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REALISMO JURIDICO RESUMÃO

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Introdução
O que é o direito? Filósofos de todas as épocas tentaram responder essa pergunta recorrente, que permanece sem uma solução satisfatória.
O Realismo Jurídico foi uma das inúmeras tentativas teóricas de responder a essa pergunta.
Realismo Jurídico
Realismo é a qualidade, estado ou característica do que é real, do que é verdadeiro. O realismo jurídico, como a própria terminologia já sugere, preconiza a realidade em detrimento das concepções jusfilosóficas. Sendo o direito legítimo e efetivo, aquele que o magistrado anuncia no momento da concretização judicial. Tendo portanto, insuficiência da definição do direito baseado única e exclusivamente na norma, sendo necessária a análise da sua eficácia (aplicação prática). Ou seja, o realismo jurídico não entende como efetivo e legítimo uma norma puramente estabelecida, mas aquela que tiver sua aplicação concretizada.
O Realismo lida com o fato, não o fato cotidiano e nem o social, mas a decisão judicial. Logo, o direito é aquilo que os tribunais fazem e não aquilo que se espera que eles façam ou o que as fontes do direito indiquem que eles façam.
No Realismo Jurídico o juiz tem posição mais importante do que o legislador, visto que não existe direito posto, mas direito aplicado ( normas produzidas por legisladores mas não aplicadas por juízes não são normas) e o estado psicológico do juiz daria explicação à sentença. Logo, o comportamento do juiz é o único objeto jurídico que pode cientificamente ser estudado. Conhecendo-se o juiz como homem, é possível prever como ele decidirá.
O Realismo limitava-se a oferecer uma descrição do modo como o poder judiciário efetivamente operava. O resultado dessa opção é que, em vez de fundar um discurso dogmático (que se apresenta em caráter de certeza absoluta), o realismo origina um discurso estratégico, substituindo a clássica busca da solução juridicamente correta pela tentativa de estabelecer estratégias adequadas para influenciar um determinado juiz no sentido de que ele venha a tomar a decisão desejada pelo jurista.
Duas Escolas do Realismo Jurídico
Existem duas formas de realismo: o norte-americano e o escandinavo; 
O realismo norte-americano 
Nos Estados Unidos, o realismo jurídico começou a ser bastante discutido na primeira metade do século XX, poder compreender o direito, bastaria compreender como o juiz pensa e decide: "direito é o que o juiz diz que é".
Entende que o direito é encontrado nas decisões judiciais. Por isso, trabalha com uma metodologia dupla: faz uma análise empírica das decisões (para verificar como os juízes e tribunais estão decidindo) e uma análise psicológica (para tentar entender por que decidiram da forma como decidiram) - na prática, primeiro o juiz decide qual será o resultado, depois procura os fundamentos para justificar aquela sua decisão;
Críticas ao realismo norte-americano: primeiro, a competência dos tribunais (o que os tribunais podem ou não decidir) são estabelecidas por normas positivas; depois, essa forma de ver o direito concederia poderes ilimitados para os juízes (se o direito é o que está na decisão judicial, não se poderia nem mesmo criticar o conteúdo de uma decisão; 
O realismo escandinavo 
tira o foco da decisão judicial e coloca no comportamento das pessoas. Assim, pode-se dizer que ele se preocupa com a efetividade das normas jurídicas: o direito seria aquilo que é observado na prática, e normas jurídicas seriam aquelas capazes de condicionar o comportamento das pessoas.

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