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Prof. Aldecy de Almeida Santos Universidade Federal de Mato Grosso Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental QUALIDADE DAS ÁGUAS DE ABASTECIMENTO NOTA AO USUÁRIO Algumas das informações constantes nesta apresentação foram obtidas na internet e sua origem inicial é desconhecida. Se alguém entende que foram infringidos os direitos de autores que possam pertencer- lhe ou afeta-o de alguma forma, favor faça contato (aldecy_allmeida@yahoo.com.br). Assim, esses conteúdos serão retirado ou colocados os correspondentes créditos. Esta apresentação não têm qualquer finalidade comercial, apenas pretende contribuir para a formação de recursos humanos na área de Qualidade das Águas de Abastecimento. Observações: Os conteúdos aqui publicados são uma versão preliminar das exposições de aula, assim podem conter erros. Ainda estão em processo de revisão, são parciais e constituem apenas um resumo. O autor não se responsabiliza uso que seja feito deste material. INTRODUÇÃO A Importância da Água Os primeiros seres vivos da Terra surgiram na água há cerca de 3,5 bilhões de anos nos mares e oceanos. É fato que a água é um dos elementos fundamentais para a existência da vida no planeta (CESAN, 2016) . Fonte: joseavn21.blogspot.com INTRODUÇÃO Água no corpo humano Fonte: vidaeagua.webnode.pt INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO Fonte: www.cm-alvaiazere.pt INTRODUÇÃO Recursos hídricos no Brasil. Fonte: Projeto Água (1998) QUALIDADE DA ÁGUA Qualidade da água Propriedade molecular H2O Devido às suas propriedades: • Solvente; • capacidade de transportar partículas; e • incorpora a si diversas impurezas. Definem a sua Qualidade da água Na ótica da Engenharia Sanitária e Ambiental, o conceito de Qualidade da Água é muito mais amplo do que a simples caracterização da água pela fórmula molecular H2O. Isto porque a água, devido às suas propriedades de solvente e à sua capacidade de transportar partículas, incorpora a si diversas impurezas, as quais definem a sua própria qualidade. QUALIDADE DA ÁGUA A Qualidade da água é resultante de fenômenos naturais e da atuação do homem (antrópicos). De modo geral, pode-se dizer que a qualidade de uma determinada água é função do uso e da ocupação do solo na bacia hidrográfica. Exemplos de inter-relação entre uso e ocupação tio solo e agentes alteradores da qualidade da água em uma bacia hidrográfica. A QUALIDADE da está diretamente ligado ao seu USO. Dessa forma, quando se faz análise da água, deve-se associar tal uso aos requisitos mínimos exigidos para cada tipo de aplicação. QUALIDADE DA ÁGUA USOS DA ÁGUA: São os seguintes os principais usos da água: - abastecimento doméstico; - abastecimento industrial; - irrigação; - dessedentação de animais; - aquicultura; - preservação da flora e da fauna; - recreação e lazer; - harmonia paisagística; - geração de energia elétrica; - navegação; e - diluição de despejos. Os padrões de qualidade para as diversas finalidades da água devem ser embasados em suporte legal, por meio de legislação que estabeleçam e convencionem os requisitos, em função do uso previsto para a água. Destes usos, os quatro primeiros (abastecimento doméstico, abastecimento industrial, irrigação e possivelmente dessedentação de animais) implicam na retirada significativa de água das fontes onde se encontram (uso consuntivo). Os demais usos são considerados não consuntivos, em função da não retirada do recurso do meio original. QUALIDADE DA ÁGUA Em termos gerais, apenas os dois primeiros usos (abastecimento doméstico e abastecimento industrial) estão frequentemente associados a um tratamento prévio da água, face aos seus requisitos de qualidade mais exigentes. A inter-relação entre o uso da água e a qualidade requerida para a mesma é direta. Na lista de usos acima, pode-se considerar que o uso mais nobre seja representado pelo abastecimento de água doméstico (conforme apresentado na Lei 9.433/1997), o qual requer a satisfação de diversos critérios de qualidade. De forma oposta, o uso menos nobre é o da simples diluição de despejos, o qual não possui nenhum requisito especial em termos de qualidade. No entanto, deve-se lembrar que diversos corpos d'água têm usos múltiplos previstos para os mesmos, decorrendo daí a necessidade da satisfação simultânea de diversos critérios de qualidade. Tal é o caso, por exemplo, de represas construídas com finalidade de abastecimento de água, geração de energia, recreação, irrigação e outros. O Quadro 1 relaciona os diversos usos da água com a qualidade necessária. Quadro 1 - Associação entre os diferentes usos da água e os requisitos de qualidade. QUALIDADE DA ÁGUA Quadro 1 - Associação entre os diferentes usos da água e os requisitos de qualidade. QUALIDADE DA ÁGUA ASPECTOS LEGAIS. QUALIDADE DA ÁGUA A Resolução Conama n. 357/2005, Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. A Resolução Conama n. 430/2011 altera a Resolução Conama n. 357/2005. A Resolução Conama n. 430/2011, dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências O ministério da Saúde, através da Portaria n. 2914/11. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. A Política Nacional de Recursos Hídricos, dentro do fundamentos da Lei das Águas (Lei Federal n. 9.433/97). Resolução Conama n. 357/05/Conama n. 430/11 Portaria n. 2914/11 (MS) ASPECTOS LEGAIS. QUALIDADE DA ÁGUA Portaria n. 2914/11 (MS) Portaria n. 2914/11 (MS) Além do ciclo da água no globo terrestre, existem ciclos internos, em que a água permanece na sua forma líquida, mas tem as suas características alteradas em virtude da sua utilização. Neste ciclo, a qualidade da água é alterada em cada etapa do seu percurso. Ciclo artificial do uso da água. Ciclo artificial do uso da água. QUALIDADE DA ÁGUA QUALIDADE DA ÁGUA PUREZA, CONTAMINAÇÃO E POLUIÇÃO DA ÁGUA Pureza: A água quimicamente pura não existe na superfície da terra e a expressão água pura é correntemente sinônima de água potável. Contaminada: Quando se apresenta com organismos potencialmente patogênicos ou contém sustâncias tóxico-venenosas que a tornam perigosa para consumo humano, a água é considerada contaminada. Poluída: Quando se apresenta com determinadas substâncias e em quantidades tais que afetam a sua qualidade, prejudicando a sua utilização ou a tornam repulsiva aos sentidos da visão, paladar ou olfato. QUALIDADE DA ÁGUA Agentes de poluição e contaminação da água As impurezas da água são os agentes da sua poluição e contaminação e podem se classificar em: • Impurezas em suspensão, compreendendo: - Bactérias eventualmente patogênicas, ameaçadoras de doenças (contaminação); Escherichia coli Staphylococcus aureu Salmonella - Algas, protozoários, fungos, vírus, vermes e larvas que podem produzir doenças ou envenenamentos (contaminação); Fonte: http://hojeemdia.com.br/primeiro- plano/algas-amea%C3%A7am-capacidade-de- produ%C3%A7%C3%A3o-da-guarapiranga Algas Fonte: http://www.revista-fi.com/ materias/198.pdfFonte: http://www.revista-fi.com/ materias/198.pdf Fonte: http://www.revista-fi.com/ materias/198.pdf Hepatite A Fonte: http://pt.slideshare.net /AlineMireely/hepatites- 28049540 Protozoários Fonte: http://www.infoescola.com/biologia/reino- protista-protozoarios-protozoa/ QUALIDADE DA ÁGUA Agentes de poluição e contaminação da água As impurezas da água são os agentes da sua poluição e contaminação e podem se classificar em: • Impurezas em suspensão, compreendendo: - Areia, silte e argila causadoras de turbidez (poluição); • Impurezas no estado coloidal, compreendendo: - Corantes de origem vegetal que produzem cor (poluição); - Sílica que produz turbidez (contaminação); - Vírus que produzem doenças (contaminação). • Impurezas dissolvidas, compreendendo: - Sais de cálcio e magnésio produtores de dureza (poluição); - Sais de sódio; - Óxido de ferro e manganês que produzem cor e sabor (poluição); - Chumbo, cobre, zinco, arsênio e boro, que podem produzir toxidez ou envenenamento; - Iodo, flúor, compostos fenólicos; - Substância albuminoides e amoniacais; - Nitritos e nitratos; - Gases (oxigênio, bióxido de carbono, gás sulfídrico e nitrogênio). QUALIDADE DA ÁGUA Impurezas dissolvidas QUALIDADE DA ÁGUA CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS QUALIDADE DA ÁGUA Classificação e distribuição dos sólidos em função do tamanho, em μm Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/3059611/ QUALIDADE DA ÁGUA As características da água podem ser traduzidas na forma de seus parâmetros de qualidade e podem ser expressos como parâmetros físicos, químicos e bacteriológicos. Parâmetros de qualidade da água QUALIDADE DA ÁGUA FÍSICA E ORGANOLÉTICAS turbidez, sólidos, temperatura e condutividade, cor, sabor e odor, QUÍMICAS (orgânicos, inorgânicos, agrotóxicos, desinfetantes e produtos secundários da desinfecção). pH, Alcalinidade, dureza, cloretos, ferro, nitratos, oxigênio e matéria orgânica. BIOLÓGICAS Algas, cianotoxinas, bactérias, vírus, protozoários, vermes e larvas de insetos. RADIOATIVAS Radiação alfa, beta, gama, urânio CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS DE ACORDO COM A PORTARIA 2914 DE POTABILIDADE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE QUALIDADE DA ÁGUA PARÂMETROS FÍSICOS COR - Conceito: Responsável pela coloração na água - Forma do constituinte responsável: Sólidos dissolvidos - Origem natural: Decomposição da matéria orgânica Ferro e manganês - Origem antropogênica: Resíduos industriais (ex.: tinturarias, tecelagem, produção de papel); Esgotos domésticos - Importância: Origem natural: não representa risco direto à saúde, mas consumidores podem questionar a sua confiabilidade, e buscar águas de maior risco. Além disso, a cloração da água contendo a matéria orgânica dissolvida responsável pela cor pode gerar produtos potencialmente cancerígenos; Origem industrial: pode ou não apresentar toxicidade. - Utilização mais frequente do parâmetro: Caracterização de águas de abastecimento brutas e tratadas - Unidade: (uC) = 1 unidade Hazen (uH) = 1 mg PtCo/L (Padrão de platina-cobalto) - De acordo com a Portaria 2914/11 (MS), o valor máximo permissível de Cor na água distribuída é de 15,0 U.C. QUALIDADE DA ÁGUA Equipamentos: Colorímetros Fonte: www.casalab.com.br Fonte: www.tradelab.com.br Fonte: www.splabor.com.br QUALIDADE DA ÁGUA Fonte: analiseagua.blogspot.com.br Interpretação dos resultados: Deve-se distinguir entre cor aparente e cor verdadeira. No valor da cor aparente pode estar incluída uma parcela devida à turbidez da água. Quando esta é removida por centrifugação, obtém-se a cor verdadeira; Em termos de tratamento e abastecimento público de água: valores de cor da água bruta inferiores a 5 uH usualmente dispensam a coagulação química; valores superiores a 25 uH usualmente requerem a coagulação química seguida por filtração; e Águas com cor elevada implicam em um mais delicado cuidado operacional no tratamento da água QUALIDADE DA ÁGUA Cor natural: Rio Negro e Solimões Cor: Amostra com ferro e após tratamento Cor: Manganês (Mn) Cor: Efluente industrial Laterita (Óxidos de Ferro) TURBIDEZ - Conceito: a turbidez representa o grau de interferência com a passagem da luz através da água, conferindo uma aparência turva à mesma; - Forma do constituinte responsável: Sólidos em suspensão; - Origem natural: Partículas de rocha, argila e silte Algas e outros microrganismos - Origem antropogênica: Despejos domésticos Despejos industriais Microrganismos Erosão - Importância: Origem natural: não traz inconvenientes sanitários diretos. Porém, é esteticamente desagradável na água potável, e os sólidos em suspensão podem servir de abrigo para microrganismos patogênicos (diminuindo a eficiência da desinfecção); Origem antropogênica: pode estar associada a compostos tóxicos e organismos patogênicos; Em corpos d'água: pode reduzir a penetração da luz, prejudicando a fotossíntese - Utilização mais frequente do parâmetro: Caracterização de águas de abastecimento brutas e tratadas Controle da operação das estações de tratamento de água QUALIDADE DA ÁGUA TURBIDEZ - Unidade: uT (Unidade de Turbidez - unidade de Jackson ou nefelométrica) - A turbidez é um parâmetro de aspecto estético de aceitação ou rejeição do produto, e o valor máximo permitido de turbidez na água distribuída é de 5,0 NTU. - Interpretação dos resultados: Em termos de tratamento e abastecimento público de água: Numa água com turbidez igual a 10 uT � ligeira nebulosidade pode ser notada; Com turbidez igual a 500 uT a água é praticamente opaca. Valores de turbidez da água bruta inferiores a 20 uT podem ser dirigidas diretamente para a filtração lenta, dispensando a coagulação química; e Valores superiores a 50 uT requerem uma etapa antes da filtração, que pode ser a coagulação química ou um pré-filtro grosseiro. QUALIDADE DA ÁGUA Fonte: www.evagon.com.br QUALIDADE DA ÁGUA Turbidímetro microprocessado On Line, medida continua Fonte: www.metrologicasc.com.br Fonte: www.pt.hach Fonte: www.maxlabor.com.br QUALIDADE DA ÁGUA Fonte: estacaodetratamentodeesgoto.wordpress.com Fonte: www.topsulnoticias.com.br Fonte: proyectos-microclima.webnode.com QUALIDADE DA ÁGUA Fonte: irrigacao.blogspot.com SABOR E ODOR - Conceito: O sabor é a interação entre o gosto (salgado, doce, azedo e amargo) e o odor (sensação olfativa); - Forma do constituinte responsável: Sólidos em suspensão, sólidos dissolvidos gases dissolvidos. - Origem natural: Matéria orgânica em decomposição Microrganismos (ex.: algas) Gases dissolvidos (ex.: gás sulfídrico H2S) - Origem antropogênica: Despejos domésticos Despejos industriais Gases dissolvidos (ex.: H2S) - Importância: Não representa risco à saúde, mas consumidores podem questionar a sua confiabilidade, e buscar águas de maior risco. Representa a maior causa de reclamações dos consumidores. - Utilização mais frequente do parâmetro: Caracterização de águas de abastecimento brutas e tratadas. - Unidade: Concentração limite mínima detectável. - Interpretação dos resultados: Na interpretação dos resultados, são importantes a identificação e a vinculaçãocom a origem do sabor e do odor. QUALIDADE DA ÁGUA QUALIDADE DA ÁGUA Fonte: correiodesaopaulo.com.br Degustadores da Sabesp QUALIDADE DA ÁGUA TEMPERATURA - Conceito: Medição da intensidade de calor. - Origem natural: Transferência de calor por radiação, condução e convecção (atmosfera e solo). - Origem antropogênica: Águas de torres de resfriamento Despejos industriais - Importância: Elevações da temperatura aumentam a taxa das reações químicas e biológicas (na faixa usual de temperatura); Elevações da temperatura diminuem a solubilidade dos gases (ex.: oxigênio dissolvido); Elevações da temperatura aumentam a taxa de transferência de gases (o que pode gerar mau cheiro, no caso da liberação de gases com odores desagradáveis); - Utilização mais frequente do parâmetro: Caracterização de corpos d'água. Caracterização de águas residuárias brutas. - Unidade: ºC - Interpretação dos resultados: Em termos de corpos d'água: A temperatura deve ser analisada em conjunto com outros parâmetros, tais como oxigênio dissolvido. Em termos de tratamento de águas residuárias: A temperatura deve proporcionar condições para as reações bioquímicas de remoção dos poluentes brasildasaguas.com.br construcaoedecoracaodequartosdebebe.net QUALIDADE DA ÁGUA PARÂMETROS QUÍMICOS pH - Conceito: Potencial hidrogeniônico. Representa a concentração de íons hidrogênio H4+ (em escala anti- logarítmica), dando uma indicação sobre a condição de acidez, neutralidade ou alcalinidade da água. A faixa de pHé de 0 a 14. - Forma do constituinte responsável: Sólidos dissolvidos e gases dissolvidos. - Origem natural: Dissolução de rochas. Absorção de gases da atmosfera. Oxidação da matéria orgânica. Fotossíntese - Origem antropogênica: Despejos domésticos (oxidação da matéria orgânica) Despejos industriais (ex.: lavagem ácida de tanques) - Importância: É importante em diversas etapas do tratamento da água (coagulação, desinfecção, controle da corrosividade, remoção da dureza). pH baixo: corrosividade e agressividade nas águas de abastecimento. pH elevado: possibilidade de incrustações nas águas de abastecimento. Valores de pH afastados da neutralidade: podem afetar a vida aquática (ex.: peixes) e os microrganismos responsáveis pelo tratamento biológico dos esgotos. QUALIDADE DA ÁGUA - Utilização mais frequente do parâmetro: Caracterização de águas de abastecimento brutas e tratadas. Caracterização de águas residuárias brutas. Controle da operação de estações de tratamento de água (coagulação e grau de incrustabilidade/corrosividade). Controle da operação de estações de tratamento de esgotos (digestão anaeróbia). Caracterização de corpos d'água. - Unidade: - Esse fator não traz riscos sanitários e a faixa recomendada de pH na água distribuída é de 6,0 a 9,5 (Portaria 2914/11). - Interpretação dos resultados: Geral: pH < 7: condições ácidas pH = 7: neutralidade pH > 7: condições básicas - Em termos de tratamento e abastecimento público de água: Diferentes valores de pH estão associados a diferentes faixas de atuação ótima de coagulantes; Freqüentemente o pH necessita ser corrigido antes e/ou depois da adição de produtos químicos no tratamento; Ver Alcalinidade e Acidez. - Em termos de tratamento de águas residuárias Valores de pH afastados da neutralidade tendem a afetar as taxas de crescimento dos microrganismos - Em termos de corpos d'água Valores elevados de pH podem estar associados à proliferação de algas QUALIDADE DA ÁGUA Fonte: www.inforlablaboratoriais.com.br Fonte: br.portalprofes.com www.piscinaselazer.com.br QUALIDADE DA ÁGUA Fonte: pt.aliexpress.com ALCALINIDADE - Conceito: Quantidade de íons na água que reagirão para neutralizar os íons hidrogênio. É uma medição da capacidade da água de neutralizar os ácidos (capacidade de resistir às mudanças de pH: capacidade tampão). Os principais constituintes da alcalinidade são os bicarbonatos (HCO3), carbonatos (CO3 2) e os hidróxidos (OH-). A distribuição entre as três formas na água é função do pH. - Forma do constituinte responsável: Sólidos dissolvidos. - Origem natural: Dissolução de rochas. Reação do C02 com a água (C02 resultante da atmosfera ou da decomposição da matéria orgânica). - Origem antropogênica: Despejos industriais Importância: Não tem significado sanitário para a água potável, mas em elevadas concentrações confere um gosto amargo para a água. É uma determinação importante no controle do tratamento de água, estando relacionada com a coagulação, redução de dureza e prevenção da corrosão em tubulações. É uma determinação importante no tratamento de esgotos, quando há evidências de que a redução do pH pode afetar os microrganismos responsáveis pela depuração. - Utilização mais frequente do parâmetro: Caracterização de águas de abastecimento brutas e tratadas Caracterização de águas residuárias brutas Controle da operação de estações de tratamento de água (coagulação e grau de incrustabilidade/corrosividade) QUALIDADE DA ÁGUA - Unidade: mg.L-1 de CaCO3 - Interpretação dos resultados: Em termos de tratamento e abastecimento público de água - a alcalinidade, o pH e o teor de gás carbônico estão interrelacionados pH > 9,4: hidróxidos e carbonatos pH entre 8,3 e 9,4: carbonatos e bicarbonatos pH entre 4,4 e 8,3: apenas bicarbonato Em termos de tratamento de águas residuárias Processos oxidativos (como a nitrificação) tendem a consumir alcalinidade, a qual, caso atinja baixos teores, pode dar condições a valores reduzidos de pH, afetando a própria taxa decrescimento dos microrganismos responsáveis pela oxidação QUALIDADE DA ÁGUA QUALIDADE DA ÁGUA QUALIDADE DA ÁGUA Fonte: www.portaldasescolas.pt http://alfamare.com.br/laboratorio-produto/ fotometro-digital-portatil/ QUALIDADE DA ÁGUA ACIDEZ - Conceito: Capacidade da água em resistir às mudanças de pH causadas pelas bases. É devida principalmente à presença de gás carbônico livre (pH entre 4,5 e 8,2). - Forma do constituinte responsável: Sólidos dissolvidos e gases dissolvidos (CO2, H2S) - Origem natural: CO2 absorvido da atmosfera ou resultante da decomposição da matéria orgânica. Gás sulfídrico. - Origem antropogênica: Despejos industriais (ácidos minerais ou orgânicos) Passagem da água por minas abandonadas, vazadouros de mineração e das borras de minério - Importância: Tem pouco significado sanitário Águas com acidez mineral são desagradáveis ao paladar, sendo recusadas Responsável pela corrosão de tubulações e materiais - Utilização mais frequente do parâmetro: Caracterização de águas de abastecimento (inclusive industriais) brutas e tratadas - Unidade: mg.L-1 de CaCO3 - Interpretação dos resultados: - Em termos de tratamento e abastecimento público de água o teor de CO2 livre (diretamente associado à acidez), a alcalinidade e o pH estão interrelacionados - pH > 8,2: CO2 livre ausente - pH entre 4,5 e 8,2: acidez carbônica - pH < 4,5: acidez por ácidos minerais fortes (usualmente resultantes de despejos industriais) QUALIDADE DA ÁGUA Fonte: www.splabor.com.br ACIDEZDUREZA - Conceito: Concentração de cátions multimetálicos em solução. Os cátions mais frequentemente associados à dureza são os cátions bivalentes Ca2+ e Mg2+. Em condições de supersaturação, esses cátions reagem com ânions na água, formando precipitados. A dureza pode ser classificada como dureza carbonato e dureza não carbonato, dependendo do ânion com a qual ela está associada. A dureza correspondente à alcalinidade é denominada dureza carbonato, enquanto que as demais formas são caracterizadas como dureza não carbonato. A dureza carbonato é sensível ao calor, precipitando-se em elevadas temperaturas. - Forma do constituinte responsável: Sólidos dissolvidos - Origem natural: Dissolução de minerais contendo cálcio e magnésio(ex.: rochas calcárias). - Origem antropogênica: Despejos industriais - Importância: Não há evidências de que a dureza cause problemas sanitários, e alguns estudos realizados em áreas com maior dureza indicaram uma menor incidência de doenças cardíacas. Em determinadas concentrações, causa um sabor desagradável e pode ter efeitos laxativos. Reduz a formação de espuma, implicando num maior consumo de sabão. Causa incrustação nas tubulações de água quente, caldeiras e aquecedores (devido à maior precipitação nas temperaturas elevadas) Utilização mais frequente do parâmetro: - Caracterização de águas de abastecimento (inclusive industriais) brutas e tratadas QUALIDADE DA ÁGUA - Unidade: mg.L-1 CaCO3 - No Brasil, a Portaria do Ministério da Saúde n.º 2.914/2011, estabelece o limite máximo de 500 mg/l para que a água seja admitida como potável. - Interpretação dos resultados: - Em termos de tratamento e abastecimento público de água • dureza < 50 mg.L-1CaCO3: água mole • dureza entre 50 e 150 mg.L-1 CaCO3: dureza moderada • dureza entre 150 e 300 mg.L-1 CaCO3: água dura • dureza > 300 mg.L-1CaCO3: água muito dura QUALIDADE DA ÁGUA Fonte: iberaqua.net Fonte: umaquimicairresistivel.blogspot.com Fonte: http://www.acquasolo.com.br/index. asp?op=2&area=Produtos&codigo= 15&idioma=1&subarea=Linha%20Industrial%20- %20Vulcan&cod_info=54 QUALIDADE DA ÁGUA Fonte: http://photos1.blogger.com/blogger/6217/1195/1600/collage5.jpg DUREZA QUALIDADE DA ÁGUA FERRO E MANGANÊS - Conceito: O ferro e o manganês estão presentes nas formas insolúveis (Fe3+ e Mn4+) numa grande quantidade de tipos de solos. Na ausência de oxigênio dissolvido (ex.: água subterrânea ou fundo de lagos), eles se apresentam na forma solúvel (Fe2+ e Mn2+). Caso a água contendo as formas reduzidas seja exposta ao ar atmosférico (ex.: na torneira do consumidor), o ferro e o manganês voltam a se oxidar às suas formas insolúveis (Fe3+ e Mn4+), o que pode causar cor na água, além de manchar roupas durante a lavagem. - Forma do constituinte responsável: Sólidos em suspensão ou dissolvidos - Origem natural: Dissolução de compostos do solo - Origem antropogênica: Despejos industriais - Importância: Tem pouco significado sanitário nas concentrações usualmente encontradas nas águas naturais Em pequenas concentrações causam problemas de corna água Em certas concentrações, podem causar sabor e odor (mas, nessas concentrações, o consumidor já rejeitou a água, devido à cor) - Utilização mais frequente do parâmetro: Caracterização de águas de abastecimento brutas e tratadas - Unidade: mg.L-1 - As concentrações de ferro e manganês não ultrapassem 0,3 e 0,1 mg/L, respectivamente (2914/11). QUALIDADE DA ÁGUA viafiltrosshop.com.br viafiltrosshop.com.br www.waterdoctorwv.com CLORETOS - Conceito: Todas as águas naturais, em maior ou menor escala, contêm íons resultantes da dissolução de minerais. Os cloretos (Cl-) são advindos da dissolução de sais (ex.: cloreto de sódio). - Forma do constituinte responsável: Sólidos dissolvidos. - Origem natural: - Dissolução de minerais - Intrusão de águas salinas - Origem antropogênica: - Despejos domésticos - Despejos industriais - Águas utilizadas em irrigação - Importância: - Em determinadas concentrações imprime um sabor salgado à água - Utilização mais freqüente do parâmetro: - Caracterização de águas de abastecimento brutas - Unidade: mg.L-1 QUALIDADE DA ÁGUA NITROGÊNIO - Conceito: Dentro do ciclo do nitrogênio na biosfera, este alterna-se entre várias formas e estados de oxidação. No meio aquático, o nitrogênio pode ser encontrado nas seguintes formas: (a) nitrogênio molecular (N2), escapando para a atmosfera, (b) nitrogênio orgânico (dissolvido e em suspensão), (c) amônia, (d) nitrito (NO2-) e (e) nitrato (NO3). - Forma do constituinte responsável: Sólidos em suspensão e sólidos dissolvidos. - Origem natural: - Constituinte de proteínas, clorofila e vários outros compostos biológicos. - Origem antropogênica: Despejos domésticos Despejos industriais Excrementos de animais Fertilizantes QUALIDADE DA ÁGUA - Importância: O nitrogênio na forma de nitrato está associado a doenças como a metahemoglobinemia (síndrome do bebê azul). O nitrogênio é um elemento indispensável para o crescimento de algas e, quando em elevadas concentrações em lagos e represas, pode conduzir a um crescimento exagerado desses organismos (processo denominado Eutrofização). O nitrogênio, nos processos bioquímicos de conversão da amônia a nitrito e deste a nitrato, implica no consumo de oxigênio dissolvido do meio (o que pode afetar a vida aquática). O nitrogênio na forma de amônia livre é diretamente tóxico aos peixes. O nitrogênio é um elemento indispensável para o crescimento dos microrganismos responsáveis pelo tratamento de esgotos. Os processos de conversão do nitrogênio têm implicações na operação das estações de tratamento de esgotos. Em um corpo d'água, a determinação da forma predominante do nitrogênio pode fornecer informações sobre o estágio da poluição (poluição recente está associada ao nitrogênio na forma orgânica ou de amônia, enquanto uma poluição mais remota está associada ao nitrogênio na forma de nitrato) QUALIDADE DA ÁGUA - Utilização mais frequente do parâmetro: Caracterização de águas de abastecimento brutas e tratadas Caracterização de águas residuárias brutas e tratadas Caracterização de corpos d'água - Unidade: mg.L-1 - É permitido pela Legislação vigente, que estabelece um limite máximo de 10mg/L de nitrato em água potável. Fósforo Conceito: O fósforo na água apresenta-se principalmente nas formas de ortofosfato, polifosfato e fósforo orgânico. Os ortofosfatos são diretamente disponíveis para o metabolismo biológico sem necessidade de conversões a formas mais simples. Os polifosfatos são moléculas mais complexas com dois ou mais átomos de fósforo. O fósforo orgânico é normalmente de menor importância. - Forma do constituinte responsável: Sólidos em suspensão e sólidos dissolvidos - Origem natural: - dissolução de compostos do solo - decomposição da matéria orgânica - Origem antropogênica: - Despejos domésticos - Despejos industriais - Detergentes - Excrementos de animais- Fertilizantes - Importância: - O fósforo não apresenta problemas de ordem sanitária nas águas de abastecimento. - O fósforo é um elemento indispensável para o crescimento de algas e, quando em elevadas concentrações em lagos e represas, pode conduzir a um crescimento exagerado desses organismos (eutrofização) - O fósforo é um nutriente essencial para o crescimento dos microrganismos responsáveis pela estabilização da matéria orgânica - Utilização mais frequente do parâmetro: - Caracterização de águas residuárias brutas e tratadas - Caracterização de corpos d'água - Unidade: mg.L-1 Medição da Matéria Orgânica • Sólidos Voláteis (SV)- É a porção dos sólidos (sólidos totais, em suspensão ou dissolvidos) que se perde após calcinação da amostra a 550-600 oC DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio – mg/l): Quantidade de oxigênio consumida pelos microorganismos aeróbicos na oxidação da matéria orgânica; DQO (Demanda Química de Oxigênio – mg/l): Quantidade de oxigênio para oxidar quimicamente a matéria orgânica; Carga Orgânica: Quantidade (Kg DBO/d) de DBO que o sistema recebe por dia (Vazão x DBO). O QUE É DBO? DBO (DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO) Representa a demanda potencial de oxigênio dissolvido que poderá ocorrer devido à estabilização dos compostos orgânicos biodegradáveis, o que poderá trazer os níveis de oxigênio nas águas abaixo dos exigidos pelos peixes, levando-os à morte. Frascos para DBO Água de Diluição para DBO Sonda de Campo Multiparâmetro Para Medidas de pH, Condutividade, SDT, Temperatura, Oxigênio da Água Incubadora para DBO Valores Típicos de DBO Efluente ou Produto DBO mg/l Esgoto Sanitário 250 - 600 Efluente Laticínio 1.200 – 6.000 Efluente Refrigerantes 800 – 2.000 Soro de Leite 30.000 – 60.000 Leite 110.000 Refrigerante 50.000 – 70.000 Cerveja 50.000 - 70.000 Vinhaça 15.000 – 20.000 Poluição das Águas - Capítulo 4 66 Demanda Química de Oxigênio - DQO Conceito: Medida da matéria (orgânica) oxidável pelo dicromato de potássio, K2Cr2O7, em uma reação catalisada. Importância nos estudos de Controle da Qualidade das Águas Relação DBO5 / DQO – condição de biodegradabilidade Controle de reatores anaeróbios para o tratamento de efluentes Determinação: Oxidação da Matéria Orgânica pelo Dicromato: CaHbOc + Cr2O7 2- + H+ CO2 + H2O + Cr 3+ + Cr2O7 2- Ag2SO4, HgSO4 Poluição das Águas - Capítulo 4 67 Conjunto Aquecedor Sebbelin – Análise de DQO DQO: Oxidação com K2Cr2O7 Reator Para DQO – Método Refluxo Fechado HACH Reator Para DQO Espectrofotômetro DR 2700 HACH Espectrofotômetro HACH 2700 Espectrofotômetro Multiparâmetro da MERCK Medidor de Carbono orgânico Total (C.O.T) Medidor de Carbono Orgânico Total (COT) O.I.Analical Model 1030 Aurora Relação DQO / DBO + biodegradável - biodegradável 1.0 1,5 5,0 3,0 15,0 Sólidos Sólidos Total Dissolvidos Em Suspensão Totais Voláteis (orgânicos) Fixos Voláteis (orgânico) Fixos Totais Fixos Totais Voláteis (orgânicos) Sólidos Sedimentáveis 1 Litro 250 ml Resíduo Sedimentável = 250 ml/l (ou Sólidos Sedimentáveis) Balança Analítica pesagem Estufa de Secagem p/ sólidos Forno Mufla p/ Sólidos Forno Mufla Para Sólidos Voláteis RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA - Introdução - Revisão de literatura (Qualidade da água, coleta e preservação de amostras e Portaria Nº 2914/11) - Material e métodos - Resultados e discussão - Referências bibliográficas Prof. Aldecy de Almeida Santos Universidade Federal de Mato Grosso Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA O homem sempre se preocupou com a obtenção da água (Leme, 1984) Impossibilidade de transporte de água Estabelecimento nas margens de Rios, Lagoas e Fontes Crescimento populacional Aumento do consumo de água Várzea Grande Cuiabá Aumento da poluição da água Ribeirão Vermelho Rio Grande Rio Cuiabá Alguns povos (Japoneses e Egípcios) Filtros domésticos de barro, porcelana e arenito INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO A medida que essas aglomerações foram se tornando mais densas a água passou a ser um problema Obrigou as administrações a executarem grandes obras destinadas a captação, transporte e armazenamento Algumas dessas obras são: Antigos Tanques da cidade de Aden (Arábia Saudita) - (600 anos depois de Cristo) Recordações de uma época passada: Aden, tanques de água da cidade em 1920 Vista do alto Treze desses reservatórios podem conter cerca de oito milhões de litros de água obtida após o represamento dos vales das montanhas Jabal Shamsan. Fonte: http://www.eltaher.org/docs_photos/Memorabilia-1920s-Aden,-City-Water-Tanks-view-from-the-top-image1199_en.html INTRODUÇÃO Aquedutos Romanos Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aqueduto INTRODUÇÃO A captação, o transporte e o armazenamento de água surgiram como uma consequência do aumento do consumo O tratamento (remoção de partículas grosseiras) nasceu da repulsa do homem em utilizar água suja (estética) e dos problemas de saúde pública. A esse conjunto de componentes dá-se o nome de: SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA – SAA COMPONENTES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Captação: estruturas e dispositivos, construídos ou montados junto ao manancial, para a retirada de água destinada ao sistema de abastecimento. Estação elevatória: tubulações, acessórios, bombas e motores necessários para transportar certa vazão de um reservatório inferior para um reservatório superior. Adução: encanamentos, peças especiais e obras destinadas a promover a circulação da água num abastecimento. Estação de tratamento de água: instalação onde uma série de procedimentos físico-químicos que são aplicados na água para torna-la adequada para o consumo, ou seja, para que a água bruta se torne potável. Reservação: compreende um conjunto de reservatórios construídos. Distribuição: tubulações, conexões, registros e peças especiais, destinados a distribuir a água de forma contínua, a todos os usuários do sistema. Componentes do SAA Fonte: Garcez (1974) CAPTAÇÃO CAPTAÇÃO Mananciais Águas pluviais Águas superficiais Águas subterrâneas Reuso Captação pela superfície de telhados Acumuladas e reservatórios Tratamento (simplificado) ou não (características da água da utilização) Pequenas comunidades Rios, lagos e represas Cursos d’água com vazões de estiagem insuficientes , mais com vazões anuais adequadas. Reservatórios de acumulação Fontes naturais: Encosta e fundo de vale Poços: (1) Poços escavados (pequeno e grande diâmetros); (2) Poços perfurados. Galerias de infiltração: (1) Galerias de encostas. Águas cinzas Efluentes Características do efluente Padrões de qualidade para consumo (1) Raramente usada para abastecimento de água de cidades cidade de Délhi na Índia; (2) Geralmente a qualidade da água é boa, dependendo da qualidade do ar; (3) O capacidade da cisterna (volume) é funçãodos usos da água no local; (4) Existem estudos no Brasil (iniciais), mostrando que esses sistemas são economicamente inviáveis. CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS Água pluvial Fonte: http://www.botanic.com.br/ A água pode ser captada por materiais impermeáveis, geralmente telhados, lajes e pátios. O telhado para coleta de água de chuva pode ser de cerâmica, fibrocimento, zinco, ferro galvanizado. CAPTAÇÃO Captação Paiol (Araraquara SP) A água aduzida do Córrego do Paiol é encaminhada a ETA Paiol através de uma adutora de 300 mm. A tubulação é de ferro fundido e tem aproximadamente 1.800 m de extensão. Uma captação de águas superficiais deve atender os seguintes requisitos: (1) Garantia de funcionamento; (2) Qualidade das águas; (3) Econômica da instalação. CAPTAÇÃO DE ÁGUAS SUPERFICIAIS Córrego Paiol CAPTAÇÃO EXEMPLOS DE CAPTAÇÕES SUPERFICIAIS CANAL COM DERIVAÇÃO Fonte: Garcez (1974) Recalque Retorno (limpeza do canal de derivação) CURSOS D’ÁGUA COM PEQUENA OSCILAÇÃO DE NÍVEL CAPTAÇÃO POÇO ABERTO PRÓXIMO A MARGEM Fonte: Garcez (1974) CURSOS D’ÁGUA COM PEQUENA OSCILAÇÃO DE NÍVEL EXEMPLOS DE CAPTAÇÕES SUPERFICIAIS CAPTAÇÃO TOMADA POR PROTEÇÃO POR MURO OU TUBO Fonte: Garcez (1974) Recalque CURSOS D’ÁGUA COM PEQUENA OSCILAÇÃO DE NÍVEL EXEMPLOS DE CAPTAÇÕES SUPERFICIAIS CAPTAÇÃO PROTEÇÃO SIMPLES DO TUBO DE TOMADA Fonte: Garcez (1974) Recalque PLANTA Fonte: Garcez (1974) CURSOS D’ÁGUA COM PEQUENA OSCILAÇÃO DE NÍVEL EXEMPLOS DE CAPTAÇÕES SUPERFICIAIS CAPTAÇÃO CURSOS D’ÁGUA COM GRANDE OSCILAÇÃO DE NÍVEL EXEMPLOS DE CAPTAÇÕES SUPERFICIAIS CAIXA DE TOMADA SIMPLES Fonte: Garcez (1974) Recalque CAPTAÇÃO CURSOS D’ÁGUA COM GRANDE OSCILAÇÃO DE NÍVEL EXEMPLOS DE CAPTAÇÕES SUPERFICIAIS TUBOS PERFURADOS ASSENTADOS SOBRE ESTACAS Fonte: Garcez (1974) Recalque Tubo perfurado Estacas CAPTAÇÃO CURSOS D’ÁGUA COM GRANDE OSCILAÇÃO DE NÍVEL EXEMPLOS DE CAPTAÇÕES SUPERFICIAIS TORRE DE TOMADA (GRANDES INSTALAÇÕES) Fonte:Tsutiya (2006) CAPTAÇÃO CURSOS D’ÁGUA COM GRANDE OSCILAÇÃO DE NÍVEL EXEMPLOS DE CAPTAÇÕES SUPERFICIAIS CAPTAÇÃO FLUTUANTE (GRANDES INSTALAÇÕES) Fonte: Sobrinho e Zambon (2010) CAPTAÇÃO CURSOS D’ÁGUA COM GRANDE OSCILAÇÃO DE NÍVEL EXEMPLOS DE CAPTAÇÕES SUPERFICIAIS CAPTAÇÃO FLUTUANTE (GRANDES INSTALAÇÕES) Fonte: Sobrinho e Zambon (2010) CAPTAÇÃO EXEMPLOS DE CAPTAÇÕES SUBTERRÂNEAS GALERIAS DE INFILTRAÇÃO Fonte: Garcez (1974) (1) Captação de lençol de pequena espessura; (2) Considerado fonte de emergência; (3) A captação é feita por tubo de drenos que são envolvidos por material de granulometria relativamente grande. Conduto geral Vai para o poço de sucção CAPTAÇÃO EXEMPLOS DE CAPTAÇÕES SUBTERRÂNEAS POÇOS PROFUNDOS Fonte:Tsutiya (2006) CAPTAÇÃO EXEMPLOS DE REUSO Maquina de lavar roupa (redução de até 30% do consumo de água de uma residência) Água cinzas com tratamento simplificados (por exemplo a oxidação e decantação) Reuso de águas utilizadas para resfriamento de equipamentos em indústria para fins não nobres Uso de efluentes tratados para fins não nobres (irrigação de jardins, limpeza de pátios, outros) Reuso de água de lagos (mananciais + efluentes) para abastecimento de água em cidades (caso de Brasília - DF) CAPTAÇÃO RECALQUE RECALQUE Funções principais: (1) Captação de água de mananciais de superfície ou poços rasos e profundos; (2) Aumento da pressão nas redes (levando água aos pontos mais distantes ou mais elevados); (3) Aumento da vazão de adução. (i) Tubulação de sucção: canalização que liga o reservatório inferior à bomba; (ii) Conjunto elevatório: constituído por uma ou mais bombas e respectivos motores; (iii) Tubulação de recalque: canalização que liga a bomba ao reservatório superior. Esse conjunto de equipamentos deve ser abrigado em uma casa de bombas (espécie de abrigo onde se encontram as bombas, registros, tubos, quadro de comando e outros acessórios). RECALQUE (CASA DE BOMBAS) Fonte:Tsutiya (2006) ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE RECALQUE Fonte:Tsutiya (2006) ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE RECALQUE Fonte:Tsutiya (2006) RECALQUE ADUÇÃO Ligações (1) A captação e o reservatório de distribuição ou diretamente à rede de distribuição; (2) A captação e a estação de tratamento de água; (3) A estação de tratamento e o reservatório ou a rede de distribuição; (4) O reservatório e a rede de distribuição. Classificação Energia de movimentação da água: (1) adução por gravidade. (2) adução por recalque. (3) adução mista - parte por gravidade, parte por recalque. Modo de escoamento: (1) adução em conduto livre. (2) adução em conduto forçado. (3) adução mista - parte em conduto forçado, parte em conduto livre. Natureza da água transportada: (1) adutoras de água bruta. (2) adutoras de água tratada. CAPTAÇÃO DE ÁGUA (SISTEMA AUTO TIETE) Fonte: Sobrinho e Zambon (2010) Adutora ADUÇÃO ADUTORA POR GRAVIDADE COM TRECHOS EM CONDUTO LIVRE Fonte:Tsutiya (2006) ADUTORA POR RECALQUE SIMPLES Fonte:Tsutiya (2006) ADUTORA POR RECALQUE DUPLO Fonte:Tsutiya (2006) ADUTORA MISTA COM TRECHO POR RECALQUE E POR GRAVIDADE Fonte:Tsutiya (2006) ADUÇÃO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA ETA São Sebastião (Cuiabá – MT) Fonte: http://www.panoramio.com/photo/17489755 Decantador Floculador Filtros Qualidade da água bruta. Padrões de qualidade de água potável. Legislação. Os métodos de tratamento encontrados na literatura: (1) Filtração lenta. (2) Tratamento convencional (coagulação, floculação, decantação e filtração rápida). (3) Aeração. (4) Correção de dureza. (5) Remoção de ferro. (6) Correção de acidez excessiva. (7) Remoção de odor e sabor desagradáveis. (8) Desinfecção. (9) Fuoretação. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA RESERVAÇÃO Finalidades: (1) Garantia da quantidade de água para atender variações de consumo. (2) Atender demandas de emergência. (3) Garantir uma reserva estratégica em casos de incêndio. (4) Melhorar as condições de pressão na rede de distribuição. Classificação De acordo com a localização no sistema: (1) De montante (situado no início da rede de distribuição, sendo sempre o fornecedor de água para a rede). (2) De jusante (situado no extremo ou em pontos estratégicos do sistema, podendo fornecer ou receber água da rede de distribuição). (3) Posição intermediária (reservatório intercalado no sistema de adução e tem a função de servir de volante de regularização). De acordo com a localização no terreno: (1) Enterrado (reservatório que se situa imediatamente em cota inferior ao terreno em que esta localizado). (2) Semi-enterrado (reservatório que apresenta pelo menos 1/3 da altura total situado abaixo do nível do terreno). (3) Apoiado (reservatório que se encontra enterrado a menos de 1/3 da altura total). (4) Elevados (reservatório cuja cota de fundo é superior a cota do terreno). Classificação De acordo com sua forma: (1) Circular. (2) Retangular. (3) Formas variadas (hexagonais, octogonais ou outras). De acordo com o material de construção: (1) Concreto armado. (2) Aço. (3) Poliéster armado com fibras de vidro. (4) Outros materiais (madeira, alvenaria,outros). RESERVAÇÃO RESERVATÓRIO SEMI-ENTERRADO (JALES – SP) Fonte:Tsutiya (2006) RESERVATÓRIO SEMI-ENTERRADO (FRANCA – SP) Fonte:Tsutiya (2006) RESERVATÓRIO ELEVADO (JALES – SP) Fonte:Tsutiya (2006) RESERVATÓRIO ELEVADO (FRANCA – SP) Fonte:Tsutiya (2006) RESERVAÇÃO REDE DE DISTRIBUIÇÃO Os traçados das redes de distribuição podem ser agrupadas em: (1) Espinha de peixe (conduto tronco passando pelo centro da cidade, dele derivando, os outros condutos principais, comumente adotado para cidades lineares); (2) Grelha (condutos troncos dispostos mais ou menos paralelamente, numa extremidade são ligados a uma canalização mestra alimentadora, dessa extremidade para a jusante os seus diâmetros decrescem gradativamente); (3) Anel (canalizações principais formando circuitos fechados nas zonas principais a serem abastecidas). REDE RAMIFICADA (GRELHA) Fonte:Adaptado de Tsutiya (2006) REDE RAMIFICADA (ESPINHA DE PEIXE) Fonte:Adaptado de Tsutiya (2006) REDE EM ANEIS Fonte: Adaptado de Tsutiya (2006) REDE DE DISTRIBUIÇÃO SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA LEGENDA 1. Água acumulada 1’. Barragem 2. Adutora 3. Reservatório de distribuição 4. Adutora 5. Rede de distribuição SAA SEM TRATAMENTO Fonte: Lemes (1984) LEGENDA 1. Reservatório de acumulação 2. Barragem 3. Adutora de água bruta 4. Estação de tratamento de água 5. Reservatório de água 6. Adutora de água tratada 7. Rede de distribuição SAA COM TRATAMENTO Fonte: Lemes (1984) TIPOS DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA LEGENDA 1. Curso d’água 1’. Tomada de água captação 2. Adutora de água bruta 3. Elevatória de água bruta 4. Estação de tratamento de água 5.Elevatória de água tratada 6. Adutora de água tratada 7. Reservatório de distribuição 8. Adutora de água tratada 9. Rede de distribuição SAA COM TRATAMENTO E RESERVATÓRIO DE DISTRIBUIÇÃO A MONTANTE DA REDE Fonte: Lemes (1984) SAA COM TRATAMENTO, RESERVATÓRIO DE ACUMULAÇÃO E RESERVATÓRIO DE DISTRIBUIÇÃO A MONTANTE DA REDE Fonte: Lemes (1984) LEGENDA 1. Bacia hidrográfica contribuinte 2. Reservatório de acumulação 3. Barragem do reservatório de acumulação 4. Elevatória de água bruta 5. Estação de tratamento de água 6. Reservatório de distribuição 7. Rede de distribuição I. Adutora de água bruta II. Adutora de água bruta III. Adutora de água tradada IV. Adutora de água tratada TIPOS DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 3 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA SAA COM TRATAMENTO, RESERVATÓRIO DE ACUMULAÇÃO E RESERVATÓRIO DE DISTRIBUIÇÃO A JUSANTE DA REDE Fonte: Lemes (1984) LEGENDA 1. Bacia hidrográfica contribuinte 2. Reservatório de acumulação 3. Barragem 4. Elevatória de água bruta 5. Estação de tratamento 6. Rede de distribuição 7. Reservatório de distribuição I. Adutora de água bruta II. Adutora de água bruta III. Adutora de água tratada IV. Adutora de água tratada SAA COM DUAS REDES DE DISTRIBUIÇÃO Fonte: Lemes (1984) LEGENDA 1. Rio 2. Captação 3. Estação de tratamento 4. Reservatório de distribuição 5. Distrito industrial da cidade 6. Rede de distribuição da cidade I. Adutora de água bruta II. Adutora de água tratada III. Subadutora de água trada IV. Adutora de água tratada TIPOS DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Referências básicas GARCEZ, L.N. Elementos de engenharia hidráulica e sanitária. 2ª edição. Edgard Blücher, 1976, São Paulo, SP. LEMES, F.P. Engenharia do saneamento ambiental. LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1984, Rio de Janeiro, RJ. PORTO, R. de M. Hidráulica Básica. Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 1998, São Carlos, SP. TSUTIYA, M.T. Abastecimento de água. 3ª edição, Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária, Escola Politécnica de São Paulo, 2006, São Paulo, SP. http://www.tratabrasil.org.br/o-que-e- saneamento
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