Buscar

Filosofia Jurídica Aula 4.0 Exercícios

Prévia do material em texto

FILOSOFIA JURÍDICA
4a aula
	
 
Lupa
 
	 
	�
Vídeo�
	�
PPT�
	�
MP3�
	 
	
�
	
	 
	Exercício: CCJ0136_EX_A4_201601155921_V2 
	28/09/2018 13:18:14 (Finalizada)
	Aluno(a): ROBSON JOSE DA SILVA
	2018.2
	Disciplina: CCJ0136 - FILOSOFIA JURÍDICA 
	201601155921
�
	 
	
	 1a Questão
	
	
	
	
	Em sua teoria da norma jurídica, Noberto Bobbio distingue as sanções jurídicas das sanções morais e sociais. Segundo esta distinção, a sanção jurídica, diferentemente da sanção moral, é sempre uma resposta de grupo e, diferentemente da sanção social, a sanção jurídica é regulada em geral com as mesmas formas e através das mesmas fontes de produção das regras primárias. Para o autor, tal distinção oferece um critério para distinguir, por sua vez, as normas jurídicas das normas morais e das normas sociais. Considerando-se este critério, pode-se afirmar que são normas jurídicas àquelas cuja execução é garantida por uma sanção:
	
	
	B) interna e institucionalizada.
	 
	E) externa e institucionalizada.
	
	A) interna e não institucionalizada.
	
	C) externa e não institucionalizada.
	
	D) interna e informal.
	
Explicação:
Justificativa: A sanção jurídica resolveria o problema entre autonomia presente na sanção moral (interna ao indivíduo, como culpa ou arrependimento, porém de baixíssima eficácia) e também das injustiças decorrentes da sanção social; mas por ser institucionalizada, podemos defini-la, sanção jurídica, como uma resposta externa e institucionalizada à violação da norma posta pelo Estado.
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	A Ciência do Direito (...), se de um lado quebra o elo entre jurisprudência e procedimento dogmático fundado na autoridade dos textos romanos, não rompe, de outro, com o caráter dogmático, que tentou aperfeiçoar, ao dar-lhe a qualidade de sistema, que se constrói a partir de premissas cuja validade repousa na sua generalidade racional. A teoria jurídica passa a ser um construído sistemático da razão e, em nome da própria razão, um instrumento de crítica da realidade¿.
Esta caracterização, realizada por Tercio Sampaio Ferraz Júnior, em sua obra A Ciência do Direito, evoca elementos essenciais do
	
	
	humanismo renascentista.
	
	historicismo.
	
	positivismo jurídico.
	 
	jusnaturalismo moderno.
	
	realismo crítico.
	
Explicação:
GABARITO LETRA A
A Ciência do Direito, nos quadros do jusnaturalismo, se de um lado quebra o elo entre jurisprudência e procedimento dogmático fundado na autoridade dos textos romanos, não rompe, de outro, com o caráter dogmático, que tentou aperfeiçoar, ao dar-lhe a qualidade de sistema, que se constrói a partir de premissas cuja validade repousa na sua generalidade racional. A teoria jurídica passa a ser um [construto - ] sistemático da razão e, em nome da própria razão, um instrumento de crítica da realidade. Duas contribuições importantes, portanto: a) o método sistemático conforme o rigor lógico da dedução; b) o sentido crítico-avaliativo do direito posto em nome de padrões éticos contidos nos princípios reconhecidos pela razão.
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	A Escola da Exegese surgiu como uma das consequências da codificação do Direito, cujo maior exemplo, à época, foi a criação do Código de Napoleão (1804). Utiliza uma forma de interpretação da norma que privilegia os aspectos gramaticais e lógicos, a chamada interpretação literal da letra da lei. Com ela, tem-se o auge do Positivismo jurídico, onde o jusfilósofo italiano Norberto Bobbio afirma que tal Escola foi marcada por uma concepção rigidamente estatal de direito. Portanto, segundo Bobbio, a Escola da Exegese nos leva a concluir que:
	
	
	C) Uma vez promulgada a lei pelo legislador, o estado-juiz é competente para interpretá-la buscando aproximar a letra da lei dos valores sociais e das demandas populares legítimas.
	
	D) A única força jurídica legitimamente superior ao legislador é o direito natural; portanto, o legislador é soberano para tomar suas decisões, desde que não violem os princípios do direito natural.
	
	E) A Escola Pandectista alemã foi umas das várias correntes do pensamento jurídico que seguiram os ditames da Escola Exegética que afirmava que todo Direito não está contido apenas na lei e esta, por sua vez, deve ser interpretada também levando-se em conta critérios valorativos.
	
	B) O legislador é onipotente porque é representante democraticamente eleito pela população e esse processo representativo deve basear-se sempre no direito consuetudinário, porque este expressa o verdadeiro espírito do povo.
	 
	A) A lei não deve ser interpretada segundo a razão e os critérios valorativos daquele que deve aplicá-la; mas, ao contrário, este deve submeter-se completamente à razão expressa na própria lei.
	
Explicação:
Justificativa: Para a Escola da Exegese, o papel do jurista era ater-se com rigor absoluto ao texto da lei e revelar seu sentido. Ressalta-se que o exegetismo não negou o direito natural, pois chegou a admitir que os códigos eram elaborados de modo racional e, portanto, uma expressão humana do direito natural e por isso a ciência do direito deveria ater-se a mera exegese dos códigos. Em suma, a Escola da Exegese possui as seguintes características: possuir uma concepção estritamente estatal do direito, o fato de focar-se exclusivamente na lei e interpretar a lei baseando-se na intenção do legislador, pois somente o Estado pode criar o direito por meio do Poder Legislativo.
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	Das afirmações abaixo, assinale aquela que NÃO é uma tese do positivismo jurídico:
	
	
	Não há uma conexão necessárias entre o Direito e a Moral.
	
	O Direito deve ser estudado tal como ele é, não como ele deveria ser. 
	
	A teoria do Direito deve possuir a pretensão de ser um saber científico.
	 
	A Justiça, apesar de ser mutável no tempo e no espaço, é imutável no seu núcleo essencial enquanto expressa pela Lei Natural. 
	
	O Direito positivo, enquanto sistema hierárquico das leis, pode ser objeto de uma Ciência do Direito.
	
Explicação:
A Justiça, apesar de ser mutável no tempo e no espaço, é imutável no seu núcleo essencial enquanto expressa pela Lei Natural. 
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	O planejamento estratégico consiste na tomada de decisões antecipadas, levando em conta três filosofias de ação: conservadora, otimizadora e prospectiva. A filosofia otimizadora é :
	
	 
	dirigida à adaptabilidade e inovação da organização. 
	
	voltada para demandas ambientais e de recursos humanos visando preparar a organização para lidar com questões socioeducacionais. 
	
	dirigida para sanar deficiências e realizar ajustes de rotas financeiras da organização. 
	
	dirigida para sanar deficiências e problemas externos da organização.
	
	voltada para a estabilidade e manutenção da organização. 
	
Explicação:
"O planejamento estratégico consiste na tomada de decisões antecipadas, levando em conta três filosofias de ação:
- Filosofia conservadora ou defensiva: voltada para a estabilidade e a manutenção da situação existente.
- Filosofia otimizadora ou analítica: voltada para melhorar as práticas vigentes. As decisões visam à obtenção dos melhores resultados possíveis.
- Filosofia prospectiva ou ofensiva: voltada para as contigências e centrada no futuro da organização. Há uma preocupação em ajustar a empresa às demandas ambientais e preparar-se para o futuro."
 
	
	 
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	Em sua obra - Princípios da Filosofia do Direito - , Hegel explica que não há eticidade, moralidade objetiva, no plano da vontade meramente natural e imediata, mas que se requer a sua mediação. As instituições são os momentos dos desdobramentos da eticidade.
Assinale a alternativaque apresenta em sequência os três desdobramentos da eticidade, de acordo com Hegel.
	
	 
	Família, sociedade civil, estado.
	
	Sociedade civil, estado, religião.
	
	Arte, religião, filosofia.
	
	Sociedade civil, família, estado.
	
	Religião, arte, filosofia
	
Explicação:
Moralidade Objetiva
Constitui o momento em que a liberdade torna-se realidade. É a moralidade palpável, acima da opinião e da boa vontade, fortalecendo as leis e as instituições. É a totalidade de determinações morais da família, da sociedade civil e do Estado, incidindo (aparecendo) entre seus membros ¿ existência, manifestação e realidade. Assim dizendo, fica expressa no caráter do indivíduo ¿ probidade, honradez, integridade e honestidade.
É tomado como substância moral, não sou eu como pessoa (tal qual o direito abstrato) tampouco o direito da consciência, mas sim o direito enquanto Espírito real de um povo que percorre, a fim de realizar a liberdade, diferentes momentos:
- Família - como espírito moral objetivo, imediato e natural;
- Sociedade Civil - associação com o fim de satisfazer carências, necessidades e dar garantia à propriedade privada;
- Estado - consagração universal da vida pública.
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	"Na fase madura de seu pensamento, a substituição da lei pela convicção comum do povo (Volksgeist) como fonte originária do Direito relega a segundo plano a sistemática lógico-dedutiva, sobrepondo-lhe a sensação (Empfindung) e a intuição (Anschauung) imediatas. Savigny enfatiza o relacionamento primário da intuição do jurídico não à regra genérica e abstrata, mas aos institutos de Direito (Rechtsinstitute), que expressam relações vitais (Lebensverhältnisse) típicas e concretas". Essa caracterização, de acordo com os autores positivistas, corresponde a aspectos essenciais da seguinte escola filosófico-jurídica:
	
	
	Normativismo
	
	Realismo Jurídico
	 
	Historicismo Jurídico
	
	Positivismo jurídico
	
	Jusnaturalismo
	
Explicação:
Historicismo Jurídico
	
	 
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	De acordo com o contratualismo proposto por Thomas Hobbes em sua obra Leviatã, o contrato social só é possível em função de uma lei da natureza que expresse, segundo o autor, a própria ideia de justiça.
Assinale a opção que, segundo o autor na obra em referência, apresenta esta lei da natureza.
	
	
	Fazer o bem sem olhar a quem.
	
	Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais.
 
	
	Dar a cada um o que é seu.
 
	 
	Que os homens cumpram os pactos que celebrem.
 
	
	Fazer o bem e evitar o mal.
	
Explicação:
A questão do contrato surge devido ele ser uma transferência mútua de direito, em que uma pessoa transfere um direito que era dela para outra pessoa. Hobbes tem uma concepção de que toda a sociedade se baseia em contratos, de todas as espécies, pois para estabelecer uma troca se faz necessário ter um contrato, assim como outras diversas situações é necessário uma transferência de direitos.
Assim se faz necessário que haja o Estado e ele é estabelecido a partir de contratos entre os próprios homens, em que eles abrem mão de parte de sua liberdade e transfere diretos ao estado para ele poder garantir por meio da força, o cumprimento de outros contratos e assim o fim do clima de guerra. O estado pactua com cada um dos homens e garante a cada um que a sua parte do contrato seja cumprido, sendo assim o pacto é recíproco. No Leviatã, Hobbes diz: ¿Diz-se que um Estado foi instituído quando uma multidão de homens concorda e pactua, cada um com cada um dos outros, que a qualquer homem ou assembleia de homens a quem seja atribuído pela maioria o direito de representar a pessoa de todos eles (ou seja, de ser seu representante), todos sem exceção, tanto os que votaram a favor dele como os que votaram contra ele, deverão autorizar todos os atos e decisões desse homem ou assembleia de homens, tal como se fossem seus próprios atos e decisões, a fim de viverem em paz uns com os outros e serem protegidos dos restantes homens.¿

Continue navegando