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MONOGRAFIA SERVIÇO SOCIAL

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JUSTIFICATIVA 
O presente estudo visa discutir a importância do Grupo de Gestantes “Gestante ativa” assistidas pelo Centro de Referência de Assistência Social “Maria Greuza Pinheiro” do Município de Deputado Irapuan Pinheiro. 
Ao longo de várias décadas, a saúde da mulher tem sido um área de grande preocupação e discussões. Por ser inerente a mulher, a gestação é um período muito simbólico pois o nascimento de um filho é uma experiência única, portanto, essa vivencia deve ser tratada de forma especial pela família, por profissionais qualificados e gestores. 
Para tal acontecimento, o grupo “Gestante Ativa” participa de oficinas que as auxiliam e incentivam na construção do enxoval do bebê. Além disso, participam de encontros com profissionais tanto da Secretaria de Saúde, como da equipe técnica do CRAS. 
Através do estudo que está sendo desenvolvido, será possível construir condições de conhecer dos serviços prestados e a efetividade dos mesmos, identificando as situações problemáticas e propondo estratégias para um atendimento mais qualificado, buscando conhecer e agir na realidade. Este trabalho será encaminhado para a gestora de Assistência Social municipal e todos os profissionais envolvidos, para fins de avaliação. Terá como objetivo, promover debates, gerar novas idéias, construir estratégias de atendimento qualificado para as gestantes assistidas pelo CRAS. 
OBJETIVOS 
OBJETIVO GERAL 
Analisar os impactos do trabalho realizado no grupo de gestante do CRAS de Deputado Irapuan Pinheiro.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Caracterizar o Grupo de Gestantes desenvolvido no Centro de Referência de Assistência Social “Maria Greuza Pinheiro”; 
Identificar os benefícios do grupo “Gestante Ativa” no município de Deputado Irapuan Pinheiro; 
Informar sobre o impacto do grupo “Gestante Ativa” proporciona na redução da mortalidade infantil no município de Deputado Irapuan Pinheiro; 
Fazer um levantamento das ações desenvolvidas durante a realização do grupo. 
FUNDAMENTAÇÃO
A saúde é direito de todos e dever do Estado garantida mediante formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos, e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. (BRASIL, 1990). 
O direito a saúde é um dos direitos fundamentais instituído pela Constituição de 1988. Ter acesso à saúde é um dos requisitos básicos para o pleno exercício da cidadania do ser humano, pois está relacionada à qualidade de vida, esperada por todo cidadão no exercício de seus direitos. A saúde é uma condição essencial à dignidade da pessoa humana e cabe ao Estado, por meio de políticas públicas e de seus órgãos, construir pontes para assegurá-la como direito de todos. E para que ela ocorra de forma igualitária, a sociedade deve sempre exigir do Estado uma atuação positiva visando sua eficácia e garantia.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é regulamentado pela Constituição Federal de 1988, que tem sua origem no movimento conhecido como Revolução Sanitária, na década de 1970. De acordo com a lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990., O Sistema Único de Saúde define-se:
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público (BRASIL, 1990).
A criação do Sistema Único de Saúde foi um marco na História do Brasil sendo considerado um mecanismo de inclusão social e representou, em termos constitucionais, um compromisso do Estado para com os direitos da população brasileira. 
Em 1986, a 8ª Conferência Nacional de Saúde aprovou as diretrizes para a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Também foi a primeira conferência que contou com um numero significativo de pessoas. Após as mudanças, todos brasileiros passaram a ter direito à assistência gratuita à saúde, que se tornou dever do Estado. O SUS mudou essencialmente uma questão de mais acesso da população ao sistema de saúde, maior cobertura em termos de pessoas que antes não tinham acesso e passaram a ter.
A realização da a VIII Conferência Nacional de Saúde visou discutir a nova proposta de estrutura e política de saúde para o país. Esse encontro resultou em propostas de reformulação do sistema nacional de saúde surgindo assim o projeto da Reforma Sanitária Brasileira. 
Nessa conferência foi elaborado um conceito ampliado de saúde como sendo a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. Este conceito deixa muito claro que as ações na área da saúde devem extrapolar em muito a área exclusiva da atenção assistencial à própria saúde. Ações em outras esferas como habitação, transporte, renda, lazer, etc, devem ser implementadas com o objetivo de se garantir saúde aos brasileiros.
Essa definição de saúde envolve reconhecer o ser humano como ser integral e a saúde como qualidade de vida. O conceito de cidadania que a Constituição assegura deve necessariamente ser traduzido nas condições de vida da população.
O conceito de integridade encontra-se explicitado na Lei nº 8.080/90, como um dos principais princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, ao lado a universalidade e equidade. A concepção de integralidade é fundamental no processo de formulação, implementação e avaliação de políticas de saúde, em especial no caso de políticas voltadas às mulheres. Nesse sentido, refletir a respeito da integralidade apresentada na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher é a primeira ação para se pensar sobre uma política voltada a abordagem de gênero, ou seja os modos singulares de ser e sentir das mulheres em diferentes fases da vida.
No Brasil, apenas nas primeiras décadas do século XX, a saúde da mulher foi ligada às políticas de saúde no país, sendo limitada, nesse período, às demandas relativas à gravidez e ao parto. Porém, atualmente, sabe - se que o Ministério da Saúde (MS) criou, em 2004, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher –Princípios e Diretrizes (PAISM), com inúmeros objetivos sobre a integralidade e a promoção da saúde para esse segmento.
A PAISM - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher - foi criada antes da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS). Sendo, portanto, a primeira no uso do termo integralidade da saúde na política pública, cujo significado é construído pelos movimentos sociais feministas. 
A criação do PAISM, em 1983, representou um marco na história das políticas públicas voltadas para as mulheres, pois, pela primeira vez: (...) ampliou-se a visão de integralidade, presente nas formulações do movimento sanitário, para incorporar a noção de mulher como sujeito, que ultrapassava a sua especificidade reprodutiva, para assumir uma perspectiva holística de saúde. (COSTA; AQUINO, p.185).
	
A elaboração do PAISM rompia com o paradigma “uma visão restrita sobre a mulher, baseada em sua especificidade biológica e no seu papel social de mãe e doméstica, responsável pela criação, pela educação e pelo cuidado com a saúde dos filhos e demais familiares” (BRASIL, 2011), ou seja, onde a mulher era vista pelo sistema de saúde como produtora e reprodutora de força de trabalho, na sua condição de mãe, nutriz e cuidadora.
Dentre as metas da PAISM destacam se: a atenção obstétrica e planejamento familiar, a assistência em todas as fases da vida, o acompanhamento clínico ginecológico, planejamento reprodutivo, gestação, parto e puerpério. Posteriormente agregando ao PAISM, a assistência à mulher na transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários, busca do controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), os câncer de colo, úteroe de mama, além de outras necessidades identificadas a partir do aspecto populacional das mulheres brasileiras. 
A assistência à gestante é uma das atividades realizadas há tempo nos serviços públicos de saúde no país, foi por muito tempo, direcionada principalmente na elevação dos indicadores da saúde da criança. Ao se estabelecer um novo modelo na atenção à saúde da mulher, concebido pelo movimento de mulheres unido às discussões realizadas pelos profissionais de saúde, resultou nas diretrizes e princípios do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), instituído pelo Ministério da Saúde em 1983.
No que se refere a assistência pré-natal, o PAISM estabelece um conjunto de procedimentos clínicos e educativos com o objetivo de promover a saúde e identificar previamente os problemas e complicações que possam provocar riscos para saúde da gestante e da criança. Considera-se de alto risco ou de risco agravado a gravidez em que a gestante ou o feto estejam sujeitos a sofrerem alguma lesão durante o ciclo grávido-puerperal.
A assistência pré-natal tem ainda o objetivo de orientar e esclarecer sobre o parto e os cuidados com o recém-nascido, visando a redução das taxas de morbi-mortalidade materno-infantil, baixo peso ao nascer e retardo do crescimento intra-uterino, visto que estas causas são evitáveis dependendo da qualidade assistencial prestada neste período.
O principal objetivo da assistência pré -natal é acolher a mulher desde o início de sua gravidez, período de mudanças físicos e emocionais, que cada gestante vivencia de forma distinta. Essas transformações podem gerar medos, dúvidas, angústias,fantasias ou simplesmente a curiosidade de saber o que acontece no interior de seu corpo. (BRASIL, 2000, p.5).
A redução de riscos durante a gestação é um dos objetivos vicunlados à assistência ao pré-natal, Barbosa (1981, p. 135) afirma que “a boa qualidade, eficiência, frequência e assistência pré-natal revelam, sem dúvida, o desenvolvimento de uma nação. A assistência pré-natal é, por si, capaz de reduzir, drasticamente as complicações da gestação e do parto e minimizar a mortalidade perinatal”.
O pré –natal é o acompanhamento médico que toda gestante deve ter, com a finalidade de manter as condições de saúde da mãe e do bebê. É importante que as gestantes comecem a fazer seu pré- natal assim que tiverem a gravidez confirmada ou antes de completarem três meses de gestação. Alguns exames devem realizados durante o pré-natal, pois são importantes para detectar problemas, como doenças que possam afetar o desenvolvimento sadio da criança. No pré-natal, as gestantes também recebem orientações sobre a importância de se manter uma alimentação saudável, prática de atividades físicas e a importância de se evitar álcool, fumo e outros tipos de drogas. Neste sentido, complementam que:
Os objetivos principais da assistência pré-natal são assegurar uma evolução normal da gravidez; preparar a mãe para o parto, puerpério e lactações normais; identificar o mais rápido possível as situações de risco, para que seja possível prevenir as complicações mais freqüentes da gravidez e do ciclo puerperal. (FAÚNDES, 1982, p. 102).
A realização do pré-natal representa papel fundamental no que diz respeito de prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto para a mãe como para o feto, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. O intercambio construído entre as mulheres e os profissionais é considerado a melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação.
Falar de Gestação e as relações que a envolve sempre é um desafio. A maternidade surge como um momento de extrema importância no ciclo de vida da mulher, pois esse período proporciona novos níveis de relação e desenvolvimento de sua personalidade. 
Entendemos que a mulher está vulnerável durante a gestação, exposta a múltiplas exigências, e vivencia um período de reorganização corporal, bioquímica, hormonal, familiar e social que a faz ficar propensa a uma multiplicidade de sentimentos (Falcone; Mader; Nascimento; Santos; Nóbrega, 2005). A ansiedade é um componente emocional que pode acompanhar todo o período gestacional e é caracterizada por um estado de insatisfação, insegurança, incerteza e medo da experiência desconhecida (Baptista; Baptista ; Torres, 2006).
Dessa forma, a gestação é um momento que é marcada por grandes mudanças biopsicossociais, ou seja, há transformações não só no organismo da mulher mas também no seu bem-estar, o que altera sua mente e o seu papel sociofamiliar. Essas alterações psicológicas dependerá de fatores familiares, conjugais, sociais, culturais e da personalidade da gestante. O período da gravidez não envolve apenas a mulher, mas também o seu companheiro e o contexto social que ambos estão inseridos.
Os hormônios femininos, durante a gravidez, sofrem um aumento em sua concentração, modificando o corpo da mulher para proporcionar o crescimento adequado do bebê, o que pode trazer mudanças orgânicas e comportamentais significativas para a mulher, inclusive o desencadeamento ou a exarcebação de sintomatologia depressiva, podendo apresentar sintomas como ansiedade, baixa concentração, irritabilidade, mudança no apetite, insônia, hipersônia e perda de energia (BAPTISTA; BAPTISTA, 2005, p. 155-156). As alterações físicas também se fazem presentes e são variadas, como seios inchados, náuseas, desejos, mal-estar e formas diferentes do corpo. Assim, essas variações precisam ser elaboradas na história particular de cada uma. 
No Brasil, “entre 2000 e 2013, taxa de mortes por complicações na gravidez e parto diminuiu 1,7% ao ano. Média de 75 países que fazem parte de plano de metas da ONU foi de 3,1%” (VEJA, 2014). Os programas de transferência de renda, de saneamento básico, aleitamento materno, pré-natal, programa de saúde da família, o acompanhamento realizado pela equipe da Assistência Social são alguns dos fatores que contribuem para a redução dos índices de mortalidade. 
Um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) que levou em consideração os dados de 75 países indicou que o Brasil teve a quarta mais lenta redução da mortalidade materna entre os anos de 200 e 2013. Nesse período, o desempenho brasileiro foi semelhante ao de Madagascar, com queda anual média de 1,7% na taxa de mortalidade relacionada à gravidez e ao parto. A marca está bem abaixo da média de todas as nações juntas, que foi de 3,1% ao ano. (VEJA, 2014). É notório o declínio acerca da mortalidade infantil no Brasil, porém ainda há muito a ser elaborado, planejado e investido para que de fato, o mesmo deixe de afetar a população brasileira.
No Brasil, por exemplo, a taxa de brasileiras que morreram na gestação, no parto ou em decorrência de suas complicações em 2013 foi equivalente a 69 a cada 100.000 nascimentos. Isso representa quase o dobro da meta assumida nos Objetivos do Milênio — chegar em 2015 com, no máximo, 35 mortes a cada 100.000 nascimentos. (VEJA, 2014).
O coeficiente de mortalidade infantil é um indicador de saúde que, além de informar a respeito dos níveis de saúde de uma população, sintetiza as condições de bem-estar social, político e ético de dada conformação social (COSTA, 1995). Isso se deve ao fato desse coeficiente não apenas indicar a probabilidade de sobrevivência do ser humano, mas também , refletir as condições visíveis de moradia, salário etc. e, talvez, principalmente a promessa de determinada sociedade com a sua reprodução social, ou seja, em que medida a sociedade protege os seres que darão continuação ao futuro da humanidade.
Dentre as áreas que dão ênfase na prática de uma gravidez saudável, elaborando estratégias de intervenção no ambiente familiar, está a política de Assistência Social. Definida como um política que:
“junto com as políticas setoriais, considera as desigualdades socioterritoriais, visando seu enfrentamento, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender à sociedade e à universalização dosdireitos sociais. O público dessa política são os cidadãos e grupos que se encontram em situações de risco. Ela significa garantir a todos, que dela necessitam, e sem contribuição prévia a provisão dessa proteção.” (PNAS, 2004)
A assistência social, política pública não contributiva, é dever do Estado e direto de todo cidadão que dela necessitar. Entre os principais pilares da assistência social no Brasil estão a Constituição Federal de 1988, que dá as diretrizes para a gestão das políticas públicas, e a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), de 1993, que estabelece os objetivos, princípios e diretrizes das ações. (MDS, 2014). Articulada nas três esferas de governo, a estratégia de atuação está hierarquizada em dois eixos: a Proteção Social Básica e a Proteção Social Especial.
A Proteção Social garante a inclusão de todos os cidadãos que encontram-se em situação de vulnerabilidade e/ou em situação de risco, inserindo-os na rede de Proteção Social do município onde se encontram. 
A Proteção Social Básica tem como objetivo prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. A população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos e/ou fragilização de vínculos afetivos , sofreram tipos de discriminações , dentre outras situações, devem ser os usuários dessa proteção (MDS, 2012).
O CRAS é instituição conhecida como “porta de entrada” da Proteção Social e tem como objetivo desenvolver a chamada Proteção Social Básica, que objetiva o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, a superação da vulnerabilidade que decorrem da pobreza, da exclusão e da violência social. Suas ações são realizadas estão voltadas ao trabalho com famílias na comunidade, principalmente as que estão inseridas em programas diversos como os de transferência de rendas. (MDS, 2012)
O CRAS atua com famílias e indivíduos em seu contexto comunitário, visando a orientação e o convívio sócio-familiar e comunitário. Neste sentido, é responsável pela oferta do Programa Atendimento e Proteção Integral às Famílias. Na proteção básica, o trabalho com famílias deve considerar novas referências para a compreensão dos diferentes arranjos familiares, superando o reconhecimento de um modelo único baseado na família nuclear, e partindo do suposto de que são funções básicas das famílias: prover a proteção e a socialização dos seus membros; constituir-se como referências morais, de vínculos afetivos e sociais; de identidade grupal, além de ser mediadora das relações dos seus membros com outras instituições sociais e com o Estado (PNAS, 2004).
A instituição também tem a visão de assegurar o desenvolvimento social no território de abrangência do CRAS, cujo seus valores são ético-políticos e sociais e seus objetivos visam: 
(...) à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; a promoção da integração ao mercado de trabalho; a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família (BRASIL, 1993).
Por essa razão a gestação está como uma das prioridades da Assistência Social. A gravidez deixou de ser assunto exclusivo da mulher, é fundamental a interação de toda a família, pois todos estão envolvidos nas transformações proporcionadas pela gestação. O período gestacional pode ser considerado uma trajetória, porém não significa que a mesmo termine no parto, pois grande parte ou até mesmo o início de mudanças significativas na vida da mulher ocorre após o nascimento da criança.
A gravidez é complexa, marcado por várias transformações, tanto físicas como psicológicas, exigindo adequações que não decorrem apenas do conhecimento construído, mas também e principalmente da elaboração de uma vivência. Sendo assim , entende-se que é importante um acompanhamento de profissionais tanto da área da Saúde como da Área da Assistência Social com a finalidade de possibilitar uma vivencia mais equilibrada de todas as emoções e manifestações que ocorrem durante esse período. 
Partindo dessas afirmações que o Centro de Referencia de Assistência Social (CRAS) convida gestantes a participarem do Grupo “Gestantes Ativas”. A gestação é um processo único e que movimenta vários sentimentos nas pessoas envolvidas. Nessa perspectiva o trabalho realizado no grupo “Gestantes Ativas” desenvolvido no CRAS pode constituir-se como facilitador para a ocorrência de reflexão e para autonomia das gestantes.
O trabalho grupal deve ser utilizado como estratégia do processo educativo, pois a construção deste acontece a partir das interações entre seres humanos de forma dinâmica e reflexiva. A técnica de trabalho com grupos promove o fortalecimento das potencialidades individuais e grupais, a valorização da saúde, a utilização dos recursos disponíveis e o exercício da cidadania8, de maneira geral os grupos são desenvolvidos com a finalidade de complementar o atendimento rerealizado nas consultas, melhorar a aderência das gestantes aos hábitos considerados mais adequados, diminuir a ansiedade e compreender de forma mais clara os sentimentos que surgem neste período, permitem a aproximação entre profissionais e receptores do cuidado além de contribuírem para o oferecimento de assistência humanizada (FRIGO; SILVA; MATTOS; MANFIO; BOEIRA, 2012).
O grupo de gestantes é homogêneo em virtude do fato de seus participantes compartilharem de uma mesma vivência: a gestação. Esta atividade grupal é caracterizada como terapêutica, pois centra-se na socialização da vivência da gestação. Além da futura mamãe, a participação do conjugue ou companheiro é importante, pois falar sobre a vivência da gestação, trocar informações e aprender são fundamentais para construir o vinculo familiar. Vale ressaltar que, apesar da pré-definição de temas, o enfoque está voltado para assuntos que surgem do próprio grupo.
A lei nº 223\2013 dispõe sobre a instituição dos Benefícios Eventuais que estão previstos no art. 22 da lei Federal nº 8.742 de 07 de dezembro de 1993 no âmbito do Município de Dep. Irapuan Pinheiro.
Os Benefícios Assistenciais integram a política de assistência social e se configuram como direito do cidadão e dever do Estado. São prestados de forma articulada às seguranças afiançadas pela Política de Assistência Social, por meio da inclusão dos beneficiários e de suas famílias nos serviços socioassistenciais e de outras políticas setoriais, ampliando a proteção social e promovendo a superação das situações de vulnerabilidade e risco social (SITE MDS 2015).
 A lei nº 223\2013 de Benefícios Eventuais Municipal em seus artigos 3º e 4º atenderá, preferencialmente, aos seguintes aspectos:
Art. 3º O auxílio por natalidade: I -  necessidades do nascituro; II -  apoio à mãe nos casos de natimorto e morte do recém nascido; e 
III -  apoio à família no caso de morte da mãe.  Art. 4º O auxílio por morte atenderá, prioritariamente: I -  a despesas de urna funerária, velório e sepultamento; II -  a necessidades urgentes da família para enfrentar riscos e vulnerabilidades advindas da morte de um de seus provedores ou membros; e III -  a ressarcimento, no caso da ausência do benefício eventual no momento em que este se fez necessário (BRASIL, 2007).
A participação no o Grupo de gestantes ofertado pelo Centro de Referência de Assistência Social e a realização do pré-natal são requisitos indispensáveis para concessão de benefícios eventuais, principalmente o auxilio natalidade que é adquirido pela gestante através de um kit bebê, 
Por essa razão, oestudo que será desenvolvido terá como alvo mostrar o impacto que a grupo de gestante “Gestante Ativa” desenvolve no município, levando em consideração os índices de mortalidade infantil, o papel que o Centro de Referência de Assistência Social local na criação desse grupo, a intersetorialidade estabelecida com a saúde local e as razões para levam a freqUentar o grupo de gestantes, entre outros assuntos que serão abordados. 
HIPÓTESES OU QUESTÕES NORTEADORAS
Será que o grupo de Gestante “Gestante Ativa” contribui na redução da mortalidade infantil no município de Deputado Irapuan Pinheiro?
Será que o grupo de Gestante “Gestante Ativa”, em sua metodologia, causa impacto positivo nas famílias assistidas pelo CRAS?
4 METODOLOGIA
4.1 - Tipo de pesquisa 
O trabalho será realizado um pesquisa descritiva, utilizando uma abordagem de pesquisa qualitativa, onde será possível aprofundar as análises a partir do conhecimento da opinião de algumas gestantes, da técnica de referencia do grupo, coordenador do CRAS e um profissional de saúde que ministrou palestras no Grupo. A pesquisa também terá um caráter quantitativo pois será coletado dados sobre a mortalidade infantil parto e pós-parto no Brasil e no município de Deputado Irapuan Pinheiro. 
4.2 – Local da Pesquisa
Centro de Referencia de Assistência Social “ Maria Creuza Pinheiro”
4.3 – População e Amostra
A população do município de Deputado Irapuan Pinheiro é de 9.095 habitantes, dentre desse será retirado como amostra as gestantes do grupo “Gestante Ativa” assistidas pelo Centro de Referencia de Assistência Social. 
4.4 – Instrumentos de coleta de dados
Para isso será utilizado a entrevista semi–estruturada com questionário previamente elaborado
4.5 – Instrumento de análise de dados
Após a realização das entrevistas, ocorrerá a análise de dados seguindo as respostas do roteiro, onde serão agrupadas quanto às semelhanças, procurando as ideias principais, para assim analisar, de acordo com os objetivos e trabalho proposto.
4.6 – Aspectos éticos
4 CRONOGRAMA
	ATIVIDADES
	NOV- 2014
	DEZ - 2014
	JAN - 2015
	FEV - 2015
	MAR- 2015
	ABR- 2015
	Escolha do tema 
	
	
	
	
	
	
	Encontros com o orientador
	
	
	
	
	
	
	Pesquisa bibliográfica preliminar
	
	
	
	
	
	
	Elaboração do projeto
	
	
	
	
	
	
	Entrega do projeto de pesquisa
	
	
	
	
	
	
	Coleta de dados – entrevista
	
	
	
	
	
	
	Redação da monografia
	
	
	
	
	
	
	Revisão e entrega oficial do trabalho
	
	
	
	
	
	
	Apresentação do trabalho em banca
	
	
	
	
	
	
	
	ORÇAMENTO DETALHADO DO PROJETO
	1. RECURSOS MATERIAIS
	
1.1 Material Permanente: (equipamentos, livros, máquina fotográfica e gravadores, softwares, equipamentos de informática, etc.)
	Descrição do Material
	Quantidade
	Valor (unidade - em reais)
	Total R$
	
	
	
	
	
	
	
	
	Subtotal
	
	
	
	
1.2 Material de Consumo: (Soluções e reagentes, meios de cultura, vidrarias, embalagens, insumos, matéria-prima, papéis necessários para impressões, cartuchos de tinta para impressora, , filmes fotográficos, pastas, etc.)
	Descrição do Material
	Quantidade
	Valor (unidade - em reais)
	Total R$
	PASTA
	3
	R$ 1,60
	4, 50
	CANETA
	3
	R$ 1, 10
	3, 30
	PACOTE DE FOLHA SEM PAUTA
	1
	15, 00
	
	LÁPIS
	3
	
	
	BORRACHA
	3
	
	
	MARCA - TEXTO
	1
	
	
	CD
	3
	
	
	Subtotal
	
	
	
	
2. Serviços: (cópias, encadernações, impressos gráficos, despesas de locomoção e estadia, etc.)
	Descrição do Material
	Quantidade
	Valor (unidade - em reais)
	Total R$
	CÓPIAS
	32
	R$ 0, 15
	R$ 4, 80
	ENCARDENAÇÃO
	3
	R$ 3,00
	R $ 9, 00
	IMPRESSÃO
	25
	R$ 0,35
	R$ 8, 75
	Subtotal
	
	
	
4 ORÇAMENTO
�
 ANEXO 
 QUESTIONÁRIO APLICADO ÀS GESTANTES DO GRUPO “GESTANTE ATIVA” DO MUNICÍPIO DE DEPUTADO IRAPUAN PINHEIRO
Data da Entrevista: ___/___/___ 
	NOME
	SEXO
	IDADE
	ESCOLARIDADE
	PARENTESCO
	EST. CIVIL
	PROFISSÃO
	RENDA
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
COMPOSIÇÃO FAMILIAR 
1 - Qual a importância da gestação na sua vida?
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2– A gravidez atual foi planejada? Justifique.
( ) sim ( ) não
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3 – Para você, qual a importância do grupo de gestante?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4 - Você sabe qual o papel do Centro de Referência de Assistência Social - CRAS?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5 - Voce sabe quais os direitos que as gestantes possuem? Se a resposta for sim, cite alguns.
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 QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROFISSIONAIS CRAS 
Data da Entrevista: ___/___/___ 
 
1 - Qual o principal do objetivo da criação do grupo de gestantes?
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2 – A metodologia aplicada no grupo tem levado à resultados satisfatórios? Justifique.
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3 – Como você avalia a ligação entre a Assistência Social e Saúde no município de Irapuan Pinheiro?
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4 - Qual a maior vulnerabilidade existe nas participantes do grupo de gestantes? Quais são maiores as pontecialidades descobertas?
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5 - Na sua opinião, qual o impacto que o grupo degestantes estabelece no município de Deputado Irapuan Pinheiro?
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