto, além de impostos (como o IOF) e encargos administrativos. Normalmente, as empresas negociam suas duplicatas a receber com instituições financeiras, visando obter capital de giro, isto é, recursos financeiros a serem utilizados em suas atividades operacionais. Basicamente, a operação de desconto de duplicatas consiste na cessão ao banco de duplicatas a vencer, em troca do pagamento à vista de um valor menor que o valor de face desses títulos. Portanto o banco paga à vista, descontando do valor da duplicata as despesas bancárias e financeiras (IOF e juros referentes ao período compreendido entre a data da operação e a data de vencimento da duplicata 
Desconto de duplicatas/Notas promissórias
O desconto de duplicatas/notas promissórias é uma operação financeira em que a empresa entrega determinadas duplicatas para o banco e este lhe antecipa o valor em conta corrente, cobrando juros antecipadamente. Embora a propriedade dos títulos negociados seja transferida para a instituição, a empresa é corresponsável pelo pagamento dos mesmos em caso de não liquidação pelo devedor.
Commercial Paper
São títulos de curto prazo que as empresas por sociedades anônimas (S.A.) emitem, visando captar recursos no mercado interno para financiar suas necessidades de capital de giro. É uma alternativa às operações de empréstimos bancários convencionais, permitindo geralmente uma redução nas taxas de juros pela eliminação da intermediação financeira bancária.
 Os commercial papers imprimem ainda maior agilidade às captações das empresas, determinada pela possibilidade de os tomadores negociarem diretamente com os investidores de mercado (bancos, fundos de pensão, etc.). As instituições financeiras, as sociedades corretoras e distribuidoras de valores mobiliários e sociedades de arrendamento mercantil (empresas de leasing), não podem emitir esses títulos.
Custos
Os custos de emissão destes títulos são, em geral, formados pelos juros pagos aos aplicadores, comissões e despesas diversas (publicações, taxas de registro na Comissão de Valores Mobiliários, etc.). Os commercial papers negociados em Bolsas de Valores previstos na Instrução CVM nº 217, de 2-8-94, não estão sujeitos à tabela de corretagem adotada pelos membros das Bolsas de Valores.
Os commercial papers costumam ser negociados com descontos, sendo seu valor de face pago por ocasião do resgate. Os títulos podem ser adquiridos no mercado ou por meio de fundos de investimentos. Eles podem ser transferidos de titularidade mediante endosso em preto e o IE (índice de endividamento). 
2.7. Factoring (Fomento Mercantil)
É uma operação financeira pela qual uma empresa vende seus direitos creditórios - que seriam pagos a prazo - através de títulos a um terceiro, que compra estes à vista, mas com um desconto. Este instituto visa a prestação de serviços e o fornecimento de recursos para viabilizar a cadeia produtiva, de empresas mercantis ou prestadoras de serviços, notadamente pequenas e médias empresas. 
Vantagens
- As operações com factoring podem ser vantajosas, caso a empresa realmente necessite viabilizar recursos para o giro da empresa. 
Desvantagens
- Custo da operação que é muito alto; perda do direito de administração dos seus créditos.
2.8. Bancos de Investimentos
Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Investimento". Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados. As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624, de 1999). De forma didática somente será abordado o BNDES por ser uns dos maiores bancos de investimentos do país.
O BNDES
O BNDES, é uma instituição bancária criada em 1952, com a finalidade de promover o desenvolvimento do país, investindo em diversas áreas como infraestrutura, turismo, comércio e indústria. Utiliza como fonte de financiamento os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Assim sendo, o BNDES, por força de lei, é responsável pela administração de parte dos recursos dos trabalhadores, disponibilizando recursos para as empresas, com pagamento no médio e longo prazos com baixas taxas de juros.
 Cabe ao banco analisar os projetos de financiamento apresentados pelos empresários, e a esses incumbe estar preparados para gerir o empreendimento e oferecer devidas garantias à instituição.
Quem pode ser cliente
- Empresas sediadas no Brasil; empresários individuais (pessoa física ou jurídica); microempreendedores individuais (pessoa jurídica); entidades ou órgãos públicos, da administração direta e indireta, das esferas Federal, Estadual, Municipal e do Distrito Federal; fundações e associações de direito privado; cooperativas; pessoas físicas domiciliadas e residentes no país, desde que exerçam atividades econômicas; consórcios e condomínios que exerçam atividade produtiva; e sindicatos e clubes.
Requisitos mínimos
- Estar em dia com as obrigações fiscais, tributárias e sociais; apresentar cadastro satisfatório; ter capacidade de pagamento; dispor de garantias suficientes para cobertura do risco da operação; e não estar em regime de recuperação de crédito; dentre outros.
Não podem ser beneficiárias de financiamento do BNDES pessoas físicas ou jurídicas que: possuam inadimplemento com o Sistema BNDES ou integrem Grupo Econômico que possuam inadimplemento com o Sistema BNDES; sejam responsáveis por título protestado; constem em processo judicial que, a critériodo BNDES, possa comprometer a capacidade de cumprimento de suas obrigações perante o BNDES; tenham apontamentos cadastrais indicando inadimplemento contumaz ou restrições à sua idoneidade; ou estejam em processo de falência, concordata ou recuperação judicial ou extrajudicial.
Como solicitar
O cliente pode solicitar o financiamento diretamente ao BNDES (apoio direto) ou por meio de instituições financeiras credenciadas (apoio indireto). A forma de apoio depende da finalidade e do valor do financiamento. No apoio indireto, as instituições financeiras parceiras do BNDES atuam como intermediárias na concessão do financiamento, assumindo o risco de crédito (risco de não pagamento pelo cliente) total ou parcialmente. Como o BNDES não possui agências, o apoio indireto permite que seus recursos cheguem a clientes em todos os municípios do Brasil através das instituições financeiras. Em geral, são realizadas na forma de apoio indireto todas as operações de financiamento à compra isolada de máquinas e equipamentos, bem como financiamentos inferiores a R$ 20 milhões destinados a projetos de implantação, modernização e expansão de empreendimentos. Financiamentos superiores a R$ 20 milhões podem ser pleiteados diretamente junto ao BNDES..
O que pode ser financiado
- Investimentos para implantação, expansão, modernização e/ou recuperação de empreendimentos, infraestrutura, empresas e instituições públicas e privadas; produção ou aquisição de máquinas e equipamentos novos (inclusive veículos utilitários, ônibus, caminhões e aeronaves), de fabricação nacional e credenciados pelo BNDES; bens novos, insumos, serviços, softwares; capital de giro; exportação de bens e serviços nacionais; dentre outros.
Condições de financiamento
Taxas
A composição da taxa de juros aplicável ao cliente varia de acordo com a forma de apoio.
Apoio indireto
Nas operações de apoio indireto, a taxa de juros final reflete a soma das seguintes parcelas:
Custo financeiro + Taxa do BNDES (Remuneração básica do BNDES + Taxa de intermediação financeira) + Taxa do Agente Financeiro (Remuneração da instituição financeira + Taxa de risco de crédito)
Apoio direto
Nas operações de apoio direto, a taxa de juros final reflete a soma das seguintes parcelas:
Custo financeiro + Taxa do BNDES (Remuneração básica do BNDES + Taxa de risco de crédito)
Custo financeiro
Reflete o custo de captação do BNDES em suas diversas fontes de recursos. Determinado conforme cada produto, linha de financiamento ou programa, podendo se compor por uma ou mais taxas como: TJLP, SELIC, taxas indexadas ao IPCA, entre outras. 
Taxa de risco de crédito
Reflete a possibilidade de perdas decorrentes do não pagamento de parte ou totalidade dos valores devidos pelo cliente tomador do financiamento. É definida pela Política de Crédito do BNDES, conforme a classificação de risco do cliente, observado o disposto a seguir:
a) Para operações garantidas por fiança bancária, a Taxa de Risco de Crédito será de 0,5% ao ano.
b) Para operações com Estados, Distrito Federal e Municípios, a taxa de risco de crédito será de 1% ao ano.
c) Não incidirá taxa de risco de crédito nas operações em que o risco de crédito seja assumido pela União. 
Participação máxima do BNDES, contrapartida e reembolso
A participação máxima corresponde a quanto o BNDES poderá financiar em relação ao valor total dos itens que podem ser apoiados. É definida conforme cada produto, linha de financiamento ou programa. 
Entenda:
Observação:
Os investimentos financiáveis realizados e pagos pelo cliente antes do protocolo da solicitação no BNDES podem ser considerados no cálculo da contrapartida de recursos próprios que devem compor as fontes do projeto, da seguinte forma:
Para Microempresas, investimentos financiáveis realizados e pagos nos 12 meses anteriores ao protocolo podem ser considerados no cálculo da contrapartida;
Para as demais empresas, os investimentos financiáveis realizados e pagos nos 6 meses anteriores ao protocolo podem ser considerados no cálculo da contrapartida.
Contrapartida: é a parte dos itens financiáveis realizada com recursos próprios do cliente. 
Reembolso: é a parcela dos recursos do BNDES destinada a cobrir itens financiáveis já realizados e pagos pelo cliente. 
Prazos e periodicidade de pagamento
Prazo total de financiamento - É determinado pelo BNDES ou, em caso de apoio indireto, pela instituição financeira credenciada, em função da capacidade de pagamento do empreendimento, do cliente e do grupo econômico.
Prazo de carência
É o período durante o qual o cliente paga somente os juros do financiamento contratado. Geralmente, ocorre no máximo até 6 meses após a data de entrada em operação comercial do empreendimento.
Prazo de amortização
É o período, após o prazo de carência, durante o qual o cliente realiza os pagamentos de amortização do financiamento contratado, além dos juros incidentes.
Periodicidade de pagamentos
A periodicidade de pagamentos normalmente é mensal. Alguns programas de financiamento poderão ter periodicidade trimestral ou semestral. Em geral, o BNDES utiliza o Sistema de Amortização Constante (SAC), mas admite-se, em alguns casos, o Sistema Francês (Price).
Liquidação antecipada da dívida
O pagamento antecipado da dívida, parcial ou total, requer autorização prévia pelo BNDES e não necessariamente desobriga o cliente de realizar o investimento objeto do financiamento concedido. Em caso de inadimplemento de qualquer obrigação assumida pelo cliente perante o BNDES, o Banco poderá decretar o vencimento antecipado do contrato, exigir imediatamente a dívida e cobrar as multas previstas.
Garantias
Nas operações indiretas, as exigências de garantias são negociadas entre as instituições financeiras credenciadas e o cliente. Nas operações diretas, os clientes devem apresentar garantias reais (tais como hipoteca, penhor, propriedade fiduciária, recebíveis, etc) e/ou Pessoais (tais como fiança ou aval). 
Agências públicas de desenvolvimento e/ou fomento
As Agências de Fomento são instituições financeiras não bancárias cujo principal escopo de atuação, ainda que não exclusivo, é o financiamento do investimento nos estados onde tenham sede. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital fechado e estar sob o controle de Unidade da Federação, sendo que cada Unidade só pode constituir uma Agência. Diferenciam-se, ademais, em relação às instituições bancárias por não poderem captar recursos junto ao público no mercado de capitais, recorrer ao redesconto, ter conta de reserva no BCB e contratar depósitos interfinanceiros na qualidade de depositantes ou de depositárias, sendo-lhes vedada a transformação em qualquer outro tipo de instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional. As AF operam por meio de capital próprio e de repasses de recursos orçamentários, de fundos fiscais ou parafiscais e de organizações de desenvolvimento nacionais e internacionais, obrigando-se a constituir e manter, permanentemente, fundo de liquidez equivalente, no mínimo, a 10% do valor de suas obrigações, o qual deve ser integralmente aplicado em títulos públicos federais.[1]
A agência de fomento pode realizar, na Unidade da Federação onde tenha sede, as seguintes operações e atividades, observada a regulamentação aplicável em cada caso:
I - financiamento de capitais fixo e de giro associado a projetos;
II - prestação de garantias em operações compatíveis com o seu objeto social;
III - prestação de serviços de consultoria e de agente financeiro;
IV - prestação de serviços de administrador de fundos de desenvolvimento, observado a legislação específica;
V - aplicação de disponibilidades de caixa em títulos públicos federais, inclusive por meio de operações compromissadas;
VI - cessão de créditos;
VII - aquisição, direta ou indireta, inclusive por meio de fundos de investimento, de créditos oriundos de operações compatíveis com o seu objeto social;
VIII - participação acionária, direta ou indireta, no País, em instituições não financeiras,observadas condições específicas:
IX - swap para proteção de posições próprias;
X - operações de crédito rural;
XI - financiamento para o desenvolvimento de empreendimentos de natureza profissional, comercial ou industrial, de pequeno porte, inclusive a pessoas físicas;
XII - operações específicas de câmbio autorizadas pelo Banco Central do Brasil;
XIII - operações de arrendamento mercantil financeiro, observadas condições específicas.
2.9. Project Finance
- Modalidade financeira para a realização de projetos de grande porte, cuja principal fonte de receita para o pagamento do serviço da dívida de seu financiamento e do produto ou serviço resultante vem do fluxo de caixa gerado pela sua própria operação. O autofinanciamento permite a realização de projetos cujo porte seja superior ao de seu patrocinador. É adequado para: 
Projetos de longo prazo de maturação, em que o investidor tradicional não se interessaria pelo período de retorno do capital (payback) alongado;
Projetos de vulto, onde o patrimônio da empresa seria insuficiente para aproveitar uma oportunidade de investimento tradicional (corporate finance);
Parcerias público-privadas (PPP), onde a aliança de capital viabilize projetos de interesse público de forma atraente ao investidor privado. Neste formato, o poder público transfere os riscos da construção e da operação à iniciativa privada para maior eficiência em sua própria operação;
Projetos de infraestrutura onde o poder público não possui recursos suficientes para sua realização, especialmente em países em desenvolvimento, onde o Estado tem baixa capacidade de financiamento de obras públicas.
O Project Finance possui uma engenharia financeira complexa e altamente alavancada. Por este motivo, o foco de interesse principal é a gestão de seus riscos. Este tipo de financiamento é muito utilizado em todo o mundo e tem financiado projetos ligados a petróleo, gás, energia elétrica, infraestrutura de transportes, mobilidade, saneamento básico, entre outros. 
No Brasil, importantes projetos foram realizados com este tipo de financiamento, como importantes usinas hidrelétricas, ampliação e operação de aeroportos, grandes obras de saneamento básico, linhas de transmissão, ampliação e manutenção de rodovias, entre outras, muitas vezes aliando o capital público ao privado. Sempre que existe nestes casos algum arranjo de concessão pública à iniciativa privada, o projeto é classificado como PPP. 
Algumas das principais características do Project Finance 
- Elevada alavancagem financeira; Presença de risco político em PPP; necessidade de um fluxo financeiro futuro previsível; financiamento pela geração de caixa do próprio empreendimento, a qual pode ser oriunda da contraprestação pelo próprio poder público em concessões administrativas.
Algumas das principais garantias
Alienação fiduciária de ações; alocação de riscos por malhas de contratos interligados; 
análise financeira tradicional do investimento (TIR, VPL, MTIR, Payback, etc.); fiança bancária, dentre outras.
Principais riscos
- Ambientais; cadeia de suprimentos; câmbio; cláusulas exorbitantes (apenas poder público); desapropriação / encampação; fiscal; inflação; juros; legislação; político, etc.
Principais vantagens do Project Finance
- Melhor alocação de riscos entre os stakeholders em função da especialidade de cada um; Economia de escala na operação; benefícios fiscais; liberação dos fluxos de caixa; etc.
Principais desvantagens do Project Finance
- Custos elevados de estruturação e administrativos posteriores; alocação de riscos complexa, taxas de juros elevadas, etc.
2.10. Financiamentos privados e públicos para inovação e empreendedorismo
O Governo brasileiro está fomentando o desenvolvimento tecnológico das nossas empresas através da disponibilização de linhas de crédito específicas para financiar projetos com atividades de P,D&I. Estas linhas de crédito podem ser de dois tipos: Não reembolsável: o recurso obtido não precisa ser devolvido; Reembolsável: o recurso financeiro é obtido em condições mais vantajosas (taxa, carência e amortização), porém deve ser devolvido.
Financiamentos não reembolsáveis
- Os recursos não reembolsáveis são disponibilizados por órgãos como FINEP, BNDES e CNPq,
- Para as empresas terem acesso a este recurso é necessário atender aos critérios de editais específicos,
- As seguintes linhas foram disponibilizadas através de editais :
FINEP / BNDES: PAISS (novas tecnologias industriais destinadas ao processamento da biomassa oriunda da cana-de-açúcar) e Inova Petro (para cadeia produtiva da indústria de petróleo e gás natural),
CNPq: Bolsa RHAE (contratação de mestres e doutores por empresas brasileiras).
- Critérios de avaliação dos projetos, bem como a quantidade de recursos disponíveis estão especificados nos editais.
Financiamentos reembolsáveis
- Os recursos Reembolsáveis são disponibilizados por órgãos como FINEP e BNDES,
- Incentivam projetos ou planos de Inovação,
- Recursos a partir de R$ 1 milhão,
- Taxas a partir de 4% a.a.,
- Acesso “balcão”, ou seja, estas linhas estão abertas durante todo o ano e não dependem de editais.
10.1. Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT)
Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) foi criado em 31 de julho de 1969 através do Decreto Lei nº 719 com a finalidade de dar apoio financeiro aos programas e projetos prioritários de desenvolvimento científico e tecnológico, com a finalidade de implantar o Plano Básico de Desenvolvimento Científico Tecnológico (PBDCT).
Regulamento através da Lei do FNDCT (Lei nº 11.540/07) e do Decreto nº 6.938/09, a referida Lei prevê a possibilidade de que os recursos destinados às operações reembolsáveis, oriundos de empréstimos do FNDCT, pudessem ser aplicados pela Finep, devendo o produto das aplicações ser revertido à conta do Fundo. Assim, foi garantida ao FNDCT a acumulação de ativos e patrimônio, permitindo que este começasse a ser estruturado como Fundo de natureza contábil, com receitas próprias, e com objetivo de financiar o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação para promoção do desenvolvimento econômico e social do País.
As receitas que alimentam o Fundo têm diversas origens: recursos do tesouro Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE),parcela da receita das empresas beneficiárias de incentivos fiscais, compensação financeira, direito de uso de infraestruturas e recursos naturais, licenças e autorizações, doações e operações de empréstimos, além de devoluções de recursos ao próprio FNDCT.
Os recursos do FNDCT são utilizados para apoiar atividades de inovação e pesquisa em empresas e instituições científicas e tecnológicas - ICTs nas modalidades de financiamento reembolsável, não-reembolsável e investimento podendo ser implementado de forma direta ou descentralizada. Na forma direta a Finep na qualidade de Secretaria Executiva do Fundo executa diretamente o orçamento e na forma descentralizada os recursos são transferidos para outros parceiros que são os responsáveis pela implementação da ação.
As diversas ações que constituem atualmente o FNDCT podem ser agrupadas  em três categorias de acordo com a sua aplicabilidade:
1.    Fundos de C&T (Fundos Setoriais, Ação Transversal e demais ações de apoio Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs);
2.    Ações de apoio à inovação nas empresas;
3.    Outras ações do FNDCT:
3.1  Pesquisa e desenvolvimento nas Organizações Sociais (OS's) vinculadas ao MCTI; e 
3.2  Formação, capacitação e fixação de Recursos Humanos Qualificados para C,T&I.
 Taxa de administração e despesas operacionais
Por força da Lei do FNDCT (Lei nº 11.540 de 12 de novembro de 2007) a Finep, na qualidade de Secretaria Executiva do FNDCT, receberá anualmente, para cobertura de despesas de administração, até 2% (dois por cento) dos recursos orçamentários atribuídos ao Fundo.”. Além disso, no artigo 13º, também está prevista a aplicação de até 5% (cinco por cento) dos recursos arrecadados anualmentenas respectivas fontes de receitas para “despesas operacionais, de planejamento, prospecção, acompanhamento, avaliação e divulgação de resultados, relativas ao financiamento de atividades de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico das Programações Específicas do FNDCT”. 
Em 2013, o limite para cobertura de despesas operacionais foi fixado pelo Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI e Presidente do Conselho Diretor do FNDCT pela Resolução nº 10 de 19 de fevereiro de 2013, publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 21/02/2013. O limite estabelecido foi de 3% (três por cento) da soma de todas as fontes consignadas no orçamento do exercício, não podendo os gastos ultrapassar o limite de 5% (cinco por cento) do valor de cada ação orçamentaria, incluindo os créditos adicionais.
 Alguns projetos financiados no ano de 2016
	Empreendimento
	UF
	Nome do projeto
	Valor financiado
	Parcelas
	ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE CULTURA
	PR
	Programa institucional de inovação na graduação da PUCPR
	 36.082.786,79 
	84
	MÁQUINAS SANMARTIN LTDA
	RS
	P&D Nova Geração de Paletizadora e Sistema de Sorting
	 47.232.485,94 
	84
	CNH INDUSTRIAL LATIN AMERICA LTDA
	MG
	Projeto de Colhedora & Implementos para Setor Sucroenergético
	 114.410.000,00 
	108
	Oxiteno S. A. Indústria e Comércio
	SP
	Inovação Oxiteno 2015-2017
	 130.911.832,46 
	84
	LENC LABORATÓRIO DE ENGENHARIA E CONSULTORIA LTDA.
	SP
	PROJETO PILOTO DO SISTEMA PIAF
	 10.682.974,00 
	84
	JBS S.A.
	SP
	Sistema de Gerenciamento de Resíduos, Desenvolvimento e Fabicação de Produtos Ciclo Fechado
	 47.005.160,00 
	108
10.2. Programa de juro zero FINEP
Com empréstimos sem juros e pagamento dividido em 100 (cem) parcelas, o Programa Juro Zero oferece condições únicas para o financiamento de micro e pequenas empresas inovadoras (MPE), com uma redução drástica de burocracia. Dirigido a empresas inovadoras com faturamento anual de até R$ 10,5 milhões, o Programa Juro Zero oferece financiamentos que variam de R$ 100 mil a R$ 900 mil, corrigidos apenas pelo índice da inflação - Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Não há carência, e o empresário começa a pagar no mês seguinte à liberação do empréstimo. Para agilizar o processo de contratação, a Finep firma convênios locais com Parceiros Estratégicos. Treinados pela Finep, os parceiros serão responsáveis por uma pré-qualificação das propostas. Com a aprovação do agente intermediário, o projeto será então encaminhado à Finep.
Como não há necessidade de garantias reais, foi criada uma composição alternativa de garantias para avalizar o financiamento. Os sócios da empresa proponente vão afiançar 20% do total. Além disso, em cada empréstimo, haverá um desconto antecipado de 3% no valor liberado aos empreendimentos, dinheiro que criará um fundo de reserva correspondente a 30% do total de financiamentos. Após a quitação do empréstimo, e caso não haja inadimplência, essa taxa, corrigida pelo IPCA, será devolvida às empresas. Os 50% restantes serão assegurados por um Fundo de Garantia de Crédito criado pelos agentes locais em cada uma das regiões escolhidas.
O que apoia
A Finep concede financiamentos reembolsáveis e não reembolsáveis a instituições de pesquisa e empresas brasileiras. O apoio da Finep abrange todas as etapas e dimensões do ciclo de desenvolvimento científico e tecnológico: pesquisa básica, pesquisa aplicada, inovações e desenvolvimento de produtos, serviços e processos. A Finep apoia, ainda, a incubação de empresas de base tecnológica, a implantação de parques tecnológicos, a estruturação e consolidação dos processos de pesquisa, o desenvolvimento e a inovação em empresas já estabelecidas, e o desenvolvimento de mercados.
Como obter financiamentos
A Finep não opera por meio de intermediários (pessoa física) remunerados para conceder financiamentos ou para agilizar seus processos internos. 
Programas e linhas
Programa Inova
O Plano Inova Empresa é planejado para ajudar na elevação da produtividade da economia e conta com forte articulação de ministérios, agências e demais instituições, e sua concepção está baseada em seis pilares:
1. Elevação de P&D nas empresas;
2. Incentivo a projetos de maior risco tecnológico;
3. Integração dos instrumentos de financiamento como crédito, subvenção econômica, projetos cooperativos empresa-universidade, recursos não reembolsáveis para centros de pesquisa e universidades e investimento em participação (start-ups, venture capital);
4. Intensificação do uso do poder de compra do estado;
5. Descentralização do crédito e da subvenção econômica mediante repasses para bancos, agências e fundações regionais e estaduais de fomento à pesquisa para melhor alcançar micro e pequenas empresas;
6. Redução de prazos e simplificação administrativa.
Áreas de atuação
- Inova Aerodefesa; Inova Agro; Inova Energia; Inova Petro; Inova Saúde; Inova Sustentabilidade; Inova Telecom.
Programa HABITARE
O objetivo geral do Programa de Tecnologia de Habitação - Habitare é apoiar o desenvolvimento científico, tecnológico e a difusão do conhecimento no campo da Tecnologia do Ambiente Construído, por meio de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação que visem a contribuir para a solução do déficit habitacional do País e a modernização do setor da construção civil, no sentido da melhoria da qualidade, aumento da produtividade e redução de custos na produção e recuperação de moradias, especialmente destinadas aos segmentos de baixa renda.
Programa MODERNIT
Programa Nacional de Qualificação e Modernização dos IPTs: reestruturação dos institutos de pesquisa tecnológica (IPTs), reorientando suas prioridades e recuperando infra estrutura, equipamentos e quadros técnicos visando a melhoria de serviços tecnológicos, e atividades de P&D para atender a demanda do setor empresarial.
Pappe Integração
A visão propulsora do PAPPE Integração é estimular a capacidade inovativa das micro empresas (faturamento até R$ 240 mil/ano) e das empresas de pequeno porte (faturamento até R$ 2,4 milhões/ano) das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste por meio do apoio a cerca de 500 projetos, visando agregar valor aos seus negócios e ampliar seus diferenciais competitivos.
PNI
Programa Nacional de Incubadoras e Parques Tecnológicos - Apoio ao planejamento, criação e consolidação de incubadoras de empresas e parques tecnológicos.
Outros
PRIME, PRONINC, PROSAB.
10.3. FMIEE
O Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes - FMIEE, conforme art. 1º, da Instrução CVM 209/94, é uma comunhão de recursos para aplicação em carteira diversificada de valores mobiliários de 11 emissão de empresas emergentes, assim consideradas as companhias que apresentem faturamento líquido anual inferior a R$ 150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de reais). Assim, da mesma forma que o FIP, o FMIEE é uma estrutura de investimento coletivo disponível no mercado de capitais para financiar os projetos de crescimento das companhias por meio da negociação de participações societárias. Essa categoria, porém, investe seus recursos principalmente em empreendimentos que estejam em sua fase inicial, que, por isso, podem ser mais arriscados. São conhecidos no mercado pela expressão Capital de Risco ou Venture Capital.
3. CONCLUSÕES
A escassez de crédito é um dos principais obstáculos para a criação e o desenvolvimento das pequenas, e médias empresas do país. As micro, pequenas e médias empresas vêm recebendo apenas 10% dos créditos concedidos pelos bancos oficiais e privados, apesar de responderem por aproximadamente 30% do produto interno bruto (PIB) e 60% dos empregos gerados no país. 
Apesar de sua importância socioeconômica para o País, as pequenas e médias empresas enfrentam sérios obstáculos ao seu crescimento, sustentabilidade e competitividade. Falta de capital de giro, a carga tributária é altíssima e o mercado de atuação quase sempre instável. 
É importante ter um bom conhecimento no mercado em que se escolheu atuar,experiência, uso de capital próprio, capacidade de assumir riscos, boa estratégias de vendas, e excelente poder criativo. 
É indiscutível o papel atribuído ao segmento empresarial no que se refere ao crescimento da economia brasileira, no entanto este crescimento deve ser fomentado por instituições públicas e/ou privadas, no que se refere à financiamentos de curto, médio e longo prazos, como os relatados em todos os tópicos anteriores deste trabalho. 
4. REFERÊNCIAS
http://www.administradores.com.br/producao-academica/fontes-de-financiamento-de-capital-de-giro-de-longo-prazo/4347/
http://www.coladaweb.com/administracao/fontes-de-financiamento-de-empresa-e-uso-de-capital-de-terceiros Jr.> Acesso em: 17 Ago 2010
http://www2.rj.sebrae.com.br/boletim/41-perguntas-e-respostas-sobre-financiamento/
http://paginas.fe.up.pt/~ee97042/Faculdade/EG/como_financiar_a_sua_empresa.htm> Acesso em: 17 Ago 2010
https://www.intermedium.com.br/intermedium-dtvm/titulos-privados-dtvm.jsf;jsessionid=89AE21F41E9DB4A5B97549EBFF7DD46F
http://www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/valores_mobiliarios/debenture.html
http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/produtos/listados-a-vista-e-derivativos/renda-variavel/direitos-de-subscricao.htm
http://www.buscajus.com.br/
https://www.creditooudebito.com.br/t/vantagens-e-desvantagens-do-cartao-de-credito-empresarial-ou-corporativo/
http://www.finep.gov.br/a-finep-externo/fontes-de-recurso/fndct-fundo-nacional-de-desenvolvimento-cientifico-e-tecnologico
< http://paginas.fe.up.pt/~ee97042/Faculdade/EG/como_financiar_a_sua_empresa.htm> Acesso em: 17 Ago 2010 
http://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/guia/
https://ricardotrevisan.com/2016/09/21/o-que-e-project-finance/

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