Contabilidade de Custos (Intro + Aula 2)

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Contabilidade de Custos
Aula 2
	
Histórico da Contabilidade de Custos
	Se você imagina contabilidade como um universo de números a serem somados, selecionados e acompanhados, você ficará surpreso! Pois a moderna Contabilidade de Custos é mais do que números, mas antes disso veremos que o advento da Contabilidade de Custos deu-se após a Revolução Industrial no século XVIII, pois até esse momento quase só existia a Contabilidade Financeira (ou Geral), que, desenvolveu-se na Era Mercantilista, a qual estava bem estruturada para servir as empresas comerciais (MARTINS, 2010).
Objetivos da Contabilidade de Custos
Atendimento de exigências legais quanto à apuração de resultados de suas atividades e avaliação de estoques.
Conhecimento dos custos para a tomada de decisões e o exercício de controles.
Subsidiar os gestores quanto:
À determinação dos custos dos insumos aplicados na produção;
À determinação dos custos das diversas áreas que compõem uma empresa;
Às políticas de redução dos custos dos insumos aplicados na produção ou das diversas áreas que compõem a empresa;
Ao controle das operações e das atividades;
À administração, auxiliando-a na tomada de decisões ou na solução de problemas especiais;
Às políticas de redução de desperdício de material, tempo ocioso etc.;
À elaboração de orçamentos.
Auxiliar na solução de problemas relacionados:
Ao preço de venda;
À contribuição de cada produto ou linha de produtos para o lucro da empresa;
Ao preço mínimo de determinado produto em situações especiais;
Ao nível mínimo de atividades exigido para que o negócio passe a ser viável;
Ao gerenciamento dos custos;
A diversos problemas especiais.
Terminologia Aplicada
Gastos podem ser definidos como; gasto de investimento, quando o bem ou serviço for utilizado em vários processos produtivos, e como gastos de consumo, quando um bem ou serviço forem consumidos no momento da produção ou do serviço que a empresa realizar.
PERDA: 
Sacrifícios de ativos não previstos e resultantes de ocorrências anormais e involuntárias às atividades operacionais de uma empresa. EX: Perdas com incêndios.
DESEMBOLSO: 
Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.
LUCRO: 
É o excedente originário da remuneração do capital investido durante a gestão dos recursos; Remunera o risco e a competência do negócio. 
OBJETO DE CUSTO: 
Qualquer coisa para a qual se deseja fazer uma mensuração de custo.
APROPRIAÇÃO DE CUSTO: 
Atribuição de valores a um determinado objeto de custo. Pode ser direta ou indiretamente (por rateio).
RATEIO: 
Divisão proporcional de custos de acordo com um critério escolhido para fins de atribuição a um objeto de custo.
Classificação dos Custos
Quanto ao produto fabricado: Quando a forma de apropriação dos produtos diz respeito ao relacionamento entre custo e o produto feito.
Custos diretos
Custos indiretos
Diretos: custos referentes aos recursos consumidos no processo de fabricação e cujo consumo exato pode ser determinado por unidade fabricada, permitindo a apropriação direta do custo no produto.
Ex: quilogramas de materiais consumidos, horas de mão-de-obra.
Indiretos são aqueles apropriados aos produtos fabricados mediante rateios ou estimativas, por não poderem ser identificados de forma precisa na composição dos custos dos produtos.
CIF (Custos Indiretos de Fabricação) ou GGF (Gastos Gerais de Fabricação) serão apropriados aos produtos por meio de um processo de rateio, que consiste em uma divisão proporcional dos valores consumidos junto aos produtos.
Ex: O aluguel, a supervisão.
Custos Diretos ou Indiretos
Fatores que afetam a classificação de custos como direto ou indireto:
A materialidade do custo em questão; relação “custo benefício”.
Tecnologia disponível para coleta de informação;
Design das operações;
Acordos contratuais (em relação ao interesse da empresa em ser mais ou menos rigorosa com suas informações).
Quanto ao comportamento em diferentes volumes de produção: não leva em consideração o produto, e sim o relacionamento entre o valor total do custo num período e o volume de produção.
Custos fixos
Custos variáveis
Fixos: são aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja o volume de produção, ou seja, uma alteração no volume de produção para mais ou para menos não altera o valor total dos custos fixos. Existem mesmo que não haja produção.
Ex: aluguel da fábrica
Repetitivos: quando seu valor é igual em vários períodos. 
Ex: depreciação dos equipamentos
Não-repetitivos: quando seu valor é diferente em cada período, muito embora não dependa da quantidade produzida.
Ex: conta do telefone da fábrica, pode ter seu valor diferente em cada mês, mas não é um custo variável, pois seu montante não está variando em função do volume de produtos fabricados.
Custo Fixo Unitário
Departamento X – Empresa XYZ: Análise da variação do custo dos seguros dos equipamentos diante da variação da quantidade de horas trabalhadas no Departamento X, no período de janeiro a junho.
Representação Gráfica (Custo Fixo Unitário)
Variáveis: são aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção da empresa, proporcionalmente. Se não houver quantidade produzida o custo variável será nulo.
Ex: Matéria-prima, quanto maior a quantidade fabricada, maior seu consumo, dentro de uma unidade de tempo (mês, dia, etc.). O seu valor do custo com tais materiais varia de acordo com o volume de produção.
Representação Gráfica (Custo Variável Total)
Departamento X – Empresa XYZ: Análise da variação do custo de material de escritório diante da variação da quantidade de Horas trabalhadas no Departamento X, no período de janeiro a Junho.
Representação Gráfica (Custo Variável Unitário)
Custos Semifixos e Semivariáveis
Semifixos ou custos por degraus: são custos que são fixos numa determinada faixa de produção, mas que variam se há uma mudança desta faixa.
Ex: custos de salários dos supervisores de fábrica.
Semivariáveis: são custos que variam com o nível de produção que, entretanto, têm uma parcela fixa mesmo que nada seja produzido.
Ex: conta de energia elétrica da fábrica 
Métodos de Custeio
Tradicionais
Custeio por absorção: método de custeio pelo qual se apropriam aos produtos fabricados em determinado período todos os custos incorridos, sejam fixos, sejam variáveis. As despesas são levadas ao resultado do exercício.
Custeio pleno: método de custeio que apropria aos produtos todos os custos e as despesas administrativas, comerciais e de distribuição. 
Custeio variável: método de custeio pelo qual se apropriam aos produtos fabricados em determinado período somente os custos variáveis. Os custos fixos e as despesas são levados ao resultado do exercício.
Contemporâneo (foco da contabilidade Gerencial)
Custeio ABC: método de custeio que atribui, inicialmente, os custos dos recursos às atividades executadas pelas empresas. O custo de um produto ou serviço compreende a soma dos custos das atividades por eles consumidos.